1. Spirit Fanfics >
  2. Lilith >
  3. Duas vezes mais complicado.

História Lilith - Duas vezes mais complicado.


Escrita por: paradisepalvin

Capítulo 23 - Duas vezes mais complicado.


     Justin Bieber 

— Talvez se você acelerar um pouco os passos, não iremos chegar no próximo natal, Dylan — faço graça enquanto bagunço os fios de cabelos loiros do pequeno, tentando chamar sua atenção, mas apenas arranco um sorriso fraco. Franzo o cenho quando noto ele diminuir os passos cada vez que estávamos mais próximos do quarto da sua mãe. 

— Ok, o que está acontecendo? — eu tento o fazer parar, mas ele insiste em continuar a andar. 

— Dylan, qual é? 

Ele me ignora. 

— Dylan! 

Ele me olha de rabo de olho. 

— Não quero voltar pro quarto da mamãe — ele resmunga. 

— E porque não? 

— Porque quer dizer que vamos voltar pra nossa casa, você pra sua, e fim, não vamos mais nos ver. Porque você e a mamãe não me diz o que está acontecendo, eu já entendo das coisas, tá legal? — ele para por um segundo, cruza os braços, mas volta a me ignorar e caminha feito um soldado em marcha. 

— Dylan.. — é tarde demais para tentar explicar ou fazer alguma promessa que nada disso irá acontecer, porque ele já está batendo descontroladamente no seu quarto e de Lilith. 

— Bom dia! — Lilith nos recebe com um sorriso, mas logo se desfaz quando nota meu olhar. Seu olhar cai sobre Dylan e ela me olha sem entender nada. 

Talvez ela não estava nos esperando. 

Eu consigo notar todo o azul dos olhos de Lilith quando pela surpresa ela levanta suas sobrancelhas praticamente até seus fios de cabelos no começo de sua testa. Eu seguro a leve risada, pois uma sensação chata ainda estava embolada junto ao meu estômago. 

Lilith tenta esconder seu cigarro aceso e entre os dedos de Dylan de uma forma atrapalha, ela acaba desisto quando percebe que o garoto passou por ela para seguir direto a enorme cama. 

Agora suas sobrancelhas estão praticamente em pé formando algumas rugas em sua testa. 

— Que merda você fez com o meu filho, Bieber? — ela resmunga baixinho se aproximando dois passos, cruza seus braços na altura do peito e me encara de uma forma intimidadora. Tão gostosa. 

Então só agora eu percebo que ela estava apenas vestido um roupão branco, e uma toalha branca estava enrolada junto com os seus fios de cabelo no topo da cabeça. Seu rosto estava sem nenhum requisito da pouca maquiagem que ela costumava usar, mostrando o quão lindo e natural ele era pela manhã. 

Passo a língua pelos lábios e isso faz minha mente me levar automaticamente ao beijo da madrugada passada. 

Mas então eu percebo que estou tempo demais encarando, e que não se deve deixar esperando uma mulher como Lilith Ali Boomer.

— Eu? Eu não fiz nada com ele, Lilith — não indiretamente, aquilo era minha minha culpa afinal. 

Tudo era minha culpa.

— Claro que você fez, até ontem o meu filho era a criança mais alegre e fofa do mundo, agora ele parece estar em uma profunda depressão. Anda, diz logo o que você fez, antes que eu arranque suas bolas com as minhas unhas, Justin Bieber. 

Ela realmente parecia estar brava, ela até estava com um bico formado entre os lábios e os braços cruzados. 

— Dylan apenas está chateado com... Com a minha distância. Ele não queria voltar para o quarto porque sabe que as coisas vão voltar a ser como estão.

Eu desvio o meu olhar e me inclino sobre o batente da porta. 

Consigo notar Lilith descruzar os braços e o bico em seus lábios se tornar ainda maior. 

— Oh.. Bom, entre, vamos tomar o café da manhã e conversamos sobre isso. 

Eu me controlo para não atender seu pedido no mesmo instante e adentro devagar o quarto. 

A porta do banheiro estava entreaberta, o que indicava que Dylan já tinha corrido para o banho. 

Lilith me guia até a mesa perto da janela enorme de vidro no quarto. Era uma mesa recheada de café da manhã e... Vinho? 

— Você estava bebendo às... — eu olho para o Rolex em meu pulso para checar as horas — onze da manhã, Lilith? 

Ela me encara com um olhar divertido e com os lábios comprimidos um no outro. 

— Eu estou bebendo às onze da manhã, Bieber — meu sobrenome soa sexy saindo de sua boca. Lilith se senta, apagando seu cigarro no cinzeiro na mesa e leva mais um gole de vinho a sua boca sem cortar o contato visual comigo. Ok... 

Ela parecia mais leve, não por conta do álcool. Mas ela parecia estar no momento de ápice do seu ponto de paz. Eu gostava dela assim. Seu sorriso leve e fácil, sua expressão estava tão serena. 

Eu me sentei a sua frente. 

— E porque você está bebendo às onze da manhã? — eu passo a língua pelos lábios, sorrindo devagar, tentando não soar controlador. 

Ela inclina a cabeça e sorri pelo nariz. 

— Eu ainda não perdi meu pavor barra medo em andar de avião, e Dylan e eu temos um vôo em algumas horas, então... — ela prende os dentes nos lábios, levantando a taça e balançando ela devagar. 

Eu concordo, me remexendo na cadeira quando me lembro que foi comigo sua primeira viagem de avião. Quando eu ainda não a conhecia como conheço agora, mas estava tão apaixonado como estou agora. 

— Vocês poderiam voltar comigo no meu jatinho.. — eu sugiro atraindo o olhar atento de Lilith. 

Eu pensei que ela se engasgaria com a colherada da salada de fruta que ela tinha levado a boca, mas ela mastiga facilmente e sua expressão quase não muda. Mas a minha sim quando ela sorri como se tivesse adorado a ideia. 

Mulheres já eram complicadas de se entender por natureza, mas Lilith, acho que ela era uma espécie rara, única, e três vezes mais complicada. Porque eu nunca entenderia o quebra-cabeça de mil peças que essa mulher é. 

Antes que ela me responda, Dylan sai finalmente do seu demorado banho. Ele vestia novamente seu pijama do homem-aranha e se preparava para se enfiar novamente em uma cama de casal e com vários edredons e travesseiros para ficar entre seu corpo pequeno. 

Eu sinto meu corpo se arrepiar quando por surpresa Lilith me toca, seus dedos gélidos estão em meu pulso, e ela levanta o mesmo. Eu descubro que ela quer descobrir o horário quando a vejo estreitando os olhos. 

— Você quer almoçar com a gente? — ela questiona simples. 

Abro a boca diversas vezes, feito um idiota sem conseguir responder. Concordo por final. 

Ela sorri e se levanta, indo até a cama e tirando Dylan do meio da enorme cama. Ela recebe um resmungo como resposta. 

— Vamos meu preguiçoso, precisamos nos despedir de Paris, seu pai vai escolher um restaurante bastante legal pra isso, não é, Bieber? — ela me encara rapidamente. Eu encaro aquilo como um mandato, então concordo. 

Dylan olha para mim e depois para sua mãe, como se não estivesse acreditando nisso. Eu também não estava.

{...} 

— Eu definitivamente não nasci para ser uma mulher sofisticada — Lilith conclui quando termina seu prato. 

Eu franzo meu cenho e ela segura um riso. 

— Eu comi tanto que poderia dizer que estava afim de abrir o zíper da calça para a minha barriga descansar, mas não, estou com esse vestido de cetim desconfortável, podemos voltar para o hotel? — eu seguro a gargalhada, pois o ambiente era super calmo e silencioso. 

Eu também o escolhi porque era em uma parte mais calma da cidade. O dia estava maravilhoso e comer na parte externa do restaurante era uma opção. 

Não é como se não existisse nenhum paparazzo ou alguém com um telefone celular pronto para tirar uma foto nossa, mas também não é como escolher comer em um restaurante famoso em Los Angeles. 

Talvez minha escolha tenha sido idiota, conhecendo bem a Lilith. Mas pelo menos ela gostou da comida, era um restaurante especializado em massas. É o mais perto que eu consegui, levando em conta do paladar de criança do Dylan e da Lilith. 

Mas Lilith estava errada. Ela poderia ser a mulher que ela quisesse. Ela estava linda e gostosa pra caralho nesse vestido vermelho. Ele ia até metade das suas coxas torneadas, havia um singelo decote e alças finas. Seu cabelo estava com a cor natural e maior por conta do tempo. 

E ela andava tão confiante de salto. E ela nem percebia isso. Todo o caminho eu a admirei sorrindo, e ela nem percebia isso. 

Dylan ainda terminava sua sobremesa e Lilith tirou sua atenção de mim para seu celular. 

Eu me senti incomodado por alguns segundos. Ela sorria sem parar para aquela merda e e sentia vontade de jogar em baixo do primeiro carro que passava em alta velocidade por aqui, o que era uma coisa difícil. 

Então eu me perguntava onde estava o idiota do Matthew. Estava explícito que ele estava aqui apenas pelo desfile de Lilith, mas agora ela estava comigo, e ela é Dylan voltariam comigo... então? 

Ah não ser que... Não, Lilith não faria isso. Ela sabe que não exitaria em abrir a porta do avião e jogá-lo metros a baixo com um chute. 

— Você vai continuar com marcas de expressão mais cedo se continuar com essa carranca, Bieber — ela deixa o celular de lado e eu tento suavizar minha expressão no mesmo instante.

— Mamãe, vou ao banheiro — Dylan diz se levantando  e deixando o guardanapo de pano em cima da mesa. 

— O seu pai lhe acompanha, amor — ela murmura baixo. Não é como se pudéssemos dizer ao mundo que Dylan me chamava de pai, e que ele era filho de Lilith. Ela queria e conseguia evitar os comentários. 

— Não precisa, mãe, eu consigo ir sozinho — ele diz ajeitando sua roupa. 

— Tudo bem, peça ajuda a uma garçom para seguir o caminho, estou te olhando daqui. 

Ele faz o caminho e peço para que nosso segurança fique de olho. 

— Você está se coçando para perguntar sobre Matthew, não é? — Lilith pergunta colocando os cotovelos em cima da mesa e seu queixo sobre seus dedos entrelaçados. 

— Como? — eu pergunto juntando as sobrancelhas e mexendo inquieto na taça com água. 

— Eu conheço você. Esse teu olhar duro, o maxilar tencionado, a carranca misturada com tudo isso. Até o jeito que seu corpo está sentado na cadeira. Eu conheço você, Bieber — seu sorriso é arrastado e seu olhar desafiador. Ela estava gostando disso, estava gostando do meu ciúmes. 

— É divertido meu ciúmes pra você, então? — eu pergunto com o mesmo sorriso dela e o mesmo tom de voz. 

Ela nega. 

— Ok. Talvez. 

— Você por acaso está lendo minha mente ou... — eu questiono bebendo um gole da minha água. 

— Não, você é apenas previsível — ela dá de ombros, sorrindo. 

— Você não vai me dizer nada ainda? — eu pergunto depois de exatos 60 segundos.

— Não — ela responde enquanto ri. 

— Ok. 

{...} 

Nós embarcamos quase no fim da noite em Paris e conseguimos chegar no por do sol em Los Angeles. 

Em apenas uma viagem de avião eu e Lilith parecíamos ter esquecido todo o sofrimento que eu fiz nós passarmos. No momento em que ela segurou sua mão na minha quando começou o vôo. 

Ela pediu para conversar comigo porque minha voz a acalmava e eu fiz. 

Por mais que eu desejasse, não éramos nada naquele momento. E estava bom. 

Nós conversamos como amigos de anos fazem, e fizemos carinho um no outro como recém-namorados  fazem. 

Eu estava em paz naquele momento, com ela sorrindo para minhas piadas sem-graça, ela me contando da sua vida agitada de modelo, sobre coisas simples do seu dia-a-dia, ou as coisas novas que Dylan andava aprendendo. 

E no momento que o avisou aterrissou, eu soube que aquilo acabaria ali. 

Mas ela me pediu para subir quando o carro parou em frente ao seu novo apartamento. 

— Eu gostava do seu antigo apartamento, porque se mudou? — questiono baixo quando fecho a porta do quarto do Dylan atrás de mim. 

— Você sabia o endereço, tinha seu cheiro por toda parte, e última coisa que queria era algo que me lembrasse você, então... 

É, eu não deveria ter perguntado.

— Foi uma ótima despedida, você não acha? — ela pergunta encarando meu rosto com um sorriso, quando chegamos a sala. 

Despedida? 

— Despedida? — pergunto tentando controlar o tom de voz. 

— É. Eu estou levando realmente em consideração parar por um tempo. Não totalmente, até porque não ganhei dinheiro para isso e ainda preciso cumprir alguns contratos. Mas quem sabe férias de um mês em alguma cidade diferente? Onde meu nome não seja o foco... 

Los Angeles era o meu lugar e o de Lilith. 

Nós conhecemos, criamos nossa história e toda a merda que envolvia nosso nome estava aqui. Moramos aqui. Era óbvio que a nossa procura e nosso nome estava em ascensão. 

— É, talvez seja bom. Mas é o seu sonho Lilith, não acha que.. 

Ela me interrompe. 

— Vamos beber enquanto falamos disso, pode ser? Eu deixo você dormir no meu sofá se chegar ao ponto de não conseguir ligar de volta para se segurança.. 

Lilith brinca e eu concordo. 

Ela uma vez me disse que não sabia ser adulta, que precisava beber um pouco para lidar com assuntos adultos e que envolvia futuro e responsabilidade. 

Eu paro de sorrir feito um idiota parado sozinho no meio da sala quando escuto o barulho do toque do meu celular. 

— Alô? 

Justin? — a voz feminina do outro lado questiona meu nome surpresa e ofegante. 

— Sim? Quem fala? 

Ahn.. Sou eu, a Brooklyn

— Brooklyn? — eu pergunto. Eu não fazia ideia de quem era, até seu nome parar no meio quando o repetia novamente. Brook — Ahh, olá, Brook.. 

Eu não fazia ideia do que Brooklyn queria, eu não a vejo faz um mês, desde que decidi sofrer do jeito certo por Lilith seria excluir as mulheres também. Eu deixei isso claro pra elas também. 

Brook era uma garota legal, dois anos mais velha, fazia faculdade e era totalmente anônima. Inteligente. Sim, ela era inteligente pra caralho, e isso foi uma das coisas que me atraíram principalmente na primeira vez que conversamos. Ela foi a única que me encontrei mais de uma vez, o papo era legal e ela sempre parecia estar disposta a me ouvir lamentando sobre o quanto eu era burro e sentia falta da minha mulher e de Dylan. 

Eu fui um babaca com Brook analisando agora. Ninguém merece ouvir lamentos depois de uma transa. 

É... olá — ela riu devagar — Eu vi algumas fotos suas com a Lilith hoje, e ela é linda como você disse, sério... Então vocês finalmente voltaram? 

O seu tom de voz estava estranho. Ela estava estranha. Já fazia mais de um mês que não trocávamos sequer uma mensagem de texto e ela simplesmente me liga perguntando sobre minha vida amorosa? 

— Ahn, não. É complicado. Brook, você está bem? Algo me diz que você não me ligou pra isso.. 

Não.. Olha eu não sei como dizer isso, mas eu tenho que dizer, eu também não deveria dizer por telefone mas.. 

— Brook! — eu chamo sua atenção quando ela começa falar rápido demais.

Eu estou grávida, Justin... — e me arrependo.


Notas Finais


Notas Inicias: Quero muito agradecer aos comentários me apoiando no capítulo anterior, vocês são muito importante. Me desculpem a demora a atualizar, eu realmente estou me esforçando. Espero que gostem desse capítulo, se não, podem comentar o que não gostaram também. Eu quero mais do que nunca saber a opinião de vocês. Queria dizer que Lilith está na reta final, então, aproveitem, amo vocês. Obrigada!!! 💗


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...