História Jardim Das Delícias - Futuro.

FUTURO

Havia mais de meio dia que tinham partido da casa de Kakashi, caminhavam agora em direção ao terceiro selo, que graças à ajuda do Imortal mais velho estava bem mais próximo. Gaara e Neji caminhavam a frente do grupo, Neji mostrava um livro que havia ganhado de Kakashi sobre feitiços que ele, ao treinar mais, conseguiria reproduzir, em seguida vinham Sasuke e Sakura, presos em seus respectivos pensamentos, questionando-se sobre todas as descobertas feitas por Kakashi, logo atrás vinha o Uzumaki muito mais quieto que o normal, com o olhar sempre tão vivido; vago e distante, mas apesar de tentarem transparecer calmaria, havia uma coisa em comum em todos eles, a possível morte de Sasuke e Sakura ao fim daquela jornada. O pensamento insistia em permanecer pesado em suas mentes e importunar o grupo... 

— Então... — Naruto foi quem quebrou o silêncio. — Seu irmão é mais legal do que imaginei Sakura. — A Imortal apenas o olhou, não sabia ao certo o que responder, ele então continuou... — Que bom que ele nos ajudou, chegaremos logo ao terceiro selo, como se sente? 

— O poder liberado pelo segundo selo ainda está se moldando e se fundindo ao meu, mas acredito que logo já me sinta melhor. 

— Será que depois do terceiro já terá alguma diferença? 

— Sim, com certeza, eu vivi por muito tempo com o mínimo de poder possível, o segundo selo me devolveu uma base de poder, o terceiro me tornará forte novamente. 

— Isso é bom, quer dizer... podemos até mesmo parar no terceiro selo e então Sasuke poderia vir a se acostumar com esse poder. 

— Seria uma solução momentânea. — Neji foi quem começou a explicar. — Os Imortais estão constantemente drenando poder da terra, mesmo se parássemos no terceiro selo eventualmente Sakura acumularia poder suficiente para exterminar Sasuke. 

— Oh, droga... 

— Podemos mudar de assunto? 

Sasuke pediu com um tom de voz nada agradável, e o silencio voltou a reinar entre eles... 

Horas se passaram, e pouca coisa foi dita entre eles, logo o sol caiu e a noite gelada os forçou a parar em uma clareira, Naruto acendeu uma fogueira e sentaram-se ao redor dela. Sasuke e Gaara sentaram-se um ao lado do outro, enquanto Sakura sentou-se ao lado de Neji, e ajudava-o a entender algumas coisas que ele não conseguia decifrar no livro que tinha ganho de presente, Naruto, com um galho longo e fino brincava com o fogo entediado com a mão escorada no rosto... 

— Será que a gente pode fala de alguma coisa pelo menos? — Bufou brabo o loiro. 

— Você não pode esperar um pouco? — Neji estava empolgado de mais naquele momento. — Sakura está me ensinando como reproduzir esses feitiços. 

— Sakura não sabe fazer feitiços. — Realmente o silêncio mórbido irritava o Uzumaki. 

— Claro que eu sei. — A Imortal se defendeu. 

— Kakashi disse que você não consegue controlar seus poderes como deveria. 

— Ainda assim sou muito boa com feitiços, não significa que eu tenha que faze-los da mesma forma que Kakashi. 

— Se você soubesse Sasuke não estaria morrendo agora. — Ele resmungou, e um pedaço de pão voou em sua direção, o ruivo o repreendia só com os olhos. 

— Como assim não faz do mesmo jeito? Existe mais de um jeito de fazer um mesmo feitiço? — Neji voltou ao foco do assunto e ignorou o insulto do loiro. 

— Imortais como Kakashi e Konan foram ensinados a fazer feitiços, por isso usam os livros como auxiliadores, assim eles sabem o que fazer e quais resultados isso podem vir a aparecer, ainda assim conseguem fazer qualquer feitiço mesmo que não tenha um manual explicando como fazer. Eu jamais fui ensinada a usar meus poderes, por isso muitas vezes não sei quais serão os resultados e consequências, colocar magia de mais ou de menos pode alterar drasticamente as coisas. Foi isso que aconteceu comigo e com Sasuke, eu não tinha ideia de que meu poder estaria tão concentrado quando criei o elo entre nós, e a consequência disso foi que ao invés de nos conectar por algum tempo, fundiu nossos seres. 

— Por que você nunca foi ensinada? — Gaara quem perguntou. 

— O costume é que o Imortal anterior cuidará do seguinte, meu antecessor é Kakashi, foi ele que veio antes de mim, mas as coisas eram diferentes naquela época, nós Imortais éramos tratados como deuses, e trabalhávamos para ajudar a humanidade em várias situações diversas, Kakashi sempre estudou muito e tinha as soluções para qualquer coisa, o que fazia muitas pessoas procurá-lo, e então ele basicamente me deixou aos cuidados de seu aprendiz. 

— Ino? 

— Não, Ino é uma humana, uma boa feiticeira, mas humana, deve estar com ele a poucos anos, ele já teve milhares de aprendizes ao longo dos séculos, quando eu nasci seu aprendiz era Indra... 

Sasuke arregalou os olhos, já tinha tido lembranças de Indra e Kakashi conversando, mas não sabia daquela informação. A conversa tornou-se mais interessante e dolorosa para ele... 

— Os Imortais crescem de uma forma diferente, eu passei de um bebê ao que sou agora em poucos meses, e Indra me ajudou no que ele podia, ainda assim era um humano e não poderia me ensinar muito mais do que aquilo. Kakashi vendo que eu não estava evoluindo o suficiente me mandou para uma antiga Imortal, Tsunade, e ela até tentou me ensinar alguma coisa, mas era diferente, enquanto Kakashi se apoiava na razão para fazer os feitiços, Tsunade se apoiava nas emoções, que como vocês já sabem não são tão amplas quanto as dos humanos, mas não pude aprender muito e logo parti de lá também. 

— Por que você partiu? Não queria aprender com ela? — Sasuke tinha quase certeza do motivo, mas queria ouvir da boca dela... 

— Indra foi atrás de mim, nos casamos e passei a viver com ele em um lugar afastado, quando eu comecei a perder o controle dos poderes que vinha adquirindo fomos atrás de uma bruxa, amais poderosa que já passou pela terra, e foi ela quem me ensinou a controlar os poderes e utiliza-los de uma forma muito similar ao que vocês chamam de instinto. Ainda assim meus poderes são instáveis, por isso a alma dela me acompanha até hoje, em uma constante lembrança de que não posso perder o controle... 

— Você fala da mulher de branco... Kaguya. 

— Exatamente. 

— E o que aconteceu? — Naruto falou curioso. — Você disse que vocês eram adorados como deuses, o que aconteceu para serem esquecidos, quer dizer, nunca ouvi falar dos Imortais antes de conhecer você. 

— Eu perdi o controle. E quando isso aconteceu matei quase metade do planeta sozinha. 

O silêncio quase tomou forma naquele momento, Sasuke sabia o que tinha acontecido, ele viu o massacre que foi quando Indra morreu, mas aquela informação para os outros era nova e levemente assustadora... 

— Entao... O que você é boa em fazer? — Neji tentou superar aquele silencio cortante... 

— Muitas coisas, quer dizer, não tem um tipo de feitiço em que eu seja ruim, é apenas perigoso tentar fazer algo grande, mas pequenas coisas como maldiçoes, ver o futuro ou feitiços de proteção, apesar de consequências complicadas são fáceis de fazer. 

— Você pode ver o futuro? — Naruto quase deu um grito. 

— Sim. 

— Então você sabe tudo que vai acontecer? — Gaara perguntou. 

— Não. O futuro está em constante mudança, é algo muito delicado e com variáveis basicamente infinitas, eu teria que me focar em uma coisa, e a partir disso buscar por algo especifico. 

— Eu não entendi direito — O ruivo pedia uma explicação melhor. 

— O tempo é soberano, até mesmo para os Imortais, por exemplo, o tempo entre eu e você é diferente nesse exato momento, enquanto você está vivendo somente o agora, eu estou vivendo momentos a frente, e momentos atrás, por isso eu sou capaz de saber que Naruto vai derrubar a tigela de comida do Sasuke, mas não sei a próxima pergunta que você vai me fazer, apesar de saber que vai fazer uma. 

— Você só está me deixando mais confuso Sakura. 

— Para ver o futuro eu tenho que estar procurando por algo especifico, nem eu, nem nenhum outro ser que caminha pela terra teria a capacidade de suportar todo o conhecimento que o passado, o presente e o futuro têm. 

— Eu entendi. — Naruto se pronunciou. — É como uma biblioteca, você não pode ler todos os livros ao mesmo tempo, mas se quiser pode procurar por algo que queira saber e ler. 

— Exatamente.  

— Veja algo sobre mim. — Gaara pediu. 

— O que quer saber? — Gaara olhou para os outros com a pergunta dela, não sabia o que perguntar. 

— Já sei. — Naruto foi quem se manifestou. — Gaara nunca se apaixonou. Veja se ele vai se apaixonar um dia. 

Ao falar a frase ele balançou o longo galho com o qual antes brincava com o fogo e apontou em direção ao ruivo, mas ao fazer isso bateu a ponta do galho na tigela de comida ao lado do Sasuke derrubando-a no chão, assim como ela alguns minutos atrás tinha dito que aconteceria. O fogo dançava no chão, as chamas controladas, e os cinco sentados ao redor dele, Sakura levantou-se e caminhou lentamente até o outro lado da fogueira... Ela ajoelhou-se entre as pernas de Gaara, que primeiro pareceu surpreso, mas logo deixou-se levar, a mulher levou as mãos até o rosto dele e beijou-o.... 

Sasuke levantou-se, furioso, com os olhos vermelhos ardendo em raiva e ciúmes, mas e agora? O que ele poderia fazer? Afasta-los? Bater em Gaara? Brigar com Sakura? Ele não tinha autoridade para nada disso, não era o dono de Sakura e não poderia impedi-la de fazer o que bem entendesse, cerrou os punhos e ficou observando até o último momento... 

Os olhos dela se abriram devagar e viu o ruivo engolir a própria saliva. Os olhos de Gaara rapidamente se voltaram para o Uchiha ardendo em ódio ao seu lado, mas logo voltaram a ela... A voz sedosa que ela tinha, a respiração dela tão quente batendo contra a sua... 

— Você vai se apaixonar... Profundamente. Ardentemente... Vai ama-la com todas as suas forças, suas vísceras gritarão por ela, seu sangue se diluirá com suas despedidas... Você vai conhecer o amor que sempre desejou conhecer... 

— Você... Está vendo isso no meu futuro? 

— Sim eu estou... Você ainda tem um longo caminho até encontrá-la... Muitas luas morrerão antes que isso aconteça... — A voz dela soava quase como um encanto, ela não só falava... ela profetizava aquilo... — Vai conhecê-la na rua, vai esbarrar nela, como poderia acontecer com qualquer um, e você vai encantar-se com os olhos brilhantes e inocentes que ela vai ter... Mas depois de alguns passos vai perceber que ela roubou de você, você vai lembrar do que estou te falando agora, vai lembrar de que ela vai ser o grande amor da sua vida, e então vai ir atrás dela... 

Sakura afastou-se, ainda diante dele e os olhos voltaram a ter aquele ar malicioso... 

— A pergunta é... Se eu não tivesse contado o teu futuro agora, você iria atrás dela?  

— Eu entendi... — Gaara riu pelo nariz. — O meu futuro acabou de mudar, se você não tivesse me contado eu nunca iria atrás dela, e nunca me apaixonaria por ela... Só de olhar para o futuro você pode mudá-lo... 

— Exatamente. 

Sakura levantou-se novamente e voltou a sentar-se ao lado de Neji. Sasuke levantou a tigela ainda caída no chão e brabo bufou, por sorte a atenção novamente se voltou para Naruto. 

— Quer dizer que você consegue ver as coisas, tanto do futuro quanto de agora e do passado. — Naruto parecia calcular algo em sua mente. 

— Sim. 

— Isso quer dizer que você pode ver o dia em que eu prendi o Sasuke dentro do chiqueiro a noite toda quando tínhamos seis anos de idade?  

— Sim. 

— E também pode ver o que está acontecendo com uma outra pessoa do outro lado do mundo. 

— Não, eu preciso estar com a pessoa, tocá-la, para conseguir ter acesso a essa informação. 

— Beija-la... — Balbuciou o resmungão Uchiha. 

— Não exatamente, como eu disse eu aprendi a usar a magia de uma forma muito parecia com o instinto, me perguntaram sobre uma paixão, a paixão e o beijo têm um vínculo forte... 

— Um pensamento é forte o suficiente para você ver algo? — Naruto voltou a questionar... — Digo, Kakashi disse que existe alguém que pensa constantemente em mim, ele me disse isso, mas não disse quem, você conseguiria ver quem é? 

— No presente? Eu posso tentar. 

Ela levantou-se novamente, e ajoelhou-se ao lado do fogo... 

— Coloque a cabeça aqui. 

Ela colocou as mãos nas pernas, Naruto deitou-se no chão e colocou a cabeça no colo da mulher, sentindo-a colocar as duas mãos em seus cabelos... 

— Feche os olhos Naruto... — Ele os fechou... — Você está vendo? 

— Sim! É como se eu tivesse correndo pela floresta, posso ver as arvores passando... 

— Estamos seguindo o pensamento que chega até você, é um rastro bem forte, realmente essa pessoa pensa muito em você. 

— Eu conheço esse lugar... Estamos indo para nossa vila. 

Os outros três se entre olharam, a vila? Alguém em sua antiga vila pensava em Naruto? Como era possível se todos fugiram de lá, e os que ficaram para trás foram assassinados... Naruto e Sakura continuavam de olhos fechados, Naruto ainda deitado com a cabeça sobre ela, mas as reações no corpo do Uzumaki eram como se ele estivesse em outro lugar, era horrível não conseguir ver o que estavam vendo...  

— Estamos na vila, posso vê-la, meu deus, o que é isso? 

— O pensamento se perde aqui, há uma barreira, mas conseguiremos passar... 

— Há vários monstros, vários como no dia em que a vila foi atacada. 

— Se chamam golens... e realmente são muitos, não é qualquer um que conseguiria manter tantos vivos ao mesmo tempo. Vamos mais fundo... 

Naruto começou a se debater, levou as mãos até as mãos dela, como se sua cabeça estivesse doendo muito, mas a Imortal não parou, e ele nem queria que parasse e de repente ele parou de se mover, os braços caíram ao lado do corpo, o rosto ficou vermelho, e mesmo com os olhos fechados as lagrimas grossas correram pelo rosto do Uzumaki. 

— Aqui está, é ela que pensa em você... 

— Quem é? — Sasuke e Gaara perguntaram em uníssono... 

— Oh, meu deus... É Hinata... Hinata está viva, ela está viva... 

Os outros três se entre olharam, levantaram em susto de uma vez só, Neji levou a mão até o peito tentando acalmar-se, como era possível, e então com a voz pesada com as lagrimas e o aperto no peito Naruto continuou... 

— Elas estão vivas, Hinata, Temari, Mikoto, eu posso vê-las, estão presas... Hinata... Hinata... — Ele ergueu a mão como se tentasse tocá-la. 

— Naruto temos que sair. 

— Não, temos que tira-las daqui. 

— Não podemos, não estamos aqui. Estamos na floresta com os outros, não se confunda. 

— Não, temos que ajudá-las. 

— Naruto, preste atenção na minha voz, você tem que me deixar trazer sua mente de volta, ou então nunca poderemos voltar para ajuda-las... 

Os dois ficaram calados por algum tempo, e então Naruto inspirou como se estivesse há muito tempo sem ar, sentando-se e tossindo forte, os olhos vermelhos, o rosto assustado, Neji ajoelhou-se perto dele e os outros dois se aproximaram ainda mais, mas não foi preciso perguntar nada, o loiro começou a contar em desespero... 

— Elas estão vivas, estão todas vivas, temos que ajudá-las. 

— Quem você viu?  

— Hinata, Temari, Mikoto, Karin, Kurenai, estão todas vivas, estão presas. 

— E a Tenten, você a viu? — Neji perguntou 

— Não sei, são muitas, muitas mulheres da vila, estão todas presas em um galpão, presas com correntes. 

Sasuke levou a mão até a cabeça, aquilo era impossível, eles tinham certeza de que estavam todas mortas, ele viu o monstro com segurando sua mãe dentro de sua mão, e agora Naruto dizia que ela estava viva, aquilo era impossível, por que elas seriam prisioneiras esse tempo todo, se elas fossem reféns Orochimaru teria feito com que eles soubessem e voltassem logo, não teria as escondido por todo esse tempo, não fazia sentido. 

Demorou um tempo para Naruto conseguir se acalmar e contar o que tinha visto, não estavam longe da vila agora, ele e Sakura puderam ver uma enorme barreira, que talvez para o humanos fosse completamente invisível, mas que cobria toda a vila, e dentro dela muitos golens perambulavam pelo local, ainda havia muitas casas destruídas e vazias, mas a parte central da vila já havia sido reconstruída, em um galpão, não muito longe da casa principal estavam as mulheres, cerca de vinte delas, presas por correntes, algumas tigelas de comida no chão, algumas bacias com agua, parecia que elas estavam presas ali há algum tempo. Sakura teve calma ao explicar aos samurais que um golem era um feitiço poderoso de criação, difícil de fazer, e mais difícil ainda de manter, e existiam cerca de dez deles, o que significava que tinha alguém muito forte por trás daquele feitiço... 

— Estamos a três dias do terceiro selo, e mais ou menos uns sete da vila. Por mais que eu queira ir correndo para lá, acho que deveríamos ir até o terceiro selo e depois salvarmos elas, Sakura estará mais forte e conseguirá proteger todas. Não adianta irmos correndo até lá e não conseguirmos ajudá-las. 

Neji, sensato como sempre, sugeriu, e depois de algum tempo decidiram que era a melhor decisão. 

Sasuke estava sentado embaixo de uma arvore, pensar que sua mãe estava viva era surreal, ele achou que havia perdido todos, e agora não só seu irmão, mas sua mãe estava viva, era uma sensação estranha aquela... Viu Sakura aproximando-se lentamente, o vestido negro arrastando na grama, ela sentou-se a seu lado e ficou em silêncio, apenas fazendo-lhe companhia... 

— Eu nunca imaginei que poderia encontrá-la viva... 

— Mas acredito que seja uma boa notícia?  

— Sim, é claro que é uma boa noticia Sakura. 

— Então anime-se marido, nós iremos tirá-las de lá em alguns dias. 

Ele sorriu, tinha vontade de sorrir toda vez que ela o chamava de marido. Passou o braço por trás dela e puxou-a pela cintura, quase colocando-a em seu colo, entre suas pernas, Sasuke escorou a cabeça no ombro dela, o cheiro doce da mulher o acalmava... 

— Será que algum dia eu vou ser mesmo seu marido? 

— Eu não saberia dizer... 

— Voce pode olhar no meu futuro. 

— Eu não quero. — Ela foi ríspida ao responder, e aquilo foi diferente, Sasuke afastou-se o suficiente para ela conseguir olhar em seu rosto. 

— Por que você não quer? 

— Eu não quero mais olhar seu futuro... 

— Mais? Você já olhou antes? — Ela ficou em silêncio, e ele sabia o que aquilo significava... — Sakura... 

— Sim eu olhei.  

— Quando? 

— Enquanto você dormia... Eu olhei várias e várias vezes tentando mudá-lo. Mas eu não consegui... 

— Mudá-lo? O que você viu? 

— Nada. 

— Como assim nada Sakura. 

— Nada, eu não vejo nada porque você não tem futuro.