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História Heartbroken - Capítulo 18 - Não preciso da sua ajuda


Escrita por: Brokeen

Notas do Autor


Oi gente, demorei né? Me desculpem como sempre. Eu já tinha dito que não sabia quando esse cap ia sair, então n sou tão culpada assim, mas mesmo assim sou uma bitch por ter demorado 12 fucking dias :v

Mas então, de qualquer forma, boa leitura e até lá embaixoo!! (e me desculpe qualquer erro)

Capítulo 19 - Capítulo 18 - Não preciso da sua ajuda


Fanfic / Fanfiction Heartbroken - Capítulo 18 - Não preciso da sua ajuda

 Eu ainda estava na casa de Grace e tentávamos por algumas matérias em dia. O ano estava quase no fim, então precisávamos mesmo ter as matérias ao pé da letra para os próximos testes e avaliações, para então passarmos nos vestibulares. Eu não estava nenhum pouco ansiosa para que tudo acabasse. Eu não tinha a mínima ideia de qual Universidade eu iria quer ir. Estávamos sentada na cama dela em seu quarto.

  Deixei minha caneta em cima do caderno e suspirei olhando para a janela de Grace.

 - Eu não consigo. – Disse eu pondo o caderno de lado. – Não entra. Simplesmente a droga da matéria não entra na minha cabeça! – Eu já estava cansada e frustrada. Grace largou sua caneta e olhou para mim.

 - Hoje não é o dia, não é? – Olhei para ela.

 - Hoje não é dia, não é a semana, não é o ano! Estou cansada de tudo. – Pus minha cabeça entre minhas mãos.

 - É... Eu também não estou conseguindo fazer. Na verdade... Nesses dias estou com a cabeça na lua, e você não está em uma situação diferente. Queria te perguntar se você estava mesmo aqui, pois não parecia. – Levantei minha cabeça.

 - Está tão ruim assim? – Ela assentiu. – Desculpe.

 - Não é sua culpa. Não é a culpa de ninguém. Tudo só está muito complicado... – Ela suspirou e fechou seu caderno. – Eu preciso repor minhas notas, tudo tá uma merda. E minha mãe, ela só... – Ela suspirou e fechou seus olhos. – Eu não entendo. – Ela se levantou e olhou pela janela. – Eu sinto como se minha mãe estivesse cada vez mais longe de mim, e ela não se esforça. É como se ela me quisesse longe. – Ela abaixou a cabeça. – Não entendo, meus pais apenas me querem longe... Meu pai me deixou e minha mãe está me pondo de lado. – Vi que seus olhos estavam marejados. – Eu não sinto como se eu fosse a mesma pessoa de antes. Tudo aconteceu tão rápido e eu mudei tão rápido... – Ela olhou para mim e deixou uma lágrima cair. – Acho que minha mãe esconde algo de mim. – Me levantei e fui até ela. – Não é possível, eu não consigo entendê-la. É como se ela olhasse para mim e sentisse dor. Toda vez que pergunto o que está acontecendo ela foge do assunto. - Apenas fiquei á observando, eu não sabia o que dizer.  – Eu sou tão ruim assim? – Ela deixou que mais lágrimas caíssem é a abracei.

 No fundo nós duas precisávamos ser abraçadas. Nós duas precisávamos de um refugio, de ser acolhidas. Tínhamos a carência de carinho dos nossos pais. Erámos apenas adolescentes sofrendo com a transformação que era amadurecer. Mesmo sendo doloroso, era preciso. Eu já tinha passado por coisas ruins, mas sinto que a cada dia só está piorando. De forma diferente e com dores diferentes. Pode até não ser tão ruim quanto antes, mas eu sinto que só está no começo. E eu tinha medo de quais coisas eu ainda teria que passar e quais seriam as dificuldades. Se assim eu já sentia que estava destruída, não quero nem imaginar no futuro. A ideia de ter que sofrer para amadurecer me assustava, mas eu e provavelmente todas as pessoas pelas quais estavam passando pela mesma coisa teriam que se acostumar, pois coisas piores ainda estavam nos esperando.

 - Não, você não é ruim. – Disse á Grace. - Pode estar parecendo o fim, mas é apenas o começo. Sinto muito. – Respondi ainda abraçada á ela. Lembrar-me de tudo que tive que passar e ainda teria que passar fez com que eu chorasse junto á ela. – É assustador, não é? – Nos soltamos e observei sua face avermelhada por conta do choro. Ela assentiu. – A vida em si é assustadora, mas temos que passar por ela e superá-la. – O peso das palavras á atingiram e ela assentiu hesitante. Ela suspirou e limpou suas lágrimas.

 - Eu preciso saber. – Disse ela com um pouco de determinação. No começo eu não sabia do que ela estava falando, mas depois me dei conta. – Eu preciso saber o que minha mãe esconde. Mesmo se for doloroso ou se eu não deveria ficar sabendo. Eu apenas preciso saber, você me entende? – Olhei para seus olhos azuis e dei um meio sorriso.

- Perfeitamente.

XXX

 

 Cheguei em casa quando estava anoitecendo. Fui até a cozinha e pedi para que Anna fizesse panquecas para mim.

 Sentei-me á mesa e deitei minha cabeça entre meus braços enquanto ela preparava minha refeição.

 - Então... Você foi á casa de uma amiga? – Perguntou Anna.

 - Sim. – Respondi.

 - Qual o nome dela?

 - Grace.

 - Hum... Grace? Você nunca disse algo sobre ela para mim.

 - Pois é. – Levantei meu rosto.

 - Estava fazendo o que lá? – Suspirei.

 - Vai começar o questionário? – Indaguei e ela me olhou.

 - Eu só quero saber o que se passa no seu cotidiano, há algo errado nisso? – Neguei com a cabeça. Eu estava cansada. – Então, o que foi fazer lá?

 - Estudar. – Anna pois o prato com as panquecas na mesa e os peguei e me levantei.

 - Não vai comer aqui? – Perguntou Anna. Neguei e subi para meu quarto.

 Depois de comer, fui tomar um banho demorado e logo depois decidi ficar jogada em minha cama ouvido qualquer música até que desse sono. Várias coisas estavam borbulhando em minha mente e evitando que o sono viesse. Eu realmente não sabia porque estava assim. Eu apenas queria dormir e acordar no outro dia.

XXX

  Acordei antes de meu despertador tocar e até estranhei. Tomei um banho longo, coloquei uma calça jeans escura e um pouco rasgada, uma camisa cinza, meu casaco azul escuro jeans e meus all stars vermelhos com brancos. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo alto, passei um pouco de base em meu rosto e um batom claro.

 Desci com minha mochila nas costas, dei bom dia para Anna, comi alguns kookies com gotas de chocolate e sai de casa.

 Quando cheguei ao colégio, vi Grace escorada em seu armário com os olhos fechados. Acenei a palma da minha mão pelo seu rosto para ver se ela estava acordada ou simplesmente com os olhos fechados. Sorri de lado ao ver que ela não tinha percebido minha presenta. Dei um chute no armário ao lado e ela quase deu um pulo. Ri de sua reação e ela me olhou confusa.

 - O que diabos você está fazendo? – Indagou um pouco irritada.

 - Ou, desculpe. Você estava mesmo dormindo? – Ela me olhou como se fosse obvio.

 - Quando uma pessoa fecha os olhos, ela provavelmente está fazendo o quê?

 - Tem várias coisas que se podem fazer com os olhos fechados. – Ela rolou os olhos. O sinal tocou e começamos a andar até a sala de aula assim que peguei rapidamente meus materiais em meu armário. – E ontem, como foi sua noite? – Perguntei. Ela hesitou um pouco em responder.

 - Eu e minha mãe discutimos... Na verdade brigamos, feio. – Mordi meu lábio e olhei para ela. Eu estava um pouco preocupada.

 - O que você fez? – Perguntei e ela me olhou.

 - A culpa tem mesmo que ser minha? – Neguei.

 - Não exatamente. Perguntar o que você fez não significa totalmente que a culpa foi sua. Sua mãe pode ter feito algo e você pode ter terminado e mesmo assim a culpa não for sua. Não me interprete mal.

 - Tudo bem, desculpe. – Ela suspirou. – Eu... Acho que ela me interpretou mal, ou eu á interpretei mal, ou nós duas nos interpretamos mal. Eu apenas... Fui direta demais e ela indelicada demais e mesmo assim, ela não deu a resposta que queria. Ela sempre vai para o caminho mais complicado e sem respostas e eu absolutamente odeio isso. – Assenti hesitante. Não teria nada que pudesse falar e de qualquer forma, não precisaria.

 Quando entramos na sala de aula, o professor de Física nos olhou meio torto. Eu apostaria que ele iria passar algum teste surpresa. Estudar em um Colégio á alguns anos e conhecer os professores tem sua vantagem. Nos sentamos e logo depois alguns alunos também entraram. Inclusive Niall, que ficou observando Grace o tempo todo. E por último entrou Zayn, como sempre. Ele me olhou de soslaio e assim que eu percebi, ele desviou o olhar.

 O professor anunciou o teste surpresa e bufei, sabia que ele iria passar esse tipo de coisa. No decorrer das questões, minha cabeça latejava mais quando eu tentava lembrar das respostas e o que eu e Grace estudamos no dia anterior. De vez em quando eu sentia que estava sendo observada e logo olhava para o rumo de Zayn, ao perceber que eu tinha visto, ele sempre desviava o olhar. Já no fim da aula isso começou a me irritar, pois sempre acontecia. Ao terminar meu teste com custo, entreguei-o pronto para o professor e nem passou dois minutos e meio para o sinal tocar. Outras aulas tediantes, mas muito importantes passaram, teve o intervalo que também foi um saco e o horário da saída.

 No final começou a rolar um tumulto na frente do Colégio, as pessoas começaram a vaiar e corri com Grace para ver o que era. Ela disse que não iria correr porque não se interessava em ver o que era e a larguei na porta do Colégio. Vi sobre alguns ombros que era uma briga e que Ryan estava envolvido nela. Tentei avançar até o meio do circulo e arrancar ele de lá, mas uma mão agarrou meu braço e me puxou para trás. Olhei de uma vez para trás e vi que era Zayn. Olhei confusa e irritada para ele.

 - O que diabos acha que está fazendo? – Tentei livrar meu braço de seu punho, mas ele estava segurando com força.

 - Te livrando de se meter em uma confusão que não é sua.

 - Mas é meu irmão e você não tem nada haver com isso.

 - Muito menos você. – Eu estava ainda mais irritada.

 - Quem decide em quais confusões entrar sou eu. – Ele não respondeu. – Me solta pelo menos.

 - Não irei te soltar. – Suspirei tentando manter a calma.

 - E por que não vai?

 - Se eu soltar, você vai correr para lá e você não deve fazer isso.

 - Ah pelo amor de Deus! Faça-me um favor! Vai cuidar da sua vida em vez de ficar se preocupando com a dos outros. Ele é meu irmão e eu vou ir atrás dele custe o que custar, você não é ninguém para me deter.

 - Eu não vou deixar você ir. – Sua expressão estava séria.

 - Vai se foder Zayn! Por que está fazendo isso?

 - Estou te protegendo. – Bufei.

 - Eu sei me proteger muito bem sozinha, eu não preciso da sua ajuda. E mesmo se precisasse, nunca iria pedir para você. Agora me solta antes que me altere mais ainda.

 - Pode se alterar o quanto quiser, eu não vou te soltar.

 - Enquanto você fica me segurando, meu irmão provavelmente está sendo surrado e por sua culpa! Porque você não quer deixar que eu vá! Aliás, por que está fazendo isso? Não foi ontem que você decidiu se afastar porque não queria me decepcionar? – Ele olhou para mim e vi que estava hesitante. – Se não quer mesmo me decepcionar, comece á cuidar da sua vida e se afaste de mim. Não quero que você continue me protegendo, pois eu não pedi a sua proteção. Agora me solta! – Sua expressão mudou e ele afrouxou o punho, dando liberdade para que eu corresse.

 Me soltei dele e corri até o meio da multidão. Tinha quatro garotos ao redor de Ryan e ele estava caído no chão. Corri desesperadamente até ele e os garotos se afastaram, como se já estivessem terminado o que tinham que fazer. O rosto de Ryan estava sangrando por conta de alguns machucados. Ele provavelmente teria quebrado o nariz e havia cortes em sua boca e bochecha e seu olho estava meio verde, iria inchar.

 - O que diabos estava fazendo? – Fui até ele e me agachei ao seu lado.

 - O que você quer agora? – Perguntou ele com dificuldade tentando se levantar. O detive o fazendo se deitar novamente. – Me deixe levantar. – Disse ele.

 - Não. Não se mova, preciso chamar uma ambulância. – Disse eu preocupada. Procurei por meu celular e quando eu já estava discando o número da emergência, ele segurou meu pulso. O olhei assustada.

 - Não ligue. Eu não preciso. – Ele tentou se levantar novamente e conseguiu.

 - Claro que precisa. – Insisti.

 - Não preciso, e aliás, o que está fazendo aqui? Eu não pedi que viesse. – Suspirei o olhando indignada.

 - Você é meu irmão, eu me preocupo com você.

 - E acha que eu sinto o mesmo por você? Você deveria ter mais orgulho e parar de ser idiota. Eu não quero a sua ajuda. Não sei o que está fazendo aqui passando vergonha no meio desses idiotas. – Ele tentou se levantar e não teve sucesso.

 - Você é mesmo um babaca. E sou mesmo uma idiota por tentar te ajudar e querer o seu bem, vejo que você não aprendeu levando essa surra, deveria ter apanhado mais. E aliás, quem bateu em você? Foram os caras... – Ele me interrompeu. Eu iria apostar que eram os caras no qual ele conseguia as drogas.

 - Isso não importa. Agora se você puder sair de perto de mim, eu agradeceria. – O encarei.

 - Vai pra o inferno. – Levantei-me abruptamente e sai esbarrando em todos.

  Quando eu já estava saindo do meio da multidão, esbarrei em Zayn. O encarei por poucos segundos e continuei a andar. A expressão dele estava suave, como se soubesse o que iria acontecer. Eu sou mesmo uma idiota sem orgulho, deveria ter deixado Ryan caindo lá no meio mesmo, mas eu não queria demonstrar que acreditava no que Zayn tivesse dito. De uma forma ou de outra eu não deveria ter ido na pessoa que uma vez foi meu irmão, mas mesmo assim eu fui. Deveria ter deixado Zayn me deter, mas eu não queria mais escutar o que ele dissesse. Foi ele que me queria longe e eu agora queria o mesmo da parte dele, ou pelo menos eu estava tentando me convencer de que queria o mesmo. 


Notas Finais


Gostaraaam? Hum... Pois eu espero que sim!! Aguardo pela opinião de vcs aqui embaixooo!!

Obrigada e até o próximo! BJS


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