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História Marymount Institute; Interativa - ::. 0.3 - The girls' club


Escrita por: _h3cate_

Notas do Autor


Oi, oi! Demorou, mas o capítulo das garotas finalmente saiu, né? Novamente peço perdão pela demora e planejo atualizar a fanfic em um curto intervalo de tempo para não deixar vocês curiosos.

Antes da leitura, tenho alguns avisos! O primeiro é que recebi algumas duvidas pela DM, porém demorei para responder pelo motivo de que essa é minha conta secundária, então o que está logado no meu celular é a principal. Caso tenham algo para me falar, sugerir ou perguntar, peço que vá até a conta @DiAngelo_Valdez para que eu possa responder vocês de forma mais rápida.

A segunda coisa é que nas notas finais terá um link de um formulário para que escrevam a relação com Jason Miller (Aquele garoto do teaser). Caso não queira, tudo bem! Mas quem fizer, agradeço bastante!

Por último, mas não menos importante, nos próximos capítulos provavelmente não aparecerão todos os personagens dependendo do rumo, mas ninguém será esquecido no decorrer da história!

Beijos! Boa leitura!

Capítulo 5 - ::. 0.3 - The girls' club


Do outro lado do internato, em um prédio exatamente igual ao dormitório masculino, a área feminina estava tão caótica quanto. Greta Giordano se ocupava em tentar enrolar o máximo que podia para não entrar no quarto, mas suas ações foram em vão apesar de todo esforço, pois a monitora do corredor havia dado uma bronca daquelas na italiana, que respondeu apenas com o revirar dos olhos e a retirada de sua presença. 

O alívio invadiu cada centímetro do seu corpo, que não esbanjava de muita altura, ao notar que era a única pessoa dentro daquele recinto, o que significava alguns minutos de paz antes que fosse obrigada a encarar todos aqueles indivíduos irritantes e com um ego tão grande que provavelmente tornava-se  palpável.

 

    Greta decidiu terminar de assentar seus pertences, já que havia jogado todos em cima da cama com a desculpa que a organização ficaria para mais tarde. Não podendo mais adiantar o processo, optou por agilizar na companhia do seu amado fone e a tão querida playlist que a transportava para qualquer lugar, exceto à realidade.

 

– Você vai ficar surda desse jeito.

 

    A dona da voz era ninguém menos que Odette Germanotta, que sentia o mais profundo ódio ao perceber quem seria sua colega de quarto. Ambas já tinham uma história juntas, mas não era nada tipo contos da Disney onde a amizade perfeita enfrenta um empecilho e, no final da narrativa, superariam com a força do amor, muito pelo contrário. Aquela era uma relação que iria de mal a pior.

 

     Devido a altura do som que saia dos fones de Greta, a garota não escutou o comentário de Odette, consequentemente, a mesma acabou idealizando que 

tinha acabado de ser ignorada, porém, como boa espécime de Regina George que era, soube disfarçar muito bem sua feição de nojo. 

 

Greta, pelo contrário, quando notou que não estava mais sozinha e de quem se tratava, não fez questão de poupar de forma alguma na expressão que não estava nem um pouco alegre com aquela colocação de quartos.   

 

– Ah, você – Greta fala em tom de desprezo, soando extremamente desagradável. Não que se importasse.

 

– Acredite – Odette revirou os olhos discretamente e se direcionou até seu lado do quarto – Estou tão alegre com isso quanto você aparenta estar.

 

    Como esperado por Giordano, a garota acabou falando sozinha, já que Greta decidiu dar total atenção à música que saía do seu fone. Continuou dobrando as roupas, porém de forma mais acelerada daquela vez. Se recusava a continuar naquele lugar sabendo que bastava apenas uma faísca para que ambas começassem a discutir como cães de briga altamente treinados.

 Era perceptível para qualquer um que pudesse raciocinar que o clima daquele quarto estava pesado apenas pelo encontro daqueles dois polos extremamente divergentes um do outro. Se aquilo fosse físico, dezenas de facas não seriam suficientes para cortar essa desavença descomunal que assolava aquela dupla.

 

    Não demorou muito para que Greta tomasse a decisão de dar as costas para sua nova colega de quarto e descansar um pouco. Certamente ela não caminharia pela escola inteira ou daria 5 voltas completas para passar mais tempo longe de Odette. A moça estava com os olhos pesados, portanto iria dormir ali. Caso a outra estivesse se sentindo incomodada, ela teria que se retirar.

 

– Idiota. – Odette murmurou para si mesma antes de se jogar na própria cama buscando o celular no bolso de sua jaqueta.

 

     Seu tédio logo foi substituído por animação quando recebeu uma mensagem do Vortex Club solicitando a presença de todos os membros às 16:00 horas na sala de encontro costumeira. Provavelmente fariam uma lista dos possíveis ingressantes naquele grupo de Elite ou, talvez, fosse colocado na mesa a ideia da festa de boas vindas que alguns indivíduos ansiavam, porém o foco da garota transferiu-se para a bagunça que estava no seu lado do quarto. Não demorou muito para que ela se levantasse da cama e iniciasse uma limpeza acompanhada de um frenesi incomparável, energia surpreendente e organização metódica. O fato de que sua playlist tocava as músicas que mais lhe animavam ajudava de forma grandiosa. 

Era como uma dança ordenada que envolviam as diversas peças de roupa, todas dentro da moda, os objetos de decoração diante do gosto da italiana e os vários pares de sapatos, todos dispostos por cor e situação.

 

    Quando sentiu que havia finalizado, respirou fundo satisfeita com o próprio trabalho e decidiu seguir para o local de encontro, já que faltava uma hora para o início oficial da reunião, porém não faria mal algum chegar antes para poder colocar o assunto em dia com seus colegas.

Com essa decisão na mente, Odette direcionou-se para o clube, assumindo a postura que mais sabia glorificar, a da bela vadia.

 

.  .  .

 

     Assim como  a sala de música estava ocupada pelos que adotaram esse hobbie como paixão, a quadra preenchia-se com as veteranas das líderes de torcida que escolhiam a dedo a melhor forma para que as aspirantes ingressassem ali. Aquele não era o Vortex Club, nem de longe, mas ter Sigrid Filippusdóttir como capitã significava que não seria um teste fácil. A loira levava a sério, tanto o processo de seleção, quanto o treinamento de todos ali presente, portanto, de forma imediata naquele momento, limitou-se a observar cada uma das integrantes para que pudesse fazer uma avaliação mental e constatar o que seria necessário para que aquele espírito de férias de verão fosse embora imediatamente.

 

    O falatório enchia os ouvidos de Sigrid que deixava a islandesa profundamente irritada, porém sua feição permanecia séria como sempre, já que demonstrar sentimentos para estranhos, seja qual for, é sinônimo de fraqueza pela concepção da garota. 

 

 – Ok, prestem atenção aqui. – Não foi preciso elevar a voz para que prestassem atenção na fala da líder, uma vez que seu cargo também se aplicava como dom natural – Vou ser direta para poupar o tempo de todos, principalmente o meu. Amanhã começará as aulas e tenho plena consciência que alguns aqui necessitam se esforçar mais do que no ano passado, mas peço que a dedicação continue a mesma. De forma alguma iremos regredir, pois somos um grupo de elite.

 

    O tom de voz não foi de superioridade como o que é geralmente usado pelos estudantes de Marymount. Na verdade, aquela era a forma que Sigrid tinha para incentivar quem confiava nela como capitã e, quem estava no colégio a pelo menos um ano, tinha plena consciência que a índole da moça nesse quesito era extremamente íntegra. 

 

– Tenho uma ideia de como faremos a escolha dos novos integrantes, mas preciso que…

 

    Antes que tivesse a chance de continuar, Sigrid foi interrompida pela chegada nada discreta de Amber Montgomery. A primeira semi cerrou os olhos tentando entender se aquilo realmente estava acontecendo, mas permaneceu calada até que a ruiva se instalasse no meio do grupo.

Sigrid demorou para reconhecer de quem se tratava, mas havia cruzado com Amber mais cedo quando descobriu que as duas eram colegas de quarto, então o rosto da francesa já era familiar para a outra. Apesar de terem trocado poucas, ou quase nulas, palavras, Sigrid já tinha traçado mentalmente o perfil da colega, como sempre fazia quando conhecia pessoas novas.

 

– Pode continuar. – Disse Amber sorrindo amigavelmente.

 

    Não que precisasse de uma confirmação, mas Sigrid continuou sua fala até que o raciocínio se encerrasse por completo. O debate estendeu-se por tanto tempo que os raios solares alaranjados, que denunciavam o pôr do sol, irradiavam pela parede do ginásio. Percebendo que sua presença já não era necessária ali, Sigrid fez a menção de sair, porém foi impedida no momento em que uma pessoa colocou-se no meio do seu caminho.

 

– Está indo para o nosso quarto agora? – Amber perguntou – Se puder me esperar um pouco, posso te acompanhar. Só vou colocar meu nome na lista de candidatos a capitães ou vices. O que vier é lucro. – Ela soltou uma risada curta a baixa, mas Sigrid não seguiu seu exemplo.

 

– Não precisa, obrigada. – Contornou a garota e foi em direção à saída como havia planejado inicialmente. – Boa sorte com a seleção.

 

    Novamente, apesar de parecer uma fala de deboche, o tom de voz desmistificou todo achismo que um terceiro teria ao observar a conversa. Sigrid, mesmo com o rosto sério, realmente desejou boas vibrações para Amber do jeito dela.

Montgomery não tardou para perceber a intenção, portanto, não guardou rancor pelas palavras escolhidas e proferidas por Sigrid, o que diversificou totalmente da forma que geralmente faria com “pessoas robôs” (Apelido dado pela própria para quem nunca esboçava um sorriso). Decidiu não tirar conclusões precipitadas para que pudessem levar um ano letivo sem discussões.

 

    Amber se dirigiu até a mesa das inscrições, que estava dividida pelas seguintes categorias: Capitão, Vice-capitão e líder de torcida. Cada local estava sendo cuidado por uma pessoa diferente.

 

–  Amber! O que veio fazer aqui? 

 

– Decidi tentar me inscrever nesse ano – A ruiva escreveu seu nome na prancheta que se encontra em repouso em cima do móvel – Vamos ver no que dá, não é?

 

    Assim que terminou a fala, Amber pegou o celular do bolso e leu superficialmente as mensagens que havia recebido, mas apenas uma lhe chamou atenção. 

 

          Max 

Tá fazendo alguma coisa? Vem para o meu quarto, tô no tédio.

 

Já sabendo aonde aquilo levaria, a garota sorriu de lado e se dirigiu até o dormitório masculino na intenção de passar mais uma noite com Maximilian Cooper. 

 

.  .  .

 

    Após a reunião das líderes de torcida, Melissa Camargo andou até os armários a procura do seu. Desde que chegou, a garota não tinha arranjado tempo para poder instalar suas coisas no quarto, pois transitou entre reencontros, resoluções de pendências administrativas (Que seriam resolvidas apenas com a presença do aluno) e, por fim, aquela última conferência. Quando chegou ao fim, finalmente a agenda da brasileira estava completamente livre para que ela pudesse fazer o que quisesse. 

 

    Quando estava com sua mala em mãos, implorou todo o caminho para quem quer que estivesse escutando seus pensamentos, que sua colega de quarto não fosse insuportável, mas aquele pedido era um pouco impossível de acontecer, pois Marymount era uma ilha de pessoas com caráter duvidoso. Quando chegou na frente do local indicado, Melissa respirou fundo e colocou a mão na maçaneta sentindo-se apreensiva com quem encontraria lá dentro.

 

    Enquanto isso, do outro lado da porta, Dulce Medina devorava um livro de suspense que comprara essa semana. Os olhos ávidos da loira com mechas rosas desbotadas mexiam freneticamente dentro da órbita à medida em que o clímax da história tornava-se evidente. A expressão exagerada ainda tinha direito a falas intensas (Leia-se: xingamentos) direcionadas ao protagonista amplamente estúpido, como classificado pela garota.

 

 – Caralho, que imbecil! 

 

    Quando reconheceu a voz abafada, Melissa sentiu seu peito se aliviar de todas as formas diferentes. A tormenta passou de forma veloz, dando espaço para que ela pudesse avançar para dentro do quarto sem temer um ano detestável.  

 

– Eu podia jurar que isso é perseguição – Dulce sorriu de lado ao focar seu campo de visão na amiga parada em sua frente – Juro que eu só não te dou um abraço de comemoração por termos caído juntas porque estou com preguiça de levantar da cama.

 

    Tudo que Medina disse era a mais pura a verdade, principalmente a parte da preguiça. Sua colega de quarto anterior era a pessoa mais abominável do instituto, mesmo que Miguel tenha dito que aquilo era exagero. Um dos vários talentos de Dulce era reconhecer um monstro em forma de pessoa, portanto, ela não errou em momento algum quando formou sua opinião sobre a antiga colega.

 

– Óbvio que é, não tá sabendo que eu invadi o sistema para que pudéssemos ficar no mesmo lugar? – Brincou Melissa enquanto abria suas malas em cima da cama – Mas realmente fico feliz que terei que aguentar você e não outra pessoa.

 

– Licença, aguentar? – Dulce ergueu uma sobrancelha fingindo indignação, o que arrancou sorrisos da amiga.

 

– Sim, aguentar. Agora volte para seu livro enquanto eu arrumo toda essa bagunça– A brasileira apontou para sua bagagem aberta e começou a retirar o excencial.

 

    Dulce respondeu com um aceno de cabeça e voltou a prestar atenção nas burrices do protagonista. Aquele silêncio mútuo não era desconfortável, muito pelo contrário, era funcional para as duas desde sempre. O conforto naquela calmaria era algo que apenas pessoas com uma ligação forte de amizade conseguiam passar.

Mentalmente, elas davam graças que estavam juntas. Pelo menos aquele quarto era uma certeza funcional no meio do mar caótico que era Marymount.


Notas Finais




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