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História Love Against Ideals - Unraveling


Escrita por: UchihaAika

Notas do Autor


Olá :D
Mais uma vez não sei se usei a tradução no contexto correto, mas espero ter utilizado nesse título ashsaiuhsaiu

Capítulo 50 - Unraveling


Hinata



 

Hinata observava à distância a menina de olhos verdes. Ela era bonita, agora podia ver mais claramente na luz do sol. Tinha a pele pálida e os cabelos tão negros quanto petróleo escorrendo lisos por suas costas magricelas de criança. Seus olhos eram tão verdes que reluziam, e carregavam consigo sempre um sorriso.

Sentia paz ao vê-la. Desejava aproximar-se dela, ouvir tudo o que ela tinha a dizer, mesmo que sequer soubesse de quem se tratava. Deu quatro passos em sua direção, sobre a relva esverdeada e macia, mas parou quando sua visão se tornou mais nítida. Estreitou os olhos para ver se enxergava claramente e constatou a real existência daquela sombra, uma sombra que não pertencia à menina, mas que a perseguia. Era claramente a sombra de um adulto, mas não possuía muitas formas concretas. Hinata apenas estremeceu, e sentiu vontade de avisá-la sobre a sombra, entretanto, como na maioria de seus sonhos, a voz não saiu.

Ela não podia saber o que era aquela sombra, mas sentia medo que ela fizesse algum mal para a menina. Podia não saber quem era a menina, mas sabia que ela não merecia sentir dor. Tentou gritar novamente, mas foi em vão. E então, conforme ela caminhava entre pequenas flores, a sobra ficava mais próxima. Hinata tentou caminhar para impedir que a sombra se apossasse dela, mas suas pernas também estavam paralisadas. Não havia nada que ela pudesse fazer, e a sombra estava tão próxima que não havia mais como evitar…

Mas a menina virou-se antes de ser tomada, e olhou diretamente para a sombra, que agora estava a sua frente. A sombra ficou paralisada ao enxergá-la, tanto quanto Hinata estava. Os lábios dela puxaram-se em um sorriso, e ela levou uma de suas pequenas mãos infantis até a sombra, tocando-a como se fosse algo sólido. Uma explosão de luz tomou conta do lugar através daquele toque, e Hinata precisou fechar os olhos devido à claridade.

Abriu os olhos e enxergou o teto escuro do aposento minúsculo sobre ela. Sugou o ar com força, pois parecia estar voltando ao próprio corpo apenas naquele momento. Conforme retomava os sentidos, podia sentir o calor que fazia lá fora, e quando foi reclamar para si mesma daquele tempo quente, que sentiu uma forte dor de cabeça, e também em alguns músculos de seu corpo. Grunhiu. Havia um tempo desde a última vez em que ficara doente, e gostaria de não precisar voltar a ficar, entretanto, sem possuir acesso a qualquer luz de sol, já devia esperar.

Perguntou-se por que Mei não aparecia mais. Havia bastante tempo desde a última vez em que conversara com a única companhia que lhe restava.

Quando Hinata tentou levantar da cama, uma tontura a acometeu, e ela não conseguiu sair do lugar. Segurou o lençol entre os dedos com toda a força que restava em suas mãos.

Droga… eu vou morrer… e nem mesmo vou ter visto Naruto antes disso.

Havia bastante tempo desde a última vez em que ele estivera ali, mas Hinata o compreendia. Ele devia estar bastante ocupado com os assuntos de guerra e com sua família. Ele não teria tempo para mim… ele não tem por que ter.

Sua cabeça latejou. Grunhiu novamente. Percebeu que precisaria chamar alguém se quisesse sobreviver. E eu quero. Nem que seja para ver Naruto pela última vez.

–  Socorro!  –  Gritou. Sua voz também estava fraca, mas acreditou que fosse suficientemente audível.  –  Por favor!  –  Gritou novamente, e então ouviu o som de sua porta sendo aberta.

–  O que está acontecendo?  –  Ele perguntou.

Hinata enxergava o homem de maneira levemente turva.

–  O que houve?!  – Insistiu ele. Ela quase não tinha forças para falar.

–  Não me sinto… bem.

Ele aproximou-se e levou a mão até sua testa. Afastou-se assustado após aquilo.

–  Espere.  –  Avisou.

Não é como se eu tivesse outra opção.

Tentou levantar novamente, mas não teve êxito. Como sempre… a única coisa que posso fazer é esperar.






 

Naruto



 

As coisas ainda estavam relativamente tranquilas, pois havia muito pouco tempo desde a partida de Sakura. A desculpa que tinham dado para sua viagem causara certa estranheza, mas que logo tinha sido esquecida. Todos estavam empolgados demais com os resultados que o exército vinha conseguindo, e não tinham dúvidas de que Sakura estava apenas buscando crescimento.

–  Daremos algum próximo passo arriscado?  –  Perguntou para Jiraiya. Ele analisava um mapa, e parecia bastante pensativo.

–  Sem a rainha… não acho que seja aconselhável. Devemos esperar por ela para grandes passos, mas devemos proteger nossas terras, garantir que os vassalos dos Haruno farão seu juramento. Aqueles que não fizerem deverão pagar por isso. Vamos tomar conta de nossas terras por enquanto.

–  Acho que é realmente a melhor alternativa.  –   Respondeu Naruto.

Reuniam-se bastante com os principais comandantes, mas no momento estavam apenas entre eles. Naruto sabia o quanto Jiraiya adorava batalhas, mas estava sendo surpreendente ver o quão exímio mão da rainha ele também era.

Faria algum comentário sobre aquilo, mas foram ouvidas batidas na porta.

–  Entre!  –  Jiraiya autorizou. Um homem com roupas Uzumaki entrou na sala, e ele parecia um tanto quanto assustado.

–  Senhor mão! A refém Hyuuga, ela está muito doente…  –  Naruto não deixou que ele terminasse.

–  Que refém?!

–  Hinata Hyuuga.

Naruto não teve muito tempo para pensar uma reação, pois quando percebeu, já caminhava para fora dali em passos rápidos.

Como posso não ter ido vê-la? Como posso tê-la deixado adoecer?!

Naruto vinha tão ocupado e preocupado nos últimos tempos que nem ao menos tinha ido visitar Hinata. Agora a culpa o assolava. Ele sabia sobre sua saúde frágil, e se tivesse ido vê-la após a batalha contra os Uchihas, poderia ter evitado a doença. Espero que não seja nada grave. Não pode ser nada grave.

Não tinha ideia de o que seria de sua vida se fosse algo grave. Se Hinata chegasse a morrer… Não. Não posso nem pensar nisso.

Subiu as escadas tão rapidamente, que somente quando alcançou o último andar percebeu que a força em suas pernas estava quase inexistente. Mas aquilo era, sem dúvidas, o de menos. Hinata era muito mais importante.

Abriu a porta do quarto  e avistou a médica sentada ao lado da cama de Hinata, enquanto esta permanecia deitada em seu leito, sem muitos movimentos. Mas ele percebeu o apelo mudo em seus olhos claros quando encontraram os dele.

–  O que houve?  –  Perguntou.

–  Ela está fraca, bastante debilitada…  –  Parou, e olhou para Naruto. Ele entendeu o que ela queria dizer. Hinata poderia morrer.  –  A mediquei, mas não sei que efeito surtirá… Ela não tem acesso à a luz do sol, e as comidas são poucas. Sua saúde é naturalmente frágil, e esse ambiente não é propício para ela de maneira alguma.

Naruto sentiu seu coração pesar, e soube que não deixaria Hinata ali de maneira alguma quando encontrou os olhos dela novamente. Abaixou-se ao seu lado e segurou sua mão. Sua pele  fervia como se tivesse sido exposta ao fogo. E naquele momento, mais do que nunca, Hinata parecia tão frágil que jamais poderia ser deixada desamparada. Naruto sentiu, de maneira intensa, a certeza de que era seu dever tomar conta dela, ampará-la, tê-la sempre por perto.

–  Como está se sentindo?  –  Perguntou.

–  Melhor agora.  –  Ela respondeu. Naruto sorriu de maneira involuntária. Lembrou-se de Hinata dizendo que o amava, e aquilo fez com que tivesse ainda mais certeza.

–  Você não vai mais ficar aqui.

Não esperou que ninguém dissesse nada. Levantou-se e tomou Hinata, com toda a sua fragilidade, nos braços, como se fosse uma boneca.

–  Senhor Uzumaki, ela é prisioneira!  –  A médica avisou, mas ele não deu ouvidos. Continuou caminhando com Hinata nos braços, e ela aconchegou-se ali, encostando a cabeça na curvatura de seu pescoço. Naruto podia sentir a suave respiração dela contra sua pele, e aquilo lhe causava pequenos arrepios.

Alcançou o primeiro pavimento com Hinata em seus braços, e continuou caminhando até alcançar o quarto onde permanecia hospedado. Largou-a delicadamente sobre sua cama, e percebeu que ainda era seguido pela médica.

–  Já que você veio… providencie os cuidados necessários a ela. Eu vou conversar com Jiraiya, avisá-lo que a  manterei junto a mim.

Naruto não via aquilo como uma obrigação, e sim como uma necessidade. Jamais conseguiria continuar deixando Hinata presa nas condições em que ela se encontrava. Na verdade, quanto mais pensava, mais percebia o quão idiota havia sido. Nunca devia ter deixado-a presa… devia tê-la mantido comigo, protegida, desde o começo.

–  Jiraiya.  –  Chamou, entrando no aposento dele sem pedir licença. Ele provavelmente já esperava por aquilo.

–  Você saiu feito louco daqui para ver a garota Hyuuga,  –  ele utilizava um tom malicioso.  – o que houve afinal?

–  Hinata tem uma saúde muito frágil, e não pode permanecer presa, sem acesso a luz do sol, ar puro… Se continuar assim ela vai morrer.

Jiraiya franziu o cenho.

–  Sugere que eu a deixe partir?

–  Não.  –  Apressou-se em responder.  –  Sugiro que me deixe cuidar dela. Ela é uma garota delicada e sensível, e tenho certeza de que não fugiria.

Eu vou estar com ela, e não vou deixar que deseje partir.

–  Cuidar como, Naruto?

Naquele momento Naruto sentiu um leve calor em seu rosto, que não costumava sentir com frequência. Aquilo fez com que Jiraiya desse um sorriso de canto, Naruto sabia que ele estava se contendo para não dar uma gargalhada.

– Mantê-la em meus aposentos. Ela continuará como refém, porém possuirá um tratamento melhor.

Jiraiya não segurou mais a gargalhada, e Naruto acabou sentindo seu rosto esquentar ainda mais.

–  Cala essa boca!  –  Gritou, mas não adiantava muito. O mão da rainha caminhou até ele e, para sua surpresa, envolveu-o em um abraço. Naruto parou de sentir raiva e permaneceu tentando entender aquilo, ao passo que Jiraiya deixou o riso de lado.

–  É engraçado ver como você está crescendo, Naruto.  –  Disse ele, após largá-lo do abraço mas continuar segurando seus ombros.  –  O garotinho que eu ensinei a lutar desde os três anos…

Jiraiya riu novamente, mas de maneira contida, e balançou os cabelos de Naruto.

–  Pode mantê-la com você, se quiser. Mas não deixe que essa garota fuja, ou a culpa será inteiramente sua.

Naruto sorriu.

–  Ela não fugirá.

Havia vários motivos para Naruto pensar daquela maneira, mas o que mais o fazia ter certeza, era o fato de que estava disponível a fazer de tudo para que ela ficasse, afim de tê-la sob sua proteção.

Voltou para o quarto, e a médica tinha ajudado Hinata a caminhar até uma cadeira próxima da janela, onde podia tomar sol. Sua pele era tão pálida que quase reluzia sob aquela luz, e havia um leve tremor em suas mãos.

–  Dei-a mais um chá que provavelmente melhorará sua febre. Caso não haja a redução, chame-me novamente, pois ela precisará de um banho especial.

–  Sim. Obrigado por cuidar dela.  –  Respondeu. A média apenas balançou a cabeça positivamente.

–  Ela permanecerá por aqui?  –  Questionou. Naruto percebeu que os olhos de Hinata voltaram-se para ele naquele instante.

–  Sim.

A médica saiu dali, deixando-os sozinhos. Naruto finalmente caminhou até Hinata, e abaixou-se ao lado dela na cadeira.

–  Você disse… que eu ficarei aqui?  –  Questionou. Sua voz doce estava sem muita força, mas Naruto podia ouvi-la. Estava próximo de Hinata o suficiente para ficar preso em seus olhos.

–  Sim, falei com Jiraiya. Na verdade, eu devia ter feito isso antes, mas sou tão lerdo que simplesmente não pensei…

Hinata, mesmo fraca, levou uma das mãos até o rosto dele, e sorriu o máximo que suas forças permitiam.

–  Naruto… você não tem nenhuma obrigação comigo.

Aquilo poderia ser verdade. Naruto não tinha a obrigação de mantê-la saudável, não tinha a obrigação de cuidar dela, nem mesmo de estar perto dela. Mas ele desejava aquilo tanto quanto já tinha desejado algo em sua vida. Desejava que pudesse ter Hinata por perto sempre, com toda a sua fragilidade, para que ele a tornasse forte. Por que eu sinto isso?

Costumava amar Sakura até algum tempo atrás. Ela era bonita, e engraçada muitas vezes, e Naruto dizia amá-la pois sentia algum tipo de desejo que não entendia por ela. Mas acabou percebendo, em certo momento, que o sentimento não era recíproco. E aos poucos aquilo ia desaparecendo da mesma maneira estranha que tinha começado, ele ia lembrando que Sakura era como sua irmã, e nada daquilo fazia sentido. Principalmente a partir do momento em que Hinata aparecera em sua vida. Somente agora ele percebia que ela tinha chamado sua atenção de uma maneira tão diferenciada, que foi fazendo com que ele esquecesse o suposto amor que sentia por Sakura. E aquele beijo repentino, acompanhado de uma declaração inesperada, reforçou ainda mais o quanto Naruto não sabia nada sobre amor, estava apenas começando a aprender.

–  Não faço isso por obrigação, faço isso porque quero, Hinata.  –  Levou a mão até o cabelo dela, afastando-o do rosto. Observou os olhos dela que agora brilhavam como se estivesse prestes a chorar, e depois observou seus lábios tão pálidos quanto sua pele.  –  Eu quero estar com você e te proteger. Posso ter demorado o tempo que tenha sido, mas percebi… o que eu quero.

Seus dedos tocavam a pele macia do rosto dela, e estava tão próximo que podia sentir novamente a respiração calma e leve batendo contra ele. Fechou os olhos quando encostou seus lábios contra os dela, que estavam quentes pela febre, porém não menos atrativos. Lembrou-se do primeiro contato inesperado, de como não tinha esboçado qualquer reação… estava disposto a fazer tudo diferente daquela vez, mesmo que não soubesse muito bem. Continuou movendo seus lábios sobre os de Hinata, enquanto ela fazia o mesmo, e Naruto percebeu o quanto aquele toque era agradável. Queria beijar Hinata quantas vezes fosse possível. Levou a mão até a nuca dela, trazendo-a para mais perto e sentindo novamente a textura de sua pele, ao passo em que, quase de maneira involuntária, tocou os lábios dela com a língua. Para sua surpresa, Hinata entreabriu a boca, e então suas línguas se tocaram. Sentiu arrepios estranhos, porém agradáveis, e permaneceu com aquele toque até que o ar faltasse aos seus pulmões e precisasse retomá-lo, mas não tirou os olhos dos dela quando o contato físico findou.

–  Eu acho… que eu te amo.  –  Disse ele, causando risos em Hinata. Sentiu suas bochechas esquentarem.

–  Bem, já eu… tenho certeza de que te amo.

Ouvir aquilo era tão agradável que ele sentia seu coração disparar de maneira esquisita, como nunca antes. Aquelas palavras foram suficientes para que sentisse a necessidade de beijar Hinata novamente, e cada vez mais. Naruto achava que a partir daquele momento, jamais conseguiria ficar longe dela novamente.






 

Sasuke




 

Acordou com os grandes olhos pretos de Itachi fixos em sua figura. Tinha esquecido o quanto aquilo era desagradável, já que seu contato com o irmão era bem menor durante a guerra, principalmente depois de ter conseguido duas espadas juramentadas que andavam com ele para cima e para baixo.

Esfregou os olhos pesados de sono, e levantou o tronco para ficar sentado na cama. Olhou fixamente para Itachi com certo desagrado, não gostava da ideia de ser observado enquanto dormia.

–  O que é que você está fazendo aqui?  –  Perguntou. Itachi deu um sorriso debochado.

–  Estava com saudades de meu irmãozinho.

Sasuke revirou os olhos.

–  Fala logo o que quer, Itachi.

Ele riu novamente.

–  Eu estou falando sério! Não posso sentir falta de você, agora?

–  Não, não pode.

Ele finalmente parou com suas risadas irritantes, e olhou fixamente pra Sasuke. Ainda havia algum resquício de sorriso em seus lábios.

–  Fiquei sabendo que você hesitou em matar Sakura no campo de batalha.

Aquele assunto fez com que todo o corpo de Sasuke congelasse, e qualquer tipo de agrado que pudesse existir na presença de Itachi, desaparecesse. Se havia algo que Sasuke detestava, era ter uma fraqueza sua jogada em sua cara.

–  De onde tirou uma ideia tão estúpida?

Itachi deu de ombros.

–  Observando, fazendo perguntas. Eu nunca tive muitas dificuldades com isso.

Sasuke suspirou com força, pois a respiração estava ficando difícil.

–  É melhor sair daqui, Itachi.

Ele arqueou uma sobrancelha.

–  Não entendo o desagrado. Sinceramente, não foi nenhuma surpresa para mim. E também, essa não é a razão pela qual estou aqui.

Às vezes te odeio tanto, Itachi. Não sabia como ele podia querer dizer aquele tipo de coisa com tanta certeza. Ele devia saber que não era tão simples entender outras pessoas, e mesmo assim, ele sempre parecia ter total razão.

–  Então diga logo a merda do motivo que te trouxe até aqui.

Ele riu com sua manifestação de raiva.

–  Acho engraçado te ver irritado por motivos tão estúpidos, Sasuke. Mas o motivo pelo qual estou aqui envolve Sakura, também. Recebemos notícias vindas do Vale das Cerejeiras, um espião que temos na cidade. Ele disse que Sakura partiu para as cidades livres, acompanhada de Tsunade e um membro de sua guarda real, e comentam que ela foi até lá para negociar alianças, retirar empréstimos com bancos…

Por que diabos uma suposta rainha sairia de sua terra no meio da guerra para a conquista?, foi a primeira coisa que se perguntou. Sakura sempre tinha sido muito curiosa, ele não duvidava que ela desejasse conhecer as cidades livres, mas tinha certeza de que ela jamais consideraria aquele momento caótico como sendo oportuno para uma viagem de visita. Isso nem mesmo é da minha conta, afinal. Tudo o que envolvesse Sakura devia ser apagado de sua cabeça, para que na próxima oportunidade não fraquejasse.

–  E por que está me dizendo isso? Eu nada quero saber sobre Sakura.  –  Retrucou. Itachi revirou os olhos.

–  Você tanto quer esconder sentimentos e pensamentos, que não pensa que como o príncipe, você devia ser um dos primeiros a querer saber qualquer movimento do exército inimigo. Sinceramente, Sasuke… esse seu empenho em tentar esconder de mim aquilo que me é óbvio, beira o patético.

Encontrou os olhos do irmão mais velho com profundidade pela primeira vez naquela manhã, demonstrando pela primeira vez o ódio que sentia quando ele tentava desvendá-lo.

–  Se não quer que eu quebre sua cara, desapareça daqui, Itachi.

E como sempre, ele levantou da cadeira com um sorriso irônico.

–  Desaparecerei.

Deixou sua tenda com aquela postura superior que Sasuke tanto detestava. Sentia tanta vontade de socar o rosto de Itachi, que acabou socando o travesseiro para tentar descontar a raiva. Funcionou, em parte.

E com a raiva menor dentro de si, voltou a brecha para a pergunta: O que será que ela está fazendo nas cidades livres? Deve haver algum motivo muito forte para isso… talvez seu exército esteja falido, o que é bem provável. Ou talez haja algo maior por trás disso.

Odiava pensar aquelas coisas. Odiava a falta de controle que tinha sobre a própria mente. Qualquer pensamento voltado a Sakura que não fosse sobre sua morte, era inútil. Precisava parar de pensar sobre aquilo, antes que fosse novamente tarde demais para cumprir seu objetivo.


Notas Finais


É isso pessoal :D
Talvez ocorra uma demora maior com o próximo capítulo, mas estou tentando não permitir que isso aconteça.
E a boa (ou nem tanto) notícia é que estou trabalhando em uma nova fanfic de Naruto, com um universo complexo como esse aqui, porém diferente :D
Futuramente (bem futuramente!) mais notícias sobre ela :D


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