We both have our dreams, we both want to fly
So let’s take tonight to carry us through the lonely times
Emma jamais diria não a um pedido de Regina, seja ele qual fosse, ela estaria ali à disposição. Desmarcaria compromissos e se viraria nos trinta só para ajudar a morena e por este motivo não pensou duas vezes em pegar seu carro e dirigir até o hospital, onde a advogada lhe esperava.
– Demorei? – ela perguntou quando Regina entrou no carro.
– Não, não se preocupe. – respondeu um pouco cansada. A noite havia sido difícil e ela só queria um banho bem quente para relaxar e depois uma janta deliciosa. – Como você está?
– Bem e você? – Emma, vendo o cansaço da morena, decidiu não enrolar e levar ela logo para casa. Ela precisava descansar.
– Hum, bem. – murmurou. – O médico disse que meu pai não tem muitas chances de sair do hospital.
Emma não se chocou com a notícia, Ruby havia lhe falado um pouco sobre como Henry estava e seu pai também estava em constante contato com o senhor. Eles ainda eram ótimos amigos e estavam tentando não perder a amizade, pelo menos enquanto podiam.
– Sinto muito. – ela disse e realmente sentia. Sabia o quanto Henry era importante para Regina e não apenas por ser o pai dela, mas desde sempre Henry fez de tudo pela filha, ele era o verdadeiro herói das irmãs Mills e ambas o admiravam demais. Não era atoa que a morena nomeou seu caçulo em homenagem ao senhor.
– Eu também. – falou coçando os olhos – Mas não quero que ele vá para casa só para ficar sofrendo, no hospital pelo menos ele está em constante vigilância e tem os melhores médicos da cidade tomando conta dele.
As duas chegaram a mansão Mills e repararam que a casa estava vazia, mas novamente, não era uma surpresa. Tanto Malia quanto Henry estavam com a tia e Granny e Cora foram logo atrás, nenhuma delas querendo ficar sozinha.
– Quer entrar para um café? – Regina questionou com um sorriso cansado. Emma pensou em dizer não, mas a morena foi mais rápida. – Estou cansada mas queria um pouco da sua companhia.
– Se é assim, não posso negar. – a loira sorriu e desceu do carro junto com a outra. – Deixe que eu levo este. – disse pegando a bolsa de Regina que estava carregada de coisas. A morena não disse nada, mas estava extremamente agradecida por tudo o que Emma estava fazendo. – Onde está sua chave?
– Deixei com a Zelena. – respondeu após bocejar – Mas tem uma embaixo daquela pedra. Pode pegar.
Emma abriu a porta rapidamente e já foi pendurando tudo no suporte ao lado da porta. Do lado de fora estava frio, mas a casa estava bem quentinha e convidativa. Uma noite perfeita para um chocolate quente e um filminho romântico.
– Acho que a Granny deixou o café pronto – Regina comentou tirando os sapatos. Ela não era o tipo de pessoa que deixava sapatos jogados pelo caminho, mas os saltos estavam lhe matando e ela não estava com vontade e nem disposição para subir as escadas e guardá-los. – Ah, Granny eu te amo! – murmurou ao abrir o forno e ver os bolinhos ali – Sinta-se em casa, Emma. Tem canecas no armário à minha direita e pratinhos no último lá do canto, caso queira um bolinho.
Swan pegou logo duas canecas e sorriu ao ver que uma delas estava escrito: “Para a melhor mamãe do mundo!”. Ela serviu o café e os colocou na bancada, aguardando Regina trazer os bolinhos na forma. Emma nunca precisou de pratinhos, então não começaria a usar tão cedo.
– Não vai pegar os pratos? – Regina perguntou ao se sentar na banqueta de frente para Emma.
– Não, só preciso disso – ela apontou para os guardanapos e a morena balançou a cabeça negativamente. – Então, como você está de verdade?
– Cansada. – respondeu sorrindo fraco, mas sabia que Emma queria algo mais profundo. – Estou esgotada. Ficar fingindo que está tudo bem na frente dos meus filhos enquanto tudo está desmoronando em volta de mim é exaustivo. – sua voz embargou. Seu emocional estava sobrecarregado e Regina não estava aguentando mais – Hoje o médico liberou as visitas para quem não é da família e ele ainda sugeriu que eu fizesse uma lista de pessoas para visitá-lo. É como um convite de despedida. – Regina começou a soluçar, largando a caneca no balcão. Emma não hesitou em puxá-la para os seus braços. – Eu não quero me despedir dele, Emma. O que eu vou fazer sem meu pai?
– Sh, sh, querida. Se acalme primeiro. – falou suavemente. – Eu sei que é difícil e eu sei também que seu pai é um ser humano maravilhoso, mas você precisa focar no agora. Ele está lá ainda e você e sua família precisam aproveitar os momentos com ele. Sei que não quer dizer adeus mas isso é necessário. Seu pai está sofrendo, Regina, ele precisa descansar.
– Eu sei. – murmurou de maneira triste. – Eu só não queria que ele fosse embora.
Não havia muito o que Emma pudesse dizer naquele momento. Não há palavras certas ou erradas, muitas vezes a pessoa só precisa de um abraço apertado para não se sentir sozinha.
Elas permaneceram na mesma posição por quase quinze minutos; as costas de Emma já estavam esfarelando de tanta dor, mas ela não reclamaria, ficaria ali até que Regina se sentisse melhor para se mexer.
– Peça para os seus pais irem visitá-lo. – se a casa não estivesse em completo silêncio, Emma não teria ouvido o pedido sussurrado da morena. – Seus irmãos também são bem vindos. Papai sempre gostou muito deles.
– Não se preocupe, seu pai vai enjoar de tanta visita. – murmurou de volta, beijando o topo da cabeça de Regina.
– Posso te fazer uma pergunta? – Emma fez que sim com a cabeça – Você se arrepende do nosso beijo?
– O quê?! Não! – ela parecia quase ofendida pela pergunta. Emma jamais se arrependeria por aquilo. – Você sim? Por que se...
– Não, Emma. – a interrompeu. – Eu tenho certeza que tomei a decisão certa em te beijar naquele dia, mas não quero me jogar de cabeça em um relacionamento em que você não esteja pronta.
– E eu não estou. – a loira foi honesta. Não tinha porque esconder isso, seria pior a longo prazo. – Não ainda pelo menos, mas podemos começar aos poucos, Regina. Podemos ir a um encontro.
– Um encontro? – Regina riu um pouco achando que elas não tinham mais idade para isso.
– Sim, dona Regina, um encontro. – reafirmou – As pessoas vão a encontros para se conhecer e nós precisamos disso. Não nos conhecemos mais, depois de dezoito anos as pessoas podem mudar muito.
– Tudo bem, Emma. – Swan sorriu satisfeita – Eu aceito ir nesse encontro. – Regina terminou dando um selinho na loira e ambas sentiram aquilo como uma promessa de que tudo ficaria bem.
[...]
Os dias que se seguiram foram extremamente desgastantes para toda a família Mills. Elas se revezavam todos os dias no hospital para ficarem com Henry, que não piorava, mas também não ficava melhor.
Na segunda semana, ele passou a ficar mais tempo acordado, conversando com as filhas e com a esposa. Os netos ainda não tinham permissão para visitarem o avô, mas Regina estava tentando conseguir isso para eles.
– Por que essa carinha, minha linda? – Henry perguntou à filha com preocupação. Sua voz estava rouca e bem falha, ele mal conseguia falar, mas fazia o máximo que podia.
– Emma me chamou para um encontro. – respondeu ela com um sorriso fraco.
– E não está feliz com isso, minha filha?
– Estou, mas... – Regina não queria que o pai se preocupasse com isso, mas ao mesmo tempo queria tanto conversar com ele sobre o assunto. – Eu não queria te deixar aqui.
– Ora, querida. Sua irmã, sua mãe e até mesmo Ruby podem ficar comigo – ele disse voltando a abrir um sorriso – Você tem o direito de viver sua própria vida sem se sentir culpada. Eu jamais a culparia, meu amor. Muito pelo contrário, eu não poderia estar mais feliz por você.
– Obrigada, papai – falou sincera segurando na mão do senhor. – Mas estou nervosa e tenho medo também.
– É tudo normal isso. Mas não se deixe levar pelo medo, querida, não fuja da sua própria felicidade.
Regina concordou com a cabeça e os dois voltaram a ficar em silêncio. Eles gostavam de fazer isso: conversar um pouco e ficar em silêncio em seguida apenas aproveitando a companhia.
Henry suspirou, voltando-se para a filha, e disse:
– Quero que traga ela aqui. – Regina se espantou com o pedido repentino. O que Henry iria querer com Emma? – Quero que ela passe uma noite aqui no hospital comigo.
– Papai...
– Você vai dizer não ao seu velho pai?
Claro que ela não negaria algo para ele, mas tinha certeza que era uma péssima ideia e nem sabia se Emma aceitaria ou não. Regina prometeu que pediria à Emma, mas não era sua responsabilidade se ela não aceitasse.
Henry sorriu, ele sabia que ela iria aceitar sem pensar uma segunda vez.
A morena saiu do hospital já estava quase anoitecendo e ela foi direto para casa. Passou o caminho inteiro pensando em descansar, em sua cama e também no abraço quentinho de seus bebês. Henry e Malia estavam reclamando que sentiam falta da mãe, pois quando Regina não estava trabalhando ela estava no hospital.
Ela chegou em casa e já ouviu os barulhos na cozinha. Harriet nunca foi uma mulher de falar baixo, mas quando ela se juntava com Granny, as duas riam alto e falavam mais alto ainda. Só quando estavam fofocando que não, nesse caso você poderia tentar o máximo que conseguisse, não iria ouvir o veneno sendo destilado pelas duas fofoqueiras.
– Boa noite, vovó. Boa noite, Granny. – falou ela ao passar na frente da cozinha. Ambas as senhoras apenas acenaram enquanto assistiam a mulher subir as escadas.
– Quanto tempo para elas estarem casadas? – Granny questionou pensativa e Harriet apenas riu, tomando seu cházinho de hibisco.
– Um ano. – respondeu tranquilamente. – Não passa disso.
– Você tem fé demais nessas duas, Mills. Cuidado para não se decepcionar.
– Não tenho fé nelas, tenho fé em Henry. – Harriet comentou. – Meu genro sabe das coisas.
Granny decidiu não pressionar o assunto, nem queria saber o que aquilo significava, então preferiu se ocupar em fazer um lanchinho para Emma e Malia que estavam na sala de música. Também separou um cafézinho para Regina que parecia precisar de um bem forte.
– Dona Regina? – chamou após dar uma batidinha na porta. Granny não ouviu resposta, então bateu mais uma vez. – Regina?
– Já vou! – ela gritou de volta e Granny ouviu os passos da morena correndo pelo quarto segundos antes da porta ser aberta. – Desculpa, estava trocando de roupa.
– Não se preocupe, querida. Vim lhe trazer esse café. – a senhora entregou a caneca e Regina, após tomar um gole, quase derreteu de amor por Granny.
– Isso está delicioso. Muito obrigada.
Regina voltou para dentro do quarto e terminou de vestir seu pijama. Iria jantar e depois dormir, suas pernas estavam latejando de tão cansada.
A advogada saiu do quarto e foi ver o filho, que provavelmente estaria fazendo suas tarefas ou jogando. Henry era uma criança extremamente doce e muito obediente, por isso ela não precisava se preocupar em ficar mandando o menino estudar.
– Henry, querido? – chamou ao abrir a porta levemente.
– Estou aqui, mamãe. – respondeu o menino se levantando da cama e correndo diretamente para os braços da mãe. – Estava com saudade.
– Também estava, meu príncipe. – Regina ergueu o filho no colo e ele rapidamente apertou as penas na cintura da mulher. Henry estava ficando cada vez mais pesado e logo ela não aguentaria levantá-lo mais. – Mamãe promete que vai tentar passar mais tempo em casa, ok? Juro que vou.
– Tudo bem, mamãe. – ele disse acariciando o rosto da morena. – Eu te amo mesmo assim.
– Eu também te amo. Muito mesmo, mais do que você possa imaginar. – sorriu e apertou o menino com força. – Vamos lá embaixo? Mamãe precisa jantar ainda. Quer me fazer companhia?
– SIM! – Henry exclamou com convicção e a morena riu. – Vamos, vamos, mamãe.
Regina o ajeitou no colo e seguiu pelo corredor com Henry em seus braços, já que o menino não a largava por nada nesse mundo. Os dois desceram as escadas rindo e conversando, mas a morena parou ao ver a filha parada na porta da frente.
– Querida, não achei que estivesse em casa. – falou beijando o topo da cabeça da menina. – Como está?
– Muito bem, estava me despedindo da Emma. – respondeu dando de ombros e Regina se lembrou da conversa que teve com o pai. Ela precisava falar com a loira.
– Ahh, preciso falar com ela. Henry, querido, mamãe já volta. – Regina deixou o menino no chão e correu porta à fora o mais rápido que podia.
Ela não era uma pessoa que gostava de sair para fora de sua casa de pijama, muito pelo contrário, queria estar sempre impecável, mas não se importou em estar de pantufas naquele momento.
– Emma espera! – ela gritou ao ver a mulher quase entrando no carro. Swan parou e se virou, franzindo o cenho logo em seguida ao ver o que Regina vestia. – Preciso falar com você!
– Achei que já estivesse dormindo. – ela respondeu voltando para abraçar a advogada – Como você está?
– Na medida do possível, estou bem. – falou tranquilamente ao se soltar de Emma. – Mas tenho um recado pra você. Do meu pai. – Swan arregalou os olhos. Henry Mills era uma pessoa muito tranquila e querida, mas sabia dar medo quando queria. – Ele quer que você vá passar uma noite com ele no hospital. Não precisa aceitar se nã...
– Eu aceito, não se preocupe. – Mas ela estava preocupada, não tinha ideia sobre o que Henry iria conversar com Emma e por isso tinha medo. – Só me diga quando que estarei lá.
Regina decidiu deixar Emma ir e descansar pois ainda precisava marcar o dia com a mãe e a irmã para que elas não fossem avisadas de última hora. Zelena iria odiar e provavelmente fazer birra sobre isso, mas era um pedido feito por Henry e elas não poderiam negar isso a ele.
Ela voltou para dentro da casa e se assustou ao ver todos olhando para ela com cara de culpados próximos à janela da sala. Com exceção de Harriet. Harriet jamais teria vergonha na cara e a espiaria sem se sentir culpada. Regina cruzou os braços e semicerrou os olhos na direção dos quatro.
– Estavam me espionando? – questionou. – Até você Granny?
– Vim apenas ver o que as crianças tanto olhavam. – ela respondeu dando de ombros, mas suas bochechas estavam vermelhas de vergonha. – Me deem licença, tenho louça para lavar.
– E você, vovó? Ensinando esse tipo de coisas para os meus filhos! – a morena a repreendeu, mas nem isso fez com que Harriet parecesse arrependida. – Malia, Henry...
– Eu fiquei curiosa sobre o que você tinha pra falar com a Emma. – Lia disse despreocupada – E fico feliz por vocês serem... amigas agora. – a menina falou a palavra amigas de maneira irônica e isso fez com que Regina encarasse Harriet.
– O quê? – a senhora se fez de desentendida. – Estávamos curiosas.
Regina ficou em silêncio e os três continuaram a encarando. Henry nem sabia o que ele estava fazendo ali, só queria ver o que a avó e a irmã tanto olhavam pela janela. Não imaginou que sua mãe ficaria brava por isso, eles olhavam pela janela o tempo todo.
– Oras, vai ficar aí de boca fechada? – Harriet perguntou já estressada – O que você queria com ela?
– Dar beijinho de boa noite. – Malia debochou e Regina sentiu suas bochechas corarem. Elas nem tinham se beijado.
– Não interessa pra vocês, é um assunto entre eu e ela.
Henry se entediou de ouvir a conversa das mais velhas e foi em direção a cozinha roubar um biscoito de Granny enquanto sua mãe permanecia no mesmo lugar.
Harriet sabia que não iria conseguir intimidar a neta na frente de Malia, então desistiu e se retirou. Por hora. Lia saiu rindo atrás da avó, surpreendentemente de boa com o assunto do possível relacionamento entre sua mãe e sua professora que, até alguns dias antes, estava odiando.
Regina foi para a cozinha onde Henry estava com Granny, pois ainda precisava jantar e só depois iria dormir. Viu que o pequeno estava sentado no balcão com uma bacia de biscoitos e um copo de leite ao seu lado.
– Um lanchinho antes de ir pra cama, meu amor? – questionou acariciando o rosto do menino e ele assentiu. – Não esqueça de escovar os dentes.
– Aqui, minha filha. – a governanta colocou um prato quente na frente de Regina e sorriu – Coma para descansar. É carne com purê de batata, está uma delícia.
– Não sei o que seria de nós sem você, Granny.
[...]
Regina acordou sentindo-se pronta para ter a conversa com Zelena e Cora e não ficaria adiando pois sabia que perderia toda a coragem que havia juntado durante a noite. Sabia também que as duas estariam tomando café com seus filhos naquela manhã pois Ruby estava no hospital com Henry.
– Bom dia, delícia. – Zelena cumprimentou-a com um sorriso ao ver a irmã entrando na cozinha com sua carinha de sono. – Como está?
– Bem. – respondeu de maneira curta servindo seu café. Estava um pouco nervosa. – Cadê a mamãe?
– Aqui, cheguei – Cora anunciou também entrando na cozinha. – O que quer comigo?
– Preciso falar com vocês duas. – disse seriamente e isso tirou o sorriso do rosto de Zelena. Cora também se ajeitou na bancada para prestar atenção na filha. – Papai me fez um pedido.
– O que ele quer? – a ruiva se apressou em perguntar.
– Ele quer que a Emma vá passar uma noite com ele. – disse. Cora franziu o cenho, um oouco confusa, mas sabendo que não era um pedido tão estranho e que Henry provavelmente tinha seus motivos, então ela não tinha objeções. Já Zelena...
– Nem pensar! – exclamou a Mills, já irritada. – Ela não vai passar uma noite com o papai! Esse é o único tempo que temos com o papai e ela não vai nos roubar isso. Eu não vou permitir!
Regina se preparou para defender Emma, mas Cora foi muito mais rápida, surpreendendo as duas mulheres ao dizer:
– Sua irmã não lhe pediu permissão, Zelena, você não tem que permitir nada! – Cora Mills foi extremamente ríspida e a ruiva se calou – Já passou da hora de você agir feito uma mulher adulta. O que aconteceu entre Regina e Emma, é problema delas e elas estão resolvendo, você não tem que agir feito uma idiota por isso. Se situa! Se seu pai pediu e ela aceitou, você vai calar a boca e aceitar.
Zelena engoliu tudo o que queria falar e saiu da cozinha pisando duro. Ela até tentava não sentir toda essa antipatia por Emma, mas não conseguia, não ainda, mas Cora estava certa. Se Henry havia pedido, ela deveria se calar.
– Me desculpe, mamãe. – Regina pediu sentida. Não queria ficar brigando em um momento como esse, mas Cora apenas balançou a cabeça negativamente e abraçou a filha.
– Não se preocupe, sua irmã precisa aprender – falou calmamente – Estou feliz por você, não fuja da sua felicidade por medo do que sua família irá pensar. Nós te apoiamos. Tenho certeza que quando Zelena ver o quão feliz você está, ela irá te apoiar também.
Regina apenas se encolheu mais no abraço de sua mãe, não queria causar problemas na família por conta de sua tentativa de relacionamento com Emma. Sabia o quanto o assunto entre elas era delicado e todos pareciam pisar em ovos em relação a isso, mas ela estava cansada de viver pelo o que outras pessoas pensavam.
– Vou me arrumar e ir trabalhar. – murmurou beijando a bochecha da senhora. – Não deixe as crianças se atrasarem, por favor.
– Pode deixar, querida. Vá tranquila. – Cora retribuiu o beijo – E diga à Emma que amanhã mesmo ela já pode ir pro hospital.
– Tem certeza?
– Absoluta. – afirmou. – Vá agora, não se atrase.
[...]
– E você tem certeza que vai passar a noite no hospital com ele? – Rose perguntou se ajeitando no sofá com os pés de Killian em cima de suas pernas. – Sabe que não precisa se não quiser.
– Preciso sim. – a loira respondeu convicta chegando da cozinha com mais cervejas para os irmãos. Há muito tempo eles não faziam essa noite da pizza e cerveja, por isso resolveram fazer. – E quero também. Estou curiosa para saber por que ele quer que eu vá pra la.
– Pra te dizer pra ficar longe da caçulinha dele – Killian comentou debochado enfiando um pedaço enorme de pizza na boca.
– A caçulinha que já está beirando os 40 anos.
– Calem a boca – Emma empurrou os dois pelos ombros. – Se ele quisesse falar isso, não precisaria de uma noite inteira, só uma visita rápida já bastava.
– Então o que ele pode estar querendo com você? – Kill olhou sério para a irmã, também curioso sobre o assunto misterioso. – Tenho certeza que Zelena está tendo pesadelos com isso.
– Não é problema meu. – deu de ombros – Ela pode espumar o quanto quiser.
– Awn, até parece que não se importa com o que a Zee pensa, né? – Rose debochou – Eu sei bem que você e Ruby estão amiguinhas de novo.
– Elas são duas pessoas diferentes, sabe disso, não sabe?
– E daí? Você quer comer a irmã dela e amigar com a esposa, tem que, no mínimo, se preocupar com o que ela está pensando sobre você.
– Você é nojenta. – reclamou a loira e os dois irmãos riram alto. – E você, Killia, pare de dar corda.
Os dois continuaram a rir, mas logo se conformaram e mudaram de assunto. Killian deixaria de lado por hora, mas estava louco para ir correndo fofocar com Amelia, a velha que sempre sabia de tudo e de todos.
Emma se despediu dos irmãos algumas horas depois e assim que pegou seu celular, viu uma mensagem de Regina a convidando para almoçar no dia seguinte para as duas conversarem com mais calma. Ela aceitou prontamente, não querendo perder a chance de ter a companhia da morena e já se ofereceu para buscá-la feito a cavalheira que era.
Ela se deitou com um sorriso no rosto, verdadeiramente feliz pela primeira vez em anos, e o motivo? Uma morena belíssima dos olhos castanhos que fazia suas pernas ficarem moles feito gelatina.
When I found my way back to your arms again
But until thay day, you know you are
The Queen of my heart
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