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História Harvest Moon: Life In Summer Valley - Por trás das águas


Escrita por: LorenaLuiza e Balleseros

Notas do Autor


Desculpem qualquer erro, e boa leitura!

Capítulo 6 - Por trás das águas


POV. DYLAN

O dia do festival havia chegado. Meus braços doíam de tanto trabalhar nos dias anteriores, mas até que enfim, consegui terminar a expansão de Thommas. Comecei a me arrumar, enquanto Louise ainda dormia. Coloquei uma camisa xadrez vermelha, preta e branca, uma calça jeans, com uma correia com uma fivela de alpaca, e uma botina.  Saindo do quarto, acordei Lou.

- Acorde mana, oito horas, já.

Saí, e fui cuidar das galinhas. Por um momento esqueci que Mafalda não estava no celeiro, e quase entrei.

Chegando na praça central, encontrei um lugar todo enfeitado. Haviam estampas de vacas, no chão e ao redor de toda a praça. Um palco bem grande, cobria grande parte do norte do rossio. E dos lados, estavam as vacas, participantes do concurso do festival. Cada dono estava ao lado de sua propriedade, e do lado direito, estava Yuri, acenando para mim, com Mafalda logo em seu lado.

- Dylan! Aqui está ela! Sentiu saudades?

- E como! Olá Mafalda! – passei minha mão debaixo de sua boca, enquanto ela mugia, feliz para mim.

Continuei ali a seu lado, enquanto esperava o torneio começar. Várias pessoas começaram a chegar, como Louise, que logo se sentou em um banco, e ficou ali, curtindo o ar geladinho que batia em seu rosto . Graziela também estava por ali, sendo empurrada por seu neto, Ashton. James também já estava ali, junto com sua esposa, Olivia.

Parei de olhar, quando Jacob anunciou em seu auto-falante, o início do concurso.

- População de Summer Valley! Sejam bem vindos ao Festival Anual de Vacas! Temos como participantes, dessa vez, seis moradores! Subam ao palco, por favor, Vanda e Dominique!

Ela subiu, juntamente com sua vaca. Logo depois, subiu Eric, seu filho, Itamara, esposa de Yuri, uma mulher mais velha, e um rapaz de uns vinte e tantos anos – eu não os conhecia, deveriam ser da cidade grande ou se não, de uma vila vizinha - todos acompanhados de seus animais, e por fim, eu e Mafalda. Todos aplaudiram, e avaliações começaram.

O esquema era: Jacob, com a ajuda de Yuri, davam uma olhada em cada vaca. Olhava a forma que ela estava sendo tratada, se ela estava feliz com seu dono, e provava o leite de cada uma, já que uma vaca bem cuidada, produz um leite melhor. Após terem avaliado todas, com a ajuda do público que estava ali, foram capazes de decidirem os vencedores.

- Em primeiro lugar – Jacob se pronunciou -, levando para casa o troféu de Rei, ou Rainha do Gado, e uma quantia de 10,000g, temos... Vanda e Dominique! Parabéns Vanda! – logo em seguida, ela foi aplaudida por todos e pegou o prêmio com Yuri.

É claro que eu sabia que eu não levaria primeiro lugar ainda esse ano, já que eu não tinha Mafalda não fazia nem um mês inteiro, mas mesmo assim, fiquei meio triste, e parece que ela também.

 – Em segundo, levando para casa o troféu de Príncipe, ou Princesa do Gado, e uma quantia de 7,500g, temos... Itamara e Rosita! – todos aplaudiram outra vez.

- E por fim, em terceiro lugar, levando apenas uma medalha de bronze e 5,000g... – abaixei a cabeça, e esperei Jacob falar outro nome, sem ser o meu, mas foi o contrário – Dylan!

Eu me surpreendi, fiquei sem entender por um tempo, mas fui até o prefeito, o qual me vestiu com a medalha e me entregou um saquinho cheio de moedas de ouro. Jacob também vestiu Mafalda com uma medalha de bronze, e então, finalizou o festival.

- Me diverti muito esse ano, espero que posso contar com todos vocês da próxima vez. Nos vemos até o próximo!

- Pode deixar que eu deixo Mafalda em sua casa, fique tranquilo – Yuri disse, depois de pegar em minha mão.

Passei um tempo conversando com Louise, falando sobre a nossa fazenda, e os negócios, mas Bianca apareceu e me puxou.

- Você foi muito bem lá em cima – ela falou.

- Mas eu não fiz nada, apenas recebi a medalha.

- Mesmo assim, você mereceu – ela me deu um beijo na bochecha e depois foi embora.

Pensei em voltar a falar com Louise, mas vi que ela já tinha se entretido com seu ex, parece q ele tinha aparecido para ver o festival.

Era apenas 18h30, resolvi então em passar pela casa de dona Graziela, fazer outra visita. Bati na porta, mas ninguém respondeu. Ouvi algumas gritarias do lado de dentro, então simplesmente entrei para ver o que estava acontecendo.  Graziela estava em sua cadeira de rodas, e Ash estava gritando com ela. Estava bravo, muito bravo.

- Como assim você deixou o cara entrar aqui, e não fez nada? – ele passava a mão na cabeça,  e puxava seus cabelos – Aliás, se sentiu seduzida por ele!?

- Theodoro está fazendo café? – mas ela parecia não escutar nada do que ele dizia.

- Preste atenção em mim, vó! – ele pegou ela pelos ombros e a chacoalhou.

Naquele minuto eu corri para ele, e o afastei e o pressionei na parede.

- Para com isso cara! – ele se assustou.

Ashton não disse nada, apenas amoleceu o corpo e começou a escorregar, até estar sentado no chão. Afundou a cara em seus cotovelos, e ficou ali.

- Dylan! Veio para me acompanhar no jantar outra vez?

- Boa noite, dona Graziela, vim apenas fazer uma visita, mas agora preciso conversar com o seu neto – o levantei, e o levei para um dos quartos – se me der licensa, Grazi.

Já no quarto, ele começou a andar com as mãos tapando seus olhos.

- O que foi aquilo? Você enlouqueceu? – eu perguntei, pasmo.

- Eu não sei mais o que eu faço, Dylan! Eu não posso mais deixar ela aqui sozinha, todos os dias à noite, eu tive sorte de que esse “Lado Loiro” era inofensivo, mas e se por acaso aparece algum que pode ter, sei lá, uma arma, e que não importa se ela é uma velhinha indefesa?

- Eu sei que é difícil, mas não é porque ela é sua vó, que você pode fazer aquilo que você fez com ela! – dei um sermão nele.

- Eu não sei o que me deu, eu realmente não deveria ter feito aquilo, é que tá tudo tão difícil, ter quer ir pra cidade trabalhar, e depois chegar aqui cansado, com vontade de dormir, mas às vezes a vó ainda tá acordada, e não quer dormir de jeito nenhum, e isso me irrita. Depois no outro dia de manhã, tenho que cuidar dela até o resto do dia. E isso é muito cansativo, muito.

- Se você está pensando em colocá-la em um asilo, Ash...

- Não eu não estou – me interrompeu – eu nunca faria isso. Aliás, na verdade estava pensando em largar o emprego de lá, para dar mais atenção à ela. Dia e noite, o problema é que eu não posso parar de trabalhar, então vou procurar algum trampo de meio período por aqui mesmo, se possível apenas na parte da manhã, que é quando a vó ainda dorme.

- Entendo, bom, espero que consiga.

- Mas eu também estava pensando, vocês da carpintaria não estariam precisando de mais um ajudante?

- O que? Mas é claro! Você está querendo trabalhar lá?

- Se vocês me aceitassem...

- Mas é claro, já quer começar amanhã?

- Estarei lá.

Estava tudo resolvido. Ainda bem. Saímos do quarto, eu passei um tempo conversando com a dona Graziela, e logo fui embora. Já estava anoitecendo, então todos estavam saindo das ruas, e estavam entrando em suas casas. Passei pela praça, mas todo mundo já tinha ido embora, vi apenas Pietro ajudando a desmontar o palco, com a ajuda de alguns outros poucos cidadãos. Não esperei, apenas fui ajudá-lo.

Terminando, arrastei meu corpo até o bar da vila. Eu estava cansado, mas eu estava com muitos pensamentos na cabeça para dormir. Então a melhor forma de esquecer eles um pouco, era bebendo.

Entrei, e fui recebido pela Isabel logo de cara. Pedi à ela apenas um copo de cerveja, e me sentei em frente o balcão, enquanto bebia. Tomeis alguns poucos copos, mas foram o suficiente para me deixar um pouquinho bêbado. Minha cabeça já começava a girar, mas eu continuava bebendo. É um vício, quando começamos, não conseguimos parar. E fui assim até o fim da noite.

Isabel meio que me expulsou de lá, pois ela tinha que fechar, já que ela, como qualquer um, precisava dormir. Fiquei cambaleando pela vila, até chegar em casa. Quando enfiei minha cabeça no travesseiro, logo dormi.

No outro dia, mesmo com uma baita ressaca, fiz um favor à Louise, e usei o dinheiro que eu havia ganho para comprar as sementes que ela precisava.

Quando voltava, encontrei Eric confuso e assustado. Ele me viu e correu em minha direção.

- Dylan, por favor, me ajude! Dorothy sumiu! Eu estava levando ela à pé para a nossa roça, logo depois da vila, quando eu parei para beber um pouco de água, e colocar um pouco pra ela também, mas quando me virei ela já não estava mais ali. Não sei para onde ela foi, e como eu não conheço muito bem a floresta, eu não me arrisquei a ir pra lá.

- ...quem?

- A minha vaca! Por favor!

- Ah sim, pode deixar, não se preocupe, espere aqui, que daqui a pouco ela estará aqui junto à você outra vez.

Nisso, já que estávamos perto do atalho para a floresta, segui o caminho. Passei pela carpintaria, olhando para todos os lados em busca do animal, mas por ali, não havia nada. Continuei andando, até que cheguei na parte onde havia uma cachoeira. Ali era tudo meio nublado, com névoa, por causa do água gélida daquele rio.

Não imaginei que ela estaria ali, mas talvez por acaso, então atravessei a cachoeira, e entrei numa parte bem escondida dali. Às vezes eu passava por ali quando eu não tinha nada pra fazer, quando o meu corpo pedia um pouco de descanso.

Era uma parte linda, toda verde, com um lago bem ao centro. Em volta dele, havia várias flores, todas coloridas, que embelezavam ainda mais o lugar. E logo em frente à ele, estava uma vaca, que imaginei que seria Dorothy. Mas o mais interessante, era que logo sobre o lago havia uma forma de uma mulher, uma moça jovem de cabelos verdes. Ela usava uma túnica branca, assim como aquelas que se usavam nos tempos da grécia antiga.

Porém, ela me percebeu, e no mesmo instante, desapareceu. Eu apenas ignorei aquilo, como se fosse coisa da minha cabeça, e acompanhei Dorothy de volta para Eric. Ele ficou muito agradecido e me pagou um pouco pelo meu trabalho. Eu recusei, claro, mas ele insistiu.

Deixei o resto do dinheiro em casa, e comecei mais outro dia de trabalho.


Notas Finais


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