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História Meu Sol - Encontros


Escrita por: Orochimaju , adolf0 e @3tangfei

Capítulo 13 - Encontros


Fanfic / Fanfiction Meu Sol - Encontros

Os raios de sol da manhã transpassavam o tecido fino das cortinas brancas do quarto da kunoichi, despertando-a de seu sono. Ino abriu vagarosamente os olhos, deixando as pupilas se acostumarem com a claridade que adentrava o cômodo. Não fazia ideia de que horas eram, mas parecia já ter passado da hora de acordar.

Tentando se levantar da cama, ela sentiu um peso sobre a cintura e, ao virar-se para o outro lado, pôde observar as madeixas avermelhadas do Kage. Retornou a cabeça ao travesseiro, mirando o rosto adormecido e sereno do ruivo. Sorrindo, e ainda sonolenta, ela levou uma das mãos ao rosto dele, acariciando-o gentilmente da tez ao pescoço, relembrando-se da noite anterior.

Como se um choque de realidade a tivesse atingido, a loira arregalou os olhos, pensando consigo mesma. “Ai meu Deus, agora eu sou a namorada do Kazekage!”. Seus olhos abriram-se ainda mais quando reparou que Gaara havia aberto os dele.

— Bom dia. — O ruivo disse, com a voz ainda embargada pelo sono.

Ele subiu uma das mãos sobre a que acariciava seu rosto, depositando um singelo beijo nos dedos da florista, fazendo-a suspirar.

— Bom dia… — Ela respondeu, tentando discernir se estaria sonhando ou não.

Sua confirmação veio assim que escutou seu telefone tocar em cima do criado-mudo. “Se fosse um sonho, esse momento não seria interrompido!”, pensou frustrada. Sentando-se na cama, ainda coberta pelo lençol, ela pegou o aparelho e o atendeu em seguida.

— Alô?

— Oi, porca! Acabou de acordar, é?! — A amiga rosada falava animada, do outro lado da linha.

— O que foi, testas? — Ino não se esforçou para parecer menos irritada.

— Vamos almoçar no Ichiraku? Uma despedida antes de você voltar para Suna!

— Vou pensar no seu caso. — A loira bocejou.

— Vai pensar nada, você vai e ponto! E outra, ainda tem que me explicar direito essa sua história com o Gaara-sama!

— O quê?

— Isso mesmo, porquinha. Todo mundo percebeu, tá? Nem adianta se fazer de sonsa!

Recuperando-se do choque inicial, a loira esboçou um meio sorriso e, com a voz em uma mistura de malícia deboche, prosseguiu, prestes a dar seu troco:

— E você tá toda animadinha assim por quê? O Sasuke deve ter ficado a noite toda ocupado em te deixar de bom humor, uhn.

— N-não é nada disso! — A outra quase gritou do outro lado da linha e Ino podia jurar que estava tão rosada quanto os cabelos. — Te vejo no Ichiraku ao meio dia, tchau! — Ainda meio desnorteada, Sakura finalizou a ligação.

A Yamanaka soltou uma risada, a amiga era bastante previsível e fácil de se perturbar.

Lembrando-se então de sua companhia, a loira virou o corpo rapidamente em direção ao Sabaku, que permanecia deitado, observando com minúcia as reações da loira.

— Er… Você está com fome? Quer café? Leite? Chá? — Dizia rápido, tentando disfarçar a vergonha.

Percebendo o constrangimento da outra, Gaara sentou-se na cama e acariciou seu rosto com a palma de uma das mãos, aproximando-se até encostar o nariz em um de seus ombros.

— Por que está envergonhada? Ontem você parecia mais desinibida. — Disse inocentemente. Afinal, para ele, a situação parecia normal. Ambos já haviam se visto nus e compartilhado uma noite cheia de intimidades; naquele momento, apenas compartilhavam a cama, como um casal normal.

“Como um casal normal”, o Kazekage deixou as palavras ecoarem em sua mente. Quando em sua vida imaginou, um dia, ser um dos lados de um par?

— E-eu não estou envergonhada! — A loira cruzou os braços, empinando o nariz. — Você não fica se achando não, Gaara!

O Kazekage soltou uma risada, achando graça da tentativa frustrada da loira se fazer de inabalável. Diante o som de seu riso, Ino relaxou a expressão e não pôde impedir os lábios de se curvarem em um sorriso, não era todo dia que era presenteada com uma reação expressiva vindo do ruivo.

Ambos olharam, então, para o pé da cama, onde uma cabeça peluda apareceu dando o ar de sua graça. Onigiri escalou os lençóis, espreguiçando a cada passo que dava em direção ao casal. Em meio a um bocejo lento, o bichano deu três voltas em torno de si mesmo e deitou entre Ino e Gaara, engatando novamente em um sono gostoso.

— Caramba, Onigiri! Só pensa em dormir. — Ino franziu o cenho, olhando para o gato. — Você é mais parecido com o tio Shika que com seu papai, hein.

Gaara arqueou uma das sobrancelhas, voltando o rosto para a loira. Com a expressão pensativa, repetiu sua última palavra:

— “Papai”?

— Olha aqui, você que quer as coisas tradicionais, seu certinho. — A kunoichi cruzou os braços, voltando a sua postura altiva, que lhe era comum. — Então vai ter que assumir a bronca. Se eu sou a mãe dele, você vai ser o pai.

O Kage, ainda com os traços fortes expressando dúvida, voltou a encarar a bolinha de pêlos adormecida. Onigiri era um gato tranquilo, apesar de ser manhoso e esfomeado. Não deveria ser uma missão mais difícil que liderar uma vila, ser pai de um gato.

— Eu vou ter que dar comida pra ele? — O Kage perguntou, tentando entender as tarefas que precisaria adicionar em sua agenda. Durante parte de sua infância, foi criado pelo tio e, segundo suas recordações, Yashamaru que o alimentava.

— Todo dia de manhã. — A loira respondeu, piscando um de seus olhos.

— Certo.

Gaara, então, pegou o gato no colo, fazendo-o miar manhoso por ter sido acordado. Levantou-se da cama da loira, acomodando o bichano nos braços, que encostava em seu peito já para retornar ao mundo dos sonhos, e seguiu em direção à porta.

— Onde você vai? — Ino indagou, franzindo o cenho.

— Dar comida pro meu filho.

A kunoichi soltou uma risada escandalosa, assustando Onigiri e acordando todos os espíritos que assombravam a casa, além de toda a vizinhança. Ela pegou então o travesseiro que o ruivo usara, jogando em sua direção.

— Vai colocar uma roupa primeiro!!

O sol do meio dia imperava suntuoso no centro do céu de Konoha, envolvendo seus habitantes em um calor aconchegante naquele início de outono. Ino e Gaara caminhavam lado a lado, aproveitando o ar fresco da Folha, que era infinitamente mais aprazível que o tempo seco de Suna. Por mais que amasse seu país e estivesse acostumado com o clima, o Kazekage não poderia negar que os ares de Konoha eram mais fáceis de lidar.

— Eu posso almoçar com você, se preferir. — A Yamanaka falava, observando o perfil do ruivo, enquanto caminhavam.

Por terem acordado mais tarde que o costume, optaram por apenas tomar um chá e esperar para comer no horário do almoço.

— Não se preocupe. — O Kazekage respondeu, sem muita expressão. — Preciso ir falar com o Naruto.

— Assuntos oficiais? — Perguntou, desinteressadamente, já avistando a cabeleira rosa de Sakura no estande do Ichiraku Ramen.

— Um Kage não deve entrar no país de outro sem, ao menos, cumprimentá-lo oficialmente.

Ino soltou uma risada anasalada, tinha certeza que Naruto não se importava com toda aquela formalidade.

— Você é mesmo todo certinho, Gaara.

— Porca!! — O casal olhou então em direção a voz de Sakura, que aproximava-se a passos rápidos, abanando uma das mãos. — Ah, boa tarde, Kazekage-sama.

— Boa tarde, Sakura. — Gaara inclinou brevemente a cabeça, cumprimentando a colega de time de Naruto. Ele virou-se então para a loira, pronto para seguir seu caminho ao prédio oficial de Konoha. — Preciso ir, até mais.

— Tá. — A kunoichi sorriu; embora morta de vontade de dar-lhe um beijo de despedida, conteve-se. — Até mais tarde!

Sakura, que olhava de um para outro com um sorrisinho sugestivo enfeitando sua expressão, esperou que o ruivo estivesse longe o suficiente, para finalmente virar-se para a amiga.

— Menina, eu tô pretérita até agora.

Ino cruzou os braços, apoiando o peso do corpo em uma das pernas, e deixou um meio sorriso tomar seu rosto de ar prepotente.

— Tá achando que sua amiga é pouca coisa, testuda?

— Não é por ser o Kazekage, Ino. — Sakura voltou a falar, seguindo a passos lentos, ao lado da loira, para a tenda de ramen. — É que é o Gaara. Vocês são totalmente o oposto um do outro.

— Bom, tem gente que diz que os opostos se atraem. — A loira deu de ombros, sentando-se em um banquinho alto, seguida pela outra.

— Pelo que vi ontem, eles não só se atraem, mas se completam. — Sakura piscou um dos olhos; suas palavras, mesmo que ditas casualmente, fizeram a loira sorrir. — Mas, me conta como isso foi acontecer! Me conta tudo, tudo!

— Ai, testuda, nem sei. — Ino sorria, feito uma adolescente apaixonada, ignorando o menu de macarrão em sua frente. — Não é difícil se atrair pelo Gaara, acredite. As kunoichis de Suna tudo ficam de suspirinhos pra ele. — Ela cerrou os olhos por um momento, lembrando-se dos cochichos que escutava  por onde quer que passasse. — Mas, sei lá, não tem só a ver com ele ser todo bonitão. O Gaara é o ser humano mais puro que  eu já conheci, dá vontade de colocar ele em um potinho e não deixar nada de ruim no mundo se aproximar dele.

Sakura soltou uma risada leve, admirada com o brilho que tomava os olhos azuis da amiga enquanto falava do Kazekage.

— Você tá apaixonada, porca!

— Parabéns por ser uma observadora tão incrível. — Ino rolou os olhos. — Mas e o Sasuke?

Mordendo o lábio inferior e fitando o cardápio em suas mãos, Sakura soltou um suspiro demorado, voltando seu olhar para a amiga.

— Ai, porca… Nós apenas caminhamos um pouco e conversamos sobre as viagens dele.

— Só isso? — A loira questionou desconfiada, pegando o menu das mãos da outra.

— Bem… Nós nos beijamos também e-

— O QUÊ??? — Gritou a Yamanaka, atraindo a atenção de algumas pessoas, que passavam em frente ao restaurante.

— Não precisa gritar, Ino!

— Mas, testuda, você esperou por esse momento a vida toda! E, sinceramente, eu achei que fosse demorar mais alguns anos pra isso acontecer.

Rolando os olhos e percebendo seu estômago reclamar, a Haruno tomou novamente o cardápio para si e, com um ar de superioridade, concluiu:

— Pois aconteceu ontem à noite. E vamos escolher logo o que comer, antes que meu estômago saia do meu corpo à procura de comida.

— Credo, você tá pior que o Chouji! — Exclamou a florista, rindo da carranca da amiga.
 

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— Até mais, testuda! — A loira abanava em direção a amiga, que afastava-se rumo ao hospital da Folha, após o almoço compartilhado.

— Tchau, porca! — Sakura ria, abanando de volta. — Passa lá em casa antes de ir embora!

Ino sorriu, confirmando o pedido da amiga e seguiu também seu caminho. Rever Sakura era sempre renovador, apesar de passarem parte do tempo se alfinetando. Antes de virar a esquina para a próxima quadra, porém, parou assim que escutou seu nome ser chamado novamente.

— Hey, Ino.

Tentando disfarçar a careta instantânea, virou-se para encarar a pessoa que aproximava-se.

— Oi, Kiba.

— E aí… — O Inuzuka parou em frente a loira, seguido por seu fiel amigo, Akamaru. O cachorro soltou um latido agudo ao vê-la, balançando freneticamente o rabo e esfregando a cabeça por suas coxas, pedindo carinho. — Há quanto tempo, hein. Você estava sumida.

— Pois é. — Respondeu sucinta enquanto dava atenção ao cachorro, passando a ponta das unhas em sua cabeça, fazendo-o abanar ainda mais rápido o rabinho. — Eu estou em uma missão na Vila da Areia.

— Nota-se. — Kiba cruzou os braços, encarando a Yamanaka de cima a baixo. — Vi que está bem próxima do Kazekage.

Ino soltou uma risada debochada da óbvia dor de cotovelo do Inuzuka, com quem tivera um rápido relacionamento no ano anterior. Kiba era um cara legal, ela admitia, mas juntos não davam certo. Era ego demais para espaço de menos, quando estavam na companhia um do outro. Quando discutiam, nenhum dava o braço a torcer e ficavam dias sem se falar. E, após pesarem tudo, chegaram a conclusão de que não tinham mais idade para levar um romance daqueles, que parecia saído direto de uma novela colegial, para frente.

— Gaara é meu namorado, é claro que sou próxima dele. — Ela respondeu, parando de dar atenção à Akamaru e cruzando também os braços. “Gaara é meu namorado… Ai, caramba, isso ainda soa irreal”.

— Hm… — Kiba arqueou uma das sobrancelhas, desdenhoso. Não via nada demais em caras como o Sabaku ou o Uchiha, não entendia o que as garotas viam neles; mas, poderia plenamente entender o que o Kazekage via na loira. Apesar do término não ter sido dos melhores, ele ainda sentia um intenso carinho pela Yamanaka e ficava com um pé atrás com toda aquela história. — Então o negócio é sério mesmo?

— Seríssimo.

Antes que o Inuzuka pudesse fazer qualquer outro comentário, ambos olharam para o lado ao sentir uma terceira presença aproximar-se, chamando-os a atenção.

— Ino. — Era Gaara, que logo colocava-se ao lado da moça, olhando dela para o outro shinobi. Lembrava-se de tê-lo visto algumas vezes, mas não conseguia recordar-se do nome.

— Ah, Gaara. — A kunoichi o saudou, notando o leve arquear das sobrancelhas do Kage. — Esse é o Kiba, acho que vocês já se conhecem.

— Olá. — O ruivo o cumprimentou, inexpressivo.

— Kazekage-sama. — O Inuzuka fez um leve aceno de cabeça, cumprimentando-o formalmente. O que não fazia muito seu feitio, na opinião da loira. — Bom, eu preciso ir. — Ele assobiou para Akamaru, que parou de cheirar os calcanhares do ruivo e colocou-se ao seu lado. — Tenham um bom dia.

— Tchau, Kiba. — A loira acenou, esforçando-se para manter-se simpática.

— Eu preciso me preocupar com esse cara?

A loira soltou uma risada, desta vez sincera, observando o perfil do Kazekage. Gaara mantinha os olhos verdes fixos na figura de Kiba, que já estava longe. Apesar da aparente falta de expressão, ela conseguia enxergar seu maxilar tensionado.

— E eu preciso me preocupar com todas as kunoichis de Suna? — Ela respondeu com outra pergunta, cruzando os braços e o olhando de canto de olho, com o tom de voz debochado.

O ruivo franziu o cenho, desentendido.

— O que têm elas?

— Nada, nada. — Ino rolou os olhos, Gaara às vezes era mais inocente que a encomenda. — E não se preocupe com o Kiba. — Deu de ombros, decidida a não tocar mais naquele assunto. — Você vai em mais algum lugar?

— Não. — Ele disse, passando a caminhar ao lado da loira. — Na verdade, vou arrumar minhas coisas e partir para Suna.

— Pensei que fosse ficar mais tempo. — Ela comentou casualmente, enlaçando seu braço no do Kage, aproveitando a aproximação.

— Só vim pelo seu aniversário. — O Kage respondeu, fazendo a loira sorrir abertamente. — Agora preciso voltar, antes que Kankurou faça alguma besteira.

— Bom, então eu vou com você! — Ela permaneceu com o sorriso no rosto, apoiando a cabeça na altura do ombro do ruivo, abraçando-se em seu braço. — Afinal, minha missão não vai se realizar sozinha e as mudinhas estão me esperando.

O Kazekage concordou com um aceno de cabeça, satisfeito por saber que teria a companhia da loira - e de Onigiri - no retorno à casa.

“Não há pessoa melhor para você! Ela te fará bem, Gaara.”, a voz da irmã mais velha soou então em sua cabeça, em uma lembrança da primeira vez em que ela abordara abertamente o assunto, assim que a loira da Folha chegara em Suna. Gaara esboçou um sorriso curto; no momento, não conseguiria discordar menos das palavras de Temari.


Notas Finais


Mais um cap pra vcs!!! Coisa mais linda eles acordando juntos não acham?
E o Gaara com ciuminho? AAAAAAHHHHH A gente te entende Ino, tbm queremos guardar ele em um potinho >///<
Quem surtou junto comigo lendo esse cap?? kkkkkkkkkkkk


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