1. Spirit Fanfics >
  2. Lessons Learned >
  3. Before You Go

História Lessons Learned - Before You Go


Escrita por: captainbstabler

Notas do Autor


Hello, galera, voltei com mais um capitulo novinho em folha pra vocês!!

A música é before you go do Lewis, então escutem pois ela é divina.

O capitulo ta meio longo, espero que não se importem kkkk

Enfim, boa leitura! (e obg pelos favs e comentarios)

Capítulo 15 - Before You Go


Fanfic / Fanfiction Lessons Learned - Before You Go

So, before you go 
Was there something I could've said to make your heart beat better? 

O show de talentos de Malia havia finalmente chegado e Regina não poderia estar mais orgulhosa da filha mais velha. Ela sempre soube que Malia seria uma garota excepcional, assim como sabia que Henry seria um homem muito melhor do que seu pai jamais foi. No dia, Regina levantou cedo e decidiu preparar o café das crianças antes que eles fossem para a escola e o sorriso não saia de seu rosto por nada nesse mundo. 

Malia foi a primeira a descer como sempre enquanto Henry provavelmente ainda estaria enrolando no banheiro, mas também não demorou muito para que toda família estivesse sentada em volta da mesa comendo antes de um dia muito importante. Ok, era apenas um show de talentos, mas aos olhos de uma mãe apaixonada, era como se fosse uma apresentação na Broadway.  

Por sorte, Regina conseguiu pegar uma vaga no estacionamento da escola sem muitos problemas, afinal havia chegado bem cedo. Malia se despediu da mãe e foi procurar sua professora, eles ainda precisavam organizar algumas coisas com os alunos então Regina seguiu com o filho mais novos para o ginásio do local, onde estava montando o palco. 

A advogada perdeu as contas de quantas vezes olhou o celular para verificar se não havia nenhuma mensagem de Daniel pelo menos se desculpando por não poder estar presente. No fundo, ela sempre torcia para que ele não aparecesse como na maioria das vezes, mas isso jamais ela diria para os filhos. Ou para qualquer outra pessoa que não seja ela mesma. 

– Mamãe, quando a Lia vai tocar? – perguntou o pequeno olhando ansiosamente para o palco e Regina suspirou, pois também não sabia e ela ainda tinha milhões de coisas para fazer no escritório. Não que fosse mais importante que a filha, mas sabia que essas coisas de escolas eram bem enroladas.  

– Não sei, querido, mas acho que logo – falou a morena e abraçou seu pequeno pelos ombros.  

Após umas três ou quatro crianças se apresentarem, uma professora apareceu do lado de Regina e a chamou.  

– Desculpe, srta. Mills – ela disse com uma cara nada boa – Mas o diretor está lhe chamando na sala dele, aparentemente Malia se envolveu em uma briga.  

Regina ficou totalmente espantada, pois Malia não era uma menina de brigas, nunca teve problemas com a filha na escola além do fato da garota conversar demais nas aulas, mas fora isso, nunca. Ela resolveu não questionar a professora e pegou Henry e seguiu a mulher para onde ela deveria ir. 

Do lado de fora da sala do diretor, havia uma menina com o olho roxo e Malia estava sentada ao seu lado de braços cruzados e encarando algum lugar fixo no final do corredor, mas não havia nada ali. Regina colocou Henry sentado ao lado da irmã e não dirigiu nenhuma palavra à filha, apenas entrou na sala do diretor e se espantou ao ver quem estava do lado de dentro conversando com ele. 

– Emma? – Regina arregalou os olhos ao ver a mulher ali, que apenas abriu um sorrisinho tímido.  

– Oi, Regina – falou. 

– Senhora Colter, obrigada por ter vindo. – o diretor disse se levantando para cumprimentá-la e Regina fez uma cara feia ao ouvir o nome.  

– É senhorita Mills, obrigada – falou firme, mas educada e o diretor ficou um pouco sem graça – Pode me explicar exatamente o que aconteceu?  

– Inicialmente, eu havia pensado que sua filha tinha atacado a colega – ele disse ainda sem graça e tentando se recompor enquanto Emma o encarava de uma maneira nada amigável – Mas após a senhorita Swan, tão gentilmente, me explicar que Malia estava apenas se defendendo, resolvi que ambas levariam uma suspensão e não seriam expulsas. 

Regina olhou em agradecimento para a ex, ainda não entendia o que ela estava fazendo ali exatamente, mas estava grata do mesmo jeito por Emma estar presente. De alguma maneira, ela fazia com que as coisas ficassem mais fáceis.  

– Certo, então pode me dizer do que exatamente minha filha estava se defendendo? – perguntou totalmente inquisitiva e o diretor engoliu em seco. 

– Brincadeiras de crianças, senhorita Mi... 

– Bullying, Regina – Emma interrompeu e a morena arregalou os olhos, muito brava com a revelação e mais brava ainda com o homem por tentar esconder – A garota estava mexendo muito com ela e Malia apenas se defendeu.  

Para uma mãe leoa feito Regina Mills aquilo era um ultraje e ela fez todos os tipos de promessas que processaria a escola, a menina, o diretor e os pais da menina. Emma decidiu que quando diretor já estava quase chorando era hora de ir embora e puxar a mulher junto, pois a advogada conseguia ser bem assustadora quando queria.  

Quando elas chegaram do lado de fora da sala, a menina que apanhou de Malia já não estava mais ali, apenas as duas crianças Mills. Regina conhecia Emma e sabia também que naquela história sua filha não era totalmente inocente e a loira só havia feito aquio para que a menina não fosse expulsa.  

– Malia Mills Colter, o que aconteceu?  

– Nada – disse rudemente e Regina franziu o cenho, Malia não era malcriada daquela maneira. 

– Malia! – repreendeu-a – Você tem muita sorte de Emma estar aqui, se não fosse por ela, você teria sido expulsa! 

– Sim, claro. Devo minha vida à ela – ironizou – E por quê agora é Emma e não senhorita Swan como você sempre chamava? Estão amiguinhas de novo? 

– Eu sugiro que você abaixe esse tom de voz, Malia – falou brava – Eu não vou tolerar malcriações suas na frente de ninguém. Nunca tolerei e não vai ser agora que irei começar. Eu não quero nem saber mais o que aconteceu, se você tivesse me explicado, eu seria compreensiva, mas agora por causa dessa sua birra, ficará de castigo por um mês. Sem celular, sem internet, sem sair de casa e sem visitas! 

– Você não pode fazer isso! – exclamou revoltada se levantando da cadeira e Henry correu para as pernas de Emma, 

– Eu posso sim e sabe por quê? Porque eu sou sua mãe, agora vá para o carro e me espere lá – a menina bufou e encarou Emma com raiva – E me dê o celular.  

Assim que Malia entregou o aparelho, ela saiu marchando pelo corredor totalmente irritada. Não participaria mais do show de talentos pois havia sido desclassificada por conta da briga. Regina respirou fundo e olhou para Emma totalmente cansada. 

– Desculpa por isso – falou e Emma sorriu balançando a cabeça.  

– Tudo bem – deu de ombros – Em partes, é culpa minha. Ela me viu antes de bater na menina, que já estava implicando com ela, mas acho que me ver desencadeou a raiva, talvez. 

– Não se culpe, Malia sabe que não deve agir dessa maneira – Regina disse em seu tom de mãe e Emma apenas concordou –  Então, o que você veio fazer aqui hoje?  

– Alguns alunos meus da escola de música estudam aqui – disse – Fui convidada a vir assistir e óbvio que eu jamais perderia. 

– Bom, obrigada de qualquer forma – agradeceu um pouco sem graça, mas antes que Emma pudesse responder, elas ouviram alguém chamando a morena.  

– Regina! – era Daniel, fazendo um escândalo no corredor e nem mesmo Henry quis correr para cumprimentar o pai – Que história é essa da Malia estar brigando na escola? Acabei de receber uma ligação do diretor! 

– Agora você quer dar uma de pai do ano – debochou – Isso já foi resolvido, Daniel, pode voltar pro buraco de onde você saiu.  

– Já foi resolvido? Sem eu estar presente?  

– E você acha que iríamos ficar esperando vossa majestade aparecer quando bem entendesse? Me poupe!  

– E o que ela está fazendo aqui? – Daniel não suportava Emma Swan, desde o momento em que a conheceu não conseguia engolir seu jeito de estar sempre por perto de Regina e seus filhos, ele odiava isso. 

– Ela está ajudando, muito mais do que você ajudou a vida inteira – disse rude e pegou na mão do filho, que até o momento não tinha saído das pernas da loira e Daniel nem sequer olhou para o próprio filho – Vamos, querido, sua irmã está nos esperando. Dê tchau para a senhorita Swan, por favor. 

– Tchau, Emma. Estava com saudades – ele abraçou a mulher e foi para perto da mãe.  

– Ah, ela ganha um abraço e eu não – Daniel tentou brincar com o filho, mas ele subiu no colo da mãe e escondeu o rosto no pescoço dela – Por isso que nossos filhos estão dessa maneira, mal educado! Nem cumprimentar o pai ele faz. Isso é culpa sua, Regina. 

– Minha culpa? 

– Sim, meu pai estava certo. Eu deveria ter assinado o divórcio e arrancado a guarda deles de você.  

– Você não ousaria – Regina podia ser a mulher mais forte do mundo, mas era só ameaçar seus filhos que ela fraquejava, não podia perdê-los de maneira alguma, eles eram tudo para ela.  

– Acho que qualquer juiz adoraria dar a guarda de duas crianças para um cara que batia na esposa – Emma disse interrompendo a conversa, não deixaria que Daniel fizesse nada com a morena – Você acha que é muito influente por ser filho do seu pai? Pois sequer tente tirar a guarda dessas crianças da Regina que você vai se arrepender amargamente.  

Daniel engoliu em seco e Regina ficou totalmente surpresa com a atitude da loira, não esperava que ela fosse intervir, mas se sentia grata. De repente, sentiu uma mão na base de sua coluna e viu que era a mão da loira a empurrando de leve pelo corredor enquanto Daniel ainda estava ali parado e muito chocado.  

Ao chegarem no estacionamento, Regina colocou o filho no chão e ele foi até carro onde Malia estava com os vidros abertos e o rádio ligado, nem sequer olhou para a mãe.  

– Obrigada por intervir lá dentro – agradeceu – Obrigada mesmo. Espero que ele não tente lutar pela guarda deles, não sei se conseguiria ganhar. 

– Ele não vai – garantiu – Malia me disse uma vez que o nome do avô dela era Damien Colter.  

– Sim.  

– Meu pai conhece ele há alguns anos – falou – E Damien não é uma pessoa que contraria Frank Swan. 

– Seu pai sempre me salvando – comentou a morena e as duas riram – Bom, se chegar a isso, o que eu espero que não, irei pessoalmente agradecer à ele com uma das minhas lasanhas. 

– Isso é suborno sabia? – Emma falou – Você pode ser presa por subornar um policial.  

– Até onde sei ele está aposentada e nenhum policial resistiria a minha lasanha.  

Elas continuaram conversando por mais algum tempo, como duas amigas de longa data, com todos os problemas esquecidos. Era como se nunca tivesse acontecido nada e elas tivessem sido separadas pelo tempo, apenas isso.  

– Bom, acho que já está na minha hora – Emma disse olhando no relógio – Provavelmente perdi todas as apresentações, mas valeu a pena.  

– Obrigada novamente pelo que fez. Não sei nem como te agradecer. 

– Se você for fazer a lasanha pro meu pai, tem que fazer uma pra mim também. 

– Pode deixar, senhora esfomeada – riu – E parabéns pelo noivado – apontou para o anel em seu dedo e Emma não deixou de notar a cara triste que a morena fez, talvez nem ela mesmo havia percebido – Não tive tempo de parabenizar você na festa, mas enfim... Parabéns. 

– É... obrigada – Emma enfiou a mão no bolso da calça e sorriu sem graça ao ver a morena se afastando, indo em direção ao seu carro onde as crianças estavam. 

[...] 

– Espero que você use esse mês inteiro sem o seu celular para refletir a sua malcriação, Malia – Regina disse quando entraram na mansão e Henry correu direto para o seu quarto, odiava ver sua mãe brigando com a menina. 

– Vou usar se você usar também pra ver a merda que você está fazendo – rebateu no meio da escada e Regina a encarou.  

– Você quer aumentar para dois meses? – perguntou e a menina revirou os olhos – Qual é o seu problema, Malia?  

– O meu problema é que eu não entendo o por quê você estar sendo tão condescendente com Emma! – finalmente Regina conseguiu entender o problema da filha.  

Malia estava brava por Regina estar perdoando a loira, mas o que a menina não entendia é que ela precisava disso para seguir em frente e se libertar daquela mágoa. Na cabeça de Lia, Regina estava sendo idiota por perdoar alguém que havia feito muito mal para ela. 

– Malia, eu sinto muito, mas você não está em posição de julgar o que eu decido ou não – respondeu calma – Eu estou seguindo em frente, guardar essa mágoa só me faz mal, filha. Não posso viver dessa maneira. 

– Então por quê você nunca perdoou o papai? 

Regina foi pega de surpresa com aquela pergunta tão magoada de Malia. Jamais pensaria que haveria tantos problemas dentro da cabeça de uma menina tão jovem. 

– O que eu tive com o seu pai foi totalmente diferente do que eu tive com Emma – explicou – Foram 15 anos com seu pai, Malia. Quinze longos anos e dois filhos de presente, uma vida inteira ao lado dele, entende? E eu tive dezoito anos para perdoar Emma. Seu pai é muito recente para haver perdão, querida. Algumas coisas que ela me fez ainda me machucam e algumas coisas que seu pai fez não fazem mais diferença, é relativo, não posso controlar os meus sentimentos.  

Malia ainda não entendia completamente, mas sabia que os dois relacionamentos haviam sido diferentes e aind desconfiava que o sentimento que sua mãe tivera por Emma nem se comparava ao que ela sentiu por Daniel. Ela já viu fotos, Regina nunca sorriu daquela maneira para seu pai, seus olhos não brilhavam quando ela olhava para ele. Nunca, nem sequer uma vez.  

Regina observou a filha terminar de subir as escadas e bater a porta do quarto com muito arrependimento em seu coração, se pudesse, tinha feito escolhas diferentes em sua vida, escolhas que não machucassem seus filhos.  

– Ela não pode decidir quem você perdoa ou deixa de perdoar, dona Regina – Granny disse encostada no batente da porta. Regina nem sequer sabia que a senhora estava ali – Malia é jovem e não consegue entender essas complicações da vida amorosa dos adultos.  

– Mas eu não sabia que isso poderia deixá-la tão magoada comigo. 

– Ela está tomando as suas dores, menina, é o que as crianças fazem com os pais – disse – Venha, vou lhe fazer um café e você vai me contar tudo sobre a menina Emma. 

– Ah, Granny... – reclamou. 

– Shi, vamos. Preciso saber de tudo se quiser que eu lhe ajude em algum ponto – falou puxando a mulher para dentro da cozinha – Eu sabia que tinha caroço nesse angu, eu sabia. 

[...] 

Emma estava mega cansada de tanto andar pelo centro da cidade, já tinha passado por todos os salões possíveis, mas nenhum era do gosto de Lily e ela já não aguentava mais. Sua mãe apenas a acompanhava e dava o mínimo de sua opinião possível e isso para Emma era super novidade, se lembrava dos preparativos para o casamento com Regina que Bárbara queria fazer parte de cada mínima decisão da morena e se divertia muito organizando o casamento da filha. 

– Muito me admira que ela tenha deixado você vir sozinha – comentou a mulher quando elas saíram de mais um salão e Emma revirou os olhos.  

– A ideia era que você viesse junto e me ajudasse, não que ficasse só andando atrás de mim como se fosse uma sombra – reclamou – Por quê você não quer se meter? 

– Estou velha para isso – deu de ombros – Agora faço apenas companhia.  

– Claro, mamãe.  

– Agora me diga, pra que uma festa tão grande e chamativa? Não é como se Lily tivesse amigos o suficiente para isso.  

– Mamãe, sem implicância. É o dia mais importante da vida dela, por isso.  

– Por que você fala do seu casamento como se fosse apenas uma convidada? Lily não está se casando sozinha, sabe disso, não é? 

Emma não respondeu, apenas continuou olhando as vitrines das lojas, pois também precisava de um vestido, um sapato e um milhão de outras coisas. A única coisa que não precisava era as perguntas nada discretas de sua mãe sobre sua felicidade imaginária com esse casamento. 

– Já fui noiva uma vez, mamãe. Não é como se eu estivesse fazendo isso pela primeira vez – disse dando de ombros.  

– É, mas eu lembro de você escolhendo as coisas com muito mais felicidade do que agora.  

– Mãe, agora não, por favor! – pediu irritada e Barbie se calou.  

As Swan’s andaram mais um pouco e ao passarem em frente de uma joalheria, deram de cara com Cora e Zelena Mills com algumas sacolas de compras penduradas nos braços. Cora e Bárbara não demoraram a se abraçarem para cumprimentar, enquanto Emma ficou sem graça com a cara de nojo que Zelena estava fazendo. 

– Emma, você está linda, querida! – disse Cora abraçando a menina – Então, como vão os preparativos para o casamento? 

– Ótimas – respondeu com um sorriso forçado, mas Cora não percebeu e apenas concordou com um sorriso também – Inclusive estamos procurando um salão hoje. Precisamos de um lugar para fazer a festa. 

– Oh, nós temos alguns lugares que podemos indicar, não é, Zelena? – Cora olhou para a filha que apenas balançou a cabeça – Aquele salão onde fomos na festa da sua tia, que Ruby pediu você em casamento, lembra? 

– Claro que sim, mamãe – disse – Foi maravilhoso, principalmente por termos nos casado logo após isso e não quebrado a confiança uma da outra com uma traição, não é? 

Cora arregalou os olhos e beliscou Zelena no braço, não podia acreditar na vergonha que a ruiva estava fazendo ela passar. Bárbara não comentou e Emma ficou ainda mais sem graça.  

Não importava se algum dia ela iria conseguir o perdão de Regina, Zelena a odiaria para sempre e ela não julgava, se fosse com Rose, Emma sentiria o mesmo.  

– Bom, foi muito bom encontrar vocês hoje – comentou a matriarca Mills e Barbie concordou – Espero que possamos marcar aquele café logo, Barbie. 

– Com certeza – concordou – Estarei livre esse final de semana, se você puder ir em casa, será bem-vinda. 

Cora e Zelena seguiram seu caminho para casa, pois já haviam comprado tudo o que queriam inclusive presentes para as crianças que era o que elas mais gostavam de fazer. Cora ainda estava brava com a filha pelo pequeno showzinho na frente de Bárbara, mas resolveu que não iria comentar com Regina quando chegaram na casa da morena com os presentes. 

Regina, como sempre, estava enfiada em seu escritório trabalhando e as duas não pensaram duas vezes antes de entrarem com tudo e depositarem as sacolas em cima da mesa e dos papéis da morena. 

– Virou feira meu escritório? – perguntou tirando os óculos e Zelena riu. Granny logo entrou com três xícaras de café e as três mulheres agradeceram imensamente à senhora –  O que é tudo isso? 

– Presente para os meus netos. O que mais seria? 

– Vocês são duas descontroladas – disse a morena – Mas já que estão aqui, preciso conversar algo muito sério com vocês. 

– Ai, deixa eu sentar que lá vem bomba – Zelena disse se abanando e se sentou em uma cadeira. 

– Diga, minha filha.  

– Irei voltar para Inglaterra – anunciou e as duas ficaram boquiabertas, chocadas com a revelção – Assim que o papai melhorar, voltarei para lá. 

– Regina, mas por que? – Zelena perguntou e Regina suspirou, Cora se manteve quieta o tempo todo. 

– Por que aqui não é bom para os meus filhos, Z – disse – Malia não está muito bem e isso vai ser melhor para todos.  

– Isso é ridículo, você disse que não voltaria pra lá – acusou a irmã – Ruby e eu nos mudaremos para cá com a Robyn, para que ela cresça perto da família e agora você quer ir embora? 

– Não espero que você entenda. 

– Que bom, porque eu realmente não entendo – falou a ruiva e logo após isso, ela saiu batendo a porta e deixando mãe e filha em silêncio. 

– De onde veio essa decisão? – perguntou Cora com muita calma. 

– Não sei, mas é o certo a se fazer – deu de ombros – Vai gritar comigo e sair batendo a porta também? 

– Não tenho quinze anos e também não sou sua irmã. 

– Ainda preciso conversar com as crianças e também preciso de um tempo para pensar, não irei logo – explicou – Mas assim que possível, estarei voltando. 

– Tudo bem. 

– Tudo bem? – perguntou, não estava acostumada com sua mãe tão calma quando o assunto era algo tão polêmico na vida de seus filhos só isso? 

– Sim, é sua vida, Regina. Não há nada que eu possa fazer para te fazer mudar de ideia, então só te desejo boa sorte – Cora se levantou e depositou um beijo na bochecha da filha e saiu do escritório sem dar mais explicações, deixando Regina boquiaberta. 

Flashback on 

Regina estava fazendo vinte e seis anos e não estava com clima nenhum para comemorar seu aniversário. Daniel estava viajando e sua mãe havia acabado de chegar em sua casa, com uma encomenda enorme que era seu presente.  

– É um piano, querida, achei que iria gostar de ter um – disse a mulher observando sua filha com uma expressão séria encarando a janela. Há muito tempo que essa expressão acompanhava o rosto da morena no lugar de um sorriso e Cora já não sabia o que fazer, pois Regina só sorria verdadeiramente para a filha pequena de dois anos, que estava dormindo no quarto ao lado.   

– Eu não toco mais piano, mamãe, mas muito obrigada. Ele é lindo – falou educadamente e suspirou 

– Bom, tenho certeza que ficará magnifico como decoração – falou e a morena concordou – Quem sabe um dia você não poderá ensinar Malia, da mesma forma que ensinou Emm... 

– Nunca mais diga esse nome na minha presença! – esbravejou de repente, assustando a mulher mais velha. 

– A menos me diga o por quê, Regina! – rebateu Cora frustrada – Você nunca disse o que aconteceu entre vocês, Zelena sabe o que é, mas se recusa a dizer, fala que não é o lugar dela contar. Regina, eu preciso saber.  

– Pra que, mamãe? – questionou com lágrimas nos olhos – Pra você, Emma sempre foi uma santa, aos seus olhos ela nunca poderia fazer nada de errado. Por que agora? 

– Porque você é minha filha e eu não aguento mais te ver sofrer dessa maneira, Regina. E nunca foi assim, filha, nunca. Emma não te procurou porque eu não deixei – confessou – Eu pedi à Bárbara que não deixasse Emma te procurar nunca mais e foi o que ela fez. Já se passaram anos, Regina, e ela nunca te procurou porque eu sabia que você não queria que ela procurasse. Eu fiz isso pensando em você. 

Regina engoliu o choro e voltou a encarar a janela, nunca pensou que aquilo seria por conta de sua mãe, mas se sentia agradecida por isso. Nunca quis que Emma a procurasse ou implorasse para voltar, esse nunca foi o seu desejo. 

– Como a senhora disse, mamãe, já se passaram anos. Não vale mais a pena falar sobre isso, todos deveriam esquecer que um dia aconteceu – falou decidida e na mesma hora, Maria entrou no quarto procurando a neta, pois o almoço já estava pronto – Malia está dormindo no quarto ao lado, Maria, pode acordá-la, ela precisa comer.  

– Tudo bem, querida. Venham comer vocês duas também. 

– Esqueça isso, mamãe. Já passou – ela disse após a sogra sair do quarto – É o melhor.  

Flashback off 

Na casa de Emma, estava tudo uma bagunça há alguns dias. Lily estava se mudando definitivamente, antes, ela só passava alguns dias na casa da namorada e ia embora, mas agora, era definitivo. Elas iriam morar juntas.  

A morena estava decidindo quais móveis iriam para o lixo para substituir pelos dela que eram novos e quais ficariam. O apartamento não era grande, mas era o suficiente para ser confortável para ambas. Emma achava que deveria estar mais feliz pelo que estava acontecendo, ela sabia que gostava muito de Lily, mas talvez, com os anos que passaram o amor que ela sentia quando conheceu a garota já não era tão forte e ela simplesmente não conseguia acabar. As coisas estavam se repetindo e Emma estava vendo, mas não conseguia fazer nada vendo Lilith feliz daquela maneira.  

– Honestamente, não sei o que fazer – confessou no telefone para a melhor amiga – Sei que eu deveria estar muito feliz por finalmente estar vivendo minha vida com Lily, mas não consigo. Eu não sei o que está acontecendo, sempre amei ela, Belle, mas não consigo.  

– Eu sei, mon cher, eu sei – disse a francesa compreensiva – Isso está acontecendo há algum tempo, Emma e eu sei o que está passando pela sua cabeça agora. Não é por causa da Regina, você está sufocada nesse relacionamento muito tempo antes dela voltar pra sua vida. Eu já te via cansada da Lilith quando ainda morávamos juntas.  

– Então porque não consigo tirar Regina da cabeça? – perguntou confusa – Não quero culpá-la por todos os meus problemas, mas se ela não tivesse saído da Inglaterra minha vida estaria muito melhor. 

Agora você está sendo injusta – repreendeu a amiga – Regina não tem culpa e aparentemente você também não, não nesse caso. Você se cansou, acontece nos melhores relacionamentos.  

– É, mas... 

– Não tem mas. É a verdade, tudo bem que se você terminar com ela agora ela com certeza vai dizer que é por causa da Regina, mas você sabe que não é, você já não estava feliz com ela há muito tempo e está na hora de você aceitar isso, Emma.  

– Eu sinto falta deles – confessou – Da Malia e do Henry, eu falo. Não só da Regina.  

É completamente normal, você conviveu meses com eles e os dois são duas crianças maravilhosas, não teria como não se apaixonar.  

As vezes Emma não conseguia acreditar que Regina era mãe. Mesmo que já tivesse passado dezoito longos anos, Emma ainda tinha a imagem de uma Regina jovem e muito feliz, que só pensava nos trabalhos da faculdade e nos amigos, não tinha tempo para pensar em outra coisa. Aquela Regina agora era uma mulher adulta, muito mais adulta do que Emma jamais seria e com uma carreira muito sólida. Era também mãe de dois filhos e uma mulher em processo de divórcio.  

Vendo assim, parecia que Regina era mil anos mais vivida que Emma, que ainda continuava com os mesmos problemas que tinha quando tinha vinte anos. Era um absurdo, na verdade, mas era a realidade.  

Emma olhava Regina e ao mesmo tempo que não acreditava que ela já era mãe, não conseguia ver ninguém melhor nesse papel. Regina havia nascido para ser mãe e ponto final e Emma conseguia lembrar claramente do tempo em que se imaginava a morena sendo mãe de seus filhos, mas agora, Swan sabia que não tinha vocação nenhuma para ser mãe e tampouco queria ter algum filho. 

O sonho de Lily era ser mãe. 

[...] 

Regina abriu a porta totalmente preparada para briga, mas Daniel parecia totalmente calmo e ainda a ofereceu um sorriso amigável. Foi-se o tempo em que os dois eram melhores amigos. Não, Regina nunca o amou como marido, mas sempre como seu amigo. O casamento desgastou os dois, os feriu de maneiras inimagináveis e irreversíveis e ambos tinham noção disso. 

– Posso entrar? – perguntou coçando a nuca e ela fez que sim, dando passagem para o ex-marido. Daniel a seguiu pelo corredor até o escritório da morena, onde os dois se sentaram um em cada ponta do sofá – Então, sobre o que você gostaria de falar? 

– Já passou da hora de você assumir suas responsabilidades como pai, Daniel – disse seriamente a morena – Henry não aguenta mais sentir sua falta e, honestamente, eu também não. Nós éramos amigos, muito amigos, eu te contava tudo e agora... O que sobrou de nós? 

– Me desculpe – ele pediu e Regina conseguia ver que ele estava realmente arrependido de todas as suas atitudes – Eu não queria que chegasse a esse ponto, Regina. 

– Eu sei que não, mas chegou. Agora, você precisa esquecer e seguir em frente pelas crianças. Eu não consigo te perdoar ainda, não agora e não sei quando conseguirei, mas posso deixar tudo de lado se você prometer que vai ser um pai presente para Henry, ele te vê como um herói e a Malia, bom, ela ainda precisa de tempo. Você precisa ganhar a confiança dela novamente e isso não vai ser fácil. 

 – Eu sei – concordou – Hoje... depois daquilo que a senhorita Swan falou... eu fiquei pensando o resto do dia e percebi que estou sendo um péssimo pai – Regina puxou a mão do ex-marido para o seu colo e a apertou – Ela te defendeu com unhas e dentes e não foi a primeira vez. Ela faz isso para uma pessoa estranha e eu não consigo fazer para a minha própria filha. 

– Nós não somos estranhas – falou Regina após ele terminar de falar e Daniel a olhou confusa – Lembra daquela ex-noiva que lhe contei? 

– Sim, você nunca me disse o nome dela – ele disse desconfiado. 

– É a Emma. Ela é a minha ex-noiva – confessou suspirando – Eu não sabia quem ela era até Malia me apresentá-la naquele dia que você buscou os dois naquele restaurante. Foi a primeira vez que vi ela em dezoito anos. 

Daniel ficou em silêncio, processando tudo o que a mulher estava lhe contando. Agora entendia o por quê Emma Swan estava tão disposta a proteger a morena, mas não se enraiveceu, se sentia agradecido por ela ter estado lá na maior parte das vezes ou poderia ter feito alguma besteira bem grande da qual não teria volta. 

– Você ainda sente algo por ela? – ele questionou curioso e Regina desviou o olhar. 

– Ela está noiva, Daniel – respondeu e ele sorriu. 

– Isso não responde minha pergunta – a morena não se dignou a responder, mas sabia que o que ele estava dizendo era loucura, ela não sentia nada por Emma. Talvez estivesse começando a perdoa-lá, mas ter sentimentos? Não, isso estava bem longe de acontecer – Bom, não é para mim que você precisa responder isso. Seja sincera consigo mesma. Eu só queria conversar com você hoje para lhe dizer que amanhã irei assinar os papéis do divórcio, não aguento mais essa luta toda e eu já errei demais com a nossa família. Podemos não ser casados mais, mas ainda somos uma família e você pode contar comigo no que você precisar. 

– Obrigada, de verdade. Isso é muito importante para todos nós – os dois se levantaram e Daniel não se aguentou, precisou puxar a morena para um abraço bem apertado, como não fazia há um bom tempo – Não suma, por favor. 

– Não irei, eu prometo – ele disse segurando o rosto da morena quando já estavam na porta para que ele fosse embora – Essa semana irei buscar Henry para ir assistir um filme comigo, só nós dois. Depois quero tirar um tempo para conversar com a Lia, sinto que precisaremos do final de semana para isso. 

– Eu vou falar com ela, tudo bem? – Daniel concordou e beijou a testa da ex-esposa de maneira carinhosa. Não podia acreditar que realmente iria fazer as pazes com Regina depois de alguns anos de um casamento fracassado e um processo turbulento de divórcio. 

Para Regina, aquilo era definitivamente um sonho, sentia falta do amigo que tinha em Daniel e sentia que finalmente poderia recuperá-lo. Não de um dia para o outro, ainda não confiava nele, mas estava caminhando para isso, principalmente se ele continuasse agindo dessa maneira. Feito um ser humano decente. 

Our every moment, I start to replay 
But all I can think about is seeing that look on your face 


Notas Finais


Então, é isso gente...

Espero que tenham gostado e não esqueçam de deixar a opinião ai embaixo.

Até a próxima!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...