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História Manual de como amar Toga Himiko - Por baixo dos panos


Escrita por: Sun_Sophy

Notas do Autor


Hooooy meu amores, como vcs estão?

É o último dia de férias então aposto que estão em uma depressão só, KKK eu realmente entendo vcs! É um saco ter que voltar a encher a cabeça com estudos, mas fazer o que né, tem que estudar para sustentar nosso espírito burguês!

Por fim. Boa leitura ❤️❤️

Capítulo 6 - Por baixo dos panos


Caminhando entre passos curtos na rua mal iluminada, Ochaco permanece fitando o chão em um aspecto melancólico, sua expressão está vazia e suas sobrancelhas curvadas em tristeza. Himiko havia lhe deixado sair após alguns beijos e chupões em seu pescoço, agora Ochaco sabe onde a loira mora, entretanto mesmo que tenha supostamente ameaçado a vilã, ela afirmou que os heróis e o governo sabem muito bem qual é sua identidade secreta pois a própria vilã havia se apresentado para Tsuyu Asui na primeira vez que se encontraram, e por isso aquela residência não era dela e sim de uma garota aleatória. Ochaco ficou preocupada, talvez Himiko esteja se passando por uma garota, morando nesta casa e se isso está acontecendo, talvez essa pessoa esteja em apuros.

O governo até mesmo já procurou a família Toga perguntando sobre Himiko, afinal a mesma é menor de idade, isso resultou no maior furdunço na família da loira, entretanto mesmo depois de vários interrogatórios, sua mãe omitiu tudo, a mesma ama demais a filha apesar de ela de repente se tornar uma vilã.

Ochaco quer saber mais sobre a garota, quer motivos coerentes para ela ser o que é hoje, porém pelo o que sabe, a família Toga é constituída por pessoas boas, mas não deram mais informações com o objetivo de prezar pela segurança dos familiares de Himiko, afinal a loira já matou muitas pessoas e isso pode resultar em pessoas magoadas e com o sangue corroendo por vingança, e para evitar que eles descontem suas frustrações na família da loira, os mesmos permanecem em sigilo. Mas não é como se muitas pessoas soubessem a identidade de Toga Himiko, apenas alguns membros importantes do governo e os heróis, entretanto é melhor garantir do que remediar.

Uraraka Ochaco tenta inocentemente supor que há sim um motivo, talvez um trauma ou o mais provável, possíveis problemas mentais. Himiko é realmente psicopata ou na realidade é sociopata? Não é uma pergunta com uma resposta difícil, mas mesmo assim a acastanhada tenta não responder, pois a resposta pode doer.

Já eram por volta das 00:00, ela deveria sim apressar os passos e chegar o mais rápido possível em sua casa, entretanto tem certeza que não importa alguns minutos a mais ou alguns minutos a menos, seus pais irão lhe repreender mesmo assim. A acastanha respirou fundo e então levou sua mão esquerda a alça de sua mochila, aquilo iria manchar seu histórico com seus pais mais ainda, ultimamente eles tem percebido suas mancadas. Ela levou sua mão direita ao bolso de seu blazer por seguida puxando seu smartphone de dentro do mesmo, estava evitando fazer isso, não está com cabeça para ler suas prováveis diversas mensagens. A garota prensou seus lábios ao abrir a tela de bloqueio do celular e então ver suas notificações de mensagem. Como o esperado, ela tem várias ligações perdidas tanto de seus pais como também de Izuku. Ochaco abriu seu lime e novamente suspirou vendo suas mensagens.

A acastanhada apertou no botão ao lado do smartphone bloqueando o mesmo, não tem coragem de ler as mensagens, se sentirá mais mal do que já está agora.

Sozinha, caminhando em uma rua próxima a sua casa, Ochaco levou sua mão ao pescoço, posicionando a palma da mesma sobre a parte onde Himiko havia lhe dado um forte chupão. Estava doendo então provavelmente ficou uma marca feia, apesar de ser uma dor boa e excitante, Ochaco tem que esconder de alguma maneira aquilo. A acastanhada tombou sua mochila para o lado e puxou o zíper da mesma, por sorte tinha um cachecol lá dentro, apesar de ser verão, uma vez ou outra o tempo mudava e também, a central da escola é bem fria, então a mesma normalmente carrega esta vestimenta em sua mochila. A noite está fria por isso seria um ótimo álibi, ela enrolou o pano em seu pescoço e continuou seu percurso.

Uraraka Ochaco demorou pouco tempo para chegar em sua casa, logo já se encontrava na frente da porta. Ela prensou seu lábios e então encostou sua testa na madeira, estava sendo covarde mas isso é algo que não consegue evitar, sua vida está indo para um caminho estreito e escuro, talvez se ela caminhar mais, dependendo de suas futuras escolhas, poderá finalmente ver a luz, a questão é qual será a resposta certa, qual será o caminho correto a ser tomado?

Uraraka franziu seu cenho e então levou sua chave a porta, entretanto antes que pudesse colocar a mesma ali, de repente a maçaneta foi virada e uma voz conhecida invadiu seus ouvidos.

“Não dá mais, eu tenho que procurar ela!”

Seu coração falhou uma batida ao identificar a voz claramente aflita de Izuku. Não demorou muito e a porta foi aberta, Ochaco permaneceu parada ali e na sua frente estava um Midoriya, com os olhos arregalados e cabelos mais em pés que o normal.

Uraraka levantou levemente seu olhar, olhando para seus pais em sua sala, ambos estavam lhe fitando com expressões aflitas. Todos permaneceram em silencio como se o tempo estivesse parado, isso fez Ochaco intender que quem deveria falar algo é ela, mas antes que o fizesse foi subitamente puxada para um abraço apertado. A chave que estava segurando foi ao chão em total surpresa, seus olhos estavam arregalados e mesmo assim não pôde deixar de corar.

O corpo de Izuku é tão quente, seus braços rodeavam Ochaco de maneira protetora e claramente preocupada, os peitos fartos da adolescente estavam prensados ao peitoral do outro, a mesma conseguiu sentir o coração acelerado dele e isso lhe fez ficar ainda mais vermelha, Ochaco sequer correspondeu ao abraço por conta do susto. O esverdeado descansou seu queixo sobre o ombro da garota, seus fios embaraçados cheiravam a shampoo de frutas vermelhas, poderia ser enjoativo entretanto muito tentador também. Os olhos do garoto permaneciam fechados com pressão enquanto aos poucos descontava toda aquela aflição que sentira naquele abraço apertado.

— Ochaco-chan... — Sussurrou baixinho, é provável que a acastanhada só conseguiu ouvir isso porque ele havia falado bem perto de seu ouvido.

Uraraka, que antes fitava os fios esverdeados, novamente levantou seu olhar vendo seus pais. Sua mãe estava com uma expressão preocupada e seu pai em um duplo de aflito e irritado, ela desviou seu olhar no mesmo momento. Ochaco segurou as lagrimas, não pode chorar ali, se chorar irá revelar o que está acontecendo e não poderá contar alguma desculpa sobre o assunto. Ela prensou seus lábios e então abaixou a sua face, prensando o rosto no ombro do garoto a sua frente, finalmente correspondendo ao abraço dele. Um abraço tão confortável e quentinho, aquilo era bom, tão bom que fez ela se sentir menos receosa. Izuku lhe ama e demostrou todo o seu amor de maneira sincera naquele abraço que durou minutos, ele sussurrou algumas vezes o nome de sua amiga enquanto apertava mais ainda o abraço.

[ . . . ]

Ochaco se encontra sentada no sofá de sua casa, com uma xicara de achocolatado em mãos, o liquido está quente e o vapor sobe preenchendo sua narina com o aroma adocicado do chocolate. Ela deslizou sua língua sobre seus lábios umedecendo os mesmos, a garota finalmente levantou seu olhar e á sua frente, estavam seu pai e sua mãe em pés, ambos lhe fitando com um olhar repreendedor. Izuku havia ido embora logo depois de receber uma chamada de sua mãe preocupada, ele não teve tempo de dizer nada além de um “amanhã conversamos” e então se foi.

A garota, que ainda estava com o seu uniforme escolar, desviou o olhar novamente enquanto levantava a xicara até o rosto, ela tombou um pouco o objeto em sua mão, tomando o liquido em um semblante calmo. O ar quente esquentava seu rosto e o achocolatado faz o mesmo em seu interior. Ingerir algo quente é de fato bom para aliviar seus pensamentos, porém o fato de seus pais estarem na sua frente com os braços cruzados e lhe enviando olhares repreendedores, dificultava tudo.

Os adultos ali presente finalmente entenderam que Ochaco não iria começar a falar, por isso foram obrigados a o fazer.

— Onde... — Seu pai respirou fundo, como se tentasse acalmar os nervos. — Você estava? — Arqueou sua sobrancelha levando suas mãos a sua cintura. O loiro está usando uma camisa casual vermelha vinho e de mangas compridas, porém dobradas manualmente até os cotovelos, contudo uma calça moletom da cor preta, bem solta em seu corpo.

Ochaco permaneceu desviando seu olhar por alguns segundos, ela respirou fundo e então esticou seus braços, colocando a xicara na mesinha de centro a sua frente, logo levantando a sua face e devolvendo o olhar de seus pais.

— Eu... Me desculpem, não queria deixá-los preocupados... — Ochaco novamente sentiu seus olhos arderem, aos poucos lagrimas foram surgindo no canto dos mesmos, seus olhos brilharam por conta da vontade de chorar. — Ma-mas.... — Uraraka já tinha em mente que desculpa usar, pretendia falar que havia arrumado um bico para ajudar nas despesas, seria uma ótima maneira de deixar tudo por baixo dos panos, porém, a mentira não estava conseguindo sair de sua boca, ao ver os olhos de seus pais, a feição das pessoas que em toda vida deram tudo por si, aos poucos seus ombros foram se encolhendo e mais e mais as lagrimas deslizavam por suas bochechas coradas. Nunca havia sido realmente pressionada por seus pais para que falasse a verdade, por isso conseguiu manter a mentira por 2 meses inteiros, porém vendo eles ali em sua frente, é muito difícil ocultar qualquer coisa.

O casal arregalou seus olhos e suas expressões, que antes estavam irritadas mudaram completamente para aflitos e sentidos. — E-eu quero contar para vocês... — Ela levou suas mãos aos olhos, enxugando as diversas lagrimas porém em vão, alguns soluços foram ouvidos durante sua lamuria. — Mas não posso, não posso fazer isso! — Exclamou ainda enxugando suas lagrimas.

Seus pais se entreolharam antes de voltar a fitar sua filha, ambos aproximaram-se da acastanhada sentando ao seu lado, eles lhe envolveram em um abraço apertado e cheio de sentimentos, sua mãe prensou seus lábios deixando uma lagrima escorrer ao ver sua filha daquele jeito e seu pai descansou seu queixo na cabeça da menina. Agora, ela estava tão frágil, tão frágil que parecia uma criancinha chorando e clamando por seus pais, foram tantas noites sozinha, aguentando toda essa pressão e inseguranças totalmente só e sem auxilio, contudo a ansiedade que poderia sucumbir a uma depressão. Ela realmente estava precisando exalar aquela dor para aqueles que mais confia e preza.

A família Uraraka ficou lá, por vários minutos, apenas ouvindo os soluços que aos poucos iam cessando na feita que o tempo passava. Mesmo chorando, Ochaco se sentiu bem em chorar, soluçar alto e sem medo de que os seus pais lhe escutem.

Após mais algum tempo, finalmente Ochaco já estava mais tranquila, ela respirou fundo e resolveu dizer algo. — Eu, não posso falar agora o que está acontecendo. — Ambos se separaram do abraço, os mesmos fitaram o rosto de sua filha aflitos. A Uraraka mais nova se levantou do sofá e virou-se de frente para eles — Mas prometo que um dia irei contar tudo. É complicado e difícil de entender... Tão difícil que nem mesmo eu entendo, então por favor não façam mais perguntas a respeito disso, eu imploro. — Antes que seus pais pudessem dizer qualquer coisa, Ochaco saiu do lugar rapidamente correndo até seu quarto, ela entrou no mesmo velozmente fechando a porta e trancando a mesma. Sua respiração estava ofegante, ela encostou suas costas na porta e aos poucos foi deslizando pela mesma, novamente lagrimas escorreram por sua feição.

Do outro lado da porta, estava seu pai e sua mãe, ambos fitavam a divisória em um semblante preocupado e frustrado. A Srta.Uraraka aproximou sua mão da porta, entretanto antes que batesse na mesma recuou sua mão até seu peito, ela desviou seu olhar ao chão enquanto curvava suas sobrancelhas em tristeza, a mulher encolheu seus ombros segurando o choro. Sr.Uraraka aproximou-se de sua esposa e lhe abraçou, o mesmo descansou seu queixo na cabeça da menor fechando seus olhos com pressão. 

Ambos estavam, de certa forma se sentindo culpados, não sabiam o porquê de sua filha estar daquele jeito, tão triste, mais tão abalada que suas lagrimas haviam saído iguais às de uma criança e é por não saberem, que ambos estão se culpando tanto, logo Ochaco que sempre foi uma garota sincera, boa e carinhosa. Seu maior sonho é ajudar seus pais e nunca parou de se esforçar para o fazer, mesmo assim ambos haviam desviado sua atenção dela e agora a mesma está nesse estado. É assim que os dois vêem as coisas, de fato a família tinha muito o que conversar, mas afinal, como poderiam se Ochaco não pode contar o que se passa? Isto é uma encruzilhada.

[ . . . ]

Uraraka Ochaco está deitada em sua cama, fitando o teto em um aspecto vazio e sem sentimentos. As cortinas estavam evitando que a luz solar entre em seu quarto o que lhe fazia ficar entre dormir e acordar, é sábado por isso pouco importava se iria ou não passar o resto do dia ali na cama. Já são por volta das 13:00 horas da tarde e a única coisa que ela havia feito foi tomar seu banho e voltar a se jogar na cama, não está com fome mesmo que o almoço seja seu prato predileto. Sua mãe o fez apenas para tentar animar sua filha, entretanto Ochaco fingiu um sorriso satisfeitos e disse “depois eu como”. 

A garota não pode negar que está surpresa, pensava que seus pais iriam lhe encher de perguntas depois do incidente passado, porém eles sequer tocaram no assunto. Talvez estejam confusos, nunca tiveram que passar por uma situação dessas antes, mas Ochaco acredita que uma hora ou outra eles irão querer tirar satisfações, apesar disso Ochaco não se arrepende, por alguma razão se sente bem melhor agora que não precisa mentir direto para seus pais. Eles não sabem o que está acontecendo, mas ao menos sabem que há algo prejudicando sua filha.

A aspirante a heroína permaneceu ali deitada por mais alguns longos minutos, até que de repente o som incômodo da campainha da casa invadiu seus ouvidos. Preguiçosamente a acastanhada aos poucos foi se levantando da cama, a mesma respirou fundo e foi até sua porta. Gostaria de poder ignorar aquele ser inconveniente, porém pode ser conta ou alguém importante.

Ao chegar na porta da frente, ela suspirou e levou sua mão a chave, logo destrancando a porta e lhe abrindo. Ao encontrar os olhos grandes e esverdeados a sua frente, no mesmo segundo a acastanhada deu um passo para trás sentindo involuntariamente suas bochechas corarem.

Izuku está com uma camisa escrita All Might e por cima um moletom cinza juvenil. Ochaco lhe olhou de cima a baixo antes de desviar seu olhar levemente. O momento que teve com o amigo veio a sua cabeça, é constrangedor vê-lo depois daquele abraço demorado, ela não esperava que o garoto ainda lhe afetasse dessa maneira.

Ele também estava corado, entretanto não só por conta do incidente passado. Ochaco nem sequer percebeu que a camisa que está usando é uma regata branca que realça os volumes de seus seios. A mesma respirou fundo e resolveu falar alguma coisa.

— Oi Izuku. Desculpa por não ter ido com você para o shopping ontem, acabei ficando presa em um assunto ai. — Murmurou ocultando a verdade. O garoto levantou o seu olhar fitando os olhos da garota a sua frente, ele pareceu ficar sem graça com o comentário dela.

— Tudo bem... Mas não é bom você deixar todo mundo preocupado desse jeito, na próxima avisa que vai voltar tarde. — Afirmou com a mão na nuca. — Ah, já que você tocou no assunto, que tal se formos sair hoje? Eu realmente estou precisando conversar com você sobre algo importante. — Afirmou se referindo ao jeito estranho e calado de sua amiga, tem que fazer o máximo que puder para lhe ajudar mesmo sem saber o que está acontecendo.

Ochaco ponderou um pouco, seria uma boa ideia sair com Izuku? Aquela reação de Himiko pareceu ser ocasionada por ciúmes, não que Ochaco queira se iludir, ela sabe que não é porque a loira lhe ama verdadeiramente e sim porque a mesma é provavelmente muito possesiva. Ochaco não gosta de admitir mas confessa que está com medo, se Toga quase cortou sua garganta por conta da possibilidade de sair com Izuku, imagina se ela sair mesmo? Mas afinal, quem Himiko pensa que é? Não é como se Uraraka fosse sua propriedade ou algo parecido, enquanto ela não tiver sua decisão não poderá questionar nada! Talvez fazer isso seja colocar a mão no fogo, porém a garota não pode deixar Himiko ter esse sentimento obsessivo de posse, Ochaco não é o seu brinquedo particular.

Uravity prensou seus lábios enquanto tomava coragem para responder. — O-okay. Entra, você poderia esperar eu me arrumar ali no sofá? — Perguntou dando passagem para o outro entrar. Deku, um pouco envergonhado, entrou e se direcionou ao sofá.

[ . . . ]

Estavam Izuku e Uraraka na praça de alimentação, sentados em uma mesa um de frente para o outro, o esverdeado havia se oferecido para comprar um lanche para a garota e ela naturalmente aceitou. Ambos esperam seu fast food calmamente, apesar de estarem em um clima um pouco desconcertante já que nenhum começa um assunto.

Ochaco apoia seu rosto contra sua mão direita e batuca os dedos da esquerda na mesa de maneira tediosa, ela sabe que seu amigo tem algo para lhe contar, porém está um pouco incomodada com a estranha impressão de estar sendo observada, isso faz ela se lembrar de Himiko e não estranharia se fosse realmente ela lhe observando. Uraraka olha disfarçadamente para as pessoas por perto, não que pudesse achar a loira se ela estiver se escondendo, afinal a mesma é mestre nisso. Talvez a acastanhada esteja paranoica porém não tem como não estar.

Ochaco estava tão imersa em seus pensamentos que nem sequer percebeu quando o esverdeado a sua frente lhe chamou, assim que ele colocou sua mão sobre a dela no intuito de lhe roubar a atenção, ela quase deu um pulo na cadeira, finalmente aprestando atenção no outro.

— Ochaco-chan, você está bem? Parece tensa. — Indagou o garoto. Uraraka deu um sorriso sem graça, enquanto ficava em postura na cadeira.

— Não é nada não, só estava pensando se não seria legal se a gente for assistir algum filme juntos, depois que terminarmos de comer. — Mentiu enviando um olhar amigável para o garoto. Izuku permaneceu lhe fitando de maneira desconfiada, em outra ocasião ele ficaria envergonhado com esse pedido, porém agora está muito preocupado com a acastanhada para ligar para isso.

Midoriya Izuku respirou fundo e resolveu perguntar. — Ochaco-chan, porque você chegou tarde ontem? Tem algo haver com o fato de você estar assim? — Perguntou em um tom ameno porém preocupado. Ochaco devolveu aquele olhar em um semblante vazio, ela já esperava que ele fizesse essa pergunta, por isso estava tentando afastar o mesmo ao máximo. Ochaco virou sua face, desviando seu olhar ao Mc donalds onde ambos haviam comprado seus lanches.

Ambos permaneceram em silencio por um tempo, Izuku espera sua amiga responder e a mesma está apenas esperando o lanche estar pronto para assim ter uma distração, entretanto, infelizmente parece que ainda demoraria um pouco para o fast food estar pronto. Ela voltou a fitar os olhos esverdeados, a mesma prensou seus lábios ao ver aquele olhar sincero direcionado para si, de fato Ochaco não o merecia mais, antes quando ambos compartilhavam aquele olhar eram perfeitos um para o outro, porém agora o que resta do amor que Ochaco tinha por Izuku, aos poucos está sendo corrompido pelo sorriso sádico de Himiko. É horrível não poder mandar em seu próprio coração.

— Eu.... Não é nada, serio. Eu apenas estou para baixo esses dias, por isso preferi passar o dia inteiro de ontem sozinha. Me desculpe por não ter ido com você ao shopping e também por não ter avisado. Mas olha pelo lado bom, estamos aqui nã...

—Ochaco-chan— O esverdeado sardento interrompeu a garota. — Por favor, não minta para si mesma e nem para mim... Eu, mesmo que eu não tenha certeza, sinto que você está ocultando a verdade, meu coração está dizendo isso. — Afirmou ele, colocando sua mão por cima do da garota sobre a mesa. Uravity permaneceu com sua expressão vazia, aquilo é doloroso.

De repente o som de identificação foi ouvido, Izuku olhou na direção da lanchonete e viu que é o número de identificação deles. — Eu vou pegar os lanches, já volto. — Ele se levantou com o papel em mãos, Izuku deu um sorriso carinhoso antes de ir até o Mc.

Ochaco bufou jogando todo o seu peso para trás. A garota olhou ao seu redor procurando maneiras de sair daquela situação, não havia como porém a esperança é a última que morre. Enquanto olhava ao se redor, de repente parou sua visão quando viu uma garota sentada a alguns metros de distância, a mesma estava olhando em sua direção fixamente enquanto esboçava um sorrisinho sínico nos lábios. Ochaco arregalou seus olhos e seu corpo gelou, não, aquela garota não se parece com Himiko, entretanto aquele olhar com certeza é dela. Uraraka ficou totalmente aflita, a garota alongou seu sorriso antes de se levantar de sua cadeira, começando a caminhar na direção da acastanhada.

Ochaco se assustou quando viu Izuku colocar a bandeja de lanche sobre a mesa, o mesmo sentou-se no seu lugar, logo fitando sua amiga a sua frente. Deku estranhou quando viu ela olhando para algo atrás de si, Izuku arqueou a sua sobrancelha e então se virou para ver o que era, ficou surpreso ao ver uma garota caminhando na direção da mesa deles.

É uma garota bonita, com longos cabelos negros, os mesmos são lisos no começo e ondulados no final; Possui uma franja um pouco abaixo de suas sobrancelhas e olhos vermelhos sangue; Seu físico é atraente e seu corpo curvilíneo, a mesma é um pouco parecida com Momo, contudo um vestido branco acima do joelho, o mesmo tem saia pregueada; uma meia calça preta até os joelhos e uma sapatilha branca.

Tanto Ochaco como também Izuku fitavam a mesma de maneira curiosa, porém Ochaco está mais aflita do que curiosa. A garota parou ao lado da mesa direcionando seu olhar a Ochaco com um sorrisinho simpático nos lábios.

— Ochaco-chan, há quanto tempo! — Afirmou de repente abraçando a acastanhada na cadeira. Uravity ficou totalmente sem reação e Izuku sem saber o que falar diante aquilo.


Notas Finais


Hehe, eu sei que esse capítulo ficou mais monótono, mas é proposital pq eu estava querendo quebrar um pouco daquela tensão do capítulo passado.

Se possível comentem pq isso realmente motiva a continuar escrevendo!!

Bjs e até mais ♥️😅


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