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História Love Will Remember You - Isn't ironic? Don't you think?


Escrita por: jujuuuuuu

Notas do Autor


Olá, gente linda! <3
Cap fresquinho pra vocês! Espero que gostem.

Boa leitura pra vocês!!

PS: ouçam a música IRONIC - ALANIS MORISSETTE. Me inspirei nela para o cap hahahah (mas confesso que prefiro o cover do Boyce Avenue). <3

Capítulo 13 - Isn't ironic? Don't you think?


Eu dormia milagrosamente bem, até que um barulho irritante começou a invadir o meu sono e foi ficando tão insuportável que eu tive que acordar.

Adivinha só? Era o meu celular.

Automaticamente fiquei irritada e já ia mandar a pessoa do outro lado pra puta que pariu porque eu finalmente tinha conseguido pegar no sono, porém fui impedida ao ver o nome na tela: Justin. Imediatamente relaxei e sorri. 

- Amor? - falei assim que atendi a ligação.

- Oi, coisa linda. Me desculpa te ligar essa hora.

- Não tem problema, sabe que não me importo. Está tudo bem? 

- Está sim. Eu só não conseguia dormir e fiquei com vontade de te ligar. O que nós vamos fazer hoje? 

Tudo bem ele estar com insônia e eu queria muito ficar com ele, mas estava podre de cansada. Deus, me ajuda!

- A gente podia sair com o pessoal. Com o meu pessoal e com o seu. O que acha? Faz tempo que não nos reunimos sem ser no colégio.

- Olha só, ótima ideia! Mas você está bem para isso?

- É claro que sim, fica tranquilo - minha voz vacilou. Ele não tinha que saber que meus sangramentos pioraram, tinha? Ou que eu tinha alguns hematomas estranhos no corpo agora? - Eu provavelmente vou acordar só para o almoço, mas te aviso quando isso acontecer e a gente combina com eles.

- Ok então. Vou te deixar dormir agora, está parecendo cansada. Fica bem, minha linda!

- Durma bem, amor. Até mais tarde.

Tu tu tu.

Como já era de se esperar, acordei depois do meio dia. Parecia que um caminhão tinha me atropelado, estava exausta e tinha acabado de acordar ainda. Que merda.

Fui direto para o banheiro do meu quarto e entrei debaixo da água quentinha que caía do chuveiro. É incrível a capacidade que um bom banho tem de nós fazer sentir melhor, não é mesmo? Demorei um pouco, mas logo saí para me vestir. Quando ainda estava de sutiã e calcinha, procurando uma roupa mais aconchegante para ficar em casa, vi de relance o meu reflexo no enorme espelho que tinha no meu quarto. E, claro, até aí tudo bem - o que me assustou foi a mancha roxa um pouco grande demais na região das minhas costelas.

Tudo bem que os hematomas foram aparecendo aos poucos, dia após dia e cada vez mais escuros. Só que aquele tinha o tamanho da palma da minha mão. Por um momento considerei chamar a minha mãe para mostrar a ela, mas logo não vi mais necessidade - eu podia deixar para fazer isso outra hora (pra quê estragar o dia tão já, não é mesmo?).

Vesti uma calça de moletom preta, minhas inseparáveis pantufas igualmente pretas e uma blusa de manga comprida cinza. Escovei os meus dentes e em seguida meu cabelo, o secando apenas com a toalha mesmo. Mandei uma mensagem pro Justin dizendo que estava acordada e perguntando se ele já tinha falado com alguém da turma antes de seguir para o andar de baixo. 

- Hmmmmm, mas que cheirinho mais delicioso é esse? - perguntei sorrindo ao chegar na cozinha já prevendo a resposta.

- Olha só, apareceu a Margarida. Ou seria bela adormecida? - meu irmão brincou me abraçando de lado. Ele sempre ajudava mamãe na cozinha.

- É exatamente o que está pensando, filha. Lasanha! - minha mãe riu ao me contar a "novidade". Por um momento fiquei me perguntando o que fazia mais tempo que não acontecia: lasanha no domingo ou nossa casa animada. 

Minha mãe estava fazendo arroz enquanto a lasanha estava no forno. Já meu irmão descascava as batatas cozidas para montar a maionese e eu tomei a liberdade de fazer uma salada de alface e tomate pra gente. Com todos trabalhando juntos em pouco tempo já estava tudo pronto, então tratamos de mandar ver toda aquela comida pra dentro. 

Nós conversamos tranquilamente na mesa e em momento algum a minha doença ou a minha saúde foi colocada pauta e eu agradeci internamente por isso. Toda vez que esse era o assunto, o clima pesava e ficava tenso - o que era uma verdadeira merda. Mas eu sabia, de um jeito ou de outro, que esse era o principal tema dos nossos pensamentos o tempo todo, quer a gente dissesse ou não. 

Assim que acabamos de comer, eu lavei a louça enquanto Jhow secava e guardava a mesma e mamãe organizava o resto da cozinha. Mais uma vez nós estávamos em família e eu sentia como se estivesse faltando algo por ali. Na verdade alguém - o meu pai, é claro. Antes de tudo acontecer, dias como esse eram rotina em nossa casa. Meus pais fizeram Home Office por um tempo, então a gente passava muito tempo juntos e qualquer coisa era motivo para alegria e animação. Meu pai colocava o rádio para tocar ao fundo e às vezes tirava minha mãe para dançar no meio de uma preparação de janta enquanto eu e Jhow ficávamos rindo daquela cena, eventualmente nos juntando a eles.

- Filha? - mamãe chamou da sala me tirando de meus devaneios - Justin está na porta. 

Imediatamente esqueci de todo o resto e fui encontrar ele. Quando abri a porta, ele sorriu para mim.

- Não atende mais o telefone, coisa linda? - ele disse me dando um selinho e tomando a liberdade de entrar em casa. Sorri para ele e expliquei que estava na cozinha.

Depois de ele ter cumprimentado mamãe e Jhow que estavam na sala vendo TV, nós subimos para o meu quarto. Nos deitamos em minha cama: ele de barriga para cima e eu de bruços com os braços apoiando minha cabeça sobre o peito dele. A gente sempre fazia isso e passávamos horas assim. Era tão bom <3

- E aí? Falou com o pessoal? - eu questionei.

- Sim, e eles nos convidaram para ir em barzinho no fim da tarde. O que acha?

- Todos vão?

- Pelo o que responderam, sim. 

- E o que você respondeu?

- Que precisava saber se tu ia também. Não vou se tu não for, né.

- Pode dizer a eles que nós vamos sim - disse sorrindo para ele, que sorriu de volta. 

Em poucos segundos ele mandou uma mensagem avisando que umas 18h a gente passava lá e logo se voltou para mim, me levando em direção ao seu rosto e beijando a minha boca.

Como sempre as coisas começaram lentamente e cheias de carinho apenas. Eu estava completamente em cima dele agora, o que permitia que ele pudesse levar suas mãos por onde quisesse em meu corpo, e assim ele fez. O beijo se tornou mais urgente e eu tirei a sua camisa rapidamente, ainda o mantendo por baixo de mim. Ele enfiou as mãos por dentro do meu moletom e apertou minha bunda com vontade, me fazendo arfar. Sentei em cima dele, fazendo questão de rebolar em cima dele, que sorriu safado pra mim. 

Estava prestes a tirar a minha blusa quando me lembrei que (1) minha família estava no andar de baixo e que (2) ele não sabia dos meus hematomas. Logo, mudança de planos. 

Tirei apenas o meu sutiã por baixo da blusa  - que era bem justa - mesmo, deixando a mesma marcada com meus seios excitados. Fiquei em pé em cima da cama e tirei a minha calça (porque nas pernas eu quase nem tinha mancha alguma) virando de costas pra ele. Em seguida, fiz o mesmo com a sua calça e cueca, deixando o Bieber Júnior amostra e totalmente ereto. Fiz algo que tinha feito poucas vezes, mas que eu sabia que ele amava: o abocanhei, sentindo Justin se contorcer em baixo de mim. Ele sabia que não podíamos fazer barulho, então tentava a todo custo não gemer. 

Ele estava quase chegando lá quando me virou bruscamente, me colocando de bruços na cama e empinando a minha bunda em sua direção. Ri fraco com o desespero dele de transar comigo, mas aquele traidor me surpreendeu: passou a língua por toda a minha extensão. Eu não faço ideia de como consegui conter os meus gemidos, sério. Ele me levou à loucura e depois finalizou rapidamente - por incrível que pareça a gente estava em casa, afinal de contas. 

Nos vestimos rapidamente e voltamos para a cama como se nada tivesse acontecido. Por um minuto nós respiramos fundo e caímos na gargalhada.

- Nós somos loucos, só pode - ele disse rindo.

- Proibido é mais gostoso. Não é o que dizem? - falei rindo. 

Ele concordou e engatamos uma conversa sobre o tal do barzinho que eu nunca tinha ido, mas ele já. As meninas me mandaram mensagens também, perguntando se eu ia aparecer e eu disse que sim. Não era sempre que a gente se fiz fora da aula, mas quando isso acontecia era sempre ótimo. 

- Já são 16h - falei pro Justin depois de checar o horário no celular -. Eu preciso me arrunar, mi amore.

- Está me expulsando? - ele brincou, rindo do meu falso sotaque italiano.

- De jeito nenhum, apenas avisando que você vai tomar um chá de banco até eu ficar pronta.

- Sendo assim, acho que vou pra casa me arrumar também, né - ele pensou por um minuto. Às vezes era meio lerdo.

- Também acho - ri e beijei a ponta do seu nariz.

Nos despedimos e ele foi para a sua casa, e logo eu tratei de me arrumar também.

Pelo o que eu havia descoberto sobre o lugar, não era nem uma lanchonete dessas de esquina, mas também não se tratava de um restaurante de luxo. Estava frio, então decidi colocar uma calça jeans escura com algumas partes meio rasgadas, uma bota estilo coturno de salto e cano curto preta, uma blusa de manga comprida e decote V vermelha escura e uma jaqueta de couro por cima. Odiava usar bolsa, então coloquei o cartão dentro da capinha do celular e o celular dentro do bolso da calça. Fiz uma maquiagem leve, abusando apenas do rímel é do batom vermelho quase tão escuro quanto a blusa que eu estava usando. Sequei os meus cabelos com o secador, mas sem fazer escova, os deixando com as ondas naturais que eu tanto amava. 

Era praticamente 18h quando eu fiquei pronta  e já fazia meia hora que Justin estava me esperando no andar de baixo. Assim que desci as escadas, todos me elogiaram dizendo o quanto eu estava bonita e pude ver que minha mãe estava emocionada - realmente, me olhando daquele jeito nem parecia que eu estava doente. Justin estava lindo também, com calça jeans preta, tênis branco e um blusão preto com a gola de uma camisa polo branca por fora. Nos despedimos do pessoal e fomos para o estacionamento.

Eu já disse que adoro quando uso salto e fico quase do tamanho dele? 

- Meus pais estavam preocupados hoje - ele soltou assim que entramos dentro do carro.

- Por que? Aconteceu alguma coisa?

- Não - ele ponderou -. Pelo menos não com a gente. Meu pai está com um novo paciente e acho que os exames não são muito positivos - ele parecia pensativo, quase intrigado -. Mas ele parece chateado com dessa vez. Não que ele na fique em todos os casos, porque deve ser foda lidar com tanta gente com câncer, mas esse caso parece ser especial. Deve ser uma criança, né? 

- Sim, deve ser - eu disse com a voz falha. É claro que o tal paciente sou eu. Subitamente o medo me tomou. Será que ele já estava analisando meu exame? Será que já tinha o resultado? Que merda.

Depois disso eu procurei mudar de assunto, pois era muito difícil para mim ter que ficar mentindo pro Justin sobre o que estava de fatos acontecendo. Não demorou muito e chegamos no barzinho, já era quase 19h. Provavelmente todos já estavam lá.

Dito e feito. 

- E o casal vinte nos dá a honra de sua presença! - exclamou Harry assim que nós chegamos. Todos rimos.

Cumprimentamos todos eles, devia ter umas 15 pessoas ali e pela primeira vez eu não me importei em ficar no meio de um monte de gente fazendo barulho.

Nós bebemos, conversamos, comemos todo tipo de porção que pode-se imaginar e fizemos palhaçadas. Eu podia jurar que estava sonhando e que logo todo aquele clima maravilhoso ia se desmanchar numa neblina cinza que estava virando a minha vida. Às vezes eu ficava em silêncio e olhava uma a uma cada pessoa que se encontrava naquela mesa. Meus amigos, os amigos de Justin que aos poucos estavam se tornando meus também. Justin. As pessoas nas outras mesas, as pessoas que nos atenderam tão bem ali. Tudo. Observava os detalhes da minha vida e me perguntava quando que passou pela minha cabeça que aos 17 anos eu estaria num barzinho em NY com meu namorado e meus amigos. E com câncer.

Eu estava tentando ser positiva. Juro que estava. Eu nem sabia se a doença já estava em um estágio avançado, podia estar apenas começando e então o dr. Jeremy diria que eu me curaria em pouco tempo com 100% de chances. Mas o que atrapalhava todos meu otimismo era o medo. Eu sentia tanto medo o tempo todo. Eu tinha tanto para viver ainda, mas estava com medo de morrer. 

Que irônico, não? 


Notas Finais


E aí? Me contem o que acharam.
Será que a Sel tá sendo pessimista demais?
Por que será que Jeremy está tão preocupado?
O que vocês esperam da fic?

Contem pra mim nos comentários! Beijooo


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