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História Game Of Love - Jeon Jeongguk - Profissionalismo Duvidoso


Escrita por: Dii_Kook

Capítulo 28 - Profissionalismo Duvidoso


Fanfic / Fanfiction Game Of Love - Jeon Jeongguk - Profissionalismo Duvidoso

• Jeon Jeongguk •

Chegar na empresa com Iara atraiu mais olhares do que eu esperava. Não estávamos andando de mãos dadas ou coisa do tipo, mas eu estar ao seu lado quando cruzamos a porta principal do prédio fora suficiente para vários pescoços se torcerem em nossa direção. As pessoas já têm conhecimento do nosso relacionamento há um tempo, mas é ilusão dizer que eles não perceberam o clima estranho que ficou depois da nossa briga. Não éramos mais vistos juntos, ela me deixava plantado em frente ao saguão à sua espera, e o clima ficava muito pesado e desconfortável quando, acidentalmente, nos encontrávamos.

Agora é inevitável não querer sorrir diante desse olhares curiosos, estampando na minha testa um: eu consegui.

Entramos no elevador assim que a caixa metálica se abriu, surpreendentemente éramos os únicos alí. Os elevadores da Ocian sempre estão cheios ou movimentados, se fossem funcionários, poderiam ser escolhidos como funcionários do mês porque nunca param. No entanto, por um motivo meio óbvio, como a timidez das pessoas, eu e Iara temos esse meio de locomoção somente para nós nesse momento.

– Hoje eu tenho um anúncio para fazer.

Olhei para Iara. Ela estava encostada na parede metálica antes de afastar seu corpo da superfície gélida e dar apenas um passo para chegar até mim. Suas mãos alcançaram meus bíceps, e ela os segurou como se estivesse amassando um pão.

– E também tenho trabalho para você.

Eu nunca me esqueço que sou apenas um estagiário de Iara. Se eu fosse outra pessoa, com outra mentalidade, talvez deixasse o relacionamento subir a minha mente e me imaginar já como um empregado efetivo da Ocian. Mas não, eu sei meu lugar, então vou continuar batalhando para receber um crachá com o meu nome e uma foto minha esquisita, um que não esteja escrito: ESTAGIÁRIO em letras negras para diminuir todo o resto.

Mas eu tenho que agradecer a Iara, porque eu tenho uma sala só para mim. Quando que um estagiário teria uma sala pessoal para trabalhar? É quase impossível, no máximo ganhamos uma mesa com divisória e já é mais que o suficiente.

– Certo, minha folga acabou definitivamente. – eu falei como se estivesse lamentando, mas Iara sabe que eu amo quando ela me dá coisas para fazer. Eu me sinto mais como se fizesse parte da empresa.

O relógio marcava exatamente 03:00PM quando escutei a voz telefônica dr Iara soar perto de mim. Levantei-me da cadeira e fui até sua sala no mesmo instante. Antigamente, quando ela me convocava, eu sentia meu coração palpitar e minhas mãos começavam a ficar úmidas com o suor de nervosismo; só que agora eu já não me sinto tão ansioso, na verdade. Fico obviamente curioso, porque Iara é uma caixinha de surpresas, às vezes ela quer me dar trabalhos e as vezes ela só quer que eu foda ela em cima da sua mesa de trabalho. Ambas as opções são atrativas.

Todavia, quando entrei na sala de iara, percebi que não seria a segunda opção no momento em que coloquei meus olhos nas outras pessoas que estavam presentes. Em frações de segundos eu reconheço os rostos alí, alguns diretores de alguns departamentos, inclusive Ethan, que não parecia muito feliz ao me ver. Aí sim meu coração acelerou e minhas pernas perderam um pouco da firmeza, só que não deixei isso transparecer para ninguém.

– B-boa tarde. – falei, com meus pés fincados ao chão como se estivessem com cola sob as solas.

Minha mente só conseguia pensar em uma única frase: Que merda que eu fiz agora?

O silêncio é constrangedor e cortante, todos aqueles pares de olhos estão direcionados a mim, me analisando como se eu fosse uma peça rara de algum artefato. Como Iara, os superiores naquela sala não demonstravam nada demais em seus rostos, tão indecifráveis quanto a minha namorada. Gostaria de ser como eles e ter mais controle sobre minhas emoções, porque mesmo não me vendo agora, sei que estou com um sorriso nervoso no rosto que entrega toda a minha ansiedade.

Iara se levantou da cadeira preta que estava sentada e rodeou sua mesa retangular lentamente, o barulho de seus saltos batendo contra o chão parecia até o tic tac de um relógio. Com seu movimento, os pares de olhos se distanciaram de mim e foram até ela, mas aquilo não fora muito mais confortável do que antes. Senti minha garganta secar ao ver alguns homens descerem suas orbes pelas pernas torneadas dela, e quase vomitei quando Ethan pareceu querer morder seus lábios.

Babaca.

Iara parou exatamente a frente de sua mesa, virada de costas para mim. Ela pareceu tatear a superfície e pegar algo que eu não tive a visão por ela estar cobrindo.

– Quero apresentar a vocês – começou, virando-se para mim. Em sua mão tinha algo um pouco embolado, enrolados por fios pretos. – O mais novo ilustrador da Ocian.

Iara mexeu seu dedo indicador e o enrolou nos fios pretos do objeto escondido, então, com um movimento rápido, o objeto saiu de sua mão e foi caindo em ondas até estar totalmente revelado. Se tratava de um crachá, e eu quase apaguei quando vi minha foto alí. É quase como o que eu já estou usando, a diferença é que, ao invés de estar escrito ESTAGIÁRIO, a palavra ilustrador que está estampada em letras garrafais e pretas.

– Parabéns, Jeon Jeongguk. Você é oficiamente está trabalhando para Ocian.

Meu coração começou a palpitar com mais força dentro do peito. Minhas pernas ficaram moles como gelatina e minhas mãos começaram a tremer verdadeiramente. Está aqui diante de mim, a identificação que me torna oficialmente um membro da equipe, e para mim ainda parece ser só um sonho distante.

– I-Iara... – eu tentei dizer algo, mas meu cérebro não conseguia formular nenhuma outra palavra se não o nome dela.

– Desde que entrou nessa empresa, Jeongguk, você se mostrou muito esforçado, talentoso e profissional. Mesmo sabendo que talvez nunca conseguisse se tornar um membro de verdade, você deu tudo de si do começo ao fim, e sempre mostrou ter sede por participar e aprender.

Eu gostaria muito de poder olhar ao redor para observar as outras faces que me encaram, no entanto, não consigo simplesmente desviar meus olhos da mulher a minha frente. As palavras que diz entram pelos meus ouvidos e se transformam num mar quente de... Orgulho, e eu sinto como se estivesse sendo nomeado rei de algum reino oculto pelo mundo.

– Você, Jeongguk, tem um talento incrível e sabe explorar ele muito bem, ainda que eu ache que você se subestima demais algumas vezes. – ela abriu um sorriso caloroso e caminhou até mim, estendendo sua mão com o crachá branco pendurado. – E você é mais que merecedor disso.

Por mais que Iara estivesse alí na minha frente, estendendo para mim o meu ganho por ter trabalhado duro, eu não consegui simplesmente esticar meu braço e pegar aquele objeto para colocar ao redor do meu pescoço. Minhas mãos não se mexiam, não obedeciam aos meus verdadeiros comandos, pelo menos não até Iara balançar sua cabeça negativamente e tentar esconder um sorriso em seus lábios.

Nesse instante eu não consegui me aguentar, minha cabeça deu ordens claras para meu braço se erguer e minha mão agarrar os fios pretos que Iara estava segurando com seu dedo indicador, porém, o que aconteceu foi completamento o contrário das ordens.

Meu corpo foi em sua direção e eu enlacei sua cintura com meus braços, tirando os pés de Iara do chão e dando apenas um giro com ela. No mesmo instante sua risada preencheu meus ouvidos e eu senti seu toque em meus braços, que ela usava como apoio. Meus olhos subiram pelo seu corpo e acabaram avistando o que havia além de seus ombros, que eram pessoas nos encarando com olhares curiosos. Soube naquele instante que tinha quebrado um pouco o ar profissional do evento e também o discurso que Iara tinha feito para mim.

– Me desculpem.

Pedi com a voz um pouco mais grossa que o normal, acidentalmente. Coloquei Iara no chão e olhei novamente para as pessoas alí presentes, ninguém disse absolutamente nada. Iara não parecia se importar, muito pelo contrário, sua postura estava até mais relaxada que antes.

– Podem nós dar licença? – pediu educadamente, e todos balançaram sua cabeça.

Ethan foi o que demorou mais para sair, não por ter ficado por último, mas porque andou tão lentamente que perderia se fosse uma corrida entre ele e uma lesma. Seu rosto era o que eu podia decifrar mais facilmente, e não é difícil saber o porquê.

– Agora você é oficiamente meu empregado. – a voz de da minha chefe soou por toda a sala e eu a olhei. Só nós dois, agora. – E tem que fazer tudo que eu mandar.

– Eu não já faço?

– Sim, mas agora terá que se esforçar muito mais. Caso contrário, irei diminuir seu salário e o carinho.

Me aproximei dela com um sorriso faceiro no rosto e enlacei meus braços em sua cintura como se fossem tentáculos, puxando-a para perto.

– Isso é abuso de poder sabia? Vou te denunciar!

– E o que você ganharia fazendo isso, hein?

Iara colocou suas mãos em meus ombros. Eu me curvei um pouco para aproximar meu rosto do seu.

– Você, de pernas abertas, em cima dessa mesa. – fiz um movimento com a cabeça em direção ao objeto principal. – Ou muitos beijos e carinhos, você escolhe.

Os lábios perfeitos de Iara se curvaram num sorriso presunçoso, seu corpo amoleceu mais em meus braços e caiu ligeiramente para trás, mas eu estava a segurando como se todo meu mundo estivesse ali mas minhas mãos. E de fato, estava.

– E se fizermos os dois?

°•°

As portas do elevador se abriram e, no mesmo instante, todos os rostos se viraram na minha direção. Ou melhor. Na nossa direção.

Iara estava arrumando sua saia lápis impecável quando aquilo aconteceu, tinha subido um pouco devido os amassos repentinos que trocamos dentro da caixa de aço, mas ela não pareceu se incomodar com os olhares curiosos.

– Vamos? – chamou-me, só então percebi que ela já havia saído do elevador e eu estava ali, parado como um poste.

Dei apenas alguns passos para sair de dentro do espaço e me coloquei ao seu lado, a Andrade entrelaçou nossos dedos, ação que não passara despercebida pelos funcionários presentes no saguão. Entre tantos, um deles dirigiu seu olhar ao meu peito e, diferente de alguns, abriu um sorriso quando viu o crachá de identificação oficial sobre a minha blusa social de botões.

O pulso de Kim TaeHyung se ergueu em frente a barriga, num singelo incentivo de comemoração. Eu sorri de volta, balançando minha cabeça.

Iara e eu seguimos pelo trajeto do saguão até alcançarmos as portas grandes de saída do prédio. O vento da cidade bateu em meu rosto e balançou meus cabelos, mas não me trouxe frio, apenas a sensação gostosa de que estava me refrescando.

Os carros passavam como raios coloridos, pretos, vermelhos, brancos e afins. As pessoas caminhavam pelas calçadas ocupadas, presas em seus mundos de negócios, famílias, encontros e seja lá o que estão fazendo. Mas ainda assim, até mesmo aqueles que passavam com os celulares pregados as orelhas e expressões preocupadas, lançavam um ou outro olhar para Iara. Em seguida me olhavam, quase que de cima abaixo, e voltavam para suas vidas.

– O que quer fazer?

Parei de prestar atenção em uma menininha que estava do outro lado da rua, segurando a mão de sua mãe e olhando diretamente para os cabelos de Iara. Eu entendo, eles são como molas brilhantes e pretas. Voltei minha atenção para a minha namorada, cuja sempre está chamando atenção.

Antes que eu respondesse, meu celular no bolso começou a vibrar e eu pedi um minuto para Iara, tirando o aparelho do bolso traseiro da minha calça e encarando o visor. A foto de Liliane fazendo um bico para a câmera estava estampada ali, junto com dois ícones, um para aceitar a chamada e outro para recusar. Assim que sua foto sumiu, com a chamada negada, o resumo de uma mensagem sua apareceu abaixo do relógio digital do celular.

"Sei que está bravo. Mas por favor, eu preciso conversar..."

Isto. Só isso. Talvez o que esteja a seguir dos pontos seja um texto enorme, ou talvez seja só alguns pontos de exclamação para enfatizar sua necessidade de me ver. Seja lá o que for, não quero descobrir agora, tampouco pensar sobre isso.

– O que acha de... Irmos ao parque?

– Parque?

As orbes azuis estavam focadas em meu aparelho telefônico na mão, porém, logo voltaram-se para mim. Não quis perguntar se ela tinha visto a ligação ou a mensagem de Liliane.

– Parque de diversões. 


Notas Finais


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