História Forced Marriage (Second Season) - Sweet revenge

QUATRO MESES DEPOIS

Meus dedos gélidos por conta do frio seguravam com firmeza o cigarro que dava uma tragada. Meus lábios estavam secos e meus cabelos estavam bagunçados por conta do vento; meus olhos estavam vermelhos e minhas pupilas estavam mais azuis que o normal. Ajeitei meu casaco e joguei o cigarro no chão pisando no mesmo para que apagasse. Minha barriga já estava pequena novamente, por isso, havia voltado a usar minhas roupas normais.

Foram três meses que eu havia passado deitada em uma cama, chorando e sem vontade de comer. Eu não conseguia aceitar que eu havia perdido meu filho, que eu não iria segurá-lo em meus braços. Eu o queria para mim. Mas Justin esteve ao meu lado. Ele sempre esteve. Foi ele que me acalmou quando eu chorava a noite dizendo que era tudo culpa minha, foi ele que disse que tudo ficaria bem. E acredite, tudo está bem.

Justin caminhou em minha direção com um olhar frio e logo o segui em direção ao bar. Entramos no local onde havia vários homens bebendo e jogando sinuca. As únicas mulheres que havia eram as que serviam as bebidas.

— Olá. – disse me apoiando no balcão.

— O que deseja? – a loira que estava atrás do balcão perguntou enquanto secava um copo.

— Quero saber onde se encontra Dallas. – coloquei minhas mãos no bolso de meu casaco. A mulher arregalou os olhos, mas logo se recompôs e sorriu debochadamente.

— Você acha mesmo que eu vou te contar? Vá sonhando. – riu fraco.

— Gatinha, eu acho melhor contar, senão todo mundo morre. – Justin mostrou discretamente a arma que estava em sua cintura. A mulher olhou para a arma e engoliu em seco logo voltando seu olhar para mim.

— Sigam em frente e entrem na última porta dos fundos. – apontou para o corredor onde ficava o banheiro.

Justin e eu caminhamos até o corredor e abrimos a porta entrando em um beco escuro tendo visão apenas de uma porta de ferro vermelha. O mais velho abriu a pesada porta e entramos no corredor com várias portas e, ao fundo, se podiam ouvir gemidos e uma música agitada ao fundo.

Fomos em direção a música e logo chegamos à pista onde haviam várias pessoas dançando e algumas dançarinas no palco. Estávamos na boate que Justin frequentava quando era adolescente. O loiro caminhou em passos duros até um local rodeado de seguranças e eu corri até o mesmo segurando em seu braço.

— Dallas, eu sei que está aí. Saia de trás da porra dos seus seguranças agora! – exclamou irritado fechando os punhos.

Um homem de roupa de grife e cabelos loiros se levantou da poltrona colocando seu copo em cima da mesinha. Colocou uma de suas mãos no ombro de um segurança, revelando vários anéis de ouro em cada dedo seu e uma tatuagem que havia em sua mão.

— Justin, meu filho, que saudades! – o homem exclamou com uma voz rouca e os dois seguranças deram passagem revelando o ser alto e galanteador.

— Não me chame de filho. – Justin grunhiu e Dallas riu cinicamente.

— O que faz aqui, filho? – deu ênfase em “filho” numa tentativa de provocá-lo.

— Sei que agora você está bancando Emily e quero saber onde ela está. – Dallas riu sarcasticamente olhando para mim.

— Que pergunta mais discreta Justin. – foi irônico, ajeitando um de seus anéis.

— Isso não foi uma pergunta. – grunhi. O loiro olhou novamente para mim e se aproximou.

— Se vocês querem realmente saber onde está a Emily, procurem, eu não direi. E, além do mais, se vocês conseguiram descobrir que eu estou bancando ela, podem descobrir onde ela está. – olhou fixamente em meus olhos. O homem foi puxado bruscamente por Bieber que o prensou na parede. Pegou a arma de sua cintura e a mirou em seu pescoço.

— Diz logo onde está a Emily, senão eu atiro em você agora mesmo, caralho!

— Esse é o Justin que eu conheço! Me disseram que você havia mudado, mas pelo jeito mentiram para mim. – empurrou levemente o garoto para trás e ajeitou as mangas de seu terno. — Ela está em casa. Não faça nada que eu não faria, Bieber. – riu. Meu marido não disse mais nada, apenas segurou em minha mão e me puxou para fora daquele lugar imediatamente.

— Espera Justin. Não podemos simplesmente chegar lá e pronto. Temos de pensar numa estratégia. – disse antes do mesmo entrar no carro.

— Quanto mais pensarmos, mais tempo aquela vadia terá para fugir. – abriu a porta do carro e entrou.

— Fugir?

— Sim Hanna! Você acha mesmo que Dallas não vai avisar a Emily que estamos atrás dela? Nada é tão fácil assim como você pensa. – respondeu dando a partida.

— Mas Justin…

— Hanna, você sabe há quantos meses eu estou atrás dessa vadia? E, agora que eu tenho a oportunidade de pegá-la, você me vem com um “mas Justin”? – afinou a voz numa tentativa de me imitar. — Eu não vou deixar barato. Eu disse que para matar Emily eu vou até o inferno e eu vou.

— Eu já disse para tentar manter um pouco de calma. Pode não ter sido ela. – murmurei olhando para a janela.

— Você está mesmo a defendendo? Qual é Hanna! Pode não ter sido ela, mas, com certeza, ela está metida nisso. E, se não tiver sido ela, descobriremos quem foi o filho da puta que tirou nosso filho de nós.

— VOCÊ QUER PARAR DE BRIGAR COMIGO? – berrei o fazendo olhar assustado para mim.

— Eu pensei que… – dessa vez havia sido eu que o interrompi.

— Você não pensou porra nenhuma Justin! Sei que está abalado pela perda, eu também estou, mas como você disse para mim: não é assim que resolveremos as coisas. – gesticulei com as mãos o olhando irritada. O garoto abaixou a cabeça e um silêncio pairou sobre nós.

— Então… O que você propõe fazer? – perguntou quebrando o silêncio. Abri o porta-luvas do carro e retirei de lá minha arma.

— Senti saudades de segurar essa arma. – o loiro sorriu perverso e voltou a dirigir enquanto eu encarava a arma dourada em minhas mãos. A vingança nunca foi tão boa como agora.