1. Spirit Fanfics >
  2. Humanos e...Monstros?! (Sans X Leitor) ( Reescrevendo) >
  3. Especial - Epílogo.

História Humanos e...Monstros?! (Sans X Leitor) ( Reescrevendo) - Especial - Epílogo.


Escrita por: DeterminedOne

Notas do Autor


Vocês não esperaram por isso não é? Nem eu, mas ontem, no meio do banho me veio essa ideia e eu simplesmente me senti obrigada a escrever, eu nem dormi, e não é drama. É isso que da ser uma pessoa ansiosa.
Sumário : Onde você e Sans estão preocupados com o primeiro encontro de Link. E Arial encontra uma flor dourada estranha nos arredores do quintal.
Bem, como eu disse anteriormente eu nem dormi, então se tive erro, perdão absoluto, eu to com sono e vou cair na cama agora, 11: 48 da manha. Espero que gostem desse bonus, ele é apenas para fechar algumas coisas e dar um final digno para alguns personagens, pra ser mais exata, Frisk e Flowey.
Eu também acho que as coisas estão um pouco apressadas, porque eu não queria deixar muito longo e mesmo assim, deu tudo isso yeah. Esse cap também apresenta um casal que vocês podem achar estranho? Eu espero que vocês gostem.

Capítulo 36 - Especial - Epílogo.


Treze anos, Treze anos se passaram desde os eventos que mudaram sua vida. Muitas coisas podem acontecer em um ano, quem dirá em uma década, porém, os eventos que vieram a se suceder não poderiam ser melhores. Mesmo após tanta dor e sofrimento causados por uma geração de Reed’s, humanos e monstros, finalmente conseguiram coexistir. E você, finalmente conseguiu acabar com os pecados que se sucediam geração por geração.

As ultimas palavras de Daniel Reed nunca deixaram você, assim como o resquício de humanidade que ele demonstrou segundos antes de desparecer na lava. Mas, nada disso importava, além de que, você gostava de acreditar que ele estava feliz por sua felicidade, assim como sua mãe.

Você apenas não conseguia deixar de estar nostálgica, ainda mais, nesse dia, o dia que tudo acabou e ao mesmo tempo tudo começou.

O dia da morte dele.

Onze anos, Onze anos de alegria enquanto a família continuava a crescer. Arial, veio ao mundo faziam-se onze anos. Humanos e monstros finalmente estavam em paz. Famílias hibridas estavam nas ruas, nas tvs, nos filmes.

A vida seguiu e cada um trilhou a própria estrada, a própria história.

Mettaton e Papyrus casaram-se, adotando uma criança no processo, Paps ganhou um quadro de culinária no programa de Mettaton e os dois tonaram-se celebridades de Hollywood – não faltava filme dessa dupla! Porém essas mudanças, ocasionaram outras mudanças.

Papyrus, saiu de casa, o que para Sans, foi um tremendo choque, ele nunca se viu sem o irmão e aceitar essa realidade custou-lhe um bom tempo. Porém, ele estava feliz pelo irmão acima de tudo.

Gaster, voltou a estudar e conquistou um novo doutorado, desta vez, ele deixou os experimentos e focou-se em criar novos meios para ajudar humanos e monstros, ele desenvolveu baseado no primeiro núcleo, uma fonte de energia mais sustentável e barata.

Grillby’s e Muffet criaram uma nova franquia de sucesso juntos! “Toasted Spyders” E havia rumores de que eles estavam juntos.

Toriel e Asgore, após anos de reflexão, resolveram adotar duas crianças, uma humana e um monstro, além de criarem um orfanato, querendo redimir onde falharam com Chara e Asriel.

Mas e você?

 Bem, você havia se formado e seguido na carreia que escolhera, estava feliz com o trabalho, com a família e principalmente com Sans, obviamente, nem tudo era perfeito, você esqueleto continuavam a lutar contra os traumas do passado, empenhavam-se em serem bons pais – uma tarefa nada fácil diga-se de passagem – mas o mais importante, é que vocês enfrentavam os obstáculos juntos, sempre juntos, como uma família.

E por esta razão, que você e o esqueleto ficaram surpresos quando Link – o qual havia acabado de completar dezenove anos – chegou-lhes dizendo que sairia em um encontro com Frisk, um encontro, romântico.

“ M- mas como?” Você pronunciou, após alguns momentos de reflexão, não sabendo se estava feliz ou não por seu filho. Sans seguiu o exemplo, trocando um olhar incerto com você, antes de voltar as atenções para o loiro envergonhado, sentado na poltrona a frente dele.

“E-eu também não sei. Vocês não têm ideia do quanto isso é confuso para mim também! Mas, eu tenho um crush na Frisk a algum tempo...” Ele admitiu não olhando-os nos olhos, enquanto coçava a cabeça, um gesto comum que ele fazia ao estar nervoso.

“Desde quando exatamente?” Desta vez, Sans que o interrogou, enquanto você ainda estava a processar as ultimas informações, cruzando os braços curiosas.

“Huh, bem...” Ele parecia estar em conflito, tentando decidir se contava a verdade ou não. “Gosh, eu...bem...quando eu...” Ele deu mais uma pausa e naquele momento ele parecia com Dorian mais do que nunca. “Quando, eu comecei a crescer, adolescência eu acho? Eu simplesmente comecei a vê-la com outros olhos...”

Ah, adolescência, onde nossos instintos sexuais começam a crescer, fazia sentido. Ainda mais, porque Frisk mudou-se logo após o casamento. Ela não achava que seria confortável para ela e nem para você, uma decisão somente dela, ela dissera-lhe naquele tempo, com o sorriso mais flamejante que o sol “Eu quero recomeçar também! Nós duas queremos!”

Mas a ideia não lhe agradava, Frisk é uma mulher adulta de vinte e seis anos, madura, empenhada no trabalho, ademais, Chara compartilhava o mesmo corpo... Você gentilmente pôs a mão sobre a de Sans, apertando levemente, dando-lhe conhecimento sobre suas aflições e pensamentos. Suas almas estavam conectadas e não precisam trocar uma simples palavra para entender um ao outro.

Sans reconfortou lhe, acariciando lhe e voltando as atenções para Link. “Hey, Kiddo, eu não vejo o porquê de você estar nervoso.”

Link – que havia abaixado a cabeça em algum momento – levantou-a incerto. “Ah, é que, a diferença de idade...” Ele inspirou e deixou de remexer as mãos. “Eu, achei que vocês não aprovariam...” Ele admitiu e você mordeu os lábios, você, certamente não aprovava.

Sans relaxou, o sorriso sarcástico cresceu, enquanto ele puxava-te para mais perto. “Quem sou eu para falar de idade entre dois adultos. Eu tenho duzentos e cinquenta anos e sua mãe, trinta e um .” Ele provocou-lhe, apertando a bunda. “Certo, baby?”  Você fez beicinho e devolveu-lhe um olhar incrédula.

As situações são diferentes! Sans é um monstro, obviamente ele vive mais tempo! Você fez sinal para ele, e ele apenas riu, uma briga silenciosa, sem lavras, apenas o poder do olhar.

Link notou a discussão silenciosa e vendo que você não parecia muito feliz com a ideia deixava-o ainda mais inseguro. “Link.” Sans chamou mais uma vez, o tom sério novamente. “Eu acho que você não deveria se importar com isso. você é um adulto, capaz de tomar suas próprias decisões, além de que, se Frisk aceitou, ela também não se importa, ela já não se importava antes mesmo.” Ele deu uma piscadela e Link não parece compreender a referência, mas você sim.

Verdade seja dita, Frisk também teve um crush naquele que agora era seu marido. E a diferença de idades entre a mesma e Sans, em termos humanos seria de oito anos, a mesma diferença entre Link e ela. Talvez devido a Frisk, ter passado por uma experiência parecida, ela entenda-o como ninguém.

Você estava começando a achar que essa aversão seria mais uma birra de uma mãe super protetora. Link era seu menininho, mas agora, ele estava crescido. Ele precisava amadurecer, você também não podia esquecer que se casou com vinte anos, não podia julga-lo, seria hipocrisia da sua parte.

Suspirando, você relaxou, Sans estava certo. “Link, se você realmente gosta dela e ela também, eu não tenho nada contra.” Você expressou um sincero sorriso e o garoto radiou-se no mesmo instante.

“Ah, obrigado mãe, obrigado pai!” Ele levantou-se em êxtase e abraçou os dois, os quais, retribuíram o gesto sorrindo. “Eu realmente agradeço!” Ele ajoelhou a sua frente, pegando-lhe nas mãos, gentilmente. “Mãe, eu sei que você ainda está preocupada, mas não precisa ficar eu nunca vou abandona-la.”

Você riu sem jeito, enquanto a vontade de chorar crescia. Ah, você odiava ser sensível. “Eu sei meu filho, eu sei.” Você voltou a abraça-lo, mais forte dessa vez. “Quando vai ser o encontro?”

“Amanhã à noite.” Ele disse animado.

“Você tem algum plano?” Sans perguntou, pondo-se a lembrar do primeiro encontro de vocês.

“Eu na verdade, tenho uma ideia, ela disse para mim surpreende-la. Frisk gosta do imprevisível.” Ele deu de ombros, um pouco pensativo.

Sans balançou a cabeça positivamente fechando as orbitas por um momento. “Sim, verdade, mas se posso dar uma dica. Frisk realmente gosta de estrelas e lugares calmos.”

“Oh, obrigado pai.”

“Nada Kiddo.” Ele piscou e deixou o sorriso preguiço arrastar-se pela face, enquanto continuava a te apalpar na bunda, para um esqueleto, ele realmente gostava de carne.

“Hey, agora que vocês acabaram de dar conselhos amorosos para o Lin, eu quero meu boa noite e minha história de dormir.” A voz apresentou-se como uma menina de cabelos e pele albinas, mas olhos azuis intensos. A atitude determinada e sarcástica tinha aspectos dos dois pais.

Você riu e Sans encolheu os ombros, ele sempre dissera que ela puxara você, não ele, mas você tinha suas dúvidas.

“Você ainda houve histórias para dormir pirralha?” Link provocou aproximando-se da irmã e realizando um cafune na mesma.

“HEY!” Ela exclamou.

A relação dos dois podia parecer ruim, mas não, eles sempre se provocaram, mas sempre se amaram muito, irmãos são assim, os dois lembravam-na muito de Paps e Sans.

“Estou avisando Lin, quando eu conseguir usar meus poderes, vou fazer você comer terra.” Arial ameaçou, mostrando um punho em chamas amarelas. “Justiça será feita!”

“Ah, sim, quero só ver pirralha.” Ele disse, abaixando-se até o nível dela e cutucando-a no nariz.

“Mãe, pai!” resmungou a menina, chorosa e manhosa como sempre.

“Link...” Você começou, realmente cansada.

“Ok, ok, boa noite mãe, pai.” Ele cortou-a, dando um breve aceno e subindo as escadas.

Arial ignorou rapidamente o irmão, aproximando-se e pegando nas mãos de ambos os pais. Ela esperou um momento, olhando entre você e o esqueleto até que se pronunciou: “O que vocês estão esperando?”

Sans riu e você revirou os olhos com uma risada, mimada sim, mas Sans adorava mima-la. “Vamos então, kid.” A criança montou-lhe como cavalinho e partiram para o quarto e você seguindo-os enquanto admirava as suas palhaçadas.

Entrando no quarto, Sans a cobriu, sentando na beirada, deixando um espaço para você. Arial puxou o cobertor para cima, deixando apenas os grandes olhos azuis a vista.

“Qual história você quer ouvir hoje?” Você perguntou, sentando e abraçando o marido, enquanto acariciava os cabelos da criança.

“Oh, eu não sei, uma que vocês não contaram...mas que envolva monstros, magia e fantasia!” Exclamou entusiasmada.

“Huh...” Sans zumbiu, acariciando o crânio pensativo. “O que você acha daquela história amor?”

Você abriu um sorriso com a insinuação, sabendo exatamente do que se tratava. “Ah, aquela história...”

Arial cerrou as sobrancelhas impaciente. “Que história!? Deixem de segredinhos e me contem!”

“Ah, ah, só se pedir com educação.” Sans provocou e a garota tomou consciência imediatamente.

“Hmm...” Ela fez beicinho, revirou-se na cama e enfrentou-lhes com aquele olhar de cachorrinho. “Por favor mamãe e papai, vocês poderiam me contar a história?”

“Só, porque você pediu com educação.” Você disse rindo. “Então, está decidido, eu tenho uma história para você, uma história sobre humanos...”

“E monstros.” Sans completou, apenas para atiçar a curiosidade e ansiedade da criança.

“Sim, você ouvirá a história de Undertale.” Você continuou.

“Undertale...” A criança repetiu, com misticismo na voz.

“Sim, Undertale.”

...

____________________________________

 

O dia seguinte chegara, trazendo o sol, assim como os cantos dos pássaros e o cheiro de panquecas frescas. Arial, ainda estava admirada pela história contada pelos pais, obviamente ela ouvira falar da história de como Frisk libertou os monstros, mas nada em detalhes, apenas rumores. E ela apenas estudaria esse tópico no colegial, o que poderia demorar alguns anos.

Mas agora ela estava ansiosa para encontrar Frisk e perguntar-lhe mais sobre como tudo ocorreu, ela meio que se sentia uma burra por nunca ter cogitado a ideia antes, entretanto, não importava mais. 

Levantando-se da cama, Arial trocou-se fez a higiene rapidamente, o cheiro de panquecas parecia cada vez mais tentador e delicioso. Ela saiu correndo do banheiro, voltando no quarto apenas para abrir a janela e regar as plantas que cultivava em seus vasos de flor.

“Bom dia flores!” Ela disse abrindo a janela, com um regadorzinho na mão. Pondo-se a respirar o ar fresco da manhã, ela admirou a vista. Arial adorava sua casa, não estava longe da cidade e estava perto de uma floresta que ela adorava explorar, mas não foi a visão da floresta que lhe chamou a atenção dessa vez.

Ela podia jurar que podia ver ao longe uma flor amarela com uma face, ela balançou a cabeça e esfregou os olhos, imaginando estar sonhando acordada, mas assim que voltou suas atenções para o horizonte, a flor ainda estava lá.

Terminando de regar as flores, Arial desceu as escadas, passando rapidamente pela sala. “Bom dia mãe, pai. Eu já volto, amo vocês!” ela saudou, disparando em direção ao lugar que avistara a flor dourada.

“A-a, Arial!” você tentou para-la, mas a menina já estava longe e você apenas fungou. “O que deu na nela?” Você questionou, tomando um gole de café.

“Eu não sei. Essa menina é um mistério.” Sans respondeu, terminado a café e levantando-se “Eu estou indo trabalhar amor.” Ele aproximou-se, acariciando lhe na bochecha e dando-lhe um beijo na testa.

“H-hey, espera.” Você puxou pela manga da jaqueta azul que ele adorava e continuava a usar.

Ele olhou para você, arqueando a sobrancelha em interrogação; “Huh, então, eu estava pensando.”

“Ah, não, eu conheço esse olhar...” O esqueleto zombou, cutucando-a na bochecha.

“Sans...!” Você gemeu, puxando o esqueleto para um beijo rápido, mas carinhoso. “Você sabe que é o primeiro encontro dele e ele nunca foi em um. Ele sempre foi tão quieto e nunca pareceu interessado!”

“Eu sei, mas você está sugerindo que?” Ele questionou, enquanto enrolava as pontas de seus dedos nos fios de seu cabelo.

“Nós, poderíamos vigia-lo e...” Você estava realmente tentando pensar em razões racionais e argumentos para defender-se do olhar sádico do esqueleto.

“Você quis dizer, espiona-lo.” Ele corrigiu, divertindo-se com o olhar emburrado que apareceu em sua face.

“Não, vigiá-lo. Apenas para assegurar de que nada de errado.” Você defendeu-se, convicta de que estava na razão e que não, você não estava sendo super protetora, você apenas queria que seu filho fosse bem no encontro dele, apenas isso.

“Amor...” Sans começou, segurando o riso, você podia ver o quão ridículo aquilo estava soando para ele.

“Por favor, eu te ajudei quando se tratou do Papyrus e do Mettaton!” você retrucou relembrando uma situação a alguns anos quando o esqueleto te enganou dizendo-lhe que sairiam em um encontro, mas acabou que ele te levou aos mesmos lugares que Paps e o robô esbelto estavam, sobre o pretexto de que tudo não passava de uma coincidência.

O monstro revirou as órbitas. “Não adiantou muita coisa, adiantou?”

“Não, mas eu não fiquei zangada por você ter praticamente me usado e iludido.” Você aumentou a voz na tentativa de fazê-lo sentir-se culpado, mas não pareceu afeta-lo.

Ele observou-a por um momento, como se esperasse algo, então, começou a sorrir ardilosamente. “Devo lembrá-la que eu te recompensei a noite.” E você resmungou baixinho, tendo esquecido completamente do que viera se sucederam naquele dia. O que era admirável, porque aquele, dia. Wow. Apenas wow.

“Ugh...” você estava começando a ficar sem ideias. Começando, porque de um jeito ou de outro, você teria Sans nessa pequena aventura. “Mas Sans!” Você exclamou manhosa, tentando apelar para o esqueleto.

“Sabe, para uma mulher de trinta anos, você não mudou nada, continua sendo uma criança.” Ele provocou mais uma vez, deliciando-se com sua birra.

Você apertou os olhos e mordeu os lábios. “....eu te odeio.” silabando, cruzou os braços e deu de costas para o monstro.

“Awnnn, não fique assim querida.” Ele retomou o tom brincadeirinha e aproximou, envolvendo-a por trás em um abraço.

“Não, não, me larga, você não está levando isso a sério!” Você reclamou, não querendo realmente resistir ao esqueleto.

“Eu apenas estou provocando você, porque te amo. Eu vou te ajudar, se isso vai fazer você se sentir mais segura, mesmo não concordando.” Ele admitiu, beliscando-lhe levemente no quadril, fazendo-a pular.

“h-hey, Sans para.” Você riu e o sorriso no rosto dele se alargou.

“Sans, não.” Você avisou, tendo perfeita ciência das intenções na face do esqueleto

“Sans, sim.” Antes que você pudesse fugir do aperto, Sans começou um ataque rápido de cosquinhas, pretendo-lhe em seus braços.

“Sans!” Você não conseguia parar de rir, enquanto contorcia as pernas e os braços no aperto do esqueleto.

“Qual é a palavra mágica?” Ele questionou, casualmente em meio aos seus risos descontrolados.

“S-sans ah.” Você não conseguia nem ter forças para formular uma frase ou até mesmo respirar. “P-p-por FAVOR!” Você gritou rindo.

“Por favor o que?” Ele continuou a brincadeira fútil, diminuindo apenas um pouco.

“Por favor, amor da minha vida.” Você respondeu, não sabendo distinguir se estava rindo pelas cosquinhas ou pela frase anterior dita. Mas ela pareceu fazer efeito, pois, o esqueleto imediatamente parou, apenas para erguê-la e leva-la até o sofá, jogando-a nele no processo.

“Sans, seu idiota!” Você disse, pegando uma das almofadas e batendo nele, o qual, nem tentou se defender, apenas subiu no sofá, acima de você, pegando a almofada com facilidade e jogando-a longe, enquanto segura seus punhos e dava-lhe um beijo, profundo, os dentes arrastando-se por seus lábios, mordendo-os, como se estivesse redescobrindo o seu gosto.

“Hm....Sans.” Você estava determinada a resistir, mas essa parecia ser uma tarefa impossível, você amava tanto esse esqueleto. Ele ignorou você, rastejando os beijos pelo pescoço, mordendo sua clavícula, deixando mais uma marca – uma marca de magia, uma que dizia que vocês estavam juntos – E ele nunca cansava de proclamar esse fato. “Sans, é sério, para. Você mesmo disse que tem que ir trabalhar e eu também, apenas, me diga que vai me ajudar.”

O esqueleto pareceu lembrar-se de que ele deveria estar em outro lugar e levantou-se contrariamente. “Yah, eu esqueci totalmente, veja o que você faz comigo, sua feiticeira.”

“Não sou eu que conjuro a magia aqui, querido.” O esqueleto olhou-te de cima a baixo e passou a mão no crânio;

“Você tem outro tipo de magia. Mas eu vou te ajudar, apenas para que você perceba que está tudo bem.”

Você imediatamente pulou no esqueleto, envolvendo seus braços ao redor do pescoço ossudo dele. “Awnn, obrigada amor, você é o melhor, agora, vá depressa, não quero que você se atrase mais.” Dando milhares de beijos pelo crânio do esqueleto, você deixou-o partir tão logo quanto o segurara. “Eu te amo, ok.”

“Eu também. ” Ele beijou-a ardentemente mais uma vez, antes de tele transportar.

Você ficou por alguns instantes sentada no sofá, sentindo a solidão chegar-lhe. Sabendo que também tinha tarefas a realizar, você arrumou-se e deixou café da manha pronto para Arial quando votasse.  Terminando, você pegou suas coisas e partiu para o trabalho.

Hoje, você pressentia através de sua alma, que seria um dia cheio de surpresas.

 

____________________________________

 

No momento que Arial chegou ao seu destino, ela tomou uns segundos para recuperar o folego, a distancia não pareceu tão grande quando ela avistara a flor da janela. Porem, agora ela percebera que a localização era perto da floresta. Inspirando profundamente, ela levantou a cabeça e olhou ao redor, esperançosa em ver a flor, mas nada encontrou.

Ela jurava que havia a visto perto. Não satisfeita, ela começou a inspecionar o lugar, olhou entre as outras flores, arbusto e pedras, mas ainda assim, não encontrou nada.

“É claro, você ouve uma história que por coincidência tinha uma flor dourada falante e no dia seguinte a dita cuja aparece, sim, muita coincidência hein...” Suspirando em derrota, a garota começou a fazer o caminho de volta e teria continuado, se não tivesse visto um vulto amarelo desparecer entre as arvores da floresta mais densa.

“Aha...” A garota silenciosamente, começou a dirigir-se em direção da mata densa. Ela não se perderia, havia explorado diversas vezes a mesma, conhecia-lhe como a palma da mão. E a cada passo, ela conformava a existência de flor dourada que aprecia se remexer entre as pedras e os fios verdes que compunham a natureza.

Sussurros começavam a ser ouvidos, sussurros tão baixos e inumanos que a criança podia não compreender. Sim, a criatura era maliciosa, estava impresso em suas feições o sadismo e a sede vingativa. Os ramos espinhosos, começavam a se mover, rastejando lentamente, esperando o momento certo.

“Flowey, é você?” A voz inocente e duvidosa soou e ao ouvir o nome que a criatura não ouvira em anos, a malícia se desfez, assim como o rastejar dos galhos espinhados. Deixando a escuridão da floresta, ela aproximou da criança, ainda perplexa.

“Você me conhece?” a flor questionou dubiamente, ganhando uma reação extasiada da garota.

“Sim! Claro, então é você! Flowey a flor!” Ela fechou a distância rapidamente, o que fez flor recuar – não por medo obviamente – por puro impulso. “Minha família me contou sobre você. Eu realmente sinto muito sobre tudo o que aconteceu.” Ela continuou ajoelhando-se enquanto aprecia maravilhada.

E Flowey, apenas não sabia como reagir. O plano inicial era atrair a criança de Sans e matá-la, vingança pro todas as vezes que o maldito saco de lixo sorridente o impediu, vingança por deixa-lo no subsolo, mas agora, aquela criança olhava-a tão radiante, mesmo sabendo do que a flor fizera, ela não demonstrou medo ou receio e ele não conseguia decidir se isso era muita inocência da parte dela, ou ela apenas realmente, não tinha medo dele.

Como Flowey não a respondera e apenas encarou-a com um olhar confuso e frágil, ela voltou a falar. “Meu nome é Arial, eu sou amiga da Frisk.” Ela continuou a sorrir e Flowey simplesmente não gostava dessa atitude, ele não precisa de gentileza, não adiantava, ele nunca aprenderia a lição, Frisk o poupou e mesmo assim, ele tentou novamente tomar as almas – e conseguiu, mas o resultado não saiu como planejado, Asriel saiu de tudo isso – mas isso já não importava mais.

“Por que?” A flor perguntou desviando o olhar e recuando um pouco mais. “Seus pais não te contaram o que eu fiz?”

Arial pareceu confusa por instante, então, entendeu o que a flor estava a insinuar. “Sim ma-”

“Então porque está sendo tão amigável? Eu tentei matar aqueles que são sua família no momento.” A flor cortou-a rispidamente, o veneno em suas palavras era puro e veemente.

“Por que eu acho que você se sente sozinho e ninguém gosta de estar sozinho.” Ela respondeu-lhe simplesmente.

A Flowey jurava que aquele argumento era o mais absurdo, idiota e presunçoso que ouvira e estava preste a dar uma gargalhada maravilhosa, mas ela simplesmente não saiu, presas em sua garganta, enquanto lagrimas desciam por seus olhos.  “Asriel seu bebe chorão, você nunca me deixa verdadeiramente.” A flor sussurrou, enquanto Arial retirava uma de suas botas e enchia de terra, puxando Flowey para dentro sem seguida, para acaricia-la.

“Pronto, pronto, você não precisa chorar mais. Deve ter sido difícil, né, ficar sozinho todo esse tempo.” As palavras da criança quase não podiam ser ouvidas sob o choro crescente e cansado da flor. “Você não está mais sozinho.”

“Você está em casa, Asriel.”

 

____________________________________

 

Quando as luzes dos postes começaram a acender e as últimas cores alaranjadas no céu esvaneceram, transformando-se em azul profundo, as estrelas começaram a brilhar e a lua deu lugar, você chegou em casa, cansada e ansiosa.

 Link estava perambulando no andar de cima, você podia sentir a bagunça que o quarto do garoto deveria estar no momento. Bem, ele era nervoso e tímido, igual ao pai. O encontro estava marcado para os oito, no momento, faltavam cinco minutos para as sete. O que também lhe dava tempo pra se preparar mentalmente.

Percebendo que Arial não estava em casa, você checou a cozinha, para ter certeza de que ela pelo menos voltou para a casa e tomou o café, antes de partir para a escola, ela estava a tarde e o caminho até chegar aqui, demorava dentre uma a duas horas. Normalmente você a levava de carro, mas com a saída abrupta da garota de manhã, você não teve escolha.

Para o seu alivio, o café não estava mais presente e no lugar, havia um bilhete, o qual, dizia:

“Querida mamãe, desculpa sair de manha sem me explicar, quando eu chegar eu converso direitinho com vocês sobre isso. Não se preocupe comigo, estou indo para escola e na volta demorarei um pouco, eu estou responsável por limpar a sala hoje! Com amor, Arial.

Ps: Fala para o Lin que eu quero que ele passe muita vergonha nesse encontro!”

Você riu e guardou o bilhete, não havia porque se preocupar, Arial, era uma criança muito madura e independente.

No instante que você terminou a leitura, Link desceu as escadas e você saiu da cozinha, curiosa para saber como ele estava. E a visão não decepcionou, ele optou por algo mais informal, calça jeans escuro rasgado, um all star, uma camisa branca simples, sem estampa e uma jaqueta que parecia ser de um cantor de k-pop.

“Wow, meu filho é um gato.” Você zoou, encostando-se no batente do sofá, enquanto admirava o garoto adentrar a cozinha e tomar um copo de água.

“Oh, hey mãe.” Ele respondeu um pouco surpreso pela a sua aparição. “Você chegou cedo.”

“Sim, eu terminei as coisas um pouco mais cedo...” Você deu uma pausa, pensativa. “Você parece animado.”

“Eu estou nervoso, isso sim.” Ele respondeu com uma risada.

“Hey, vai ficar tudo bem, você vai se sair ótimo. Ainda mais, é a Frisk, a garota é um doce.” Sua boca dizia uma coisa, mas eu interior e sua cabeça pensavam outra. Não entenda mal, você amava Frisk, como uma irmã, mas você vira o pior da garota e quando se tratava do seu filho, bem a situação mudava um pouco, preocupação de mãe.

“Obrigado mãe.”

 

____________________________________

 

Após meia hora, Link, decidiu que sairia mais cedo, para busca-la, Sans não havia chegado ainda e você estava preste a mata-lo quando o visse. E assim que a porta se fechou e Link sumiu de vista, o esqueleto apareceu ao seu lado.

“Você está pronta para persegui-lo?”

Você deu um pulo, assustada e cada deu um soco no esqueleto. “Sans, quantas vezes eu já disse para você não aparecer do nada!”

“Muitas, mas eu sempre esqueço, é um hábito desculpa.”

“Esquece, não é hora para isso, temos que garantir que esse encontro tenha 100% de sucesso!” Você pronunciou cheia de energia.

“Você fica tão sexy quando está determinada sabia?”

“Ah, é?” Você virou-se para ele, puxando a gravata devagar, aproximando os rostos “Então, se tudo der certo, você pode ganhar um agrado hoje.”

“Por que não disse logo?” Sans ofereceu-lhe o braço e você rapidamente agarrou-lhe. E tão rápido quanto Sans apareceu, você e ele desapareceram.

 

____________________________________

 

Quando você e Sans apareceram poucos metros da casa de Frisk, você puxou o esqueleto para o canto e observou Link chegar com sua moto, ele buzinou duas vezes e após alguns minutos, Frisk saiu da casa. Estava usando uma saia de pregas azul ciano, com uma meia calça preta que ia até coxa, uma camisa social branca e um blazer preto por cima.

“Frisk, se tornou uma mulher muito bonita.” Você comentou e Sans assentiu.

“Nem parece a criança que eu conheci.” Ele comentou nostálgico, uma criança a qual ele devia toda a sua liberdade e ade seu povo. Frisk verdadeiramente merecia ser feliz.

Link parecia um adolescente em um daqueles filmes de baile, quando via a moça descer as escadas, em um dos mais belos vestidos. Você achava fofo, caramba, você realmente estava ficando velha, na idade dele, você estava casando, CASANDO.

Do lugar que você estavam, não dava para ouvir o que eles estavam falando, mas eles se cumprimentaram rindo e Frisk parecia um pouco nervosa também com a situação. Determinada a saber o que falavam, você começou a se mover mais perto, Sans estava realmente se divertindo com toda a situação, ele nunca vira você desse jeito e sendo franco, era extremamente engraçado.

Você conseguiu chegar perto o suficiente para ouvir e voltou a se esconder, graças as Asgore que estava a noite e não dava para enxergar nada nos cantos escuros.

“É sério, Link, você não é o único que acha essa situação inusitada. Quer dizer, eu conheci você quando tinha seis anos e agora, bem, nós estamos em um encontro.” Frisk riu mais uma vez. “Agora eu sei como o Sans se sentiu.” Ela complementou.

“Nem me fala, eu cheguei a te chamar de tia, que vergonha.” Ele se adicionou ao remoer as lembranças, caindo na risada em seguida.

“Não importa agora, somos dois adultos agora, não mais uma criança ou um adolescente.” Ela deu uma piscadinha para ele e o garoto ficou sem saber o que dizer por instantes, limpando a garganta rapidamente, ele deu-lhe o capacete e sinalizou para ela subir.

Frisk colocou e subiu, passando os braços ao redor do loiro e encostando a cabeça em suas costas. “Eu não sabia que você tinha uma moto.”

“Sim, meu pai, quer dizer, Sans me ensinou dirigir e de aniversario ele me ajudou a completar o dinheiro que faltava.” Ele disse ao mesmo tempo que ligou a moto, pronto para dar partida.

“Onde vamos?” Frisk perguntou com uma voz animada e divertida.

“Você disse que queria que eu a surpreendesse.”

Nesse momento Frisk riu, erguendo a cabeça para trás. “Link! Era brincadeira.”

“Você deveria então eixar duas brincadeiras mais claras daqui em diante.” Ele respondeu sarcasticamente dando partida.

Você resmungou do seu canto, vendo os partir sem saber onde iriam, como você continuaria a vigia-lo?”

“Hey.” Sans soou mais uma vez atrás de você, ele estava tão silencioso que você quase esquecera de sua presença. “Eu tenho um palpite para onde ele vai.”

Você arqueou uma sobrancelha, mas naquela escuridão dificilmente o esqueleto poderia ver alguma coisa. “o que estamos esperando?” Você respondeu-lhe, agarrando sua jaqueta mais uma vez e tele portando no processo.

 

____________________________________

 

Frisk adorava passear de moto, adorava sentir o vento sobre sua pele, os cabelos chacoalharem e fluírem, a adrenalina e a sensação de liberdade que ela simplesmente nunca sentira dentro de carros.

“Hey!” Ela gritou, tentando ser mais alta que as rajadas de vento e o barulho ensurdecedor da moto.

“Huh?” Link questionou, adentrando uma rua mais tranquila, ele diminuiu a velocidade e o passeio tornou-se mais calmo.

“Por que mais cedo você corrigiu ‘pai’ para ‘sans?” A pergunta parecia inocente, mas Frisk percebera que ela tinha um peso e desejou nunca ter dito nada. “Você não precisa responder, é claro.”

“Não, não. É só que, bem. Eu tenho dois pais, o biológico e o Sans, que eu considero, eu só corrigi para que você não pensasse que foi meu pai biológico que ensinou e me ajudou com a moto.” O tom era casual, meio frio, como uma camuflagem para esconder os reais sentimentos.

“Pensei que você se dava bem com o Dorian...” Frisk questionou, apertando mais Link, como se quisesse dar-lhe apoio.

“Eu até que me dava, mas, depois que eu descobri o que aconteceu entre ele e a minha mãe, a situação apenas, ficou estranha. Por um tempo eu comecei a me considerar um erro, eu sempre me sentia nojento, como algo errado, fruto de uma situação nojenta.” Ele completou, um pouco confuso e sentimental.

“Link, você não tem culpa de nada, sua mãe sempre disse que você foi a única maravilha a sair daquela confusão.”

“Eu sei, mas, ainda sim. Eu cheguei a ficar paranoico algumas vezes, quando eu tomava banho, eu me lavava diversas vezes, raspava minha pele. Mas o dia que minha mãe percebeu a situação, nós conversamos e resolvemos tudo. Ela disse que me amava muito e que não passava um dia que ela não se orgulhava de mim.” Ele expressou um sorriso no final, algo doce e isso fez Frisk sentir mais feliz também, por ele.

“Isso é bom. Eu fico muito feliz que você exista.” Ele sussurrou alto o bastante para ele ouvir.

“No final, minha relação com Dorian, simplesmente estagnou, eu não sei se consigo perdoa-lo igual a minha mãe. Eu não o odeio, mas, eu simplesmente...” Ele calou-se, não encontrando palavras para descrever seus sentimentos.

“Hey, eu entendo perfeitamente. Perdoar é um ato muito mais corajoso e difícil de realizar. Eu realmente considero as pessoas que conseguem perdoar, pessoas muito fortes, odiar é fácil, mas perdoar... É por isso que eu admiro muito sua mãe, ela nos ajudou muito, eu, Chara, Gaster...” Frisk divagou por um momento, lembrando-se de como você mostrou-lhe empatia.

“Chara?” Link perguntou e Frisk percebeu que o garoto ainda não sabia da existência da garota fantasma.

“U-uma amiga minha. Nada de importante...”

Link estava preste a questionar mais sobre isso, mas assim que ele avistou o destino, ele abriu um sorriso e virou-se para olhar para Frisk de ombros. “hey, feche os olhos, o lugar é surpresa.”

“Awnn, Link, sério?”

“Seríssimo.” Ele riu e a garota revirou os olhos, antes de fecha-los.

 

____________________________________

 

 

Você não reconheceu o lugar que Sans tele transportou, você olhou ao redor, a procura de qualquer coisa, mas tudo parecia deserto.

“Onde estamos?” Você questionou

“No observatório fora da cidade. Ali.” Ele apontou para o horizonte e forçando a visão, você conseguia ver a sombra de um prédio, redondo e grande.

“Wow, mas, por que você acha que ele vai estar aqui?”

“Bem, pelo simples fato de que ele me pediu o cartão de acesso.” Ele respondeu simplesmente, enquanto começava a andar em direção ao lugar.

“Oh, por que você não disse logo?”

“Você não perguntou.” Ele deu uma piscadela e você bufou, indignada, mas não deixando de expressar um sorriso.

Você adentrou o lugar gigante com o Sans e subiu até o terraço, sentando-se na beirada enquanto esperava os pombinhos chegarem. A noite estava calma e aconchegante e você realmente estava gostando dessa pequena aventura.

“Sans...” Você sussurrou, encostada no esqueleto.

“Sim?”

“Obrigada por me apoiar nisso, eu sei que parece ridículo, mas...obrigada, eu realmente valorizo isso.” Você terminou, abraçando ele uma vez mais, fechando os olhos e deixando aproveitar o momento caloroso e sereno.

“Não precisa agradecer, é o mínimo que eu posso fazer, por tudo que que eu já te fiz passar.” Ele riu, mas havia certa melancolia em suas palavras.

Você se virou, colocando as mãos em ambas as maças do crânio, virando-o para olha-la nos olhos. “Hey, nós estivemos nessas empreitadas juntos, e eu estive sempre aqui com você, porque te amo, nunca se deixe pensar que você é um fardo para mim.”

“Eu nunca pensaria isso. Eu sito através da sua alma, que você verdadeiramente me ama. E se eu realmente não acreditasse nisso, eu nunca teria escolhida uma vida mortal com você.” Você sorriu, você lembrava de Sans contar-lhe que no momento que uniram suas almas, se um dos dois morrer, o outro morre também. Ele não queria viver uma vida eterna sem você, mas uma breve com você.

“Seu esqueleto bobo.” Cutucando no nariz, você aconchegou-se em seu aperto mais uma vez.

Após meia hora, vocês avistaram a moto de Link ao longe e decidiram se esconder em algum lugar do terraço.

 

____________________________________

 

“Link, eu já posso abrir os olhos?” Frisk perguntou pela decima vez, não tendo certeza se conseguiria resistir por mais tempo a tentação de dar uma olhadinha.

“Calma, Frisk, já estamos quase lá.” Ele dizia, enquanto a guiava pelas mãos, passando pelos corredores vazios e escuros do observatório, ele chegou ao gerador ligando-o e finalmente, levando-a para o planetário. “Agora sim, você pode abrir os olhos.”

Sem mais delongas, Frisk retirou as mãos dos olhos e abriu-os, apenas para ser banhada por um céu estrelado e projeções espaciais. O mundo girava em diversas constelações e luzes, como uma aurora boreal, dando-lhe a impressão de estar a flutuar no verdadeiro espaço.

“Link, isso é lindo!” Ele exclamou animada, girando pelo salão rindo emocionada. “Eu adoro estrelas!”

Link estava contente, mais por ela do que por ele. Frisk parecia lhe muito mais radiante quando sorris verdadeiramente. Algo raro nos últimos tempos, afundada em trabalho Frisk deixou de ir em muitas festas. Deixou de aproveitar a vida, ele queria vela sorrir de novo, algo que lhe deu mais motivação e determinação para chama-la para sair.

“Eu fico feliz que gostou, mas não é tudo.” Ele disse orgulhosamente e Frisk parou de rodopiar, surpresa com as palavras do homem.

“Ah é? tem mais? Me surpreenda novamente, Sr. Link.” Os dois riram e Link guiou Frisk até o terraço.

Você estava em um dos cantos, escondia atrás de alguns canos e equipamentos, assim como Sans. “Eles estão vindo, finalmente.” Você sussurrou e o esqueleto assentiu.

Link continuou andar, até o outro canto, onde havia um véu branco cobrindo alguma coisa. Aproximando-se, ele retirou o véu, revelando uma mesa de jantar para dois, com tapoeres de ferro e duas taças de vidro.

“voilà, comida monstro, não esfria e não fica ruim.” Ele fez uma reverencia juntamente com um sotaque francês terrível.

“Wow, jantar a luz de velas e estrelas, Link, não sabia que você era um saudosista romântico.” Frisk brincou, mas verdadeiramente impressionada.

“Você não sabe muitas cosas sobre mim, my lady.” Ele retrucou, puxando a cadeira para ela sentar.

“Oh gosh, que fofinho.” Você sussurrou, agarrando Sans, tentando o máximo não pirar igual uma fangirl quando vê o OTP.

“Além de que, eu não quero que você perca a chuva de meteoros.” Ele adicionou, com um sorriso presunçoso.

“O QUE!?” Frisk exclamou desacreditada.

“Eu planejei isso a algum tempo sabe, a algumas semanas eu soube que teria uma chuva de meteoros e pensei que seria perfeito. Você tem estada tão ocupada Frisk, eu achei que merecia um dia de descanso.” Ele admitiu, retirando um vinho de um isopor ao lado, abrindo-o e despejando o liquido marfim nos copos.

“Oh, Link...”  Frisk não sabia nem o que dizer, ela nunca imaginou que o garoto a considerava tanto e perceba a quão cansada ela estivera, nem ela mesmo percebera, até o dia em que ele fez o pedido e ela imaginou que seria bom uma pausa depois de tanto trabalho. “Obrigada, de verdade.”

Ela gentilmente apertou a mão dele e os dois sorriram um para outro e naquele momento, você percebeu que estava tudo bem.

“Sans, vamos embora.” Ele olhou para você confuso e você apenas sorriu. “Vamos deixa-los sós, eles precisam de privacidade, eles vão ficar bem. Link, vai ficar bem. Ele é mais maturo do que imaginava.” Sans pareceu feliz com essa conclusão e rapidamente os tele portou.

 

____________________________________

 

Em casa, Sans começou a te contar como você se comportou de forma imatura a aventura inteira, e você simplesmente não conseguia parar de rir. Mas após muitas risadas e vinho, você percebeu que eram dez horas e Arial, não havia voltado.

Você tentou não causar alarde, comentou com Sans sobre o bilhete e os dois começaram uma busca nas proximidades, em lugares que ela normalmente se escondia, mas nada.

As onze horas, o desespero de mão atacou, você já estava a imaginar os piores dos cenários, sequestro, morte, o desespero estava batendo na porta, assim como ansiedade e a maldita voz na cabeça dizendo-lhe o quão péssima mãe era, deixar a filha sair simplesmente, na rua, uma criança de onze anos.

Você procurou e procurou diversas vezes, mas nada, o desespero parecia aumentar e mesmo com Sans aos eu lado, você sentia tremer e balançar;

“Ela nunca fez isso Sans, nunca!” Você choramingou.

“Amor, acalme-se, eu ainda consigo sentir a vibração da alma dela, da magia, ela está bem. Vamos encontrá-la. Eu prometo.” Ele abraçou-te e beijou-lhe na testa.

A meia noite, vocês alertaram a policia e neste momento, Link e Frisk chegaram, eles correram quando avistaram as viaturas de polícia.

“Mãe, pai, o que aconteceu?” O loiro perguntou ofegante, você e Sans tinham acabado de falar com um policial e ainda estavam do lado de fora da casa.

“Link, sua irmã, ela desapareceu!”

“Frisk, você consegue sentir a alma dela? É determinação como a sua.” Sans perguntou, apesar do semblante calmo, o monstro não estava nada bem, ele sabia que ela estava viva, mas onde ela poderia estar e com quem ela poderia estar, o preocupa mortalmente, ele nunca perdoaria quem relasse um dedo em Arial.

“Eu posso tentar.” Fechando os olhos, Frisk conjurou sua alma, o coração radiante pulsava brilhantemente a frente do peito da mulher. O coração oscilava, enquanto irradiava um pulso, quase como uma onda, um rastreador.

“Eu consigo sentir, está no coração da floresta.” Link imediatamente partiu e avisou os guardas enquanto Você, Frisk e Sans comeram a correr mata a dentro.

Frisk servindo como guia, você continuou correndo, não pensando em nada mais além de Arial, sempre Arial, apenas ela. A mata tornava-se cada vez mais profunda e escura, assim como o céu negro acima.

Mas cada segundo importava e você não pararia um reles milissegundo. E a cada passo, você sentia sua alma inchar e inchar, sentindo cada vez mais perto dela, cada vez mais forte e determinada, até ouvir sua pequena voz, em meio o silencio enlouquecedor.

Todos pararam por um momento, tentando identificar de onde o som vira, a voz de Arial novamente foi ouvida e com novas pistas vocês continuaram e continuaram...até que...

Vocês avistaram, a garota, sentada em meio a um tronco, enquanto conversava com uma flor dourada em uma bota.

“Flowey!” Sans rugiu, uma voz mais fria e rancorosa e forte que de um trovão na mais ferozes das tempestades.

Arial pulou, assim como a flor, os reflexos da garota mostraram ser rápidos, quando ela rapidamente, envolvendo a flor com sua própria magia, antes que o pior acontecesse.

“Arial!” Você correu até a criança, empurrando-lhe em seus braços, aliviada, mas mortalmente enraivecida. “O que você estava pensando criança?”

“Desculpa mãe, eu nunca me perdi na floresta, mas eu estava brincando com Flowey e quando percebi, estava muito escuro e a floresta no escuro, parece ser igual e eu acabei me perdendo.” Ela respondeu chorosa, mas não retirando sua magia sobre a flor.

“Flowey? Aquele Flowey?” Você perguntou, dando um olhar para a flor, que escondia o rosto.

Sans estava com a mira travada na criatura, pulsando em raiva, Frisk, aproximou lentamente, mas desta vez, seus olhos eram obsidianas, indicando que Chara estava no controle. “Asriel?” Chara pergunto, sua voz afiada de sempre, desapareceu para dar o lugar a uma voz chorosa e dolorida.

“Chara, é mesmo você?” Os ramos da flor se estenderam e acariciaram a humana.

“Sim, sou eu, meu irmão.” Ela respondeu-lhe com um sorriso lagrimado.

Você estava surpresa, ainda mais surpresa por Arial encontra-lo. “O que ele está fazendo aqui?”

“Ele se sentia sozinho no subsolo, ele quer estar com a família dele, mãe, ele não me fez mal.”

“Não podemos confiar nele Arial.” Sans se pronunciou. “Assim que você der as costas, ele ataca e destrói tudo.”

“Ele não é mais o mesmo, papai, ele poderia ter me matado a qualquer momento, ele é muito mais forte que eu, mas ele não fez, ele quer mudar. Me deixe ajuda-lo, assim como Frisk ajudou você.” A garota implorou, pegando Flowey nos braços e a flor poderia admitir que bem, ele teve intenções de matá-la, teve, mas ele achou que não era o melhor momento para admitir.

“Ele esteve me protegendo a noite inteira.”

Você estava tão cética quanto Sans, mas ao olhar para flor, para chara e repensar tudo que havia acontecido com você, com sua família, com todas as intrigas, brigas, Gaster. E no final, você pôde perdoar tudo.

“Querido, eu acho que vale a pena tentar.” Você pronunciou-se incerta, mas querendo acreditar e apoiar sua filha e o que seu coração, sua alma dizia-lhe.

Sans estava pensativo e após alguns minutos que mais pareceram séculos naquela imensa escuridão, ele finalmente chegou a um veredito. “Se, você fizer um movimento suspeito, eu vou mata-lo no mesmo instante, mas dessa vez, não existirá um reset para salva-lo.”

Engolindo em seco, Flowey assentiu receosamente e Arial começou a conforta-lo.

Link os encontrou no meio do caminho da volta, ele provocou Arial, mas chorou em seguida. Nesse meio tempo, você e Frisk decidiram contar para ele sobre Chara, você estando no meio para confirmar que a garota não era maluca; e apesar de confuso, Link não se importou com a ideia.

Após voltarem, vocês avisaram policia de que ela havia sido encontrada, Arial foi levada ao hospital para receber uma análise e vocês passaram a noite com ela.

Os dias se passaram e aquela noite despareceu das memorias. Flowey estava com Arial, ele não a deixava e vice-versa. Frisk visitava muito mais, por dois motivos, o primeiro, ela e Link continuaram a sair, nada oficial, mas você jurava que não demoraria muito para acontecer algo. O segundo, o próprio Flowey.

Ela e Chara decidiram não contar para Toriel e Asgore ainda, mas eles afirmaram que iam em algum momento. Sans continuava desconfiado como sempre, mas ele estava orgulhoso de Arial, ele disse que ela tinha puxado a melhor qualidade que você tinha.

Mas no final, o que lhe deixava mais surpresa, era o fato de o quanto podia acontecer em um único dia da sua vida. O mesmo dia em que tudo acabou e tudo começou. O dia que você perdeu sua família e ganhou outra.

 

 


Notas Finais


Eu lembro que muitos ficaram com dó da Frisk e falaram se eu poderia emparelhar ela com alguém , mas eu simplesmente não queria inventar um personagem do nada? E então, eu achei que seria divertido ela ser um Sans reverso? Assim como ela teve sentimentos por um cara mais velho, alguém mais novo teve sentimentos por ela tbm. Eu só espero que não tenha ficado forçado, eyah, mas eu escrevi porque achei que seria divertido e precisava tirar essa ideia da cabeça pra poder ir dormir asjdaisjdasdasd. Eu espero que tenha sido divertido para vocês e que vocês tenham conseguido matar a sdds!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...