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História L'ultimo Ballo - Ventisei (Seconda Parte)


Escrita por: lutteando

Notas do Autor


>>Música do capítulo: In my Blood – Shawn Mendes<< (para uma experiência melhor de leitura, recomendo colocarem a música de preferência quando aparecer no capítulo a marcação para vocês fazerem isso, e deixem rolar até o final)

Capítulo 27 - Ventisei (Seconda Parte)


Fanfic / Fanfiction L'ultimo Ballo - Ventisei (Seconda Parte)

“Chorava por todos os sentimentos que eu tinha sufocado dentro de mim, acreditando que não sentia mais nada. Que tola eu fui.”


Buenos Aires, Argentina
Setembro de 2021

Luna Valente

Acordei bem cedo hoje pois tinha consulta no oftalmologista. Devia confessar que estava bastante ansiosa, de uns dias para cá eu vinha nutrindo grandes esperanças de voltar a enxergar. Sei que não deveria estar tão confiante para não acabar me decepcionando, mas algo dentro de mim insiste em dizer que eu vou conseguir reverter essa situação.

Dessa vez eu iria apenas com a minha mãe, já que Âmbar vai para a faculdade e papai trabalhar. Respirei fundo e passei as mãos pelo meu corpo tentando identificar a roupa que escolheram para mim hoje, era um vestido liso de gola alta e mangas até o cotovelo, sabia que nos pés calçava um dos meus diversos tênis. Eu queria saber qual era a cor do vestido, os detalhes dele, como ficava no meu corpo, arfei e tentei controlar aqueles pensamentos.

Mamãe veio até o meu quarto para podermos ir para a consulta. O motorista nos deixou em frente ao consultório e foi estacionar o carro para nos esperar sair, já que as consultas não eram muito demoradas. Ficamos cerca de dez minutos na recepção esperando até que a secretária nos informou que poderíamos entrar. Mônica entrelaçou o meu braço no seu e guiou-me até a sala do doutor Hernandez, sentou-me em uma cadeira e puxou outra ao lado para sentar também.

— Bom dia. — Doutor Hernandez era bastante simpático e sempre nos tratou bem. Eu o imaginava um homem de altura mediana, um pouco rechonchudo e de bochechas fofas. — Como você se sente hoje Luna?

— Me sinto bem, estou tentando me adaptar melhor a essa situação — fui sincera. No começo eu sentia que não conseguiria me acostumar com o fato de estar cega, mas desde que o Matteo apareceu as coisas foram mudando, e sempre que estou em sua presença esqueço desse detalhe, pois ele sempre consegue arrancar um sorriso meu.

— Isso é ótimo. Vamos observar melhor esse progresso. — Senti suas mãos em meu braço, ajudando-me a levantar e encaminhou-me até me pôr sentada em uma grande cadeira bastante confortável, onde eu também estive na última consulta.

Abri bem os olhos e senti uma claridade diante deles, não era algo tão forte, mas eu conseguia sentir a luz queimando meus olhos, na última consulta isso não chegou a acontecer. Percebi quando essa luz foi trocada de um olho para o outro.

— Você consegue sentir ou ver alguma claridade? — o médico perguntou apagando o objeto que incidiu a luminescência.

— Cheguei a sentir um pouco da intensidade da luz. — Mordi o lábio inferior um pouco nervosa.

— Isso é ótimo — falou radiante. — Você continua aplicando o colírio nos olhos, certo? — balancei a cabeça de baixo para cima, afirmando.

Voltou a ajudar-me para que eu pudesse sair daquela cadeira e voltasse para a que eu estava sentada no início. Sentia um enorme nervosismo encher o meu peito, o silêncio predominante na sala era demasiado assustador, ouvi um suspiro do médico antes que ele falasse algo.

— Não irei mentir, andei analisando seus últimos exames e a sua situação é um pouco complicada. — Meus olhos marejaram e eu tentei manter a calma para não deixar nenhuma lágrima ser derramada. — Temos duas opções, esperar que a visão retorne normalmente, não tendo a certeza que isso vai acontecer nem quando vai, e a segunda opção é fazer uma cirurgia, que terá seus riscos: você poderá voltar a enxergar perfeitamente ou então nunca mais voltará a ver. — Senti uma pontada de tristeza vindo dele quando disse isso. Por impulso prendi a respiração, não sabia o que se passava na minha cabeça naquele momento, eu era uma confusão. — A decisão é somente sua Luna, mas é bom você conversar com as pessoas próximas e fazer o que achar melhor.

— Okay.

Despedimos-nos do doutor e segui abraçada ao corpo da minha mãe durante todo o percurso até a mansão, nesse tempo segurei todas as minhas emoções, não querendo desmoronar na frente de ninguém, seria apenas mais uma preocupação para a conta, que já estava bastante cheia.

Foi apenas sentir meu corpo no colchão macio e ouvir a porta sendo fechada que eu desabei em lágrimas, os soluços eram estrangulados e abafados pelo travesseiro que cobria meu rosto. E eu derramei todas as lágrimas que não tinha derramado antes.

Chorava por todos os sentimentos que eu tinha sufocado dentro de mim, acreditando que não sentia mais nada. Que tola eu fui. Eu estava uma confusão de sentimentos e emoções, sentia muito medo e angústia. Queria dizer a todos que eu sentia muito por ter os colocado nessa situação tão triste, mas eu não conseguia, porque eu era egoísta, durante todas essas semanas eu só pensei em mim e na minha dor, ignorando o sofrimento das pessoas ao meu redor. Era esse o meu instinto, quantas e quantas vezes eu não mostrei ser egoísta e mesquinha? E isso acontecia mais uma vez. Apenas queria morrer, sumir do mundo, tirar o fardo que eu sou das costas de outras pessoas.

Eu era uma pessoa vazia, vazia de mim, vazia de amor, vazia de tudo. Era um vaso pequeno que não tinha espaço para nada, nem mesmo para a minha solidão habitar. Já ouviu falar sobre buraco negro? Então, acho que eu era a prova concreta que eles existiam, não havia nada em mim para oferecer, apenas sugava o que as outras pessoas tinham.

Levantei da cama e fui tateando a parede até chegar na porta que levava ao banheiro, o que demorou bastante, já que nunca fiz aquilo sozinha. Despi-me e deixei a roupa por qualquer canto do chão do banheiro, voltei a tatear as paredes até sentir o vidro do box sob minhas mãos, lentamente fui entrando e no processo acabei me desequilibrando e batendo em algo, um barulho de vidro quebrando foi a única coisa que eu consegui ouvir. Ignorei aquilo e fui tomar o meu banho. Liguei o chuveiro e a água gelada entrou por cada poro da minha pele, fazendo minhas células relaxarem.

Passei longos minutos apenas com a ducha ligada e a água escorrendo por meu corpo. Escorreguei no momento em que fui tentar pegar o frasco de shampoo na prateleira, senti a pele da minha mão rasgando e a dor me consumir por completo.

Era como se as paredes que me cercavam estivesse desmoronando, deixando-me a mercê de todo esse sofrimento, eu queria desistir de tudo. Encolhi-me no canto da parede, não sentia mais nada, nenhuma dor. Nunca estive tão sobrecarregada e insegura, eu só desejava algo para me libertar daquela prisão na qual eu mesma me coloquei.

As pessoas continuavam dizendo que eu ficaria melhor, algum dia. Será que era verdade? Na situação em que eu me encontrava, cheguei a conclusão de que a única forma de livrar a minha mente e o meu coração daquela tortura, seria a morte. Não, não, não e não, eu não poderia ser tão fraca, não poderia me deixar render. Eu conseguiria passar por isso, certo?

Eu queria gritar, precisava de alguém para me ajudar agora, para me tirar daqui, eu sentia-me sufocada. E eu gritei, ou pelo menos acho que o fiz, não sei direito, apenas sabia que minha garganta ardia e os soluços saíam altos e constantes, rasgando-me por dentro. Passei as mãos no rosto tentando limpar as lágrimas que não paravam de descer, atitude inútil, já que não resolveu nada, apenas senti meu rosto ainda mais molhado e com um aspecto viscoso.

Tão submersa na minha dor, não percebi quando uma pessoa entrou no banheiro, só notei sua presença quando senti a água parando de molhar o meu corpo, que foi levantado por braços fortes. Debati-me tentando a todo custo livrar meu braço daquele leve apertão, tentava desferir socos nele, mas já estava fraca e cansada demais, então fui embalada por aqueles braços e meu rosto encostou em seu peito largo, onde eu permiti inalar profundamente, deixando o seu cheiro maravilhoso adentrar por minhas narinas. Desci minhas mãos até sua cintura e enrolei o tecido liso da sua camiseta entre os meus dedos, apertando-o, como se sentisse a necessidade de fundir nossas almas, e transformá-las em uma só. Minha mão ardeu com aquele contato, porém, ignorei e continuei segurando sua blusa. As lágrimas apesar de ainda escorrerem por meu rosto, faziam isso em uma frequência menor.

— Matteo não me solta, por favor, não me solta! — Não queria ter soado tão desesperada. Soltei sua camisa e passei o braço por sua cintura, abracei o seu corpo com toda a força que ainda existia dentro de mim, era pouca, mas ainda era algo.

— Eu não vou te soltar. Não irei me afastar de você, nunca mais. — depositou um beijo no topo da minha cabeça. Apenas apertei os olhos com força, tratando de eternizar aquele momento, mesmo que fosse impossível ficar ali com ele para sempre, queria ter em minha memória, para reviver quantas vezes eu desejasse.

Sem pressa alguma ele foi distanciando meu corpo do seu e eu não queria me separar daquele abraço, desejava retornar para os seus braços, onde eu me sentia segura, mas não o fiz. A água corrente voltou a escorrer por meu corpo e senti as mãos de Matteo em meu rosto, limpando-o, ele também lavou a minha mão, a que eu imaginava ter sido o corte. Depois disso ele saiu e deixou-me ali sozinha, eu não queria ficar sozinha, porém, apesar de não fazer nenhum barulho, eu conseguia sentir sua presença, nossas respirações misturavam-se em meio ao silêncio predominante.

Terminei o meu banho sem pressa alguma, Matteo havia lavado meus cabelos apesar de sempre tomar banho sozinha, pois minha mãe machucada latejava e eu não conseguia passar no cabelo. Normalmente só precisava de ajuda a ser direcionada ao banheiro, para não acontecer a mesma coisa que aconteceu aqui hoje. Quando estava prestes a sair do banheiro, senti um tecido macio sendo posto em meus ombros e mãos ajudando-me a sair sem problemas do box. Fui sentada no sanitário e o seu corpo afastou-se do meu. Minutos depois, alguém pegou minha mão machucada e começou a limpar o corte, que ardia bastante. Durante todo o processo tentei puxar minha mão algumas vezes por causa da dor, sendo que a pessoa, que eu achava ser minha mãe, não deixou. E no final passou uma faixa cobrindo o machucado.

O Matteo provavelmente já deveria ter ido embora, não o julgava, não depois de me ver naquela situação deplorável. Eu sentia-me horrível por fazer isso com as pessoas. Percebi que havia outra pessoa no banheiro quando essa se aproximou e me ajudou a vestir uma roupa confortável.

— O Matteo ainda está aí? — aquela pergunta foi feita por impulso e fiquei um pouco envergonhada.

— No seu quarto. — Ouvir aquilo fez meu coração acelerar e depois ir se acalmando aos pouquinhos, sorri involuntariamente.

Depois de pentear meus cabelos e passar um perfume, elas me ajudaram a sair do banheiro e levaram-me de volta para o quarto. Onde eu apenas me enfiei debaixo do edredom fofinho, já que eu tremia de frio e estava morrendo de vergonha. Nada foi dito, mas seus vários suspiros entregavam a sua presença ainda no local.

— Acho que é melhor eu ir embora agora. — Seus passos começaram a se afastarem da cama e foi como se uma parte do meu coração ficasse vazia, a mesma parte que ficou sem nada ocupando durante todos esses anos que estivemos longe e agora, eu não queria que ele fosse embora. Tentava encontrar um jeito de relaxar, mas eu não conseguia respirar. Não queria voltar a sentir-me sozinha e tão desesperada, sendo consumida por essa dor.

— Fica? — consegui perguntar, não sabia se ele tinha ouvido, pois minha voz era extremamente fraca. Obtive minha resposta quando captei seus movimentos e ele deitou-se ao meu lado naquela cama.

— Sempre.

Arrastei o meu corpo até o seu e apoiei a cabeça em seu peito, bem no lugar onde seu coração batia descompassadamente, tinha certeza que o meu estava da mesma forma, vibrando de alegria. Um de seus braços envolveu minha cintura e o outro ele começou uma leve carícia nos meus cabelos ainda úmidos pelo recente banho.

Sem me importar, levei minha mão até o seu rosto e comecei uma linha de carícias que iam de suas sobrancelhas até o seu queixo, eu contornava cada desenho do seu rosto com os meus dedos, imaginando cada traço em em minha mente. Toquei seus olhos escuros, lembrando da maneira intensa que ele sempre olhou para mim e que fazia meu corpo queimar como brasa em uma fogueira. Delicadamente passei os dedos por seus lábios, sentindo o ar quente atingindo minha pele, sentia saudades dos seus beijos e das sensações que ele me causava. Lentamente fui deixando-me ser guiada pela incoerência, sabendo que estava em um lugar seguro, que estava em seus braços. Não existia nada no mundo que me transmitisse tanta segurança como os braços do Matteo transmitiam. E naquele momento eu tive a certeza que ali era o meu lugar, o meu ponto de partida e de chegada, por mais que em certa parte do caminho eu me distanciasse, sabia que retornaria mais uma vez.

 

Senti minha cabeça subindo e descendo lentamente, então lembrei que o Matteo dormiu comigo e sorri. Foi a primeira noite em dias que eu tive um sono tranquilo, sem pesadelos. Ele estava ali comigo. Nunca imaginei que isso voltaria a acontecer, por mais que eu desejasse. Eu sabia que isso poderia mudar muita coisa entre nós, só não tinha noção do quanto. Não estava pronta para entrar em um relacionamento agora, antes eu precisava me resolver comigo mesma e fazer uma escolha importante que definiria meu futuro.

Um ar quente bateu contra minha mão, fazendo todo o meu corpo arrepiar e soube que o Matteo estava acordando, os seus batimentos também se tornaram mais fortes. Tentei afastar meu corpo do seu, mas ele não permitiu, manteve-me presa entre seus braços e eu não reclamei daquilo, nenhum pouco. Só em estar perto dele todas as minhas terminações nervosas funcionavam a todo vapor.

Passei a mão por seus lábios e inclinei um pouco a cabeça para cima, deixando um selinho ali. E não passou disso, um selar de lábios, mas que significou muito para mim e que eu esperava que tenha significado para ele também. Minha intenção com aquela ação era dizer que eu queria estar com ele, mas que naquele momento eu não conseguia, e pedia para que ele não desistisse de mim, apesar do furacão de indeterminações que eu era.

— Bom dia — falou em um tom rouco, fazendo meu corpo acender em excitação. Por Deus, não. Aquilo era extremamente sexy, apenas a voz daquele homem era capaz de acender minha líbido e me fazer desejar tê-lo inteiramente para mim outra vez. Mas isso não poderia acontecer, eu era insegura e tinha medo que após isso ele voltasse a se distanciar e eu ficasse apenas com a minha tristeza.

— Bom dia — sussurrei contra seu peito.

O silêncio voltou a predominar pelo ambiente, não era algo incômodo, porém eu sentia que muitas coisas precisavam ser ditas. Quando fui falar, Matteo foi mais rápido, então fiquei calada.

— Eu queria te pedir desculpa por todas as coisas que eu te disse naquele quarto de hotel em Cancún, eu estava devastado e acabei por descontar a minha raiva em você. E apesar de ser o que eu pensava, você não merecia ouvir tudo aquilo. — Respirou fundo antes de voltar a falar — Naquela carta você me disse como se sentiu com o que aconteceu em Cancún e como foi depois disso. Acho que eu nunca te contei em nenhuma das mensagens como eu tratei essa situação. — Não o atrapalhei, queria saber como foi para ele todos aqueles anos distantes, saber se foi semelhante ao que eu senti. — Quando eu te vi naquela praia abraçada ao Simón, senti meu mundo desabando, eu queria que fosse eu no lugar dele, mas não era e nem podia ser. Eu nunca fui suficiente, você merecia muito mais do que uma pessoa cheia de problemas. Estava disposto a entregar-me completamente a você, mas aquela cena me impediu, pois eu nunca poderia ser a pessoa em quem você precisava se apoiar. Eu não podia ser o seu alicerce, pois eu era apenas um muro inconstante que poderia cair a qualquer momento, fazendo-a desabar junto comigo. Não estava nos meus planos ficar com você intimamente, mas aconteceu e eu não me arrependo. Apenas sinto uma enorme culpa por todas as palavras que eu te disse posteriormente a isso, na hora foi a única coisa que eu pensei para te manter afastada, e todos os dias que se passaram depois foram os mais difíceis para mim, o remorso me corroía por dentro, a cada segundo algo dentro de mim desfalecia e tinha medo de que em algum momento eu não fosse mais nada, apenas a composição comum de qualquer ser humano.

Eu não sabia o que dizer, talvez não tivesse o que dizer. Todas as suas palavras rondavam em minha mente. Ouvi-lo falando que não se sentia suficiente para mim foi horrível, ele era a única pessoa com quem eu queria estar e eu precisava que ele soubesse disso.

— Naquele dia, eu não queria estar com ninguém mais que não fosse você, seus braços era o único lugar onde eu encontrava segurança. Talvez eu devesse ter lhe dito isso antes, enquanto ainda éramos namorados, mas nosso relacionamento era tão inconstante, não tinha certeza se no dia seguinte ainda estaríamos juntos, se brigaríamos ou não. Então não consegui por para fora meus sentimentos, pretendia dizer naquela nossa conversa, mas fui orgulhosa demais para o fazer e acabei por te perder — falei tudo aquilo que esteve entalado em minha garganta durante todo o período que passamos juntos e os seguintes a esse. — E também eu quero te dizer algo que eu não tive coragem de dizer naquela carta, acho que a ferida era dolorosa demais para ser aberta, sabia que não poderia estancar toda a dor e culpa que sairiam dela. Mas aqui, na sua frente, eu queria pedir desculpa. Desculpa por não ter compreendido a sua dor, por ter colocado o meu sonho que estava prestes a se realizar na sua frente, enquanto você sofria pelo o seu sonho que tinha sido destruído.

Meus olhos estavam marejados e eu sabia que faltava muito pouco para que eu começasse a chorar. Senti uma umidade na palma da minha mão, a que ainda encontrava-se em seu rosto e percebi que ele chorava, acariciei o local limpando cada uma de suas lágrimas. Uma de suas mãos estavam em meus cabelos, alisando os fios embaraçados.

— Sabe, Durante todos esses anos que passamos longe um do outro, eu percebi que poderia viver sem você. — Uma bile se formou em minha garganta e eu engoli em seco, tentando não demonstrar que fiquei afetada com suas palavras. Em minha cabeça não fazia sentido ele dizer isso depois de tudo que acabamos de dizer um ao outro. — Mas... Mas eu não queria. Porque eu te amo Luna Valente e isso, nada nem ninguém no mundo será capaz de reverter. Te amo como nunca pensei ser possível amar alguém, te amo por você simplesmente ser você, uma garota doce e sensível, mas que também é extremamente forte e que nunca desiste dos seus sonhos.

E foi bem nesse momento que as lágrimas começaram a sair dos meus olhos, ele me amava? Nossa, o sorriso em meus lábios era enorme e eu não conseguia controlar. Ele me amava, acho que a sensação de se sentir amada era uma das melhores que existiam. Creio que só perdia para a de amar e ser amado de volta, e essas duas estavam interligadas em completude.

— Eu também te amo Matteo.


Notas Finais




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