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História Love Against Ideals - In Love and War


Escrita por: UchihaAika

Notas do Autor


Oiiiiiiiii!
Estamos a um capítulo dos 40, e pasmei quando percebi que amanhã a fic faz aniversário de um aninho! o/
Não sei se é a primeira vez que atinjo esse marco em uma fic que escrevo sozinha, mas acredito que seja. Obrigada a todos que acompanharam e comentaram durante todo esse um ano, ou por menos tempo *o* <3

Capítulo 39 - In Love and War


Hinata



 

Deve ser mais um sonho, pensou Hinata, ao acordar com um som estrondoso. Era como em seus sonhos, aquele som, então só poderia ser mais um deles.

A guerra ainda não tinha começado. O corvo do rei chegara apenas no final da tarde daquele dia, e Hiashi Hyuuga estava começando a preparar seu exército para a partida. Não havia como a guerra ter chegado ali antes, de forma alguma. É apenas um sonho.

Como em seus sonhos, ela segurou a lamparina a óleo pela alça e levantou da cama, sentindo o tecido leve do vestido de dormir branco deslizar pelo corpo. Tudo parecia real demais, tanto que Hinata começava a temer. Em seus sonhos, o sentimento de angústia a acompanhava desde que abria os olhos, mas daquela vez ele estava chegando sorrateiramente conforme ela dava mais um passo, conforme os sons se tornavam mais nítidos, como uma caça se preparando para atacar a presa.

Ouviu gritos no exterior, e mais um barulho estrondoso. Escutava os cascos dos cavalos contra o chão macio do pátio ou contra o chão de pedra.

Com leves tremores nas mãos, Hinata abriu a porta de seu quarto, e enxergou um corredor imenso e vazio, não fosse por uma longa língua de fogo que se erguia pelo exterior da torre, entrando aos poucos, dançando no ritmo imposto pelo frio vento de inverno que soprava como se fosse um gigante. Ela sentiu a pele arrepiar sob o fino tecido, e sentiu vontade de voltar para seu quarto. Nos sonhos eu nunca tenho vontade de voltar para o meu quarto.

–  Hinata!  –  Ela assustou-se com o grito, e também com a maneira como Koh irrompeu naquele corredor, carregando Hanabi pelo braço.

–  O que está acontecendo?  –  Perguntou, sentindo o medo crescer dentro de si. Não conseguia mover um músculo.

–  O castelo está sendo atacado, venha, rápido!

Koh não esperou resposta, nem esperou que o corpo de Hinata descongelasse, apenas a puxou pelo braço assim como fazia com Hanabi, e as arrastou escada abaixo. Hinata tropeçou nos próprios pés várias vezes, mas não caiu, não sabia o que estava a guiando naquele momento, pois sentia como se seu corpo estivesse em um lugar diferente de sua mente.

Ainda não tinham terminado de descer a torre, estavam no segundo pavimento quando Koh parou. Havia muito barulho de ferro contra ferro, gritos agonizantes, e fogo, principalmente fogo.

–  Por que está pegando fogo?  –  Hinata perguntou, sem saber como ou por que tinha perguntado aquilo.

–  Na hora do ataque, todos ficaram assustados demais… Alguns archotes foram derrubados.

Ouviram cascos de cavalo se aproximando pelas escadas, e Koh ficou alarmado.  

–  Tsc.  –  Pôde ouvir ele protestar, mesmo em meio a todos aqueles outros barulhos horríveis. Koh fechou os olhos e mordeu o lábio inferior.

–  O que você está fazendo?  –  Hanabi perguntou, mas não obteve resposta.  –  O que você está fazendo?!  –  Gritou ela, mas já era tarde. Havia um homem em armaduras cinzentas sobre o dorso de um cavalo, e ele estava pronto para atacá-los. Koh brandiu a espada e gritou:

–  Hyuugaaaaaaa!  

Partiu para cima do homem com golpes ágeis e duros, algo que para Hinata pareceu muito difícil, já que o outro estava ligeiramente mais alto sobre aquele cavalo. O homem desceu a espada sobre a cabeça de Koh, mas ele defendeu-se com a própria lâmina, fazendo força para jogar aquele golpe para longe. Estava difícil, no entanto, era apenas ele contra toda a força do corpo daquele homem. Hinata começava a sentir-se desesperada, e procurou por Hanabi ao seu lado, para abraçá-la… O quê?! Mas cadê…?!

Era tarde para abraçar Hanabi pois ela já tinha corrido na direção da batalha. Era óbvio que a irmã mais nova de Hinata faria algo como aquilo, pois ela adorava batalhas, o suficiente para talvez não compreender que aquilo era real, e muito mais perigoso que bonecos de palha.

–  HANABI!  –  Gritou Hinata, no mais puro ato de desespero. Ela não podia morrer.

Mas Hanabi apenas apunhalou o corcel branco no pescoço, tão pequena sob ele que nunca chegou a correr algum real risco. O cavalo relinchou em agonia, e sangue jorrou do pescoço dele, molhando todo o vestido de dormir que Hanabi utilizava. Ela correu dali antes que fosse tarde, e quando o cavalo caiu sobre as patas dianteiras sem nenhum equilíbrio, o cavaleiro sobre ele também se desequilibrou por completo, e Koh pôde transpassar sua lâmina através da cota de malha e do couro fervido, atravessando a carne. O som era desagradável, Hinata não gostava nem um pouco.

–  VENHAM!  –  Koh gritou, e as duas não puderam esperar. Hinata segurou Hanabi pela mão, daquela vez. Não podia permitir que nada de mal acontecesse à irmã.

Desceram mais um lance de escadas, e então alcançaram o pavilhão principal. Tudo estava horrível ali. O archote iluminava pouco, mas o suficiente para que Hinata notasse que o chão estava empoçado de sangue sob uma batalha feroz, onde poucos guardas tentavam conter a entrada de pessoas estranhas no interior do castelo. São poucos demais…

Já havia muitos furos no bloqueio, sendo aquele homem morto por Koh um dos resultados desses furos. Mas Hinata não podia esperar. Continuou a seguir Koh, mais para os fundos. Havia mais fogo ali, em um grande corredor que dava acesso à saída da esquerda. Havia a saída da direita, e dos fundos, além da sala do conselho, logo ali ao lado.

–  Venham, rápido!  –  Disse Koh. Mas havia outro cavaleiro chegando ali, da entrada dos fundos, e certamente os alcançaria, afinal seu corcel galopava ferozmente em sua direção. Hinata estremeceu, sem nem saber por quê. Koh desembainhou a espada.

–  RÁPIDO, ENTREM!  –  Gritou. Hinata não soube o que fazer. Ele então olhou nos olhos dela.  –  Hinata, por favor, vá! Salve-se, e salve Hanabi! Você sabe onde fica o túnel! VÁ!

Ela não queria deixar Koh, não podia perdê-lo. Ele era seu guarda, como um irmão, que estava sempre próximo, e também aquele que mais a reconhecia dentro daquela Casa. Contudo, precisava salvar Hanabi, não podia permitir que aquele homem que se aproximava ferozmente a levasse, ou a matasse. Então, apenas balançou a cabeça, e fechou a porta da sala do conselho a tempo de o inimigo não ter as alcançado. Mas pôde ouvir, no outro lado, o choque entre a lâmina de Koh e daquele homem horrível. Fechou os olhos com aquele som desagradável.

–  Venha, Hanabi.  –  Chamou, voltando a si, mas a irmã se debateu ao ser puxada pelo braço.

–  Não, NÃO! Precisamos ajudar o Koh, ele vai morrer! Ele tem que vir com a gente!  –  Hinata precisou segurar o rosto de Hanabi entre suas mãos, e olhar no fundo dos olhos dela.

–  Koh pediu para que você salve sua vida, e ele vai saber se não fizer isso. Se você voltar, você vai morrer!  –  Uma lágrima escapou dos olhos de Hinata, e depois outra. Hanabi pareceu se assustar com aquilo.  –  Entre no túnel. Somente isso que você precisa fazer para salvar sua vida.

–  E você?  –  Ela perguntou. Finalmente estava convencida, mas parecia assustada. É apenas uma criança, que tenta se esconder atrás de uma armadura de coragem.

–  Vou logo atrás.  –  Respondeu.  –  Agora ande.

Fez um pouco de força para conseguir empurrar a pedra que ela sabia ser a de abertura do túnel. Não existiam naquele castelo muitos túneis, apenas aquele, mas ele podia ser suficiente. Hanabi entrou, mas sequer pode ficar em pé. Ele era íngreme, e a menina escorregou gritando, até que o túnel voltasse a ficar plano. Espero que consiga fugir.

Hinata tornou a fechar a porta do túnel, pois precisava ajudar Koh. Não deixaria que ele morresse sozinho, ele era importante demais para ser deixado. Capturou uma espada que ficava pendurada na parede como decoração, embora não tivesse ideia de como usar aquilo, e aproximou-se da porta. Antes de abri-la, tentou escutar o que acontecia no exterior, mas não havia qualquer barulho de espadas se chocando, nem mesmo de vozes de pessoas envolvidas em uma luta. Seu coração falhou uma batida.

Abriu a porta de rompante, com a espada preparada para atacar, mas ainda não havia nada. Os guardas ainda mantinham os inimigos fora, embora estivessem em ainda menor número do que quando Hinata passara pela primeira vez. Mas houve algum tipo de arrependimento por voltar atrás quando viu Koh no chão, perdendo sangue através de uma grande abertura em sua barriga e também da boca. Não…

Hinata correu até ele e pôs-se de joelhos ao seu lado, sem conter as lágrimas. Meu primeiro amigo… Meu segurança.

–  Koh…  –  Sussurrou, entre as lágrimas.

–  H… Hi…  –  Ele tentou falar, mas apenas mais sangue saiu de sua boca.

–  Shhh… Descanse.  –  Disse, passando a mão pelos cabelos dele.  –  Você me manteve a salvo até o fim.

Ele estava perdendo completamente as forças, assim como Hinata. Era indescritivelmente triste vê-lo morrendo, alguém que sempre esteve ao seu lado, protegendo-a de tudo. O primeiro amigo que tivera em toda a vida. Que os deuses te recebam com amor… Ninguém merece mais que você, Koh Hyuuga. A melhor pessoa que essa Casa já teve.

E então, ele perdeu as forças por completo. Hinata também, caiu sentada no chão e chorou como não fazia há muito tempo. Não lembrava como era chorar apenas por tristeza, era um choro de agonia, que tentava levar tudo para fora, entretanto, parecia apenas causar mais dor. Seus soluços estavam incontroláveis, e ela não conseguia soltar a mão dele. Mas precisava.

Logo percebeu que mais um cavaleiro furou o bloqueio, já diminuído, e que vinha em sua direção. Precisava levantar ou morreria. Lembrou que, ao fechar a porta do túnel, exterminou com as chances de chegar lá a tempo de fugir. Então, apenas correu na direção da saída à direita. Poderia encontrar alguma sala por lá, algum local que ainda pudesse se proteger. Correu com toda a força que ainda possuía nos pés.

Quando chegou no corredor à direita, contudo, descobriu que ele também estava incendiando. E pôde ouvir os cascos do cavalo, tão rápidos, cada vez mais próximos de si. Não consegui me salvar… Eu vou morrer aqui! Mas eu não vi isso… O que eu vi?!

Seu coração batia depressa, e ela não conseguia lembrar qual tinha sido sua visão. Lembrava da labareda, lembrava do desespero, as almas dançantes entre as chamas.

Quando observou o cavaleiro que se aproximava escuro entre as sombras, gritou. Talvez alguém a ouvisse. E chorou também, pois talvez os deuses tivessem algum tipo de misericórdia.

–  Hinata, vem!

Você?

Era ele. Exatamente como em suas visões. Manoplas negras cobriam a mão estendida em sua direção, e ela enxergava entre o visor do elmo aqueles olhos tão azuis, agora chamuscados. Havia algo de diferente neles. Mas seu coração bateu tão forte naquele instante que ela ignorou qualquer diferença. Apenas segurou a mão dele, e sentiu-se sendo erguida como uma boneca de trapos, até estar em frente a ele. Encostou o rosto na gélida placa de peito e chorou, tanto quanto podia.

–  Fique calma, eu vou salvar você. Vou te ajudar a sair daqui.  –  Dizia ele, tentando tranquilizá-la. Mas ela queria tanto chorar, por Koh, por seu pai e por Hanabi, que nem sabia onde poderiam estar... queria chorar principalmente porque ele estava ali. Exatamente como em suas visões, ele tinha vindo salvá-la, como o seu cavaleiro dos sonhos, como o homem que os deuses tinham prometido para ela. Ela sabia.

Enxergou o céu estrelado e sentiu o frio bater contra sua pele. Estavam no lado de fora do castelo.

–  Obrigada.  –  Disse, sentindo as lágrimas ficarem gélidas em seu rosto. Pensou em Hanabi. Agora ela provavelmente já está longe. Ainda bem.

–  Olha só! Sabia que você ainda daria muito orgulho a todos nós!  –  Hinata ouviu um homem falar, então olhou para a frente. Aqueles homens tinham armaduras com o símbolo da Casa Uzumaki, e estavam todos sorridentes demais para a ocasião.

Hinata olhou para trás e enxergou seu castelo, havia chamas em algumas partes. Atrás de si, os portões estavam completamente destruídos, e muitas pessoas estavam mortas, a grande maioria irreconhecível. Olhou para Naruto, e ele parecia assustado com aqueles homens que tinham o símbolo de sua Casa.

–  Você capturou a filha mais velha do Lorde e também noiva do príncipe Uchiha… Uma das mais valiosas reféns!

Hinata sentiu seu coração bater mais depressa, causando aflição. Eu fui capturada… Céus…

Naruto parecia pensar em fazer alguma coisa, mas Hinata sabia que não havia nada que ele pudesse fazer. Você já fez o máximo.

–  Vamos levá-la à rainha!

Sem alternativa, Naruto apenas seguiu aqueles cavaleiros, e ela ouviu o sussurro escapar entre as fendas de seu elmo:

–  Me desculpe.  –  Ele disse. Mas não precisava dizer. Você precisa saber… Nunca precisará pedir desculpas.





 

Madara




 

Sempre que podia, ele parava sobre a ponte que ligava a Torre do Rei e a Torre da Mão, e observava o castelo. Dali, ele podia enxergar o local onde vira Mebuki e começara a amá-la desde então. Ela era tão linda, escondida entre as pilastras o observando, como se temesse se aproximar. Ele permitiu que se aproximasse, mas não pensou na hora que talvez fosse melhor que a ignorasse. Tudo seria mais fácil, talvez ele não viesse a odiá-la, nem à sua família. Talvez o rei Raiden ainda mantivesse a ideia de casá-la com alguém melhor que Kizashi, e então nada daquilo teria acontecido, a guerra, e por fim a morte dela diante de seus olhos.

Talvez a culpa de tudo fosse apenas de Madara. Ele poderia ter fingido não vê-la, era tão simples… O que dificultava era o fato de aquela mulher ser extremamente encantadora, portadora de olhos que poderiam enxergar tudo que houvesse de mais profundo, olhos que hipnotizariam qualquer homem. Ele tinha sido hipnotizado, e até agora, depois da morte dela, ele continuava hipnotizado. Sonhava com ela todas as noites. Sonhava com a última vez em que os olhos verdes cravaram-se nos seus, em promessas silenciosas de amor, segundos antes de sua cabeça ser arrancada. Ela ainda me amava.

Era doloroso lembrar. Extremamente triste, mas sempre que aquela tristeza batia, Madara lembrava a si mesmo: “Ela desistiu. Se existe alguém culpado, é ela. Ela teve uma filha de outro homem”. Voltava a odiá-la, então. E voltava a odiar ainda mais Sakura Haruno, aquela filha de um monstro. Podia ser igual a Mebuki, mas tudo o que Madara enxergava nela era Kizashi, e o quanto ele tinha sido perverso com Mebuki para que Sakura viesse ao mundo. Madara vira com os próprios olhos as cicatrizes e as manchas na pele daquela que costumava pertencê-lo, e mesmo que começasse a odiá-la naquele momento, odiou mais ainda o ser que causara aquilo. Era outra cena que o assombrava quase sempre durante a noite.

–  Madara!  –  Chamou Hizashi, o mestre da moeda. Madara esqueceu completamente Mebuki e seus devaneios. Se havia algo capaz de fazê-lo esquecer de tudo, era a política e a guerra. Esta principalmente. E agora havia outra se aproximando, outra que ele teria prazer de lutar. Finalizar com o monstro nascido daquele homem horrendo que chamavam de rei antes de seu sobrinho.

–  Sim?

–  Um corvo acaba de chegar trazendo mensagem de Fugaku. Meistre Hiruzen o aguarda para abrir.

Madara não esperou muito para atravessar a ponte e descer as escadas da Torre do Rei. Depois, foram até o salão do conselho, onde o Meistre, Mikoto, Obito e Shikaku Nara os aguardavam. Madara não gostava que Mikoto se envolvesse nos assuntos políticos agora, ela tinha adotado Sakura Haruno como sua filha, e estava extremamente abalada. Não havia nela qualquer estabilidade para poder tratar de assuntos políticos.

Quando Madara ocupou a cadeira que pertencia ao rei quando ele estava presente, Meistre Hiruzen quebrou o selo azulado e abriu o papiro enrolado, entregando-o para Madara, que leu em voz alta.

–  A guerra terá início. Venha e traga o máximo de homens que conseguir, exceto os guardas reais, e deixe ao menos duzentos guardas da cidade para tomarem conta de tudo. Deixe o governo com Hizashi e permita que Mikoto, o Meistre e Shikaku o auxiliem. Madara, você é necessário no campo de batalha.

Ao menos ele teve a sensatez de não deixar tudo nas mãos de Mikoto. Fugaku era bastante inocente, mas não em casos como aquele. Ele certamente deveria saber sobre a instabilidade emocional de sua rainha.

–  Vocês entenderam? Obito, convoque o máximo de cavaleiros que puder. Amanhã pela manhã partiremos.

Finalmente Madara faria aquilo que mais adorava, aquilo para que tinha nascido. Lutaria em mais uma guerra. E dessa vez, para terminar com a única coisa que ainda odiava.




 

Sasuke




 

–  Tire suas roupas.  –  Ele ordenou para a prostituta.

Não era a primeira que Sasuke pagava desde a última vez em que vira Sakura. Havia várias outras, e nelas ele enxergava a possibilidade se se redimir consigo mesmo, mostrar que não dependia de Sakura, que não sentia nada por ela como chegara a constatar em algum momento.

A prostituta tirou, e tinha um belo corpo. Ele não perguntou seu nome, nem mesmo olhou em seu rosto direito. Apenas aproveitou-se um pouco de cada parte de seu corpo, deixando-a úmida e excitando a si mesmo, para enfim penetrá-la. Naquele momento Sasuke olhou nos olhos dela pela primeira vez, e percebeu que eram verdes. Como os dela.

Eram diferentes dos de Sakura, não eram o verde vivo de um Haruno, mas ainda assim eram olhos verdes. Ele lembrou dela, e rapidamente vários momentos seus passaram pela cabeça dele. Sentiu uma tristeza tão forte… Mas ele a odiava agora. Toda aquela tristeza o lembrava do quanto a detestava, e de que a mataria um dia.

Repentinamente tornou-se mais agressivo, e a mulher abaixo de si começou a gritar mais alto. Ele precisou tapar a boca dela para que não chamasse a atenção do restante do acampamento, e continuou, continuou… Fechou os olhos quando sentiu que alcançaria o ápice, e chamou o nome dela… Eu não devia chamar o nome dela.

Ele ainda a desejava, mas a odiava mais. O suficiente para imaginar diferentes formas de matá-la. Apenas por tê-lo feito sofrer, por tê-lo negado, como ninguém nunca antes tinha feito. Ele não tinha nascido para ser descartado.

Lembrou da mulher Haruno que matou, e sentiu algo estranho, uma espécie de culpa. Mas ela era Haruno, e Sasuke descobrira da pior maneira que aquele sangue não prestava, que o mundo precisava ser limpo dele. Precisa…

–  Meu nome não é Sakura, meu príncipe…  –  A prostituta disse, vindo para cima dele novamente.  –  É Ami.

–  Cale a boca.  –  Sasuke retrucou, e percebeu o espanto dela. Jogou-lhe uma moeda de ouro.  –  Agora suma.

Ela entendeu rapidamente. Juntou as roupas e saiu com a moeda de ouro antes que ele a expulsasse de maneira mais drástica.

Sasuke suspirou antes de dormir mais um pouco. Acordou apenas com o irmão chamando pelo seu nome, para que comparecesse na tenda do pai. Vestiu suas roupas e foi, entrando em contato com o frio do fim de tarde até alcançar a maior tenda de todo o acampamento. Havia mais homens ali do que antes, já que o pai tinha convocado os vassalos e aliados. Mas nenhum Hyuuga havia chegado ainda, e no entanto, Sasuke enxergou aquele que lembrava ser Neji Hyuuga.

–  O que houve?  –  Perguntou.

–  Jardim das Folhas foi atacado pelo exército de Sakura Haruno. Consegui fugir a tempo, e minha esposa também, mas temo que sejamos apenas nós, ou poucos mais. Grande parte morreu, ou foi feita refém. Meu tio e as filhas estão entre eles.

Então você já agiu… Bastante rápida.

–  Devemos atacar Jardim das Folhas de volta. O castelo deve estar vulnerável.  –  Disse.

–  Sem dúvidas. Mas além disso, devemos responder a altura. Atacar algum castelo aliado e tomar mais reféns, assim como eles fizeram!  –  Disse Shisui Uchiha, o atual Lorde do Vale das Cerejeiras.

–  Concordo com Shisui.  – Itachi pronunciou.  –  E acho que o castelo mais próximo e vulnerável que temos, é O Canil.

–  Certamente. Conseguiríamos lá reféns preciosos, a julgar pela ordem. Os Inuzukas foram os segundos aliados de Sakura.

–  Enviaremos uma tropa ao norte, uma menor, já que O Canil é pouco fortificado e está com poucos guardas. Enviaremos outras três tropas, uma pelo leste, outra pelo oeste e outra pelo sul, para fazer o cerco a Jardim das folhas. Assim, eles não têm chance de fugir sem encontrar algumas de nossas tropas e sofrerem danos, provavelmente uma derrota.   –  Disse Fugaku.  –  Separarei agora mesmo as tropas. Sasuke, se prepare para comandar a tropa que vai ao norte.

Não.

–  Quero ir até Jardim das Folhas, e não até O Canil.  –  Retrucou, chamando a atenção de todos para si. Ele queria atacar Sakura diretamente, e matá-la na primeira oportunidade que tivesse. Não hesitaria daquela vez.

Devia tê-la matado quando ela negou a mim.

–  Você irá ao Canil. É o lugar onde preciso de você.  –  Respondeu o pai, ainda mais sério do que antes. Sasuke sentiu algum tipo de raiva.

–  Mas serei mais útil em Jardim das Folhas.

–  Não será, Sasuke. Já está determinado para onde irá. Sou seu pai e seu rei, e você faz o que eu ordenar.

Por um tempo, trocou um olhar com o pai que mostrou o quanto estava em desacordo com aquela decisão ridícula. Mas sabia que Fugaku não voltaria atrás no que tinha ordenado. E como tinha um papel importante ao norte, não poderia contornar a situação.

Ainda vai existir oportunidade para matá-la.

Naquele momento, precisava se preocupar com a guerra. Precisava matá-la antes que ela fosse, de fato, rainha, porque depois tudo ficaria mais trabalhoso, quem sabe até impossível.

Depois da reunião, Sasuke voltou para sua tenda. Antes que a alcançasse, no entanto, Itachi chegou em seu encalço, e entrou juntamente com ele.

–  O que quer?  –  Perguntou, incomodado com a presença do irmão.

–  Você anda diferente desde o dia em que entrou sozinho na cidade de Esmeralda.  –  Disse.

Itachi analisava cada movimento seu, como costumava fazer sempre que desconfiava de algo.

–  E o que tem isso?

–  Sua diferença é em relação a Sakura. Por acaso você a encontrou?

Sasuke parou o que estava fazendo e olhou na direção de Itachi, com os olhos estreitos.

–  Se eu tivesse a encontrado, ela estaria aqui.  –  Retrucou, mesmo sabendo que não era verdade. Ouviu um riso debochado do irmão, e detestou aquilo.

–  Você pensa que eu sou estúpido como nosso pai e como os outros, que não prestam a atenção nos pequenos detalhes… Mas eu já conectei tudo, Sasuke. Eu sei que você a encontrou. E também sei que hesitou em capturá-la.

Sasuke caminhou até Itachi com fúria, e segurou-o pelo colarinho do gibão que usava. Mesmo assim, o irmão não tirou o sorriso do rosto.

–  Cale sua boca. Nada disso aconteceu.

–  Você hesitou em capturá-la porque a ama, Sasuke. Eu sei que vocês dois se amaram por muito tempo, dentro do castelo, sob nossos olhos, e até mesmo agora se am…  –  Sasuke não deixou que ele terminasse. Deu um soco no rosto de Itachi com toda a força que foi possível usar. Eu não a amo mais.

O irmão mais velho cuspiu sangue. Ainda rindo, desgraçado.

–  Vou tomar essa resposta como um sim. Mas acredito que ela tenha mudado, e isso levou você a mudar também. Para mim, você é o sinal mais claro de que Sakura levará essa guerra até o fim.

Itachi não esperou nenhum tipo de agressão naquele momento, apenas deixou a tenda de Sasuke o mais rápido que pôde.

Espero que você esteja certo. Essa guerra não deve acabar antes que eu olhe no fundo dos olhos dela novamente… e a mate.


Notas Finais


Achei que cabia um POV curtinho do Madara aqui, para que todos possam entender um pouco o que se passa na cabeça dessa pessoinha sahiusahsaiu
Como todos os outros, não tenho planos de trazer ele de volta, mas pode ser que voltem a aparecer povs do tipo.
Até o próximo :*


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