You'll be a bitch because you can
You'll try to hit me just to hurt me
Flashback on
Regina chegou na mansão de Maria Colter com suas mãos suando e o estômago revirado, o que com toda certeza ela culpou o bebê que carregava.
Bebê.
Era tão surreal para a morena pensar que estava grávida, mesmo se cuidando de todas as maneiras, acabou com uma criança dentro do útero. Regina tinha muitas dúvidas, mas em momento algum pensou em interromper a gravidez, afinal, um de seus maiores sonhos era se tornar mãe.
Não era exatamente dessa maneira que ela queria: engravidando de um colega de faculdade e sendo forçada a se casar, mas pelo menos teria seu bebê e Daniel não era uma pessoa ruim. Muito pelo contrário, sempre foi muito carinhoso e atencioso com a morena, mesmo que eles não namorassem. Saíam algumas vezes sem compromisso algum e o rapaz era absolutamente respeitoso, então não havia com o que se preocupar, certo?
– Senhorita Mills, Maria Colter está lhe esperando – a moça, que não parecia ter mais do que dezessete anos disse com um sorriso amável – Por aqui.
Seguiu a garota pelos corredores da casa até uma das salas de televisão. Os móveis eram todos de madeira com a decoração rústica e um tapete de pele de urso estendido no chão. A morena ficou impressionada com a riqueza de Maria Colter, que havia ficado não só com nome, mas também com o dinheiro do ex-marido, Damien Colter.
– Você deve ser a noiva – Regina ouviu uma voz feminina e se virou para ver uma senhora belíssima e extremamente elegante parada na porta com uma expressão serena.
– Sim, sou eu. Muito prazer, sra. Colter – a morena estendeu a mão para Maria, que esboçou um pequeno sorriso retribuindo o cumprimento – A senhora tem uma bela casa.
– Senhora está no céu, minha querida. Me chame de você ou apenas Maria – sorriu mais abertamente e Regina fez o mesmo – Entretanto, eu preciso dizer antes de qualquer coisa que sinto muitíssimo pelo comportamento do meu ex-marido. Damien sempre acreditou na família em sua forma mais tradicional. Não concordei em momento algum com esse casamento de vocês, mas já que irá acontecer, pretendo cuidar da minha nora com muito carinho – Maria prendeu as bochechas da garota entre as mãos e olhou no fundo de seus olhos – Quero que saiba, que tudo o que você e esse anjo que carregas precisarem, é só me pedir.
– Obrigada, Maria – a senhora abraçou a nora com força e depositou um beijo em sua testa.
– Agora vamos até a cozinha, menina, você está magra. Precisa se alimentar.
[...]
– Mamãe a senhora está exagerando! – Zelena exclamou andando atrás de Cora Mills pela casa – Não há necessidade disso, Regina irá odiar e sabe disso.
– Eu quero apenas visitar a minha filha caçula, por que ela odiaria? – perguntou com um tom inocente e a ruiva revirou os olhos – Ok, admito que talvez eu queria ir ver o causou este casamento.
– Uma gravidez? – Zelena perguntou retoricamente como se Cora fosse estúpida, mas a mais velha resolveu ignorar – É sério, mamãe. Regina não precisa de uma babá.
– Eu vou ser a babá da Regina se ela precisar de mim – rebateu se virando para a filha mais velha com os braços cruzados. A única coisa que Cora queria era ver Regina com os próprios olhos, precisava disso, a última vez que a vira fora dois anos antes em sua formatura em Londres – Eu não pude ser a mãe que ela precisava quatro anos atrás porque ela simplesmente arrumou as malas e foi embora para a Inglaterra! Por meses, Zelena, meses, nós ficamos sem notícias da sua irmã porque aquela imbecil da Emma Swan resolveu que era uma ótima ideia fazer da vida dela um inferno!
– A senhora acha que eu não sei disso, mamãe? – Zelena retrucou com a voz embargada, se culpava muito por ter permitido Emma entrar na vida de sua irmã caçula – A senhora acha que eu não sinto vontade de ir atrás daquela garota estúpida e quebrar ela inteira pelo o que ela fez? Eu penso nisso todos os dias! Mas a Regina não quer isso, ela queria esquecer que tudo isso aconteceu e é exatamente isso que ela está fazendo.
– Se casando com um cara que ela mal conhece porque tem um filho na barriga? Me poupe, Zelena, eu criei sua irmã muito melhor do que isso – Cora entrou em seu quarto e começou a puxar suas roupas do guarda roupa e jogá-las dentro da mala.
– Nós não sabemos o que levou a Regina a aceitar esse casamento, talvez ela tenha se apaixonado ou sei lá, mamãe... Mas não é assim que a senhora irá resolver as coisas – a ruiva tentou colocar juízo na cabeça da mais velha, mas Cora Mills quando decidia fazer algo, não voltava atrás por nada nesse mundo.
Regina puxou isso dela.
– Eu embarco para a Inglaterra amanhã e nem você e nem seu pai irão me impedir – falou decidida – Agora, suma do meu quarto, está me atrapalhando.
[...]
Maria entrou na cozinha pela manhã totalmente preparada para fazer o café da manhã para sua nora, que com seus quatro meses de gravidez sentia muita vontade de comer salada de frutas para o café, mas para a surpresa da senhora Colter, Regina já estava acordada e sentada na banqueta com uma xícara de café em mãos e os olhos inchados.
– Regina, minha querida, o que faz acordada tão cedo? – Maria perguntou casualmente, pois sabia que se fosse muito direta com a morena ela iria se retrair e fingir que nada aconteceu – E eu espero que esse café aí seja descafeinado.
– Não consegui dormir – respondeu dando de ombros – E sim, ele é.
– Minha neta está incomodando muito? – questionou. Naquele estágio, todos já sabiam do sexo do bebê, mas a morena havia combinado com Daniel de só nomearem a filha quando ela nascesse. Cora dizia que nome tem poder.
– Na verdade não – Regina respirou fundo e empurrou a xícara antes de olhar nos olhos da sogra – Minha mãe me ligou hoje cedo e disse que passará uns dias aqui em Londres.
– E isso é um problema, querida?
– Não deveria ser, mas ela ficou muito superprotetora depois de... – a morena respirou fundo e sorriu fraco ao olhar para a sogra – Enfim, eu não quero decepcioná-la.
– Oh, minha doce menina, você jamais desapontaria alguém – Maria andou até a nora e a abraçou – Você é tão incrível, criança, tão maravilhosa e jamais poderia desapontar alguém. Principalmente sua mãe.
– Isso não é verdade, Maria – disse encostando a cabeça no ombro da mais velha – Eu simplesmente arrumei minhas malas e saí do país. Isso foi há quatro anos e... Eu só não sei o que dizer.
– Regina, olhe nos meus olhos – pediu e a morena obedeceu imediatamente – Eu não sei o que te fez sair dos Estados Unidos para recomeçar sua vida em outro continente, mas de uma coisa eu tenho certeza: sua mãe jamais lhe julgará por isso, ela sabe e entende os seus motivos, sejam eles quais forem – falou convicta olhando nos olhos marejados da menina – Eu sei que ela não sabe quais foram as razões para você ter se casado, Daniel me contou que você não quis contar à ela sobre o contrato que Damien a faz assinar.
– Ela não precisa saber disso, Maria – argumentou.
– O que está pesando tanto nesse coraçãozinho puro?
– Nada, só... – Regina respirou fundo e caminhou até a pia para lavar a xícara em que estava seu café, mas Maria sabia que ela simplesmente precisava de um pouco de espaço – Já se passaram quatro anos e parece que a dor continua a mesma. Eu queria poder esquecer tudo e... Deus, como eu fui idiota! Tanta gente me avisou, praticamente todas as pessoas que conheciam ela. Todo mundo me alertou que eu estava entrando numa cilada, mas pensei que comigo seria diferente.
– E não é o que todos nós pensamos? – Maria questionou com calma observando a nora se movimentar pela cozinha para se manter ocupada com algo. Vez ou outra passava a mão sobre seu abdômen, mas ela sequer percebia – Regina, não temos como nos culpar por termos sentimentos. Quando estamos apaixonados, fazemos coisas estúpidas e sempre procuramos enxergar o melhor da pessoa por quem nos apaixonamos. Isso não é ser idiota, isso é ser humano.
– Maria, ela me provou tantas vezes que era exatamente aquilo que as pessoas me avisavam, mas eu sempre dei uma nova chance. Sempre acreditei nela. E foi facada atrás de facada, ela nunca mudou.
Maria sorriu carinhosamente para a morena e a abraçou novamente. Queria confortar a garota da melhor maneira possível, pois conseguia ver em seus olhos a dor que ela carregava.
– Jamais se culpe pelo que aconteceu – murmurou – Ela foi a errada da história e nada nesse mundo poderá anular a culpa dela.
– Emma era perfeita – disse – Desde o começo, quando nos esbarramos naquele corredor, eu sabia que ela marcaria minha vida para sempre. Eu não conseguia olhar para ela sem que meus joelhos ficassem fracos e meu coração batesse mais forte, era ridículo o poder que ela tinha sobre mim.
– Regina – chamou levemente se afastando para ver o rosto da nora – Eu já fui apaixonada dessa maneira por Damien e ele me machucou da mesma forma que essa garota fez contigo – a morena encarou a mais velha com os olhinhos pequenos e vermelhos – Mas eu resolvi que não me faria bem ficar remoendo essas dores e quando parei de me culpar por algo que eu sabia que não era minha culpa, consegui seguir com a minha vida.
– E como você fez isso? Eu lembro do rosto dela todos os dias e lembro que.... – Regina balançou a cabeça respirando fundo – Eu não consigo.
– Eu passei a agradecer Damien por ter me dado Daniel, o homem da minha vida – respondeu sem nunca tirar seu sorriso sereno do rosto. A mulher era a personificação de paz e tranquilidade – Emma pode não ter te dado um filho, mas ela lhe presenteou com momentos bons, momentos ótimos que lhe fizeram feliz e isso é uma coisa que ninguém poderá tirar de você. Sua filha irá nascer em alguns meses, ensine à ela a valorizar as coisas boas que a vida nos dá e não ficar remoendo em coisas que já se foram. Emma Swan foi uma parte do seu passado, mas hoje ela não faz parte do seu presente. Leve o tempo que precisar, minha querida, mas livre-se dessa mágoa e culpa que carrega.
[...]
– Irei para o Canadá hoje – Daniel anunciou entrando no quarto que dividia com a esposa – Não voltarei até terça-feira. Ficará bem sozinha?
– Sim, minha mãe chegará a qualquer momento – respondeu cansada e o marido concordou.
Daniel beijou a testa de Regina e pegou a mala de mão que estava separada dentro do closet e saiu quarto à fora. A morena respirou fundo observando o marido sair pensando quanto tempo aguentaria viver dessa maneira. Daniel Colter era um rapaz de boa índole, mas extremamente pau mandado de seu pai, fazia tudo o que aquele velho asqueroso pedia e a morena se preocupava com isso. Não amava Daniel e tinha medo de que jamais chegaria à tanto, mas nutria sentimentos pelo rapaz o suficiente para se preocupar com o tipo de pessoa que ele estava se tornando ao longo dos meses.
Não demorou mais do que meia hora após Daniel ter ido embora para uma das empregadas irem chamar Regina no quarto para dizer que Cora Mills havia chegado. A morena sentia falta da mãe, e muita, mas sabia que não estava 100% preparada para enfrentá-la cara à cara. Era covarde de sua parte e sabia, mas resolveu pedir para a empregada avisar que ela não estava se sentindo bem e que ficaria dentro do quarto por mais um tempo.
Sabia que não iria fazer diferença se descesse naquele momento ou depois, mas preferia adiar e tomar um tempo para respirar.
A morena caminhou até a sacada e se apoiou no parapeito Pará observar a luz da lua que iluminava o jardim de inverno da mansão. Pensava em tudo o que Maria havia lhe dito mais cedo e tinha consciência de que tudo o que ela havia falado era verdade, mas a parte difícil era colocar em prática. O ódio que sentia por Emma Swan ainda era muito presente e talvez fosse morar em seu peito para sempre, não havia como saber. Era mais fácil odiá-la, não queria perdoar, pois era isso que sempre fazia em cada briga e discussão. Sempre acabava com Emma pedindo perdão e a morena perdoando e dando uma nova chance, mas toda vez era do mesmo jeito, toda vez Swan conseguia magoá-la. Inúmeras “segundas chances” foram dadas, mas nenhuma delas eram verdadeiras, em nenhuma dessas vezes em que a loira prometera que iria mudar, de fato tenha mudado. Nenhuma.
Regina olhou para trás e viu o piano no canto do quarto. O piano que Cora havia lhe dado de presente de formatura, mas que ela jamais o tocara. Decidindo que talvez, só talvez, fosse hora de mudar isso, andou até o objeto e se sentou com cautela. Encarou as teclas por longos minutos, passando o dedo de leve por ali, mas sem nunca tocar de fato. Era uma tortura e Regina sabia disso, pois toda vez em que chegava perto, lembrava das tardes de domingo que as duas passavam juntas tocando piano e cantando a plenos pulmões sem uma preocupação sequer da vida.
– Achei que dessa vez iria usar de fato o presente que lhe dei ao invés de ficar apenas observando-o – Regina escutou a voz de sua mãe vinda dá porta, mas não teve coragem de olhá-la, então continuou a acariciar o piano.
Cora se aproximou da filha e se sentou ao seu lado em silêncio enquanto a morena ainda encarava os próprios dedos. A Mills mais velha sorriu triste e começou a dedilhar o piano com calma, tocando uma melodia qualquer, mas melancólica. Regina encostou a cabeça no ombro da mãe e permaneceu sem dizer nenhuma palavra, não que Cora se importasse, para ela já era mais do que suficiente estar ali ao lado de sua caçula.
– Me desculpe, querida – murmurou após parar de tocar e Regina olhou-a surpresa e confusa ao mesmo tempo – Eu deveria ter feito algo para lhe ajudar, deveria ter sido uma mãe melhor para você e...
– Mãe, para. – pediu baixinho abraçando a mais velha – Você foi e é perfeita. Não foi culpa sua, foi minha e da Emma. O relacionamento era nosso e nós nos destruímos de maneiras inimagináveis, mas eu estou bem, já passou.
– Se você está bem, porque casou tão às pressas? Sequer fez uma comemoração e nós só ficamos sabendo que você havia se casado porque sabia que uma hora ou outra notaríamos que você estava grávida!
– Mamãe, eu não quero falar disso e nem explicar o por quê, mas Daniel e eu fizemos o que achamos que era melhor para a nossa filha – respondeu. Odiava mentir para sua mãe, mas não queria que ela se preocupasse e se culpasse mais ainda.
– Você o ama então?
– Sim – disse. De fato, amava Daniel, mas não da maneira que se esperava de um amor em um casamento. Em outras circunstâncias, o amor que sentia pelo marido, jamais seria o suficiente para que se casasse com ele.
Flashback off
Malia chegou em casa cansada, horas dentro de um avião não era sua maneira favorita de passar uma tarde, mesmo que amasse a avó com todo seu coração, agradecia à Deus por não ter que visitá-la sempre. A menina observou o irmão correr para abraçar Granny, que era como uma outra avó sem laços sanguíneos.
– Minha mãe já chegou? – os dois só chegariam de noite, mas por conta de uma reunião urgente de Daniel, eles precisaram voltar antes e como foi tudo de última hora, não tiveram tempo de avisar a morena.
– No escritório, querida – respondeu – Mas me dê um abraço abres, menina, Granny sentiu sua falta.
– Também senti a sua, Granny – falou a menina enquanto abraçava a senhora que cheirava à bolo de chocolate.
Malia e Henry seguiram até o escritório e encontraram Regina completamente absorta em trabalho que sequer notou a porta sendo aberta. A menina olhou para o irmão e sorriu.
– SURPRESA! – gritaram juntos e a morena pulou da cadeira com o susto. Não demorou para que ela abrisse um sorriso enorme e corresse até os filhos para abraçá-los.
Foram apenas alguns dias longe, mas Regina sentia como se fossem anos de tanta saudade. Ela abraçou os dois de uma vez só e encheu seus rostos com beijos molhados e manchados de batom vermelho.
Nem mesmo dentro de casa ela deixava de usar aquele batom.
– Como foi a viagem de vocês? – perguntou após soltar os dois e seguir até o sofá de couro que havia ali. Henry imediatamente sentou-se em seu colo enquanto Malia se aconchegou ao seu lado.
– Foi muito bom, a vovó fez bastante bolo e sobremesa pr'gente – disse o menino empolgado – Ah, mamãe, a senhora deveria ter ido com a gente. Foi ótimo.
– Na próxima eu vou, ok? – propôs arrancando sorrisos de ambos os filhos – E o que mais vocês fizeram?
– A vovó nos levou para andar de cavalo – Malia respondeu – E ela me deu uma égua de presente. Vovó disse que você tinha um cavalo no rancho dela.
– Sim, eu tinha – respondeu a morena com um sorriso nostálgico estampado no rosto – O nome dele era Rocinante.
– Mamãe, eu quero tomar banho – Henry pediu interrompendo a conversa das duas – E eu to com muuuuuita fome. Minha barriguinha tá fazendo barulho.
– Então vamos lá na cozinha alimentar esse monstrinho que você tem aí dentro do seu estômago e depois direto para o banho, sr. Henry Mills Colter.
[...]
A terça feira chegou voando e Emma já estava morrendo de saudade das crianças Mills. Talvez fosse a influência de Regina sobre eles, mas a loira se sentia completamente cativada pelos dois e isso a assustava. Sabia que uma hora as aulas acabariam e ela teria que esquecer os dois e seguir em frente, mas como esquecê-los se nem sequer a mãe deles ela conseguiu exterminar de suas memórias?
– Ei, está me ouvindo? – Lily chamou-a estalando o dedo em sua frente – Você está no mundo da lua, Emma.
– Desculpe, estou pensando na minha aula de hoje – sorriu fraco depositando um selinho na namorada – Falando nisso, preciso ir já, está na minha hora – a morena concordou com a cabeça e deu mais um selinho em Emma antes que ela saísse para trabalhar – Deixe pizza para mim, rata! Eu te amo – gritou após passar pela porta e só ouviu a risada de Lilith.
As duas estavam praticamente morando juntas já que Belle não estava mais no apartamento e Lily vivia mais ali do que em sua própria casa.
Emma dirigiu tranquilamente seu fusca pelas ruas de Las Vegas até chegar onde precisava. Estava nervosa – como sempre – só de pensar em estar na presença da morena novamente.
Após o dia da tempestade, Emma acordou cedo no quarto de hóspedes da mansão e saiu de fininho pela portas dos fundos para não correr o risco de encontrar com a morena novamente. Havia passado todos esses dias pensando em como Regina iria tratá-la na frente de Lia após o acordo que fizeram.
A porta da mansão foi aberta por Granny com um sorriso de orelha à orelha. Depois de cumprimentar a governanta, Emma seguiu pelo corredor até a sala de música onde encontrou sua aluna tocando violão. Jamais cansaria de admirar todos os talentos da menina.
– Perfeita como sempre – a loira elogiou atraindo a atenção da menina, que correu e a abraçou com força – Senti saudades suas, garota.
– Eu também, eu também! – falou sem soltá-la.
– Vamos, temos muito o que fazer hoje, ok? – Malia concordou e soltou a professora relutantemente – Vamos ver se não está enferrujada.
– Emma, eu só perdi uma aula – retrucou rindo e a loira se fingiu de magoada.
[...]
– Malia! – Regina entrou correndo na sala de música com uma expressão apavorada e sequer prestou atenção na loira parada ali totalmente assustada – Arrume suas coisas que você precisará ficar os próximos três dias no seu pai.
– O que? Por que? – a menina perguntou confusa.
– Eu preciso fazer uma viagem de negócios urgente e só vou poder levar o Henry, mas você precisa ficar pois tem aula – explicou e a menina se recusou – Malia, serão três dias apenas.
– Eu não quero ir para a casa do papai – cruzou os braços – Eu fico com a Granny.
– Ela vai viajar amanhã para ver a sobrinha, não pode cuidar de você.
– Fico sozinha então.
– Malia, você tem 14 anos, não vai ficar sozinha por três dias! – rebateu horrorizada e garota revirou olhos.
– Eu fico com a Emma então – disse teimosa e a loira arregalou os olhos quando a Regina finalmente pareceu notar sua presença.
– Ela trabalha, Malia, você não vai passar três dias com senhorita Swan! – exclamou.
– Ela trabalha até às 17h e eu saio da aula no mesmo horário – argumentou – Ela pode cuidar de mim nesses três dias tranquilamente – Emma concordou com a cabeça e Regina fuzilou-a com o olhar.
Swan a encarou de volta e estava praticamente escrito em sua testa “nada de brigas na frente dela, esse é o nosso trato”. Regina respirou fundo e concordou.
– Se alguma coisa acontecer – falou diretamente para à loira – De adeus ao seu emprego.
[...]
– Cora, você conhece alguma Bárbara S. Blanchard? – Henry perguntou entrando na cozinha com uma carta em mãos e Cora imediatamente olhou para cima.
– Bárbara S. Blanchard? Tem certeza? – questionou e o marido afirmou com a cabeça – É a mãe da Emma Swan. O que ela quer?
– Não sei, vamos abrir.
Bárbara Swan Blanchard
&
Frank Swan Blanchard
Convidam Cora Mills e família para a festa de comemoração de seus 45 anos de casados. Venham participar das bodas de rubi deste casal que mesmo depois de tantos anos, se amam cada dia mais.
Obs: Emma está dando aulas de pianos para sua neta, Malia. Está mais do que na hora dessa briga ter um fim, por favor, aceitem nosso convite.
My dear, we're slow dancing in a burning room
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.