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História Humanos e...Monstros?! (Sans X Leitor) ( Reescrevendo) - O julgamento.


Escrita por: DeterminedOne

Notas do Autor


Oh, bOy! Eu acabei de terminar o capítulo e sinceramente só iria posta-lo na semana que vem, mas então, eu pensei, "ah, eu já fiz eles esperarem tanto antes, então, vou postar sim!" Então, aqui estamos nós kkkk.
Eu queria agradecer muito aos comentários e os Fav! Vocês não sabem a alegria que me dão! Então, espero que gostem e aproveitem! Qualquer erro perdoa a Tia ;-;

Capítulo 33 - O julgamento.


O dia amanheceu ensolarado e o céu, se encontrava tingido de tons amarelados, e pequenos raios dourados se espalhavam pelo quarto. O vento uivava e as árvores balançavam adjunto aos cantos dos pássaros. O cheiro das flores se espalhava pela terra e trazia esperança nos corações daqueles que acordavam. Você abriu os olhos lentamente e se deparou com Sans te observando apaixonadamente. O olhar cheio de amor e ternura que ele demonstrava aquecia seu coração.  

“Bom dia.” Ele sussurrou, passando as mãos em seus cabelos. Você fechou os olhos novamente, aproveitando a sensação morna de suas falanges sobre os fios. Um sentimento carinhoso que te proporcionava uma sensação de paz.

Você devolveu um sorriso afetuosamente. “Bom dia Bonehead.” Você disse baixinho, encarando-o. Havia tanta paz em suas orbitas, tanta doçura, gentiliza, mas acima de tudo, amor.

“Dormiu bem?” Ele questionou, descendo os dedos de seu cabelo para sua face, acariciando de leve, sua visão nunca a deixando, juntamente com um sorriso tranquilo e suave. Você gemeu ao sentir seu toque e sorriu.

“Sim.” Você respondeu sonolenta. Fazia tempo que você não dormia tão bem; não existia um cansaço, apenas uma sensação gostosa dos lenções sobre sua pele, além dos carinhos do esqueleto. Você respirou fundo, aproveitando o ar fresco da manhã. Hoje, seria um dia cansativo e você queria aproveitar ao máximo dessa sensação tranquila que você se encontrava.

“Hoje é o grande dia.” Sans disse tranquilamente. Você assentiu e se enrolou ainda mais nos cobertores macios. Ele riu com ação e levantou-se. “Vamos preguiçosa, você não vai conseguir fazer nada se não resistir a cama. Eu sei que ela pode ser muito tentadora.” Ele terminou falando em um tom baixo e quente.

Você riu e jogou os cobertores de lado, levantando-se energeticamente, expressando um olhar de vitória. “Você não tem ideia do quão essa luta foi dura.” Você respondeu brincando, ao mesmo tempo que olhava para Sans esboçando um sorriso divertido.

O esqueleto riu e se dirigiu até a cômoda. “Imagino.” Ele respondeu, retirando sua roupa e se trocando rapidamente. Fazia tempo que você não tocava o esqueleto e você queria muito vê-lo se contorcer enquanto você brincava com a alma dele. Você riu com o pensamento e resolveu se arrumar. A audiência seria as nove horas e você queria chegar cedo para não se preocupar muito. Partindo em rumo ao guarda-roupa e abrindo-o, você retirou um vestido preto, com estampas de cabeças de caveira. “Perfeito, eu havia esquecidi que tinha comprado esse vestido.” Você olhou de soslaio para Sans e expressou um sorriso divertido, imaginado a reação do esqueleto.

Mas antes, você resolveu tomar um banho. “Sans, eu vou tomar um banho rápido, você poderia acordar o Link?” Você indagou enquanto pegava a toalha e corria para o banheiro.

“Claro, Paps esta fazendo o café da manhã.” Sans disse, enquanto abotoava os botões do terno. Você nunca o tinha visto assim, mas realmente o tornava ainda mais charmoso, a cor era um azul marinho escuro e caía nele muito bem.

“Obrigada, amor.” Você respondeu com um sorriso, antes abrir a porta e sair.

Você se despiu rapidamente e entrou no chuveiro. A água quente sobre o seu corpo transmitia uma sensação muito boa e calmante. Você pensou que estaria mais nervosa quando o dia chegasse, mas, você estava muito esperançosa e sentia que tudo daria certo, tudo, estava a seu favor. Até mesmo Dorian. “Dorian...” A simples ação de lembrar dele, provocou uma sensação desgostosa na sua alma. As vezes parecia que ela o odiava ainda mais que você mesma. Lavando-se rapidamente, você desligou o chuveiro e puxou a toalha, secando-se levemente; colocou o vestido e saiu.

No mesmo instante você pôde sentir o cheiro de panquecas no ar. Papyrus com certeza era um bom cozinheiro. Descendo a escada você se dirigiu para a cozinha. Todos estavam presentes e Frisk estava ajudando cortar as panquecas para Link.

“Obrigado Tia Frisk.” A criança agradeceu com um sorriso de orelha a orelha. Ele era tão fofo, o seu pequeno raio de sol, a coisa mais preciosa da sua vida.

“Não precisa agradecer pequeno.” Ela respondeu, bagunçando o cabelo dele. Você sorriu coma ação. Frisk era com certeza era muito gentil. Não importava o que ela havia dito sobre si mesma, você a adorava.

“Belo vestido.” A voz de Sans soou do canto, um sorriso malicioso em sua face, enquanto ele bebia café. Você o encarou ruborizada.

Frisk percebeu sua presença e levantou o olhar. “Bom dia _ _!” 

“Bom dia Frisk.” Você disse, arrastando a cadeira e sentando. “Bom dia Link, Papyrus.”

“OH, BOM DIA HUMANA! HOJE EU FIZ UMA CALDA ESPECIAL PARA VOCÊ!” Papyrus disse, colocando um prato na mesa para você. “ASSIM VOCÊ TERÁ MUITA ENERGIA!” Ele completou, orgulhoso.

Você agradeceu a Papyrus. Essa era a forma que ele encontrou para te apoiar e dar energias e isso, significava muito para você, pois, você sabia que era amada. “Obrigada Paps.” Você disse, cortando um pedaço e levando-o a boca.

“NÃO FOI NADA HUMANA! NYE HEHEHE!”

O sabor era espetacular e você sentia algo diferente, uma substancia que agradava muito a sua alma, deixando-a mais forte, que causava sensações arrepiantes e aquecedoras. “Caramba Paps, o que você colocou nessa panqueca? Está fenomenal! Nunca me senti tão bem!” Você gritou extasiada, comendo rapidamente outro pedaço e aproveitando o delicioso sabor doce.

“AH, SABIA QUE VOCÊ NOTARIA A DIFERENÇA! É ALIMENTO MONSTRO, NELE HÁ PEQUENAS SUBSTANCIAS DE MAGIA!” Papyrus respondeu animado. Sans observava a situação sorrindo, ele adorava ver as suas expressões variadas. É algo que ele sempre admirou nos humanos, a capacidade de se expressarem.

“Entendo. É ótima! Você deveria fazer mais disso.” Você disse e Frisk assentiu.

“Concordo, sinto falta dos alimentos monstros.” A morena disse, tomando um gole de café.

Você realmente queria provar mais daquilo. Havia tantas coisas que você ainda não sabia sobre os monstros e havia tantas coisas, que você queria descobrir e experimentar! Sua cultura, música, histórias, magia! Era como se você estivesse redescobrindo o mundo.

 “BEM SE VOCÊS GOSTARAM TANTO. EU POSSO FAZER MAIS!” Papyrus disse, sentando na cadeira e aproveitando seu próprio prato.

“Quando é audição?” Frisk perguntou, batendo os dedos de forma rítmica na mesa. Você podia observar o nervosismo em sua face e você resolveu tranquiliza-la.

“As nove. Mas não se preocupe Frisk, como você mesma disse, Asgore é um ótimo advogado.” Você disse, pegando sua mão e a encarando nos olhos. Frisk suspirou e relaxou um pouco, sentia-se que um peso enorme havia sido retirado de seu ombro.

“Eu sei, mas, eu gostaria de poder comparecer, mas infelizmente, eu tenho uma reunião com os presidentes da união.” A garota desabafou, elevando as mãos até a face.

Você podia imaginar a pressão sobre Frisk, isso te deixava um pouco triste. Você realmente gostaria de poder ajudar a garota, mas você não entendia nada de politica ou leis legais. Ser um embaixador já era uma tarefa complicada, agora, ser a embaixadora dos monstros! Com certeza não era uma tarefa fácil. Tudo o que você poderia fazer era apoiar ao máximo sua amiga.

“O que vocês vão discutir?” Sans perguntou curioso. Frisk voltou-se para olhar para o monstro e sorriu.

“Vamos discutir sobre o casamento entre monstros e humanos! Finalmente poderemos legalizar as coisas!” Frisk disse alegremente, era para isso que ela lutava e se esforçava tanto, para trazer justiça e alegria para os monstros. Ela conseguia imaginar a felicidade que traria a eles; você por outro lado, não conseguiu resistir a tentação de olhar para Sans e se sentir envergonhada quando ele retribuiu o olhar embaraçado.

“Casamento...” Você corou ainda mais profundo, tendo que abaixar a face, e olhando para seu colo você começou a se sentir um pouco nervosa. Casamento, o sonho de muitas mulheres e o pesadelo de outras. Você não sabia exatamente o que achava sobre os casamentos, porém a ideia não parecia tão ruim.

Frisk observou você e Sans com um sorriso cômico. Ela tinha um certo prazer em ver o embaraço dos outros, era engraçado. Sans retirou o olhar sobre você e se concentrou em tomar um gole do café, mas, ele não nao conseguiu retirar o rubor azul ciano que havia em seu semblante.

“ISSO É MUITO BOM! POR QUE AGORA MEU IRMÃO E A HUMANA PODERÃO SE CASAR!” Papyrus se pronunciou alegremente, dando uns pulinhos, fazendo você se transformar em um pimentão de constrangimento e fazendo com que Sans cuspisse o café, engasgando-se. Frisk ficou chocada por alguns segundos, mas logo caiu em uma gargalhada sadia, enquanto Link observava a situação confuso.

“Ah, meu deus, eu não acredito.” Frisk disse em meios de suas risadas, ao mesmo tempo que limpava uma lágrima que escorria do olho. “Ele realmente disse.” Ela completou rindo um pouco mais. Papyrus agora também se encontrava confuso e você queria enfiar a cabeça debaixo da terra.

Sans não disse nada, ele apenas se encolheu no canto e colocou a mão livre no bolço, não olhando de jeito nenhum para você, porém, assim como você, ele se encontrava completamente envergonhado e azul.

“EU DISSE ALGO ENGRAÇADO?” Papyrus questionou e Frisk apenas deu tapinhas nas costas dele.

“Obrigada por isso Papyrus, eu precisava rir.” Frisk falou, levantando-se e pegando a bolça, saindo da cozinha. “Eu estou indo, me desejem sorte, para que desta forma, esse casamento possa realmente rolar!” A garota disse sarcasticamente, provocando o casal.

“Frisk!” Você gritou envergonhada. Sem saber muito bem como reagir.

“Desculpa!” Ela riu e abriu a porta da sala. “Boa sorte para vocês na audiência.” Em seguida, ela saiu sorrindo, expressando um último riso.

Agora, você estava presa em uma situação constrangedora. “Muito obrigada Papyrus.” Você sabia que as intenções de Papyrus eram as melhores, porém, você realmente não havia previsto isso.

Sans se endireitou e gaguejou com a garganta. “Você esta pronta? Está quase na hora e você disse que queria chegar cedo.” Você finalmente se pôs a olhar novamente para ele e assentiu.

“Você esta pronto Link?” Você perguntou, limpando sua boca com um paninho.

“Sim mana!” Ele disse energeticamente. Você então pegou-o no colo. Finalmente a hora havia chegado.

Aproximando-se de Sans, você se despediu de Papyrus e tele – transportou para a entrada do tribunal. A sensação era a mesma que você havia sentido as outras vezes. A sensação do seu corpo se despedaçar-se em milhões de pedaços e reconstruir-se novamente. A reação de Link que te surpreendeu, a criança ficou super animada e ficou vários minutos pulando e perguntando se Sans tinha outros poderes legais.

“Hey, Kiddo, acalma-se, quando voltarmos eu vou te mostrar ok” A criança concordou e seguiu em frente pulando de alegria. Você sorriu com ação de Sans, ele sempre gostou muito do garoto e isso te deixava muito feliz.

“Obrigada por isso Sans.” Você disse, enrolando suas mãos com a dele. Você sentiu alguns olhares repreendedores, entretanto, você não lhes deu atenção.

“Você sabe que eu amo o garoto.” Ele resppndeu com ternura.

“Eu sei.” Você expressou um sorriso e continuou a caminhar feliz. As palavras se Sans pareciam simples, mas para você, significava o mundo.

Ao entrarem no tribunal você encontrou Dorian, vestido com um terno cor de vinho, esperando sentado perto do balcão. A visão fez sua alma se revirar de novo e você ignorou a sensação, pois, você não tinha mais medo dele. Quando ele te avistou, ele se dirigiu até você, confiante, não se importando com a presença de Sans.

“Bom dia _ _, Sans.” Ele disse sorrindo, você percebeu que as mãos dele tremiam e aquilo quase fez você sentir pena.

Mas, você tinha que lhe dar alguns créditos, ele estava tentando ser legal, e não apenas com você, com Sans também e isso te deixou feliz, da mesma forma que surpreendeu um pouco o esqueleto.

“Bom dia Dorian. Você parece um pouco... nervoso...” Você respondeu. Dorian riu um pouco e embrulhou as mãos.

“É tão obvio?” Ele riu nervosamente, desviando o olhar, envergonhado. Suor escorria de seu rosto e seu olhar corria por todos os lados. Suas mãos tremiam e ele não sabia o que fazer com elas.

“Mais transparente que vidro, garoto.” Sans disse, e Dorian voltou a atenção sobre ele.

“A ultima vez que eu estive em um tribunal...eu... só não tenho boas lembranças.” Ele respondeu sinceramente, escondendo as mãos atrás das costas. Dorian também não conseguiu resistir a tentação de olhar para Link. Ele era tão bonito, era muito parecido com você, pelo menos era o que ele achava. Ele queria muito poder concertar as coisas e ser um bom pai para o garoto, ou ao menos um amigo.

Link, o olhava com curiosidade. Ele era o moço que ele tinha visto sua irmã conversar, mas ele não sabia quem ele era.

“Não se preocupe, dessa vez não estaremos condenando ninguém.” Você se pronunciou com um tom tranquilizador. Algumas coisas nunca mudam, e Dorian, continuava sendo o medroso de sempre.

“S-Sim.” Ele respondeu fracamente, não olhando em seus olhos.

...

Vocês decidiram então seguir para a sala. O julgamento não seria grandioso, seria em uma sala fechada com apenas uma mesa longa e o juiz. Ao entrar, você percebeu que Daniel já se encontrava presente. Ao perceber sua presença ele cerrou as sobrancelhas e a perfurou com o olhar; não deixando ser abalada, você devolveu um olhar desafiador e ele se enraiveceu ainda mais.

Daniel estava cansado e com raiva. Ele queria acabar com isso, ele odiava que você estava acompanhada pelo monstro e odiava ainda mais que estavam de mãos dadas. Mas ele tinha que ser paciente, no final, ele riria por último. Colocando uma mão no queixo e se apoiando sobre a mesa, ele desviou o olhar.

Sans o encarou com uma carranca. Ele odiava tanto o canalha, não só por ter feito tanto mal a você, mas também a toda a sua raça, com seus experimentos idiotas. Ele queria quebra-lo, machuca-lo tão mal, fazer ele pagar por todo o sofrimento que causou em centenas de humanos e monstros infelizmente, isso teria que esperar, o importante no momento era a audiência.

Todos se sentaram nas cadeiras, Sans ao seu lado e Dorian do outro, você não se incomodou e nem Sans pareceu se importar. Os ciúmes quase obsessivo dele havia diminuído, você imaginou que depois de tantas provações superadas, não havia como ele não saber que você o amava e nunca o deixaria. 

Meia hora depois o Juiz chegou, acompanhado de Asgore e mais um homem, que você suponha que seria o advogado de Daniel.

O juiz era interessante, sua aparência para ser mais exata, um homem velho com barba branca e cabelos longos, era quase como uma versão humana de Asgore. Em falar em Asgore, ele sentou na sua frente e cumprimentou a todos com um sorriso gentil e acolhedor. Ele continuava o mesmo, tão doce e gentil, mesmo que sua estrutura parecia demonstrar o contrario.

O juiz pediu que uma assistente social leva-se Link para uma sala recreativa enquanto ele realizava a audiência.

“Eu analisei as condições de cada família de acordo com a informações da assistente social que os visitou...” O juiz começou, sua voz era grave e cheia de autoridade, fazendo você se arrepiar um pouco. O nervosismo voltou como uma bala perfurando seu coração, engolindo em seco, você começou a tremer, mas então, sentiu a mão de Sans sobre a sua e você se acalmou. Você o encarou e agradeceu com o olhar, ele apenas devolveu um olhar amoroso e cheio de compreensão. Dorian percebeu a ação, mas ficou em silêncio.

Algo que você reparou ao analisar o juiz, era que ele parecis não se importar que o seu acompanhante fosse um monstro, muito menos em seu advogado. “Ao meu ver, as duas famílias tem condições ótimas para tratar a criança.” O juiz complementou, retirando os óculos e massageando o nariz.

Todos estavam em silêncio e se sentindo nervosos. Apenas Asgore parecia calmo, com um sorriso tranquilo estampado no rosto. “Porém, temos uma disputa onde o pedido de guarda é entre o pai e a irmã da criança.” O juiz voltou a falar, colocando as mãos enroladas sobre a mesa.

“Exatamente vossa excelência, é claro que a pessoa mais apta a cuidar da criança é seu pai, que tem anos de experiência, em vez da irmã da criança.” O advogado de Daniel se pronunciou e você sentiu sua cabeça ferver. “Anos de experiência em abusar! Quem ele pensa que é!”

“Esse, poderia ser até o caso, porém algumas informações estão erradas.” Asgore disse, tranquilamente, tendo assim, toda a atenção da sala sobre si.

“O que está a insinuar, Sr. Dreemurr?” O juiz questionou curioso.

“_ _ Reed, não é a irmã da criança, mas sim a mãe.” O juiz arqueou as sobrancelhas um pouco cético, porém, Asgore trouxe sua pasta sobre a mesa e retirou um envelope e o ofereceu para o juiz. “Aqui estão os testes de DNA. Comprovando meu argumento.” Asgore, ainda expressava um sorriso tranquilo e aquilo enfureceu Daniel

“Eu protesto! Não se pode simplesmente mostrar essas provas!” Daniel rugiu se levantando.

“Eu decido o que deve ser avaliado ou não. Agora sente-se Sr. Reed!” Juiz o repreendeu severamente e Daniel sentou imediatamente. Você quase riu, mas se segurou, era ótimo ver a cara de derrota do homem.

O juiz recolocou seus óculos e abriu o documento, lendo-o. Ele pareceu demonstrar um pouco de surpresa e após terminar, elevou o olhar sobre você, retirando os óculos. “Senhorita Reed, poderia me explicar o sentido disto?” Ele perguntou calmamente, parecia que ele sabia que você estava morrendo de nervosismo. Respirando fundo e sentindo seu coração martelar no seu ouvido, você se endireitou e o encarou.

“Eu sofri de uma agressão sexual quando menor. E meus pais acharam que o melhor era registrar meu filho em seus nomes, como forma de me proteger, eu era muito jovem e concordei, sei que eles não tinham más intenções, porém, eu ainda sou a mãe da criança e eu o amo muito e sempre estive ao lado dele, cuidando e protegendo.” Você respondeu com confiança, Sans ainda segurava sua mão e Dorian parecia impressionado com sua coragem, assim como Asgore que demonstrava orgulho.

O juiz nada disse, apenas assentiu e se dirigiu a Daniel. “Isso é verdade, Sr. Reed?”

Daniel se sentindo sem saída, engoliu em seco, concordando com a cabeça. “Infelizmente sim, minha filha sofreu de uma agressão e a criança é filho dela.” Ele respondeu com desdém. Ah, ele não queria admitir que as chances dele eram poucas, mas elas com certeza eram.

“Muito bem, então vamos reformular a frase. O pedido de guarda esta sendo disputado entre a mãe da criança e o avô.” O juiz disse, sorrindo para você. E você se iluminou, era muito bom ser reconhecida como a mãe de Link.

“Exatamente.” Asgore disse.

O juiz voltou sobre o papel e depois voltou sobre você. “Aqui diz que o Pai, é Dorian Greenwich.”

“Sim, este sou eu.” Dorian se pronunciou um pouco assustado. O juiz olhou para ele um pouco confuso, ele nunca imaginaria que o agressor estaria nesta sala, ainda mais sentado ao lado da vítima.

“Eu cumpri com a minha pena e agora estou tentando me redimir.” Ele falou logo em seguida, ainda mais nervoso, o medo que alastrava pelo o corpo do garoto era enorme, algo parecido com o que ele sentira quando confrontou Sans. O juiz o observou por mais alguns segundos e finalmente desviou o olhar.  

“Entendo...” Ele começou. “Bom, agora eu gostaria de ouvir os argumentos dos envolvidos. Sr. Reed, por favor.”

Daniel inspirou e expirou, acalmando os nervos, ele arrumou a gravata e se pôs a falar. “Não negarei que minha filha cuidou da criança muito bem, porém, ela não é uma pessoa muito responsável e não tem tempo para cuidar do Link! Antes, ele se encontrava sob os cuidados da minha ex-esposa enquanto ela estudava!” Daniel disse orgulhoso, cheio de confiança e sua voz demonstrava animosidade.

Sans cerrou os punhos, ele sentiu sua magia elevar-se e se esforçou para acalma-la. Ele odiava a forma como Daniel se expressava. Ele estava cansado do tom superior que ele usava.  Daniel sorriu arrogantemente quando percebeu o olhar do esqueleto sobre si. “Além do mais, ela mora com monstros, o que será de Lin-

“Já chega Daniel Reed!” O juiz gritou fervorosamente, espantando todos na sala. “Eu sei quem você é e sei de seus preconceitos, mas não irei aturar essas afrontas aos monstros! E aconselho-o a se desculpar ou serei obrigado a mandar prendê-lo por racismo.”

Você quase se encontrou sorrindo brilhantemente. Um juiz honesto que defendia os monstros! Você não podia acreditar, estava tão feliz em saber que existia alguém assim em um cargo de extrema importância. Sans e Asgore pareciam ainda mais felizes que você. O esqueleto estava boquiaberto, não esperava ouvir isso, ainda mais de um juiz, que normalmente eram pessoas muito conservadoras.

Daniel Reed indignado e expressando real desgosto juntamente de aversão contra as palavras do Juiz, se sentou e calou-se.

“Senhorita Reed. Para ser sincero, eu estendi este tribunal por mais tempo do que deveria...” O juiz começou a dizer calmamente. E você não entendeu de primeira as intenções do Juiz, mas você concentrou toda a sua atenção sobre ele, assim como o resto da sala. “A psicóloga que avaliou Daniel Reed, analisou ele como alguém desequilibrado e que tem tendências violentas, e juntando com as provas de que você teria sido abusada fisicamente quando criança, apresentadas por Asgore, eu já tenho meu veredito...” E naquele momento, Daniel Reed e todo o seu orgulho caiu completamente. Você se iluminou e não conseguiu segurar as lagrimas de felicidade que escorriam.

“Você tem a guarda da criança.” Ele pronunciou, estendo a mão e sorrindo carinhosamente. E você rapidamente agradeceu. Daniel levantou-se bufando, marchou pesadamente pela sala e saiu pela porta, mas antes, ele encarou Sans expressando o mais profundo rancor e ódio e disse-lhe com o olhar que o esqueleto era um monstro morto.

Você se virou e abraçou Sans chorando. “Nós conseguimos!” Você disse ao se afastar para olhar o esqueleto nos olhos, ele sorria brilhantemente e te beijou na testa, logo, você se dirigiu a Asgore e ao abraçou profundamente, aquela abraço, ele expressava muito mais que qualquer palavras e você sabia que o monstro entedia, quando ele devolveu o gesto e sussurrou a você que era uma vencedora na vida. Dorian não sabia o que pensar, ele estava tão feliz por você, mas ele não conseguia tirar uma dúvida de sua mente.

“Por que a vossa excelência estendeu o tribunal?” Dorian perguntou quase que automaticamente. Você se virou para olhar para o juiz.

“Queria ter certeza de que Daniel apresentava sinais de uma pessoa desequilibrada.” O juiz falou, enquanto arrumava suas pastas e papeis. “Mas não consegui ir adiante depois de o ouvir ofender os monstros. Vejam, minha filha namora um monstro também, no começo foi um pouco difícil eu me acostumar, mas agora, eu não troco aquele meu genro por nenhum outro homem nesse mundo! Eu espero que a lei permitindo o casamento hibrido seja aprovada em breve, quero poder oficializar o casamento de minha filha.” Ele disse, sorrindo pra Dorian.

“Isso é muito bonito da sua parte. Precisamos de mais pessoas como você no mundo.” Você o respondeu fazendo uma referência de agradecimento.

“Entenda Senhorita Reed. O racismo, o ódio e a Monstrofobia nunca deixarão de existir completamente. Veja, ainda existem preconceitos contra alguns de nossa própria raça, imagina  com os monstros. Porém, nunca devemos perder a esperança nas pessoas boas desse mundo.”

“Concordo vossa excelência.” Asgore disse, apertando a mão do homem.

“Agora, vá buscar seu filho, senhorita Reed.”

“É claro, e obrigada novamente!”

...

...

Depois de buscar Link e agradecer milhões de vezes a Asgore, o monstro se despediu e foi embora, tendo muito mais casos a resolver. Dorian e Você decidiram como a guarda da criança ficaria, o homem não achava que daria conta de cuidar da criança, então, ele não queria a guarda compartilhada, apenas o direito de visita-lo, o qual, você não negou. Porém, você disse que ainda não iria revelar que ele era o pai e você a mãe.

“Quando ele estiver mais velho para compreender eu contarei.” Você disse enquanto Sans comprava sorvete para a criança.

“Crianças são inteligentes! Você poderia contar a ele.” Dorian respondeu alegremente, ele realmente ansiava em passar mais tempo com a criança

“Eu sei, porém, como eu irei explicar a ele, que ele nasceu de um...” Você não terminou, e nem precisou, Dorian entendeu de imediato e abaixou a cabeça, sentindo seus pecados novamente. Ele se sentia burro, é claro, estupro era algo que uma criança como ele ainda não deveria conhecer.

“Dorian...perdoar, não é esquecer, é seguir em frente. Eu nunca vou esquecer o que eu passei e a dor que você me causou, mas, eu acho que todos merecem uma segunda chance e como uma amiga disse a algum tempo atrás. Eu acredito que até o pior tipo de pessoa pode mudar.” Você disse, se virando para Dorian e expressando um sorriso generoso, Dorian, começou a chorar, paralisado sem saber como responder; você era boa demais, ele era um lixo, o pior tipo de pessoa, mas você o perdoou e aquilo, aquilo para ele, era como se ele estivesse renascendo. A culpa nunca o deixaria, mas, agora ele sentia que podia verdadeiramente seguir em frente e ele estava tão grato.

“_ _, obrigado, obrigado, eu não mereço isso, mas obrigado.” Ele disse, soluçando e você começou a chorar junto. E você começou a rir logo em seguida, era engraçado o quanto você chorou nesses últimos tempos, mas não importava, tudo estava entrando em ordem. Ao perdoar Dorian, você sentiu um peso enorme sair do seu coração, como se agora você pudesse realmente seguir em frente.

“Mana, porque você esta chorando?” A voz de Link soou e você pulou em surpresa, olhou para ele e simplesmente o abraçou. “Não é nada.”

Ao mesmo tempo, Dorian pediu para conversar com Sans a sós e assim foram os dois para um canto mais reservado.

“Então, o você quer?” Sans o questionou, um pouco duvidoso de suas ações, a ultima vez que eles conversaram a sós, ele quase se enfureceu ao ponto de mata-lo.

“Eu sinto muito e desisto.” Ele falou meio sem jeito, roçando os braços. Sans arqueou uma sobrancelha óssea sem entender, desistir, mas desistir do que? “Eu não vou tentar reconquistar a _ _. E não é por que eu não acho que tenho chances, mas sim, porque ela merece alguém melhor e alguém que tenha a acompanhado e a apoiado sempre e essa pesso- e esse monstro é você Sans!

Sans estava chocado, e aquela sensação de estar completamente errado retornou, assim como ele estava errado sobre Chara, ele estava errado sobre Dorian, ele não era tão egoísta e talvez ele realmente estava tentando mudar. E ele odiava se sentir errado, e odiava ainda mais que não estava com raiva de Dorian, ele não sabia o que responder, assim como ele não conseguiu responder devidamente a Chara. Então, Sans apenas estendeu a mão e sorriu, não com desdém, ou com falsidade. Apenas um legitimo sorriso.

Dorian observou a mão do esqueleto alguns segundos, mas logo, ele a tomou e balançou. “Obrigado, e cuide bem dela ok?”

“É claro que eu vou.” Sans finalmente falou, desviando o olhar dela para você, expressando todo o amor que tinha através de seus olhos.

“Eu estou indo agora, obrigado por tudo.” Ele se despediu e depois se foi. Você ao perceber que a conversa havia acabado, se aproximou de Sans.

“O que ele queria?” Você perguntou curiosa, observando Dorian partir. Sans observou o garoto por mais alguns segundos, depois voltou-se para você e deu um beijo em sua testa.

“Nada demais. Você estava certa.” Ele simplesmente disse, com um sorriso divertido no rosto.

“Ah, para de ser chato, Sans, me diga o que é!” Você protestou, balançando ele. O esqueleto ficou em silencio rindo, ele não iria ceder. “Sans, Sans! Vamos!” você tentou novamente, mas o esqueleto apenas continuou sorrindo e começou a andar.

“Não importa. Agora, vamos para casa.” Você pensou em perseverar um pouco mais, porém, Sans estava certo, não importava, então, desistindo, você apenas olhou para frente, segura de seus sonhos e esperanças e se pronunciou.

“Certo, vamos para casa.”


Notas Finais


Agora que a fic esta em seus últimos dias de vida! Eu pensei em compartilhar algumas curiosidades idiotas sobre a história. então, aqui vai! 1# A ideia - Essa fanfic surgiu quando eram três da manha e eu estava com insonia e para quem não sabe, eu sou evangélica ( de mente aberta) e eu pensei, "o que será que as igrejas pensariam se monstros existissem na vida real? Aparecessem do nads saidos de um monte da vida real?" É claro, que eu não iria ligar, eu acho que todas as criaturas são criações de Deus, e ele os amaria como qualquer outra e eu iria aceita-los de braços abertos, mas então, eu pensei em meu pai, ele é meio conservista e acho( eu só acho gente, ele é conservista mas não é má pessoa ) que ele iria ser bem preconceituoso e BAM, eu peguei meu caderno, e comecei a escrever, e depois, no dia seguinte, eu apenas mostrei pros meus amigos, nuncs pensei em publicar, mas então meus amigos me encorajaram e disseram que a ideia era boa e então eu publiquei XD Eu antes ia explorar mais a relação entre a igreja e os monstros, mas então, eu resolvi não fazer isso, porque eu não queria ofender ninguém e nenhuma religião e deixei de fora, fazendo apenas uma referência. Bom, espero que tenham gostado do capítulo e comentem! Qualquer duvida é só perguntar e até a aproxima amoress!


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