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História Love Against Ideals - New Direction


Escrita por: UchihaAika

Notas do Autor


Oiiii :D
Estava sem saber que título colocar no capítulo, então foi isso mesmo. E, embora o capítulo seja meio... chato (?), é importante o/

Capítulo 40 - New Direction


Sasuke




 

O Canil estava praticamente abandonado. Os Uchihas tinham enviado poucos para observarem a movimentação no castelo, escondidos entre gramíneas e pequenas colinas. Nas cinco torres da muralha, era possível ver pouca movimentação, e os ardaves pareciam vazios. Poucos guardas, como imaginado.

–  Não é difícil de se aproximar. Eles tocarão as trombetas, mas não terão como se defender. Somos mil, e eles, provavelmente, menos de seiscentos.  –  Disse Sasuke para seu exército. O comandava com o auxílio de Mangetsu, da Casa Hozuki.

–  Preparar as torres de cerco! Preparar as escadas!  –  Gritou Mangetsu. Utilizariam apenas aquilo, pois a fortificação do castelo Inuzuka não era muita, e obviamente a escassez de defensores auxiliava os Uchihas.

As tropas iniciaram seus movimentos na direção do castelo dos Inuzukas. Quando chegaram no topo da colina, ouviram as trombetas soarem das muralhas do castelo. Os tambores do exército Uchiha também foram retumbados enquanto se moviam na direção do Canil.

Após um longo tempo de caminhada, estavam próximos das muralhas.

–  ESCUDOS!  –  Sasuke gritou, e todos ergueram seus escudos para a proteção da chuva de flechas que começou a despencar sobre eles.

Tarde demais, percebeu que em grande parte das flechas o fogo vinha em suas pontas, ardente e impiedoso. Aos poucos, começava a ouvir gritos de desespero em sua tropa, já que os escudos eram difíceis de serem tirados do braço. Mas a maioria estava prevenida, tinham coberto os escudos com couro molhado, assim como a torre de cerco, o que tornava mais difícil o incêndio. Os arqueiros de dentro das torres de cerco começaram a lançar suas flechas nos guardas entre as ameias, e Sasuke percebeu que tinham claras chances de massacrar, como já era esperado.

A primeira torre de cerco foi encostada na muralha, e logo depois a segunda. As cinco escadas também foram apoiadas, embora com maior dificuldade, pois os guardas as empurravam de volta sempre que os Uchihas pensavam conseguir estabilidade.

Sasuke subiu a primeira escadaria da torre de cerco, depois a segunda, depois a terceira. Retirou uma flecha que tinha ficado presa em seu escudo pintado de azul e com o leque símbolo de sua casa, e desembainhou Thanatos, observando sua brilhante lâmina prateada. Hoje você fará jus ao seu nome, mais uma vez.

Lembrou-se de sua lâmina adentrando a barriga da bastarda Haruno. Praticamente pôde ouvir novamente o som da carne sendo perfurada, e depois o sutil toque de gotas de sangue contra o chão. Sasuke não tinha gostado daqueles sons, tinham lhe causado arrepios desagradáveis. Mas sentia que devia se acostumar com aquilo, pois agora faria parte de sua rotina como um guerreiro, como um cavaleiro.

A porta da torre foi aberta, despencando sobre os merlões.

–  ATACAR!  –  Gritou, e correu para fora da torre de cerco, alcançando os ardaves da muralha do Canil, acompanhado de vários outros soldados de ataque.

Vários soldados Inuzukas estavam ali, provavelmente a maioria dos que tinham permanecido para guarnecer o castelo.

–  CAAAAAANIIIIIIIL!  –  Um Inuzuka girtou, vindo na direção de Sasuke com uma maça de guerra. Grito de batalha estúpido.

A maça foi girada sobre a cabeça dele, e então ele atacou Sasuke pela direita, com todo o peso de seu corpo. Sasuke esquivou para trás, e novamente quando ele repetiu o golpe, pela esquerda, e então pela direita, e pela esquerda novamente, depois derrubou sua maça por cima de Sasuke. Ele pôde sentir uma das pontas raspar contra seu elmo, e aquilo o desagradou a ponto de fazer com que começasse a se defender. Quando foi atacado pela esquerda novamente, usou o escudo preso ao braço, e o impacto da maça contra a madeira fez com que o inimigo se desequilibrasse, deixando uma brecha em toda a frente de seu corpo. Sasuke cravou sua espada na barriga dele, para cima, e sangue escapou pela boca daquele homem, indicando que morria. Mas ele não teve muito tempo para observar aquilo, logo outro inimigo se aproximou pelas costas.

Este usava espada também, o que era melhor para Sasuke. Ele já estava cego, não enxergava mais nada ao seu redor, apenas o homem que o atacava com golpes fortes, porém lentos. A espada dele era maior, e ele era mais musculoso que Sasuke, o que fazia com que fosse mais lento. O inimigo levou a espada na direção de seu pescoço, e ele se defendeu, segurando a pressão que o outro fazia com sua espada sobre ele. Maldito… ele era forte, e Sasuke não sabia se conseguiria continuar mantendo aquela espada longe de seu pescoço. Precisou chutar o joelho daquele homem com toda a força que tinha na perna, joelho coberto por aço. O pé de Sasuke doeu, mas a ponta de sua armadura atravessou o metal do inimigo, fazendo com que ele caísse. Diante do desequilíbrio, Sasuke atravessou a espada pelo pescoço dele, deixando que caísse sem vida ao chão.

Conseguiu uma brecha, todos os guardas nos ardaves pareciam ocupados demais lutando contra Uchihas, então, desceu as primeiras escadas que encontrou. Havia dois guardas subindo as mesmas escadas, mas como Sasuke vinha de cima, ele tinha a vantagem. Bastaram dois golpes fortes da sua espada contra a do primeiro guarda para que ele se desequilibrasse e rolasse escada abaixo, derrubando o que vinha atrás. Quando alcançaram o solo, estavam desmaiados, não representavam ameaça, portanto Sasuke não precisou matá-los, apenas seguiu seu caminho para a porta de entrada do castelo. Percebeu que mais três dos seus o seguiam, como tinha sido planejado inicialmente.

–  Príncipe Sasuke, há cinco guardas na entrada!  –  Avisou um deles, como se Sasuke não tivesse percebido aquilo.

–  Somos quatro dos melhores… podemos passar por eles.  –  Respondeu, e com o grito de “Uchiha” foram para cima dos cinco guardas, que não saíram de seus postos, apenas prepararam-se para a defesa.

Sasuke entrou em uma batalha com um homem mais alto, enquanto outro o atacou pelas costas, talvez por reconhecer que ele fosse o príncipe, mais valioso que qualquer um dos outros naquela guerra.

Ele precisou usar o escudo no braço esquerdo para se defender dos ataques de um enquanto usava a espada na mão direita para se defender do outro. Estava impossibilitado de atacar. Sabia que se atacasse um, o outro o matava.

Permaneceu por um longo período defendendo ataques em cima e embaixo, na esquerda e na direita, sem ter certeza exata de como estava fazendo aquilo, jamais conseguiria normalmente, mas o calor da batalha trouxera a Sasuke habilidades que até então desconhecia.

No entanto, aquilo tornou-se inútil quando seu escudo não suportou mais um golpe da espada, e foi perfurado. O couro fervido e a cota de malha ajudaram a diminuir o impacto, mas mesmo assim, ele pôde sentir a lâmina beijar sua pele com suavidade. A dor não veio, contudo, apenas a raiva, ou o medo, ele não soube diferenciar. Percebeu que tinha caído, e que a espada dos dois caíam sobre ele. Ele poderia defender uma, mas a outra o mataria. Não sabia o que fazer, então apenas por impulso, ergueu Thanatos defendendo-se pela direita. Não olhou para a esquerda novamente, para ridiculamente conhecer a morte após prometer que mataria Sakura, e mataria os Harunos. Não fez nada além de fechar os olhos e esperar pela dor que certamente viria antes que se desligasse por completo da vida.

–  Meu príncipe, conseguimos! Vamos!

Sasuke sentiu seu braço sendo puxado, e então abriu os olhos. Percebeu que os dois homens que o atacavam estavam agora afogados nas poças de seus próprios sangues, assim como todos os outros três que guarneciam a entrada do castelo. Por um momento, Sasuke se sentiu tão fraco a inútil como nunca antes.

–  Quem matou esses dois?  –  Perguntou.

–  Fomos nós, meu príncipe.  –  Responderam dois jovens, um era Suigetsu Hozuki, irmão mais novo de Mangetsu, e o outro era Juugo Tsubaya, terceiro na linha de sucessão de Lorde Yuri Tsubaya.

–  Lembrarei de vocês.

Mas aquele não era o momento para gratificações, e sim para resgatar alguns reféns. Adentraram o corredor principal do castelo que estava estranhamente vazio, iluminado pelo alaranjado de inúmeros archotes. Ali, onde a batalha não tinha tanto som, podiam escutar latido e uivos de cachorros desesperados, talvez para fugirem, ou para entrarem na luta também.

Caminharam com cautela até o final do corredor, onde havia um grande pátio aberto no centro do castelo, com flores e uma grama coberta pela neve que começava a cair aos poucos. Sasuke olhou para seus companheiros, que se entreolharam também.

–  AAAAH!  –  Alguma mulher gritou, mas não era grito de desespero, e sim de batalha. Outras duas a acompanhavam, então iniciaram uma batalha com suas espadas. Elas não eram nem um pouco fortes, mas tinham habilidade, Sasuke devia admitir. E finalmente ele começou a sentir dor no braço que tinha sido cortado durante a batalha.

Embora Sasuke a atacasse, a mulher não deixava brechas para que ele a acertasse. Ela tinha movimentos precisos e muito ligeiros, o que fez Sasuke lembrar de Sakura. Não. Ela agora não.

Irritado, Sasuke desistiu de usar a espada para atacá-la, e usou o corpo. Ela pareceu se assustar o suficiente para que ele conseguisse segurar seu braço e a virar de costas, roubando a lâmina dela e pondo-a contra o pescoço feminino, esguio e pálido.

–  Parem, ou a mato.  –  Falou, friamente, o que faz as outras três pararem. Os companheiros de Sasuke tomaram as outras duas de maneira que não representassem perigo.  –  Agora você, que pelo que vejo deve ser Yuki Inuzuka, nos leve até nossos outros reféns.

–  Não são seus reféns!  –  Ela protestou, e Sasuke precisou pressionar mais sua lâmina contra a pele de porcelana fina, arrancando um filete de sangue.

–  São sim. Nos leve ou será pior para você, sua sobrinha, e a esposa de seu sobrinho.

Ela não podia relutar, e sabia daquilo. Os guiou até o local onde estavam as crianças e as duas mulheres idosas, reféns preciosos para Fugaku Uchiha.

Brevemente, Sasuke imaginou qual seria a expressão no rosto de Sakura ao saber daquela captura. Queria poder ver aquilo. Queria poder olhar nos olhos dela novamente. E enxergar a cor de seu sangue. Ver se ele é assim tão diferente quanto todos dizem.





 

Sakura






 

Jardim das Folhas era o castelo mais bonito que já tinha visto. Era colorido, e tinha cheiro de flores, mel e coisas boas. Mas o cheiro não a convencia de que devia ficar naquele lugar. Aquele castelo não a pertencia, e não tinha absolutamente nenhuma relação com os seus objetivos.

Estavam em uma sala que ficava no topo de uma torre no centro do castelo, a mais alta. A sala era quase toda aberta ao oeste, o que trazia uma visão privilegiada do pôr do sol. Havia mapas e armas, e uma grande mesa de madeira de Árvore Corina, que era uma espécie existente apenas naquela região, de boa consistência.

–  Não devemos permanecer aqui.  –  Ela disse. Estavam ali Naruto, Nagato, Ino, Inoichi, Gaara, Jiraiya e Kakashi.

–  Eu concordo.  –  Jiraiya se manifestou.

– Se sairmos daqui agora, encontraremos tropas Uchihas no caminho, não tenham dúvidas.  –  Nagato respondeu.

– Mas se ficarmos, seremos cercados por eles, em maiores números, e talvez até massacrados.  –  Inoichi, disse, em defesa da ideia de partida.

–  Mas se partirmos, para onde iremos?  –  Ino perguntou. Sakura observou o oeste, que ainda estava com a claridade do começo do dia.

–  Iremos para o Vale das Cerejeiras.

Todos olharam para Sakura naquele momento, espantados.

–  O Vale está sob domínio Uchiha, e o castelo das cerejeiras é especialmente difícil de ser assaltado.  –  Lorde Gaara falou.

–  Sim. Mas é o meu lugar. Não é como aqui, onde estou pisando em solo Uchiha e mantendo meus prisioneiros sob ameaça de um ataque iminente.

–  O castelo das cerejeiras é, na verdade, o mais importante para ser tomado. Ele é dos Harunos, e apenas deles. No momento em que for tomado, grande parte dos vassalos correrão para fazerem seus juramentos àquela que é sua Senhora de direito. E é também o território mais vasto de Smaragdus, teremos um exército mais vantajoso numericamente quando nos apoderarmos de lá.  –  Explicou Kakashi.

–  Concordo com Kakashi e com Vossa Graça,  –  disse Naruto  –  é o castelo mais importante para nossa causa. Nosso exército ainda está em desvantagem numericamente, mas se tomarmos de volta o Vale, que é de Sakura por direito, não ficaremos mais em desvantagem.

–  Devemos partir o mais rápido possível.  –  Sakura determinou.

–  Não importa o quão rápido partamos, ainda estamos saindo tarde demais para evitar um ataque. Será inevitável encontrarmos tropas Uchihas no caminho, e precisarmos batalhar.  –  Kakashi explicou. Sakura olhou para todos que estavam presentes ali.

–  Estamos em uma guerra. Não temos por que fugir de uma batalha. Se eles cruzarem nosso caminho, lutamos.

–  Sim!  –  Muitos ali gritaram em resposta.

–  Kakashi, ordene aos seus homens que preparem celas com rodas, carregaremos nossos reféns. Precisamos planejar uma grande proteção ao redor deles, para o caso provável de ataque.

–  Devemos colocar os homens de Kakashi que são especializados em segurança ao redor deles, e mais a tropa inteira de alguma Casa.  –  Disse Naruto.

–  Acredito que os Akasuna possam fazer esse trabalho.  –  Lorde Gaara anunciou.

–  Ótimo. Jiraiya?  –  Sakura perguntou, olhando para ele. Ele já sabia o que fazer.

–  As tropas Akasuna ficarão ao centro, cercando as celas com os reféns por completo. A rainha deve ficar com eles, protegida.

–  O quê?!  –  Sakura perguntou, sem acreditar no que ouvia. Ela tinha vontade de entrar em batalha. Era a segunda vez que faziam aquilo, pois tinham a impedido de lutar no assalto à Jardim das Folhas.

–  Conversamos sobre isso antes, vossa graça é importante demais para se envolver em batalhas superficiais, sem grande importância em sua reivindicação.

Ele tinha razão em dizer que aquela batalha era superficial. Era importante, mas ainda assim, superficial. Sakura sabia que muitas outras com maior significado estavam por vir, como a batalha do cerco ao castelo das cerejeiras, e em um futuro mais distante, a tomada do castelo do rei, e que como rainha devia estar viva e segura para ambas batalhas.

–  Ao redor dos protegidos, ficarão os arqueiros, abatendo à distância os inimigos que se aproximarem.  –  Continuou Jiraiya, percebendo que Sakura tinha aceitado ficar protegida.  –   À frente dos arqueiros, como de praxe, os soldados atacantes da vanguarda. O segredo é que essa formação será circular. Não sabemos de que direção os Uchihas virão, então precisamos de todos os lados igualmente protegidos. Se vierem do sul, viramos para o sul e atacamos, e assim por diante.

–  É a formação perfeita para essa batalha.  –  Falou Kakashi, e ninguém levantou objeções.

–  Então, preparem os soldados e as celas dos prisioneiros. Amanhã partiremos.  –  Sakura determinou.

Estava ansiosa para sair logo dali e ir até o Castelo das Cerejeiras. Nunca antes tinha estado lá, seria a primeira vez, e mal podia conter a curiosidade. O primeiro castelo de sua família, e segundo diziam, o maior e mais belo de toda a Smaragdus. E é meu.




 

Mikoto




 

Ela dormia, mas seus ouvidos permaneciam atentos. Mikoto tinha medo de algo, mas não sabia do quê, sabia apenas que o medo existia dentro de si tão forte e real quanto ela própria. Não posso mais dizer que sou forte, porém.

Sentia-se a cada dia mais fraca. Desde a partida de seu marido e seus filhos, nem mesmo a chegada de sua irmã mais nova a tinha tornado alguém melhor, na verdade, tinha apenas piorado tudo. Midori chorava frequentemente depois da morte de seu filho, que tinha sido assassinado por um tigre, e Mikoto não a julgava por aquilo, entendia o motivo de seu choro. Mas ainda era um problema. Fazia Mikoto pensar como seria se Sasuke ou Itachi morressem, ou mesmo Fugaku. Eu morreria junto, jamais resistiria. E naquilo, incluía também Sakura. Não importava se ela se auto intitulava rainha e inimiga da Casa de seu marido, ela ainda a amava como se fosse sua filha.

Pediu para a aia que trouxesse água quente para seu banho, e quando ela chegou, saiu debaixo das peles e lençóis que a protegiam do frio e sentiu o ar gelado fazer sua pele arrepiar. Não esperou muito para entrar na tina de água quente e perfumada, onde permaneceu por um longo tempo.

Após seu banho, vestiu um longo vestido de lã e ajoelhou-se diante de pequenas imagens de madeira que tinha dos deuses e fez uma prece rápida. Mas antes mesmo que saísse do quarto, alguém bateu em sua porta.

–  Vossa Graça.  –  Chamou Raiden Nara, um dos cavaleiros da guarda real que tinha permanecido no castelo para a segurança de Mikoto e do restante do conselho do rei.

A rainha abriu a porta de seu quarto e enxergou-o parado ali, sob sua imensa armadura, com apenas parte do rosto visível na abertura de seu meio elmo.

–  Sim, Sor Raiden?

Antes de dizer qualquer coisa, ele hesitou.

–  Senhora Tenten Hyuuga está aqui. Ela acabou de chegar sobre um cavalo moribundo, e temo que o estado emocional dela não seja dos melhores.

Tenten?!

Embora não entendesse nada, Mikoto apenas saiu de seu quarto e correu, sendo acompanhada pelo cavaleiro da guarda real. Ao alcançar o pavilhão principal do castelo, encontrou Tenten sentada sobre uma cadeira estofada acompanhada da irmã de Mikoto, Midori.

–  Tenten! O que houve?!

Mikoto correu até ela, e percebeu o quanto a esposa do herdeiro de Jardim das Folhas estava maltrapilha e suja, com a pele queimada e o rosto inundado por lágrimas.

–  Muita coisa, vossa graça.  –  Ela respondeu, mas soluçava, e não conseguiu continuar a frase. Mikoto olhou para a irmã, em um mudo pedido de respostas.

–  Parece que Jardim das Folhas foi atacado, Mikoto.

Como?! Mikoto tomou as mãos de Tenten entre as suas, e olhou nos olhos dela pela primeira vez. Eram grandes olhos de um bonito castanho, mesmo que tomados por lágrimas.

–  O que aconteceu? Onde estão os outros de nossa Casa?!

Mikoto se referia à Casa Hyuuga como dela, pois antes de casar com um Uchiha, tinha passado sua vida inteira nos pavilhões coloridos e decorados de Jardim das Folhas, sentindo os perfumes e observando as belezas que apenas aquele castelo possuía.

–  Nós estávamos dormindo quando eles vieram durante a noite, como sombras entre as árvores…

–  Quem veio?  –  Mikoto perguntou. Já tinha alguma ideia, mas preferia acreditar que suas ideias eram mirabolantes.

–  O exército de Sakura Haruno. Eles nos tiraram de nossas camas durante o ataque… Eu estou esperando um filho, por isso Lorde Hiashi veio até mim e Neji e ordenou que fugíssemos… como herdeiros, não podíamos ser pegos.  –  Ela tocou o ventre ao dizer aquilo.

Mikoto sentiu algo como uma profunda tristeza, e medo. Então ela realmente começou… ela realmente vai lutar contra Fugaku, e contra os meninos. Mikoto tinha medo do que aquilo podia significar.

Terei que escolher um lado?

–  Onde está Neji agora? E meu primo, e as filhas dele?!  –  Hiashi, a noiva de Sasuke e a pequena Hanabi precisavam estar a salvo.

–  Neji seguiu para o acampamento Uchiha, vossa graça. Já Lorde Hiashi, Hinata e Hanabi… eu não tive como saber, sinto muito.  –  Ela derramou mais lágrimas.  –  Minha ordem era fugir, e eu precisava proteger meu filho. Mas temo que eles tenham sido pegos como reféns, ou pior… Ouvi que o objetivo do ataque era pegar reféns, então espero que eles estejam seguros.

Midori abraçou Tenten, que voltou a chorar novamente. Mikoto ordenou que uma de suas aias preparasse um banho para Tenten, comida, e um lugar onde ela pudesse descansar. Ela, no entanto, não permaneceu com a jovem garota, deixou aquele apoio para sua irmã, pois sabia que não era um momento em que pudesse dar suporte para ninguém. Tudo o que se passava em sua cabeça, era uma imagem repetitiva de algo que ainda não tinha acontecido, uma luta, onde sua família se matava entre si. Pois Sakura também era sua família. Antes que percebesse, seu rosto estava banhado por grossas lágrimas.

Uma mãe não escolhe um lado. Uma mãe apenas espera sempre que seu filho volte para casa.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado o/ Achei importante trazer um pouco da Mikoto também, pra dar uma situada....
Até o próximo :*


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