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História Girl Meets Evil - Tóquio.


Escrita por: Ghost_Fanfics

Notas do Autor


Heey,

10 MIL FAVORITOS;
Ontem a fic fez 10K de favs e eu nem sei o que fazer pra agradecer. Sempre digo que sou grata pelo carinho e apoio, e pela amizade que a gente tem aqui. <3 Não sei como estaria hoje, se não tivesse tomado a decisão de compartilhar a GME com vocês, meses atrás. Provavelmente eu nem existiria =/
Só queria dizer que se de um lado somos um "exército", as armys, do outro somos uma gangue <3, a #GhostGang. Muito obrigada por estarem comigo nessa jornada. Eu as amo de todo o coração.
E queria dizer uma coisa <3
Gente, eu não sou famosa ohihihoihoh A GME tem um destaque, mas é só isso. Eu sou a fulana que escreve aquela fic da Monstrinha. Que espécie de ser humano eu seria se deixasse uma Fanfic subir à minha cabeça e esquecesse meus amigos? Ia ser muita arrogância, e eu não sou essa pessoa. Já falei, mas vou repetir. oihohiohihoho Eu só quero ser uma Ghost-Writer, na minha mesmo. Sou realizada por escrever e fico muito feliz por ter gente que lê. <3 Vocês são as únicas responsáveis pela Monstrinha e o Taradokook serem quem são. Meu coração é de vocês.
Eu respondo todos os comentários porque gosto de conversar com vocês, mesmo com o tempo muito escasso. Às vezes eu até atraso, mas sempre volto e falo com todo mundo porque vocês aqui são minha prioridade. SÃO LINDAS E ESPECIAIS DEMAIS.
E tudo o que eu quero é compartilhar alegria com vocês, oferecer uma mão quando não estão bem e vibrar quando algo bom acontecer. Aliás, alguém aqui já passou de ano? <3 e as manas que fizeram vestibular da Fuvest domingo passado? Como estão? <3
Eu amo vocês, de verdade.

Bem, NÃO SEI O QUE FAZER PRA PRESENTEAR VOCÊS PELOS 10K, o que vocês querem? Podem deixar aí nos comentários se tiverem alguma sugestão <3

Música do capítulo: Ascension - O'Brother

Capítulo 66 - Tóquio.


Fanfic / Fanfiction Girl Meets Evil - Tóquio.

Jeon Jungkook's P.O.V.

O Lamborghini Urus branco desliza depressa na estrada coberta pela chuva.

Concentro-me para segui-lo, porque Kwon Ji Yong dirige cada vez mais rápido, à medida que se aproxima do casarão. Isso aumenta minha tensão. Pressiono o volante do Porsche com força desnecessária, até os nós dos dedos ficarem brancos. Gotículas de suor se formam na testa, escorrem pelas têmporas. Miro o retrovisor e minhas íris tem sombras rubras. O ar denso no interior do veículo me sufoca.

Não sei porque ele me pediu para arrumar uma mala. Não sei se ele descobriu que namoro sua filha, quer me matar ou me expulsar de casa por isso, ou se simplesmente quer que eu o acompanhe em alguma de suas frequentes viagens a trabalho. Não sei nem ao menos identificar se ele está nervoso, triste, ansioso, enfurecido ou feliz. É impossível distinguir emoções no rosto de Kwon Ji Yong.

Ele sempre é sereno e controlado.

E isso é o que mais me tortura.

Porque sou uma bomba atômica em eterna contagem regressiva.

Em algum momento, a velocidade diminui. Os portões se abrem. Gotas de um temporal empossam a estradinha de terra, banham os campos gramados e se acumulam no interior da fonte à frente do casarão. Desço do carro debaixo de chuva e espero que os pingos gelados lavem meu desespero. Em poucos segundos estou encharcado da cabeça aos pés e o frio se enraíza em meus ossos.

As gotas chicoteiam as superfícies dos automóveis de luxo, criam uma fina camada de névoa borrifada, unem os sons metálicos à melodia desarmônica da tempestade. Um relâmpado corta o céu monótono e cinzento e eu mal consigo ver um palmo a frente do nariz. Então o vejo. Kwon Ji Yong desce do carro e afrouxa a gravata, retirando-a. Um trovão ressoa durante seu percurso até mim.

É um homem altivo, mais velho. Impõe mais que respeito em sua figura. Ele transpira poder. Seus olhos são fendas perspicazes e me percebem através da grossa camada de chuva. Seus lábios, encerrados como se escondessem segredos insondáveis, sorriem. Ele se aproxima com a ambição desmedida de um homem que já acumulou riqueza o bastante para dez gerações de Kwons.

Para de frente para mim, bate a mão em meu ombro ensopado, por cima da camisa grudada na pele.

— Não temos tanto tempo, então é melhor me escutar. — Diz à voz profissional, acima dos ruídos da chuva.

Engulo em seco.

O que ele quer de mim?

***

__________ P.O.V.

As íris castanhas se acendem em contraste com a maquiagem discreta. Os cílios alongados desenham curvas, abrem o olhar. O batom vermelho colore minha boca e eu o fecho com um clique entre os dedos. Solto o coque que prendia meu cabelo e ele cai em ondas ao redor dos ombros, por cima do roupão de seda, espalhando o perfume de baunilha do leave-in que usei nos fios. 

Perpasso os dedos pela gargantilha delicada, desenhada nas linhas da clavícula. O pingente solitário é um ponto de luz na pele.

Encaro meu reflexo. Analiso-me, como fiz mais cedo.

Vejo uma boa aparência, mas uma nova compreensão me faz notar que não sou apenas uma casca maquiada e ornamentada para seduzir alguém. Esse não é meu papel na história. Não sou a namorada de um cara. Sou alguém. Diferente de como me sentia mais cedo, antes me embebedar na magia fumacenta que me encorajou... Agora sinto segurança. Uma certeza que me faz fluir confiança de dentro para fora.

Não sinto medo. Não estou me entregando em uma bandeja de prata como uma Ômega submissa e amaldiçoada que precisa da piedade de um homem. Não quero ser marcada para que Jungkook me proteja de uma horda de Alfas. Eles que se ferrem. Se vierem até mim, enfrentarão as consequências, porque eu posso me defender sozinha. Wang Juran me disse isso.

Sou poderosa e posso lutar.

E ninguém deve duvidar de mim.

Mesmo assim, quero ser marcada. Sim, porque esse é o meu desejo, não minha necessidade. Quero compartilhar algo íntimo com Jungkook, algo que só quero com ele e que me transcende para além do que é explicável pela racionalidade humana. Não quero só uma luxúria irresistível, um encontro de peles e bocas e dedos. Não quero só uma afeição magnética que me arrasta e me leva até ele como as marés buscam as areias. Não quero senti-lo superficialmente, quero mergulhar em seu mais profundo âmago.

Quero a atração de almas que ultrapassa o tempo, o medo, a incerteza.

Inevitável.

Irremediável.

Indestrutível.

Fatal.

Estou mais próxima da eternidade quando sinto Jeon Jungkook.

Meus olhos escapam do reflexo e eu miro o segundo volume dos diários de Juran, e depois fito meu próprio. Penso em todas as palavras que eternizei nele, hoje. Inflo os pulmões, confiante. Vozes cavernosas ecoam distantes no corredor. São graves, masculinas. As reconheço. Appa e Jungkook. Meu coração dá um salto no peito e eu corro descalça pelo quarto.

A seda leve do roupão ondula entre minhas coxas e eu paro perto da porta. Encosto mãos e ouvidos na superfície e fecho os olhos. Ouço uma conversa esquisita. Depois de alguns segundos, suas palavras ganham significado em minha cabeça.

E meu coração se parte.

Kim já está preparando o carro. Não se esqueça dos seus documentos. A alfândega exige.

Sim, Sr. Kwon.

Leve um terno mais alinhado. Preto, porque cores não passam a sobriedade necessária. E esqueça essa camisa branca. Lá, elas ficam para seguranças, funcionários e garçons. Leve uma cinza. Gravata fina, um tom mais escuro que a camisa. Tem abotoaduras? — Há uma curta pausa. — Vou te emprestar umas. E não se preocupe, alguém vai engraxar seus sapatos. — Uma respiração. — Pode trocar essa roupa molhada, tomar um banho tranquilo, arrumar sua mala e comer. Temos tempo até sair, mas não se atrase

Sim.

Vou dar alguns telefonemas e pedir a Mi-cha que arrume uma muda de roupa. Ela havia me chamado pra jantar... Vai querer comer meu fígado quando souber que vamos viajar.

Ela vai entender.

Ah, Jungkook. Obrigado, filho. E se lembre que tem muito a ganhar com isso, o resto pode esperar.

Certo, Sr. Kwon. — Não há emoção na voz raspada e melodiosa de Jungkook.

Silêncio.

Solto o ar que não percebi prender e meus olhos se abrem como se eu acordasse de um dos meus pesadelos. A pouca luz que habita no quarto me abraça em uma penumbra desconfortável. Se a chuva torrencial estrondeia lá fora, entre trovões e o chiado volumoso das gotas, meu coração rimbomba com força aqui dentro. Irritação e tristeza se dissolvem em meu interior. Minha garganta se aperta, como se forças invisíveis me estrangulassem. Quero gritar. Contudo, faço silêncio.

Ouço o som tenso dos passos que se afastam. O suspiro pesaroso e esganado da voz melódica. O baque de um soco em uma porta. Um conflito lento e tóxico cresce em minha cabeça. Trinco os dentes, cerro os punhos, olho para o chão abaixo dos meus pés descalços. Encaro a maçaneta e meu queixo se franze. Preciso falar com ele, perguntar o que há. Para onde irá, quando voltará. Essa viagem é mesmo necessária? E o que nós combinamos?

Respiro. Tento me acalmar.

E o vazio que sentia desaparece. É que as linhas etéreas de fumaça escorrem por minhas veias, crescendo. Elas se enroscam em meus punhos, pulsam em frequência contínua para me lembrar de que estou viva, não estou desamparada. Meu poder é parte de mim, minha magia. Ela me resguardará. É ela que abre a porta e me faz andar até o quarto dele. Entro. É minha magia que fecha a porta às minhas costas e gira a chave na fechadura para nos libertar do mundo lá fora.

Meus olhos vão de encontro à figura forte e encantadora de Jeon Jungkook. Ele está parado de frente para duas bolsas sobre a cama desarrumada. Uma é a bolsa preta da Canon, na qual ele carrega sua câmera. Jungkook nunca sai de casa sem ela. A outra é uma mala de mão, de couro preto. Seu olhar se ergue para mim quando entro abruptamente. Suas íris castanhas se avermelham, mas não brilham.

Estão opacas. Sem vida.

Ainda assim, ele é assustadoramente belo.

Está encharcado da cabeça aos pés. A camisa social ensopada é quase transparente na pele parda, repuxa nos ombros largos. Todos os botões estão abertos e deixam uma faixa de seu dorso musculoso e úmido à mostra, desde o tórax robusto até o abdome estreito e definido, um pouco abaixo do umbigo, onde a calça está bem presa pelo cinto de couro desafivelado. Seus cabelos estão grudados na testa, pingando. Os lábios estão arroxeados pelo frio, as bochechas estão pálidas.

Ele balança a cabeça em um gesto habitual e desvia a atenção para a mala.

Dobra uma camiseta e a guarda, ato que eu suspeito que deveria ser menos violento.

— Pode me explicar o que está acontecendo? — Cruzo os braços abaixo do colo.

— Vai sentir tanta raiva quanto eu? — Jungkook retruca, ríspido.

— Só vai saber se me contar. — Dou de ombros.

— Vou pra Tóquio.

Arqueio a sobrancelha.

— Tóquio? Como assim, Tóquio? Tóquio fica em outro país!

Seus olhos se instalam em mim outra vez.

— Pois é.

***

Jeon Jungkook's P.O.V.

Embora a chuva sempre perturbe meu olfato sensível, farejo o perfume de almíscar, baunilha e caramelo. É denso, entorpecente. Se dissipa em minhas narinas e as abafa. Precede a presença da Monstrinha, mas não me previne de sua visão quando ela ultrapassa a porta. Kwon __________ nunca pareceu tão altiva, opressora, irresistível. Se seu cheiro feminino e adocicado golpeia meus pulmões, roubando meu ar, as curvas de seu corpo me aprisionam pelo milésimo de segundo em que me perco.

Ela está parada de braços cruzados. É um ponto claro em contraste com a decoração escura do cômodo. Seus cabelos reluzem à luz do abajur. Seu rosto está impecavelmente maquiado. Os lábios marcados pelo batom vermelho são tão bonitos que me desconcentram. Seu corpo está coberto por um roupão. Pelas curvas acentuadas no tecido em seus seios, com os mamilos evidentes e sem ranhuras de costuras de roupas, posso apostar que ela está nua por baixo da seda finíssima.

Eu tinha que estar em um dia de pico de adrenalina, logo hoje?

A veia em meu pescoço se distende e minha frequência cardíaca dispara. Envia uma nova descarga de adrenalina pelo corpo, estressa os nervos, descompassa o fluxo dos pulmões, dilata as pupilas e encrespa os poros. Como se não bastassem os instintos à flor da pele, contaminados pela essência de Ômega, ela ainda tinha que ser tudo o que eu quero.

Um calafrio se instala na virilha, crispa os músculos e me faz pulsar no atrito com a roupa íntima. É uma excitação quase dolorida que me ataca e sensibiliza o pênis, contrai os testículos, me atormenta. Estalo os ossos da nuca, desconfortável. Passo uma das mãos na calça, por cima do zíper. Pressiono o volume da ereção aparente no tecido molhado e tento inutilmente diminuir a pressão no falo.

Fogo se alastra por minhas entranhas e me consome em uma ira que respira na voz.

É um incêndio que alimenta minha alma e me distrai.

— Por que você vai pra Tóquio? — A Monstrinha pergunta.

Tomo um fôlego para manter um tom estável.

Não posso explodir agora.

— Quer que eu enumere os motivos? — Falo com sarcasmo desnecessário. Sinto o sorriso ácido em meus lábios, mas não consigo controlar. Ela franze o cenho, o que eu acho justo, mas não me repreende. — Yoongi está doente. Eu sou "filho e herdeiro". — Há repulsa em minha língua quando falo isso. — O escritório de Tóquio chamou com urgência. Reunião com a Toyota. Grande acordo. Muito lucro. Ótimo contrato. — Mantenho a voz letárgica, mas sei que ressoo grosseiro.

Ela me ouve em silêncio.

Quando sinto que não haverá resposta, continuo a falar.

— Aparentemente eu sou ótimo com a leitura de contratos. Pego detalhes, estudei esse tema nos últimos meses. Não estarei sozinho lá. Sr. Kwon disse que quer que eu veja como funciona um negócio que envolve milhões, porque um dia essa responsabilidade vai ser minha e do... Yoongi. Ele chamou isso de voto de confiança. Disse que acreditava em mim e me achava competente. É importante, porque se eu ganhar a confiança dele, talvez seja mais fácil convencê-lo de que quero ficar com você, mas...

Minha voz se entrecorta. É apatia, derrota. Elas se misturam ao ódio, à adrenalina, à excitação. Contudo, vislumbro uma aura de julgamento em seu rosto e a tristeza evapora, tão breve quanto veio.

A ira toma seu lugar outra vez.

— Não me olhe desse jeito. — Protesto, ríspido. Pego uma camiseta preta e a jogo na mala. — Eu disse que não sou executivo da Kwon & Co. Enterprises. Disse que sou só um estagiário, que ainda estou no ensino médio e sou só um moleque de 18 anos. Que não tenho a mínima importância para uma negociação entre multinacionais. Era tudo o que eu tinha pra dizer, porque não podia simplesmente falar que tenho o compromisso de estar por perto se minha namorada precisar de mim. — Minhas mãos espasmam. — Porque, pra todos os efeitos, não tenho namorada! — Resmungo, grosseiro.

— Jungkook...

— Não posso nem dizer que vou morrer de preocupação se te deixar aqui sozinha, pra passar dois dias em Tóquio. — Jogo o pijama de flanela xadrez na mala com uma violência desnecessária e passo as mãos pelo cabelo molhado, os penteio para trás. Sinto o peso nos ombros, um cansaço impotente que me envelhece. A adrenalina lateja em minhas veias, irriga cada camada da pele. Isso me enfurece e excita mais. A pulsação constante na virilha me entorpece e a roupa íntima torna-se uma camisa de força para o pênis rijo e contraído.

Ela nem faz ideia do que sinto.

— Dois dias? — Ouço a pergunta ao longe.

— É.

— E a escola?

Rio, amargo.

Essa é minha última preocupação. 

— Seu pai é tipo a porra do dono da cidade. Se ele for à nossa escola pra entregar um atestado, é capaz de eles me passarem na merda do terceiro ano sem precisar do caralho das provas porque ele PODE. E o estágio?! Vou estar trabalhando em Tóquio. E se eu tiver um encontro com a garota dos meus sonhos? Vou receber uma parcela do lucro pelo contrato se fizer meu melhor. A garota vai saber esperar... Nessa merda. Ele disse algo como: "eu já falei que o valor do contrato está na casa dos milhões, com S de puta que pariu? Vai ser uma pequena fortuna na sua conta nesse sábado, Jungkook."

Tento imitar o tom agradável e capitalista do Sr. Kwon, mas só consigo parecer a versão raivosa de um lobo selvagem com palavrões.

— Olha, quanto a mim... Você não precisa se preocupar. Eu sei me defender. — Mal consigo ouvir suas palavras.

Urgência e uma sensação de impotência transbordam em meus poros. Se derramam na pele como calafrios. Os músculos se enrijecem. Minhas mãos trêmulas não têm a precisão necessária para fechar o zíper da mala de mão. Sou, definitivamente, um animal selvagem e claustrofóbico, preso em uma jaula pequena demais. Minha mente se enevoa com as lufadas de ar abafado, pesteado pelo odor de baunilha e caramelo. Uma onda densa de feromônios que me estrangula, prende e maltrata.

Ela anuvia minha cabeça, minha visão, os pulmões, o paladar. Cuspo as próximas palavras, no limite do estresse.

Meus dentes rangem.

— Você não me entendeu! — explodo. — Eu vou passar a merda de dois dias em outro país! OUTRO PAÍS! CARALHO!

Sua sobrancelha se arqueia em um arco perfeito. Ela se empertiga em uma postura que poderia ser defensiva, se não me atacasse com tanta eficácia. __________ descruza os braços e a seda desliza por seus seios, roçando nos mamilos evidentes, duros como pedra por baixo do tecido delicado. As golas do roupão se abrem ligeiramente e deixam uma lasca de pele à mostra em seu decote profundo. Posso ver o vale dos seios pela abertura. Meu crânio inteiro arde em calor, mas não se compara ao latejar na cabeça do pênis, sensível e inchada.

— Primeiro, não use esse tom pra falar comigo. Eu não tenho problemas de audição. — Sua voz é rígida, a um passo da fúria. — E eu posso me defender. Nada vai acontecer comigo. Eu não sou essa imprestável indefesa que você pensa. — Sua calma se vai por completo. Dá lugar ao seu lado mais feroz. — Me irrita essa sua mania de me superproteger! Eu não sou incapaz! Já provei que posso me defender, mas você não confia em mim! Não confia! Pra você eu ainda sou uma patricinha mimada!

Ela vocifera.

E eu solto o ar pela boca em uma risada sarcástica.

— Patricinha mimada?! Você não sabe do que eu tenho medo! Nunca encarou um Alfa mal intencionado de frente! Você não sabe como é! Já te falaram diversas vezes que Ômegas são frágeis! Eu não vou te deixar a mercê de um bando de Alfas que...

— EU NÃO SOU FRÁGIL! Posso me proteger! Já mostrei que posso me defender da sua raça de idiotas que acham que são os donos do mundo porque são Alfas! Já deixei você e o Yoongi no chão, ajoelhados e implorando pra que eu não os matasse! MATASSE! E eu nem dominava meus poderes quando isso aconteceu! Sou muito mais forte que todos vocês juntos! E é melhor você entender, ou isso aqui entre a gente não vai dar certo! — __________ fecha os punhos. Suas íris refletem um tom de azul safira intenso e brilhante. Ela inspira um resfolegar entrecortado e entreabre os lábios. — Você nunca confiou em mim.

— Quê?! Você...

— Você não confia em mim! Essa é a verdade. Nunca confiou. Acha mesmo que eu sou um bichinho indefeso! Um bichinho indefeso que precisa de um Alfa forte e cheio de músculos pra me proteger! EU NÃO PRECISO DA SUA PROTEÇÃO!

— EU ME PREOCUPO COM VOCÊ PORQUE TE AMO! — Não há ar em meus pulmões, mas a voz sai em uma explosão. Ela franze o cenho, com ainda mais raiva, e eu largo as malas. Avanço como um predador sobre ela, e só paro quando centímetros nos separam. — Não tem nada a ver com achar que você é capaz, ou não! Eu te acho foda, forte e poderosa pra caralho. Já falei! Mas, eu me preocupo! E se alguma coisa te acontecer, o culpado sou eu!

— Não! Você não é culpado! Eu sou responsável pelos meus atos e por minhas escolhas! Eu! Só eu! E não adianta dizer que eu sou forte e poderosa se você não acredita que eu posso usar meu poder pra cuidar de mim mesma!

— Caralho! Você não me entende!

— Entendo! EU ENTENDO SIM! Não sou burra! E, quer saber?! Se você não confiar em mim e me tratar como uma igual, isso entre nós não vai dar certo! Não vai. Eu te amo, mas amo mais a mim mesma, e se tiver que escolher, eu me escolho! — Ela bate no próprio peito com a palma aberta.

Caímos no silêncio.

Ambos arfamos, sem ar.

Eu também escolheria você, Monstrinha.

Uma gotícula de água escorre de uma mecha dos meus cabelos, goteja em seu nariz. Compartilhamos os hálitos com as bocas próximas, as pontas dos narizes se friccionam. Meu corpo, robusto e truculento, a embosca contra a porta. Ergo os braços e encosto as mãos na superfície de madeira, uma de cada lado dos ombros dela. Nossos olhos se cruzam com uma intensidade agressiva, no extremo de sentimentos conflituosos. E uma avalanche de sua essência me golpeia, entorpece, trava uma luta com meus feromônios no ar.

Estou no limite. Nossos gritos reverberam em minha mente. Meu coração retumba violento, meus músculos se contraem e se distendem. Meus nervos se estressam e dispersam espasmos na pele hipersensível. Minha virilha arde em ondas constantes de adrenalina que se transforma em um latejar prazeroso e doloroso, impulsionando sangue para as veias do pênis, inchando-o, retraindo os testículos. A sensação é tão intensa que a glande pulsa e libera o líquido pré-seminal pela fenda, melando a boxer preta que me estrangula.

É uma overdose de adrenalina.

É infernal.

— Tem razão. Não acho que pode se defender sozinha. Pelo menos... Não ainda.

— Você é um imbecil. — Ela retruca com a intenção de me ofender.

— Quer terminar comigo por isso? — Sussurro.

Ela hesita. Seus olhos titubeiam por meu rosto, por minha boca, e voltam ao meus olhos. As abas da minha camisa aberta tocam seu busto e umedecem a seda que a cobre. Manchas escuras se formam nos topos dos seios, e eu dou mais um passo em sua direção, até sentir os mamilos túrgidos em minha pele. Baforadas do cheiro adocicado se espalham ao meu redor, e eu sei o que significa. Vejo-a estreitar os olhos. Meus dedos, escorados na porta, estremecem. Rosno quase nulo. Arqueio a sobrancelha e emito um sorriso repleto de sarcasmo.

Minha língua se enche de saliva.

— Eu te fiz uma pergunta, Srta. Kwon __________.

O uso de seu nome mais formal faz com que ela se inflame. 

— Quero. Eu quero terminar com você.

Minhas narinas tremem.

— Ótimo. Então, vá embora. — Cutuco a porta atrá de nós com um dedo e espero sua reação. Ela não se mexe. — Não estou te impedindo. Pode ir. — Murmurejo sem tirar o sorriso. Seus lábios pintados de vermelho se entreabrem e um suspiro quente de seu hálito bate em minha boca. — Eu te conheço. Posso sentir seu cheiro. Pode negar pra mim, pode até me dar um tapa na cara por dizer isso... E eu nem tiraria sua razão, mas... Eu sei que está molhada, e sei o que quer.

Os olhos azuis como safiras não se afastam dos meus, indefiníveis.

— Não preciso negar nada. E eu estou, sim, terminando com você, Jungkook.

Seus lábios se esticam em um sorriso cruel.

Respiro entredentes.

— Então, por que está maquiada assim? E esse batom? E esse roupão? Você acha que eu não percebi que está nua? Desde que entrou na porra desse quarto eu estou de pau duro por causa disso. — Ela não me rebate e seu rosto ganha cor. É minha confirmação. — O que você quer? Me torturar? É isso? Quer me mostrar que não é só a mulher da minha vida, mas também é... Tão bonita que me machuca?

— Nem tente...

Interrompo-a.

— ...Quer me mostrar que é isso tudo que eu vou deixar aqui, pra dormir na merda de um quarto de hotel em Tóquio? Quer terminar comigo pra me maltratar, porque sabe que vai me ter quando quiser? Porque você sabe que eu sou seu. Sabe dessa porra toda desde sempre. Desde o dia que a gente se conheceu naquele cemitério. Naquele dia você já sabia que eu era seu, que eu te seguiria aonde quer que fosse. Sabia, não... Sabe. Sabe que eu sou seu. Só seu. Só seu.

Cuspo as palavras em uma agressividade latente, com sussurros.

Sinto seu peito subir e descer descontrolado em uma respiração descompassada contra meu dorso. O ar quente colide contra minha boca, nossos olhos continuam pareados. A urgência com que engolimos o ar infestado de feromônios só aumenta a tensão que nos aprisiona em uma bolha asfixiante. Não nos tocamos com as mãos, mas avanço um último passo para colidir meu corpo contra o dela. Esmago seus seios em meu abdome, o cinto de couro pendurado no meu cós arranha sua perna. Pressiono o quadril contra seu ventre.

E minha ereção pulsa com violência. Ameaça romper a roupa íntima, expulsa mais do líquido pré-seminal pela glande inchada e sensível. Umedece mais minhas roupas e lateja contra ela. Seu corpo inteiro estremece sob mim e eu lanço um último olhar em seus olhos. Acirro os dentes, minhas gengivas fervilham. O estresse palpita em minha cobiça, transforma a ira em pura excitação. Não quero nada menos que obsceno, agora. Sinto sede. Sinto fome. Quero provar o sal de sua pele, o gosto de sua boca.

Ela.

Inteira.

— Consegui te convencer a não terminar comigo? — Mantenho a sobrancelha arqueada.

E ela diz as únicas palavras que eu já quis ouvir.

— Me marca, Jungkook. Agora.

***

 


Notas Finais


Meu canal no YouTube: https://www.youtube.com/channel/UC09weGTRInSQa0IJ1seTw6g
TRAILER DA FANFIC: https://www.youtube.com/watch?v=HujwFktwYQI&t=1s
Meu Wattpad: @Ghost_Fanfics
Link da música do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=NS6KGmgVjY4
Carro do G-Dragon: https://c1.staticflickr.com/5/4730/38692681724_bc4f0b4db1_b.jpg

SIM, TEM HOT NO PRÓXIMO CAPÍTULO!
Eu demoro um pouco mais pra fazer esses capítulos, por isso eles não saem com frequência OHIOHIHOIHOIHOIHO Peço a paciência de vocês oiohhihoiho SEM OR QUE VERGONHA OIHOHIOHIOH
Vou postar assim que ele estiver pronto, prometo <3
Amo vocês <3

~~Ghokiss


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