História Forced Marriage (Second Season) - I will never leave her alone

JUSTIN BIEBER

Minhas mãos tremiam de nervosismo e as lágrimas insistiam em se formar em meus olhos.

— Vai ficar tudo bem. – sussurrava diversas vezes para mim mesmo. Chaz conversava com cada enfermeiro que passava tentando saber notícias sobre Hanna, mas não obtinha nenhuma resposta.

— Senhor Bieber. – escutei alguém me chamar e rapidamente me levantei observando o doutor Phill vir em minha direção. Finalmente notícias. — Sua esposa já acordou. Graças a Deus ela não sofreu nenhum dano grave. – terminou de falar me dando certo alívio.

— E o bebê?

— Acompanhe-me. – olhei para Chaz confuso e o moreno sussurrou um “vai ficar tudo bem” antes de eu entrar no quarto onde se encontrava Hanna deitada em uma cama, levando soro na veia.

— Hanna! Você está bem? – a abracei fortemente.

— Sim, eu estou ótima. Mas não é comigo que você tem que se preocupar agora.

— E então doutor? Como está o nosso filho? – olhei para o doutor que segurava uma ultrassonografia e me afastei de Hanna.

— Vejam vocês mesmos. – suspirou me entregando a ultrassonografia. Olhei para a ultra junto com Hanna, mas nada podia se ver.

— Mas… Não dá para ver nada aqui. – franzi o cenho confuso.

— Por isso mesmo. Sinto muito, mas… Você perdeu o bebê. – naquele momento, parecia que tudo em minha volta havia parado. Minhas mãos ficaram leves me obrigando a soltar a ultra. Olhei atordoado para Hanna que estava aos prantos.

Não era para eu ter deixado ela ir sozinha ao mercado! Era minha culpa minha esposa ter perdido o bebê. Eu era tão estúpido!

— Senhor Bieber, posso falar com você um minuto? – assenti com a cabeça e, ainda confuso e sem digerir o que havia escutado, o segui para fora do quarto. — Justin, eu sei que você está triste pela perda de seu filho… – triste? A dor que eu estava sentindo naquele momento era incompreensível. — Mas, você precisa ser forte agora. Hanna precisa de sua ajuda e, se os dois ficarem se lamentando, será pior para ela. Ela está muito frágil, por isso precisa de cuidados e você é o único que pode ajudá-la.

— Eu não sei se consigo Phill. Por minha culpa Hanna perdeu o bebê, eu sou um idiota. – balancei a cabeça em negação.

— Não, Justin, a culpa não foi sua. – me repreendeu. — Agora vá falar com ela. Darei um tempo a vocês e depois eu volto para liberá-la. – assenti com a cabeça e voltei para o quarto vendo Hanna ainda sentada na cama chorando. Me doía tanto vê-la chorar.

— Não fica assim. Vai ficar tudo bem. – falei num tom baixo e calmo a abraçando. — Eu estou ao seu lado. – a abracei fortemente contra meu peito a fazendo chorar mais ainda.

Ficaria tudo bem. Depois que eu matasse o filho da puta que havia matado nosso filho, ficaria tudo bem.

— Já está pronta? – perguntei para Hanna que saia do banheiro do hospital.

Sua barriga ainda estava grande, mas o médico disse que em breve voltaria ao normal. Seu rosto estava pálido e seus olhos vermelhos. Hanna não havia parado de chorar desde que soube da notícia e aquilo me partia o coração.

— Sim. – envolvi meu braço esquerdo em seu pescoço e a puxei para mais perto do meu corpo. Saímos do quarto e passamos rapidamente pela sala de espera logo chegando à saída. Entramos em minha Ferrari branca e um silêncio se instalou no veículo.

— Sua mãe e Pattie estão lá em casa. Elas me ligaram perguntando como você estava e eu disse… Tudo. – comecei a falar numa tentativa de puxar assunto. — Vai ser bom para você. – olhei para Hanna que olhava fixamente para frente. Sua boca não se abriu nem para dizer um sim. Um suspiro profundo de decepção escapou de minha boca e dei a partida. Eu estava tão abalado com tudo, mas tinha que ser forte por nós.

HANNA BIEBER

Meus olhos ardiam a cada momento que as lágrimas insistiam em surgir novamente. Eu estava tão feliz, tão animada com a notícia de ser mãe e agora tive um sonho destruído por uma pessoa horrível. Por que alguém gostaria de me machucar? Eu estava destruída, não conseguia expressar tamanha dor que sentia. Não por palavras.

— Chegamos. – Justin disse tirando seu cinto. Saí do carro e andei em passos apressados para dentro de casa. Minha mãe, Pattie e os garotos estavam todos na sala.

— Minha filha. – minha mãe abriu os braços assim que me viu. Corri para seus braços e a mais velha me abraçou fortemente. As lágrimas que há um minuto eu me segurava para que não caíssem logo vieram à tona.

— Eu perdi meu filho, mãe. Eu o perdi. – disse com a voz embargada pelo choro.

— Não fique assim, meu amor, vamos para o quarto. Você precisa descansar um pouco. – Pattie segurou em minha mão e me guiou até o andar de cima junto com minha mãe.

Eu estava desnorteada. Havia perdido uma pequena parte de mim e doía tanto. Uma pequena parte que faria muita diferença, uma pequena parte que eu amaria cuidar e que um desgraçado havia tirado de mim. Minha mãe e Mallette me abraçaram e saíram do quarto dizendo que iriam preparar algo para eu comer.

Sentei-me na cama e fiquei observando o Sol que iluminava o quarto. Perto da janela havia alguns ursinhos que Justin havia comprado junto com os meninos para o bebê. Eram tantos ursinhos que já não cabiam mais no armário. Mas agora, os presentes haviam sido comprados em vão. Escutei o barulho da porta abrir e eu olhei para a mesma, vendo Justin entrar.

— Hanna, você já está melhor? – neguei com a cabeça. Se eu não tivesse dito que ele não precisava se preocupar comigo, talvez isso não tivesse acontecido. Eu me sentia tão… Estúpida. Por que eu fui deixar isso acontecer? Eu poderia ter evitado.

— Justin, a culpa é toda minha, se eu não tivesse dito que você não precisava se preocupar, isso não teria acontecido. Eu perdi nosso filho por uma maldita teimosia minha! – levantei-me da cama e abracei a mim mesma.

— Não, Hanna, a culpa foi minha e não sua. Era para eu ter insistido em ir com você ao mercado mais vezes. Eu sou o culpado e não você.

— Foi um erro, um erro! Não era para eu ter ido sozinha. Eu precisava de você ao meu lado, eu… Eu… – não consegui terminar de falar e abracei Justin, me debulhando em lágrimas pela milésima vez só esse dia.

— Não diga isso Hanna. Como eu já disse: eu estou ao seu lado. Estamos juntos nessa e eu nunca irei te deixar só. – suas palavras me tranquilizaram, mas algo em seu tom me deu calafrios. Ele parecia estar tão… Frio.