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História Love Shot - Personagens


Escrita por: imakinox

Notas do Autor


oioioi gente!
como vão? espero que todos bem!
eu sumi, eu sei! estive bem ocupada esses dias, mas conversamos melhor nas noas finais! mas deixo aqui as minhas mais sinceras desculpas quanto a tudo isso, uma justificativa no fim e um capítulo com MUITA interação dos nossos amores!
sei que estou devendo responder alguns capítulos e prometo tentar responder até amanhã, me perdoem de verdade!
— a música do capitulo é "dejavu": https://open.spotify.com/playlist/70KPyisJD7Bn61fp2zojKW | https://youtube.com/playlist?list=PLv8GR2J2FVhrYQNEvCUJIdqMkR163Exv3
boa leituraaaaaa

Capítulo 13 - Personagens


[ estou sedento pelos meus desejos,
meus sentidos estão bagunçados
por essa atração que me cativa
tremores do meu corpo
parece que lembram de você ]




 

— Eren, mais… — Levi gemia enquanto sentia as mãos fortes erguerem seu corpo pressionado na parede. 

— Mais, é? — Eren riu soprado no pescoço de Levi, vendo-o tremelicando nos seus braços. — É esse tipo de foda que você merece, não é? Que te faça implorar por mais. 

Eren o estocava fundo enquanto o segurava em seu colo. Levi circulou as pernas ao redor do corpo do outro enquanto sentia suas costas serem prensadas com força na parede a cada investida que o moreno dava, mais funda e mais forte.

— Eren… — O menor gemia abafado entre os beijos atrapalhados que ganhava, arranhando todo o pedaço de pele disponível das costas do outro. — Ah! Tão bom, porra!

— Você também é uma delícia, neném. — Eren sorriu malicioso enquanto cravava os dentes entre o pescoço e o ombro de Levi, deixando ali uma marca evidente. — Vamos, geme mais. 

A essa altura, terceira foda daquela noite, Levi já estava desconcertado, nem se incomodando que, possivelmente, o irmão ou o pai de Eren eventualmente pudesse estar ali ouvindo toda a baixaria; na verdade nem pensava em qualquer coisa que não fosse o pau na sua bunda o cavando com força e o tomando com tudo o que tinha. 

Não tinha como negar, a química que tinham era de outro mundo. Como se davam bem na cama não havia uma explicação plausível, era bom; sublime. A cada vez que provavam dos lábios um do outro o desejo crescia mais e mais, prontamente tornando-se o novo vício de ambos. As mãos fortes de Eren faziam seu corpo amolecer aos poucos e jamais admitiria em voz alta o quanto que seu corpo reagia bem aos toques daquele pirralho mais novo ou o quanto já havia se perdido no mar de beleza e nos encantos que Eren tinha e lhe oferecia. 

Era demais até mesmo para ele. 

Sentiu seu corpo ser tirado da parede e logo jogado em uma cama que havia ali, não demorou muito para Eren estar dentro de si novamente.

— Eren… — Levi gemia ritmicamente, colocando o antebraço automaticamente na região dos olhos, pois sabia que estes estavam virando as órbitas algumas vezes. 

— Isso, neném. Geme para mim. — Eren deu um riso enquanto olhava de cima o corpo branco já marcado novamente por chupões e mordidas, algumas marcas da última noite que tiveram ainda estavam ali; o corpo alheio quase gritava para todos que ele tinha um dono. 

— Isso, bem aí! — Levi gemeu mais uma vez, corpos cobertos de suor pelo tempo que estavam ali. — Ah, Eren.

— Mais alto. — Eren inclinou o corpo para deixar uma mordida no lábio inferior do menor, meramente provocativa, enquanto ouvia os gemidos ficarem mais e mais altos.

Não sabia o que Levi tinha, mas aquele corpo era maravilhoso e o dono dele também. Estavam na terceira foda, pois simplesmente depois de se arrumarem, prontos para sair, Eren decidiu que Levi estava muito gostoso com aquelas roupas e após beijos trocados, as roupas já ganhavam o chão e o tomou novamente ali na parede mesmo, próxima à porta. 

— Se continuar assim eu vou… — Levi gemeu, sentindo uma mão de Eren circular o seu pescoço e o viu inclinar mais uma vez, beijando-o ferozmente. 

— Vai, é? — Eren continuou com os movimentos, estava quase lá também e não demoraria para chegar ao orgasmo. — Me fala, quem te deixa assim, hum? A quem você pertence? — Pegando no membro esquecido do Ackerman, o masturbou com vontade e no ritmo das investidas. — Diga o que todos já sabem e continue gemendo igual a putinha que você é. 

— Você, Eren… Caralho! — Arranhando com força as costas do Jaeger, Levi gozou entre os corpos e não demorou muito para Eren seguir o mesmo caminho, jogando tudo dentro do preservativo que usava e desabou em seguida em cima do corpo pequeno. 

Ainda tentando normalizar a respiração, Eren encarou o rosto de Levi, vendo-o virado para um lado qualquer do quarto, vermelho, ofegante, fios bagunçados e sem fôlego. 

Era uma visão de tirar o fôlego, realmente. 

— Você é lindo. — Eren falou de repente, chamando a atenção do menor que o encarou no mesmo instante. 

Levi não disse nada, talvez confuso demais com aquelas palavras simples. Não era alguém de se abalar, sabia que era bonito e ouvia que era lindo com uma frequência alta; porém, as duas esmeraldas vivas e grandes estavam o encarando com tanta intensidade e com um brilho diferente que foi impossível não se sentir tocado, até mesmo intimidado – algo mais raro ainda. 

— Sai de cima. — Foi o que conseguiu dizer depois de um tempo. Estavam sujos e com certeza queria tomar um banho antes de descer novamente até o clube abaixo deles. 

Eren rolou na cama, vendo Levi se sentar tentando disfarçar uma careta. Deu um riso abafado, mesmo que o outro parecesse seco e “durão” sabia que era apenas uma pose para sustentar algum personagem. Era um palpite e nunca errava em seus palpites. 

— Quer ajuda, hum? — Eren o abraçou por trás, colocando o queixo no ombro alheio. Levi apenas suspirou fundo e antes de responder algo, o mais novo o cortou. — Deixe eu te ajudar. 

Eren se levantou e pegou o corpo pequeno, jogando-o em seus ombros em uma clara provocação, já que o tronco ficou pendurado em suas costas e as mãos grandes pegaram as coxas grossas e estapearam o traseiro redondo e marcado. 

— Me põe no chão, que caralho! — Levi esmurrou as costas largas enquanto era carregado até o banheiro. 

Não demorou muito para ser colocado no chão, sentindo a água quente em contato com sua pele e automaticamente relaxar seus músculos. Bom, com certeza queria dizer que a água era a única coisa que o fazia relaxar, se não fosse as mãos grandes o banhando com um cuidado nunca antes sentido, com paciência e com uma devoção nova. 

Em algum momento estaria se questionando onde enfiou a porra do seu juízo deixando que a aproximação com Eren evoluísse aos poucos daquela forma, sem sequer perceber. Estaria se perguntando o motivo de ficar daquele jeito apenas com toques e carícias superficiais, sem nem ao menos conhecer direito aquele pirralho que sorria sempre que o irritava com facilidade.

Com toda a certeza ele estaria se fazendo aquelas perguntas em algum momento, mas não naquele. Eren o deixava confuso e fora de órbita por alguns instantes, sem sequer notar que havia ido ali para esquecer o momento com Erwin e toda a tensão que obteve diante o rumo que a operação estava tomando. Foi ali para se encontrar com Eren e provavelmente usá-lo como uma forma de escape de todo aquele estresse. Mas o porque pensou nele e não em outro tipo de escapatória, isso sim era um mistério.

Mistérios que não estava conseguindo solucionar, mesmo que conseguisse pensar rapidamente, as peças não se encaixavam na sua cabeça e alguns sintomas fatais estavam começando a aparecer.

— Tá tudo bem? — Eren perguntou após um tempo em silêncio. — Eu já acabei de te limpar e de me banhar também, vou pegar uma toalha para você.

Levi concordou e se secou sem pressa e caminhou até o quarto com a toalha na cabeça, esfregando os fios negros, procurando pelas suas roupas. Sentou-se na cama para vestir-se de uma forma mais confortável, sendo totalmente observado por Eren que o encarava fixamente enquanto se vestia também.

— Por que disse que queria me ver? — Eren perguntou de repente, observando as tatuagens serem cobertas com a camisa social. 

Levi suspirou fundo, nem mesmo conseguindo ter uma resposta para aquela pergunta e deu de ombros, se condenando mentalmente pelo fato de já saber que estava permitindo que coisas demais acontecessem com um alvo de uma das operações mais importantes de sua vida.

Só não tinha controle sobre suas ações e sobre o seu corpo e saber que tinha se envolvido com Eren antes da operação em si somente fez com que o peso de tudo se potencializasse mais.

Desde que se “formou” na Survey Corps estava vivendo vidas que não eram suas, quantos codinomes e identidades falsas usou? Por quantas pessoas fingiu passar e quantas pessoas havia matado? Todos esses anos sempre foi blindado de emoções, então por que diabos estava tão mexido com a atual presença de Eren que, em outras circunstâncias, seria um alvo qualquer, talvez uma brincadeira momentânea? 

Ele o fez se sentir vivo pela primeira vez em sua vida.

Não sabia explicar, não sabia o que era aquela merda que estava sentindo apertar seu peito, ou aquela coisa estranha no seu estômago se remexendo. Que porra estava acontecendo consigo?

Por um momento se sentiu acuado, quase como se um predador estivesse prensando-o na parede, pronto para atacá-lo, só havia uma diferença: o predador, no caso Eren, já havia dado seu bote e havia sido fatal, pegando em um ponto vital, fazendo-o perder pouco a pouco os sentidos sem ao menos perceber a gravidade do ferimento.

Naquele instante as palavras da Adaga de Prata vieram em sua mente e conseguiu visualizar perfeitamente a mulher de cabelos negros e olhos azuis olhar para sua cara e rir de si, soltando um “eu te avisei, não foi?” recheado de malícia e presunção.

— Eu não sei… — Sussurrou enquanto abotoava a camisa social. — Só queria te ver, que inferno. Somos ficantes, é normal sentir essas vontades, não era isso que queria? — Eren deu um riso soprado, indo até a cômoda que havia ali, abrindo a gaveta, pegando algo que estava dentro e parou em frente a Levi, estendendo um comprimido. — Que isso? Eu não uso drogas, garoto.

— É analgésico, retardado. — Eren pegou a mão de Levi e colocou o remédio ali. — Para evitar as futuras dores, sabe. É bom. 

— Deve trazer muita gente aqui para ter essas merdas disponíveis aí.

— Na verdade, eu tenho crises de enxaquecas e esse remédio ajuda um pouco. Venho aqui para descansar quando a dor fica muito forte… — Eren foi sincero, assistindo com louvor o rosto de Levi se contorcer, claramente arrependido de ter dito algo como aquilo e passado a impressão que estava com ciúmes. Bom, talvez estivesse no fundo, os dois jamais saberiam. Logo, o menor engoliu o comprimido no seco mesmo, colocando os sapatos no instante seguinte. — Eu ia pegar água para você.

— Engulo coisa pior sem água, quer o quê? — Levi deu de ombros e Eren gargalhou, fazendo um carinho nos cabelos penteados para trás com a mão. 

— Eu gosto do seu jeito. — Eren confessou, indo colocar roupas também. 

Levi não o encarou, tentando parecer ocupado demais com alguma coisa que não fosse o moreno ao seu lado e tentando não parecer mexido com o carinho rápido nos seus fios pretos e se assustou quando descobriu que queria mais daquilo. 

— Por quê? — Levi sussurrou, na verdade mais para si mesmo do que para Eren, mas o mais novo ouviu.

— Você é… diferente. — Eren se levantou e parou em frente ao espelho, arrumando os fios soltos no coque despojado de sempre. — Nunca se importou com o meu status, com quem eu sou ou o que eu tenho para te oferecer. Você é diferente dos demais e eu gosto disso.

— Não perguntei isso. — Levi negou com a cabeça. — Por que tenta parecer simpático ou usa essa gentileza falsa? Você não é o bom garoto, Eren. 

— E quem é você para supor coisas sobre mim? 

— Eu conheço o seu tipo. — Levi deu de ombros. — Usa gentileza com quem acha que merece, embora queira parecer bom moço para todos os seus amigos falsos e ingênuo para a sua família. Sustenta um personagem criado na sua cabeça, mas você não é assim. Eu vejo a malícia e a ambição nos seus olhos, eles são determinados. — Eren piscou algumas vezes, um pouco atordoado com aquilo. Levi havia acertado em cheio, não estava blefando, aquilo era realmente uma verdade e se surpreendeu mais uma vez com o baixinho ao seu lado, que parou em pé com a mão na cintura, próximo a si, tentando ver um pouco do próprio reflexo no espelho. — O quê? Pensou que eu fosse que nem outro qualquer que você enfia o seu pau e cai nos seus pés apaixonado? Pois achou errado, garoto. — O sorriso de Levi foi cínico ao ver a expressão confusa que os olhos verdes emitiam e bom, não eram feios.

Eram muitos bonitos, na verdade.

— Não sou o único que sustenta um personagem. — Eren revidou. — Eu consigo ver além da arrogância e da superioridade. O que você esconde de mim? — Ele se aproximou, pegando no pulso de Levi, ficando próximo o suficiente do rosto do menor novamente. 

— Eu não escondo nada de você. — Levi encarou o rosto bonito a sua frente, sentindo uma necessidade de tocá-lo, mas não o fez. — Eu sou isso aqui em qualquer lugar.

— Com o que trabalha? O que você faz da vida, Levi? — Eren perguntou, irritado. — Você não sabe quantas vezes eu tentei te achar depois da nossa primeira noite ou você achou que eu não fosse te reconhecer? — Levi arqueou as sobrancelhas em surpresa à fala do mais novo, então ele também sabia? — E a julgar pela sua cara, você também sabia e não me disse nada. Vamos, até quando vai sustentar essas mentiras? Você transa comigo em uma balada qualquer e dias depois aparece desfilando bem debaixo do meu nariz no meu clube, ganha do Jean, conhece Historia e coloque aí o fato dela ser do jeito que é apenas com você, aparentemente é muito rico também, mas quando pesquiso por você, nada aparece. Você não tem rede social, não tem registros de trabalho. Quem é você? Eu sou Eren Jaeger, mas será que você é Levi? Eu nem sei a porra do seu sobrenome!

Levi pareceu piscar um pouco com aquelas últimas palavras e se soltou com força do braço de Eren, se afastando. Aquilo o atingiu como um soco direto no estômago, nem as piores surras que levou doeram tanto como aquilo. 

Ele havia sido várias pessoas já, mas ainda se lembrava de quem realmente era, certo? 

— Isso foi a única coisa que realmente sobrou de mim. — Ele apontou o dedo na cara de Eren, que o encarou confuso. — Não diga meu nome dessa forma pejorativa, se você não gosta do seu sobrenome, do seu nome ou o inferno que seja, eu ‘tô pouco me fodendo, mas não abra a boca e diga ele dessa forma novamente! Foi a única coisa que minha mãe deixou para mim, foi a porra do meu nome! Então se eu confiei em você para dizê-lo, é porque realmente é Levi, que merda!

Eren o encarou, vendo os olhos estreitos acinzentados vacilarem por um momento e se encherem de lágrimas. Foi em puro instinto o abraçar, apertando com força o corpo pequeno; a princípio os braços de Levi vacilaram, mas logo envolveram o outro, retribuindo o abraço. 

Ficaram alguns minutos ali abraçados e somente aquele momento foi essencial para Levi notar que os braços de Eren lhe traziam uma paz nunca antes sentida; era bom, quase como se pudesse realmente se abrir e contar toda a sua vida. 

— Desculpe, eu não quis te ofender… — Eren sussurrou, desfazendo o abraço aos poucos e encarando-o enquanto fazia um carinho nas bochechas magras. Porra, por que Levi tinha que ser daquele jeito? Aonde havia ido o plano de fazê-lo se apaixonar perdidamente por si? Olhando para aquele rosto sempre tão impassível viu que na verdade era o contrário, poderia facilmente se ver apaixonado por cada mínima coisa dele. Era como um imã, tudo saía dos conformes quando se tratava do baixinho em seus braços e que merda ele ser lindo, gostoso e misterioso. 

Estava perdido por aquele homem. 

Levi negou com a cabeça, se soltando dos braços de Eren e suspirou fundo. 

— ‘Tá tudo bem. Eu acho que exagerei. 

— Você está dando o braço a torcer? Me surpreende isso. — Eren deu um riso, vendo o menor revirar os olhos. — Quero te fazer um pedido. 

— Eren…

— Meu pai estará fazendo um evento de inauguração de uma nova joalheria… Eu quero levar você como acompanhante. 

— Como você é cafona. 

— Qual é. Você está no nível de celebridade, vai por mim. — Ele deu um risinho. — Mas será um evento de máscaras, então…

— Por que máscaras?

— Ultimamente meu pai anda curtindo esse tipo de coisa. Eu nunca vou saber bem o motivo e dessa vez é sério. — Eren deu de ombros. — Eu não tenho interesse algum em assumir as coisas dele, queria viver longe disso tudo, igual a Mikasa, então nunca fiz muita questão. 

— Não parece, pelo contrário, você parece cuidar bem disso tudo. — Levi sussurrou. 

— Bom, eu finjo bem. — Eren deu um riso seco. — Você não me respondeu. 

— Eu vou. 

— Ótimo. Logo conhecerá o resto da minha família, talvez até mesmo o seu sogro. — Ele deu uma piscadinha. 

— Escuta, garoto. Primeiro, você é cafona. Segundo, nossa relação nunca passará disso aqui. Somos amigos de sexo e é isso. 

— Hum? Nós não podemos evoluir um pouquinho não? 

Levi só suspirou, negando com a cabeça. 

— O “nós” não pode existir, Eren. 

— Isso tem alguma coisa a ver com o seu trabalho? Foram as notícias que saíram na mídia?

— Então você também viu… — Levi deu de ombros, se assustando em simplesmente cogitar a ideia de ter um relacionamento com Eren. — Não faz sentido você querer algo sério comigo, garoto. Eu não sou a pessoa certa para você e todas essas merdas embaraçosas. Quando eu digo que não podemos, não podemos. 

— Dizendo isso até parece que um dia vai precisar me matar um dia, credo. 

Levi parou no mesmo instante, tentando, com muito custo, não ter um gatilho com as palavras de Eren. Respirou fundo algumas vezes, tentando organizar melhor os próprios pensamentos. 

— Acho melhor pararmos com esse assunto. — Foi o que Levi disse e Eren apenas concordou. 

Logo, ambos saíram, indo em direção ao elevador e logo Levi viu a porta com a tranca digital e tentou pensar em algo rapidamente. 

— Eren, acho que esqueci o meu celular no quarto. Vou voltar para buscá-lo. — Bateu nos bolsos rapidamente em uma encenação falsa e Eren apenas assentiu. 

— ‘Tá bem, vou te esperar no fim do corredor. 

Levi apenas assentiu, voltando lentamente para o quarto e vendo se havia alguma câmera no corredor. Após analisar e constatar que não havia nenhuma e ao ver que Eren já havia saído de vista, sacou o celular e parou em frente a trava eletrônica para tirar algumas fotos, não demorou mais que alguns segundos e logo encaminhou para Hange verificar e se conseguiria hackeá-la de onde estava. Andou pelo corredor e encontrou Eren sentado em uma poltrona, esperando-o. 

— Achou?

— Sim. Vamos?

A volta para o clube foi tranquila, uma vez que estava abarrotado de pessoas e o show ainda estava acontecendo. Levi passou com destreza entre as pessoas, seu corpo estava cansado e não queria ficar ali, uma vez que sua cabeça estava doendo de novo. 

— Você quer que eu te deixe na sua casa? — Eren questionou, ambos já do lado de fora.

— Mas nem fodendo, vou de táxi mesmo. — O Ackerman olhava a rua para ver se algum táxi passava.

— ‘Tá bom. — Eren se aproximou e deixou um beijo rápido em Levi, vendo-o sinalizar ao ver o veículo amarelo se aproximar. — Nos falamos por mensagem, neném.

— Ackerman. — Levi falou enquanto abria a porta do veículo, mais alheio às suas falas do que tudo. Eren foi a primeira pessoa que perguntou quem ele realmente era e isso mexeu consigo de uma forma diferente. — Meu nome é Levi Ackerman.

Eren piscou os olhos algumas vezes, vendo-o entrar no carro que tinha os vidros traseiros abaixados.

— Prazer, Levi. Meu nome é Eren Jaeger. 

Eren viu Levi assentir com a cabeça enquanto um sorriso mínimo brotou dos lábios finos e adornou o rosto pálido e neutro, enquanto o carro se afastava. Acenou com a mão, se sentindo em um filme adolescente e logo percebeu que sorria. Foi virar-se para entrar para o clube, vendo um rosto conhecido e sorriu em direção à loira.

— Eren, tudo bem?

— Oi, Historia. Tudo sim e você?

— Estou bem também. Estava com Rivaille? 

— Sim… — Ele virou-se, vendo a loira sorrir e retribuiu. Estava com um vestido tubinho preto e uma sandália prateada com umas pedrarias aparentemente caras; argolas adornavam as orelhas pequenas enquanto um delineado gatinho e um gloss compunham a maquiagem leve, mas bem trabalhada. Se fosse em outras ocasiões provavelmente estaria babando, mas agora o centro das suas atenções estavam totalmente no baixinho que havia acabado de ir embora. 

— Esse sorriso grande de apaixonado combina com você, sabia? — Ela gargalhou, se aproximando e deixando um beijo nas bochechas alheias. — Quem diria que um francês azedo como Rivaille iria amolecer esse coração.

— O quanto você o conhece?  

— Bom, um pouco a ponto de saber que ele está diferente. — Ela deu de ombros, sorrindo. — Rivaille se despedindo com beijos e sorrindo? Isso é uma realidade alternativa? 

Eren gargalhou, era realmente uma novidade o sorriso que não fosse cínico, malicioso ou presunçoso. Estava vendo novas nuances de Levi que sequer pensou que um dia veria. 

E estava fascinado totalmente por isso.

— Acho que eu estou ferrado. — Ele suspirou, rindo logo após.

— Hum? Por quê? — Historia o encarou curiosa, sorriso adornando o rosto bonito enquanto trocava o peso das pernas. — Deixe-me adivinhar, você está…

— Sim. — Eren falou, apontando para a entrada do clube e a loira apenas assentiu. — Me sinto preso por aquele baixinho de alguma forma. 

— Você ‘tá apaixonado, simples. — Ela cantarolou animada. — Boa sorte, ele é bem difícil.

— Vou precisar de sorte e paciência, acredite. — Eren riu seco. — Escreve, eu ainda vou colocar uma aliança naquele dedo.

— Vou estar torcendo por isso daqui.

 

_______

 

Levi estava em seu apartamento mais aéreo do que tudo, na verdade não havia conseguido dormir direito e virou a noite, a conversa que teve com Eren o deixou inquieto, pensativo, reflexivo. Que merda não estar conseguindo separar as coisas e que merda Eren conseguir entrar com tanta facilidade em uma área restrita, até mesmo para ele: as emoções.

Por que foi falar o seu sobrenome? Talvez porque se sentiu seguro com ele? Mas que porra estava passando pela sua cabeça quando pensou isso?

A verdade é que estava se sentindo vivo pela primeira vez em sua vida e até mesmo capaz de sentir sentimentos depois de anos – sentiu apenas algo com as quatro crianças que teve que matar, filhas do Tybur. 

Era praticamente impossível ignorar Eren agora, principalmente pela operação estar na metade. Precisava dele para descobrir mais coisas, entrar em locais… As peças estavam começando a se encaixar agora e não poderia parar ali.

Olhou para a foto que estava junto de sua mãe e suspirou fundo.

— O que você me orientaria a fazer em momentos como esse? 

Antes mesmo que pudesse falar mais alguma coisa, seu telefone tocou. Era Hange e aparentemente era sobre a trava e mais uma pista sobre um dos corpos.

Suspirou fundo e se levantou, pegando um paletó e indo até a delegacia. Estava chovendo naquele dia e estava fazendo frio, era o tempo ideal para si.

Chegou lá, se deparando com o trio tão conhecido, Hange ergueu um copo e um saquinho com o logo da cafeteria tão conhecida e sorriu em direção ao amigo, que foi até lá, pegando o copo e logo pegou o saquinho, já sabendo bem o que havia ali dentro.

— Bom dia. — Ele sussurrou enquanto se sentava na cadeira, pés em cima da mesa de forma habitual já.

— Bom dia, princesa. — Hange deu um riso sugestivo ao ver o “bom humor” do amigo. — A noite foi boa? 

Mike e Nanaba pararam apenas para observar a pequena conversa. Podiam enganar bem, mas eram dois fofoqueiros.

— Foi ótima, você não tem ideia. — Levi revirou os olhos sendo sarcástico enquanto tomava um pouco do cappuccino que, na sua opinião, estava perfeito. 

— Quantas vezes?

— Três.

— Huh, ‘tá explicado essa cara de poucos amigos. O rabo deve ‘tá doendo. Você fez com o moreno dos olhos verdes, não é?

— Zoe, que tal você ir tomar no seu cu? — Levi a encarou, visivelmente irritado. — Minha vida sexual é tão interessante assim? Me chamou aqui para quê?

— Você é muito azedo. Nem mesmo o doce do cappuccino adoçou o seu dia, eu hein. — Ela estendeu alguns papéis para Levi. — São as informações da trava eletrônica. É de última geração, aberto apenas por digital ou uma senha, de seis dígitos, tem uma radiofrequência também e posso tentar entrar nela, posso tentar achar a senha também. Só tem um porém.

— Que seria?

— O sistema que protege essa trava é mais forte do que o do clube, ou seja… Atrás dessa porta tem algo bem importante.

— É o escritório ou quarto de Grisha, eu tenho certeza disso. — Levi falou, por fim. 

Nanaba e Mike se olhavam, como se perguntassem quando e como Levi havia conseguido usar o elevador e estar lá sem ser barrado, mas ambos acharam a mesma coisa: tinha coisas que era preferível não saber, a ignorância poderia ser uma dádiva.

— Agora você precisa entrar lá para saber o que está acontecendo. Além do que, esse cômodo tem acesso exclusivo para o outro andar. Então conseguindo entrar nesse local…

— Eu descubro todo o resto. — Levi falou enquanto tateava os bolsos em busca do maço de cigarro. Após acender e tragar uma vez, olhou para a amiga novamente. — Qual a outra novidade sobre a operação?

— Bom, agora é com a Nanaba. Mas acredite, eu fiquei surpresa. — Hange sentou-se também, vendo os dois loiros se aproximarem.

— Foi encontrado isso aqui próximo à unha. Na verdade achavam ser irrelevante, mas Sadies não tinha esposa. Então se tornou uma prova em potencial. — Ela estendeu um pacote e Levi observou bem, olhos ficando miúdos para enxergar o conteúdo e quando conseguiu ver, as orbes estreitas se abriram em um susto.

— Isso aqui é…

— Sim. — Nanaba o cortou. — Um fio de cabelo tingido de loiro. 

— E o DNA? — Levi virou-se para a loira, que apenas negou.

— Cabelo que é cortado dessa forma, infelizmente, não contém nenhum núcleo de DNA válido. Segundo o que o legista disse, para os testes de DNA do cabelo serem bem sucedidos deve-se ter a raiz ou folículo anexado, nesse caso parece que o cabelo foi quebrado. Não tem DNA aqui. — Nanaba suspirou fundo.

— Na verdade, temos um norte agora. — Mike falou, apontando para o painel de provas. — A assassina é loira e tem unhas longas. Ou é a assassina, ou o informante. 

— Mas não faz sentido, a única pessoa que é loira e tem vínculo com a família diretamente é… — Levi parou em frente ao painel, olhando as fotos. — Dina é loira. 

— E Sadies disse que ela era bem religiosa… O versículo bíblico deixado… — Nanaba falou, pregando o alfinete vermelho e emendando algumas linhas na foto de Dina. — Tudo está batendo. As pistas apontam para uma direção só. 

— Precisamos só de uma confirmação. Algo que comprove que isso é realmente dela. — Hange falou, olhando para Levi. — Já sabe onde você entra, não é?

Levi tragou o cigarro mais uma vez, assentindo.

— Deixa comigo.




 


Notas Finais


os dois percebendo que estão começando a se apaixonar EU AVISEEEEEEEEEEI
eu gosto de escrever interações com os dois nessa história, eles são tão 🥵🥵🥵 SAÚDE QUE FALA NÉ? AISUHAISHAIUHSAISA
o eren sendo safado no sexo e carinhoso depois >>>>>>>>>>>>> qualquer coisa EU AMO ESTE HOMEM OK? OK
GENTE A BOMBA TÁ PRÓXIMA DE EXPLODIR, QUAL O PALPITE DE VOCES? tao desconfiando da dina, tem a porta protegida e o evento da joalheria! tensoooo
agora me digam, o eren esperto como é, acham mesmo que ele nao vai descobrir quem é o levi? OLHA A TRETA 🗣🗣🗣🗣
gente do céu é muita coisa jesus! tem gente passando pertíssimo.

obrigada a todo o apoio que vcs me dão, de verdade! é bem importante para mim tudo isso, estive ocupado esses dias e bem para baixo também, então dei uma afastada de tudo, MASSSS VENHO COM UMA NOVIDADE, logo logo to postando uma longfic aí pra vocês! to super empolgada com ela e vamos embora! desculpem sumir sem dar noticias, prometo melhorar a frequencia das atualizações!
até o próximo, amo cada um ♥


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