Dipper incrivelmente acordou tarde naquela manhã. Estranhou o fato de Bill não ter lhe acordado com carícias ou apertando todo seu corpo, principalmente pela data. O último dia dos namorados havia passado com Pacífica, e ele poderia afirmar que foi um completo desastre. Quis levá-la para algum lugar legal, porém, ela reclamava de tudo. Apesar de os pais dela estarem falidos, sempre estavam com dívidas por comprar coisas caras, e Dipper não podia gastar o pouco dinheiro que tinha comprando joias ou roupas de marca.
Levantou-se calmamente. Seu corpo estava dolorido por conta do dia anterior, percebeu algumas marcas roxas por suas pernas e braços. Uma simples batida ou um leve aperto poderia deixar a pele de Dipper marcada e Bill sabia muito bem disso, por essa causa, usava e abusava daquela "vantagem".
Vestiu-se com uma camisa presa de mangas compridas e uma calça moletom azul. Não pretendia sair de casa, afinal, tinha certeza que Bill iria querer passar o dia enfurnado assistindo tv e comendo besteira.
— Vamos sair! — Bill gritou enquanto quase arrebentava a porta da sala, carregava consigo uma rosa na mão.
— Sério? — Dipper suspirou um tanto frustrado, mas no momento em que saiu do quarto e o viu com aquela flor, arqueou as sobrancelhas. — O que você pretende?
— Eu passei 7 horas na biblioteca pesquisando o que as pessoas fazem no dia doa namorados! Vamos comer chocolate, jantar e fazer sexo!
— Vamos ficar só em casa, é tão melhor. — Ele sorriu torto. Caminhou até Bill e o abraçou. — A gente compra pipoca, sei lá.
— Sete horas na biblioteca! — Ele berrou e arregalou os olhos. — Trinta e duas canecas de café!
— Meu Deus, você precisa dormir. — Dipper riu baixinho, lhe dando um peteleco na testa. Selou seus lábios com os dele assim que diria alguma coisa e sorriu novamente. — Tá, eu deixo você me levar pra onde quiser.
Bill ficou alguns segundos em silêncio, então inflou uma das bochechas.
— Pra onde você quer ir?
— Você é o homem da relação, decida.
— Eu sou o triângulo da relação...Pera ai, estamos em um triângulo amoroso?
— Eu espero que não. — Dipper deu outro peteleco em sua testa. — Pra onde nós vamos?
— Aé! — Bill sorriu e estalou os dedos. Todo o lugar ficou preto e branco, então magicamente apareceram em um café com vista para a Torre Eiffel. — Vamos comer lesma!
— Paris? — Ele arregalou os olhos, olhando confuso para o loiro. — Bill, eu não sabia que tinha recuperado todos os seus poderes, e...eu estou de pijama! E eu não tenho dinheiro nem pra comer lesmas!
— Não recuperei todos, quer dizer...Ainda falta a viagem entre dimensões e o poder do Kfta.
— Kfta?
— É coisa de triângulo. — Ele sorriu e acenou par a garçonete. — Madame, pouvez-vous s'il vous plaît apporter deux portions de Escargot?
A mulher assentiu e anotou o pedido.
Dipper encarou Bill confuso, estava sentido uma certa tontura, provavelmente por causa daquele teletransporte. Já estava até esquecendo que seu namorado era na verdade um demônio extradimensional, e lá no fundo, Dipper queria apenas ter uma vida normal. Porém, ele o amava do jeitinho que era.
— Depois vamos assistir filmes? — Ele murmurou, passando a destra pela mão do rapaz a sua frente.
— Vamos sim, eu só li sobre esse negócio de lesmas e queria provar essa coisa nojenta com você.
O loiro abaixou a cabeça e sorriu de forma tímida.
— Eu já fiz tantas coisa que... Tudo o que ainda não fiz, quero que seja do seu lado.
O coração de Dipper palpitou forte naquele momento, deixou com que um sorriso bobo escapasse por seus lábios e sentiu suas bochechas arderem um pouco. Entrelaçou seus dedos com os de Bill e desviou o olhar para a torre.
— Essa vista é tão bonita... — Murmurou. — Sempre quis vir a Paris.
— Esse 'Azão' é muito esquisito. — Tufou as bochechas e selou levemente os lábios com os dele. Viu a garçonete deixar os pratos sobre a mesa e arqueou a sobrancelha. — Os passivos primeiro.
— Eu não sou passiv...q-quer dizer, você que não me deixa...ah, eu vou comer isso. — Dipper franziu as sobrancelhas, pegou a colher e pôs um pouco daquela "coisa" na boca. Fez uma cara estranha enquanto mastigava, como se tivesse acabado de chupar um limão. — Ew.
Bill fez o mesmo, porém praticamente cuspiu aquela coisa em um vaso de plantas.
— É.....Não gostei, me lembre de nunca mais sair de casa.
— Vamos comer uma pizza, um x-salada, sei lá. — Ele sorriu de forma tímida, então inclinou-se e lhe deu um selinho. — Mas obrigado por me trazer aqui.
— Que tal...Encomendar várias besteiras e ver todos os seus filmes favoritos?
— Tá bom. — Novamente, Dipper abriu um sorriso e segurou a mão de Bill. — Vamos.
Bill sorriu, tudo ficou preto e branco e em questão se segundos, estavam sentados no sofá da sala.
— Ei, Dipper.
— Oi. — Deitou a cabeça no colo do rapaz e o encarou de baixo.
— Eu te amo, já disse hoje?
Dipper o observou por alguns instantes, então, ergueu-se e sentou-se no colo de Bill. Selou seus lábios com os dele, entrelaçando em volta de seu pescoço.
— Eu também te amo.
Bill sorriu e deslizou as mãos pelo quadril do rapaz, logo o olhou nos orbes castanhos e o beijou algumas vezes.
— Eu poderia te dar tudo.
— Mas eu já tenho você.
— E isso basta?
— Bill... — Dipper murmurou, o beijou novamente e logo após deitou sua cabeça no ombro do mesmo. — Você é meu tudo, não sabia?
O loiro sorriu e afagou os cabelos do rapaz.
— Você também é meu tudo, Mason Pines.
— Eu te amo. — Sussurrou, beijando o pescoço de Bill algumas vezes.
Sentiu as mãos dele subirem por dentro de sua camisa, então, beijou seus lábios com paixão. Após alguns segundos, separaram os lábios, ambos estavam ofegantes e um fio de saliva ligou o término do beijo. Ficaram ali, em silêncio, um observando o outro com carinho, atenção.
— Feliz dia dos namorados. — Dipper abriu um sorriso.
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