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História Mr. Stalker - Estou na sua cola, Dimitri Nikiforov.


Escrita por: yonasuki

Notas do Autor


Olá a quem estiver vindo aqui. :D
Esse é um spin-off de Victuri!!! On Music, onde o enredo está ligado a fanfic principal. Se não leu VOM, não entenderá muito sobre a trama que será abordada aqui.
Aos que já leram VOM, é com muito carinho que lanço essa história que aborda mais sobre nosso stalker daddy preferido, Dimitri Nikiforov.
Esse spin-off abordará a quebra de tempo de 5 anos de VOM, dando mais destaque a parte russa que ficou em aberto.

Capítulo de estréia pela visão no nosso agente da polícia internacional, Stephen Myers. Vamos conhecer um pouquinho de sua personalidade tão complexa e como ele faz jus em ser umas das figuras mais importantes da Agencia.

Agradeço de coração à leitora e amiga Hiyori Masamune, que é policial e me ajudou muito em partes técnicas das quais eu não tinha o menor conhecimento. Sem a ajuda dela eu não teria conseguido lançar essa história. Obrigada Hiyori-chan!
A música 'Welcome to the jungle' do Gun n' Roses me inspirou nesse capítulo. Link nas notas finais.
Bom, já falei demais. Espero que gostem e desculpe qualquer erro. <3

Capítulo 1 - Estou na sua cola, Dimitri Nikiforov.


Estou na sua cola, Dimitri Nikiforov.

(Stephen Myers)

-Hideki Keiji, 42 anos. Mestiço de Alemão e Japonês. 1,80cm de altura. Morreu por hemorragia. Possuía cicatrizes de açoites, teve os dedos das mãos quebrados que foram curados propositalmente de forma amadora, dando um aspecto grotesco de se olhar... Hum... Apresentava em seu corpo resquícios de atividade sexual intensa, mas sem traumas de violação forçada. Foi castrado e estava amordaçado pelo seu próprio pênis. A causa da hemorragia foi decorrente da castração e do tiro na perna, onde uma artéria foi atingida.- vou sinalizando os pontos relevantes conforme passo foto por foto.

Neste momento sentado em minha sala na nossa filial japonesa da polícia, só um sentimento  traduz as imagens a medida que observo atentamente... é chocante. De fato... chocante e intrigante também... Algo que em todos os meus anos de experiência na polícia internacional, poucas vezes vi. Não consigo esquecer o desespero do estudante quando o encontrei no local do crime. O rapaz que fazia uma caminhada pelas redondezas, ficou intrigado com aquela espécie de cabana no meio do nada e principalmente com o mau cheiro que se instalava no local. Quando ele entrou no recinto.... Voilá! Um cadáver já com indícios de decomposição, que apresentava uma visão digna de filme de terror para o jovem estudante.

Estávamos de mãos atadas até então. Sem pistas do paradeiro de Hideki e tendo que agüentar indiretas da polícia local, que não consegue aceitar o envolvimento da polícia internacional nisso. Chegaram a contestar nosso envolvimento pela vítima se tratar de um cidadão japonês, sendo calados quando esfreguei em suas caras o que o seu precioso 'cidadão' havia feito. Hideki seguia uma filosofia neo-nazista, que apesar de retardada, era ainda mais doentia vista pela concepção dele. Crimes contra a humanidade. Após o chefe da polícia local ouvir isso de mim, eles foram obrigados a enfiar o rabo entre as pernas e nos engolir. Não seria seu patriotismo  disfarçado de preguiça que impediria o meu trabalho. E em meio a relação delicada com a polícia local desde que pisamos em solo japonês e uma investigação que não estava dando em nada, a descoberta que Hideki Keiji havia sido assassinado foi como uma bomba. E isso tudo me intriga. Desde a forma como aconteceu, a própria escolha do local, a limpeza no mesmo para apagar as pistas... A tentativa de um crime livre de falhas. Quando fui ao local, não pude deixar de notar o cuidado que o assassino teve em encobrir os seus rastros. Coisa que me leva a crer que o mesmo não estava sozinho. Mas o que mais chamou minha atenção não foi só isso...

(PENSAMENTOS DO PASSADO)

Sem respostas, sem pistas, sem nada... Frustração define o meu estado de espírito com essa investigação. "Somente informação inútil!"  Achei que poderia ter alguma pista do Hideki por aquela puta do Ivan, já que foi o último a ver aquele nazista, mas nem isso foi o suficiente! Aliás, o que foi aquele ferimento? Posso ter ressentimentos por ele, mas nunca imaginei que o veria ferido, ele sempre foi cuidadoso demais. Independente de sua perseguição em querer atingir o meu lado pessoal, não nego o excelente profissional que Ivan Popovich é. Por falar em perseguição, quis esganá-lo quando me olhou presunçoso... Como se esfregasse na minha cara: 'Sabe o cara que você é apaixonado? Contemple agente Myers, também tirei isso de você.' Eu e Ivan possuímos uma história complicada, cheia de ressentimentos e confesso que injustiça da minha parte, mas que deixei de lado ao ver em como ele se esforça para tirar tudo aquilo que importa de mim. "A hora da verdade chegará um dia Ivan, e pode ter certeza que quem acabará sem nada será você. Sua puta mal amada!" O toque do celular interrompe o rumo nada saudável dos meus pensamentos...

-Agente Myers. - atendo e meu coração acelera ao ouvir a voz do agente Leo de la Iglesia na linha. Coloquei ele na cola da polícia local para caso quisessem fazer alguma gracinha como não reportar informações, já me bastou o caso do seqüestro de Vitor Nikiforov e o incidente de Hideki Keiji no teatro do conservatório. Estou saturado de incompetência.

-Agente Myers, a polícia local recebeu um telefonema. Encontraram um corpo em uma cabana próxima a estrada de Hasetsu. Já estou aqui no local, mas o chefe da polícia não permitiu minha entrada, afirmando que eu não sou o chefe da investigação e que se fosse o caso da vitima ser Hideki Keiji, que permitiria a entrada. Estou tentando acalmar a testemunha que está muito nervosa, mas optei por não bater de frente com o policial até receber suas instruções. Stephen... Eu acho que pode ser o nosso homem pelo pouco que consegui ouvir a testemunha dizer. - suas palavras trazem um choque elétrico em mim. "Sim! Finalmente uma pista!" Não dou tempo para processo mental e digo...

-Estou saindo daqui. Passe a localização por mensagem e chego o mais rápido possível aí. Fez muito bem em não bater de frente com o policial, deixe que eu resolvo assim que chegar. - desligo ansioso em antecipação ao que vem pela frente. Eu sinto que estamos no caminho certo.

Ao estacionar o carro junto de minha equipe, vejo fitas de isolamento cercando todo o local e um policial completamente exaltado gritando com uma testemunha apavorada, tendo o agente Leo como mediador tentando acalmar os ânimos. "Que bagunça é essa? Será que esse cara se formou por correspondência na academia de polícia?! Não está vendo que a testemunha está apavorada?! Quanta incompetência!"  Ordeno para que meus homens adentrem o local enquanto visto a minha melhor máscara de 'isso está muito interessante, quero participar' e me aproximo dos três...

-Eu te fiz uma pergunta moleque! O que você fazia por essas bandas? Conhecia a vítima? Por que não responde? Sabia que esse seu silêncio pode não ser uma coisa boa para você? - as falas do policial demonstram claramente abuso de poder numa tentativa de intimidação ou possível forma de arrumar um culpado para que assim possa ter menos trabalho. "Argh...Esse tipo é o que eu mais odeio."

-Uau... Isso por acaso é um teste de audiometria para ver o quanto uma pessoa agüenta  ouvir  gritos?! Ou o senhor quer deixar a todos surdos? - digo cinicamente logo atrás do policial. O ser asqueroso que estava aos gritos vira e me olha incrédulo. Noto em seu olhar o completo desgosto por me ver ali. "O que foi, idiota? Achou mesmo que não viríamos?" Ao observar minha cara mais do que cínica,ele explode...

-O que está fazendo aqui??? Já avisei o seu agente que entraríamos em contato se tivesse a ver com o seu caso! Vocês ficam sempre querendo se meter em tudo, não é? Acha que são melhores do que nós só por fazerem parte da polícia internacional. Acho melhor recolher sua língua cínica para dentro da boca e me deixar terminar o que tenho aqui. Ainda estamos identificando o corpo. Não preciso que me ensine a fazer o meu trabalho. - explode apontando seu dedo nojento em minha cara. "Ah... Você realmente é o tipo que mais detesto. Usa essa sua posição de merda para querer subir em cima dos outros. Acha que temos vida mansa e morre de inveja de algo que nem sabe como funciona, não é imbecil? Vou te mostrar que para ser um agente da polícia internacional precisa ter bolas pra isso." Ainda encarando o policial pego o rádio...

-Agente John, o corpo é o do nosso homem?

-Sim chefe, a descrição confirma ser de Hideki Keiji. - lanço um sorriso aberto e divertido para o idiota a minha frente e digo...

-Bem... parece que esse caso tem a ver sim conosco. - minha fala deixa o policial vermelho de raiva e antes que possa retrucar, continuo... - O quê? Está indignado? Ou não tem argumentos para sua falta de competência? Não ache que sabe com quem está lidando, Senhor... - olho seu nome no uniforme - ...Takeshi Nishigori. Não preciso achar que sou melhor do que você porque de fato eu sou. Acho que você não tem dimensão do que é a polícia internacional, não é? Só para refrescar sua memória de algo que devia ter aprendido na Academia de Polícia, nós temos jurisdição no mundo todo, desde que o criminoso tenha cometido crimes contra a humanidade, que é o nosso caso aqui... Sem falar de outras áreas que ficam a nosso cargo também e que não lhe dizem respeito. Então, enfie você essa língua ignorante dentro dessa boca idiota e me deixe fazer o trabalho que a maior instituição de agentes do mundo me designou. Acha que o que fazemos é moleza? Você não duraria duas horas no nosso campo de treinamento, ainda mais com essa atitude totalmente anti-ética com uma testemunha. Agora por favor, recolha seus homens que assumimos a partir daqui. Vamos ver o que conseguimos consertar por conta da sua incompetência. Te permito me acompanhar em silêncio se quiser aprender como funciona uma investigação de verdade. - finalizo irônico, recebendo o olhar homicida do policial. Resolvo brincar mais um pouco antes de dar início ao reconhecimento da cena do crime, que sei que me dará calafrios, e arqueio uma sobrancelha cinicamente ao dizer... - Se eu fosse você não diria o que está em sua mente agora. Você pode ter problemas por insubordinação a um oficial superior. - sem esperar sua resposta, viro-me para a testemunha... - Desculpe a falta de profissionalismo do meu colega. - pego agora a ficha da mão do policial imbecil, que ainda me olha como se quisesse me matar - Azuma Shuusei, certo?

-S-Sim.  - responde o estudante ainda intimidado com o policial boçal. Dou um sorriso tranquilizador em sua direção...

-Fique tranquilo, Azuma. Não estou aqui para te intimidar e nem te prender. Só preciso que conte como encontrou o corpo e nada mais. Após pegar seu depoimento, o próprio agente Leo de la Iglesia o levará para casa. - o estudante me olha com um leve interesse e respira aliviado, dando início ao seu depoimento, que poderia ter sido adiantado há muito tempo pelo agente Leo, se Takeshi Nishigori não tivesse bancado o lobo alfa para intimidar o garoto.

Após o depoimento bem perturbado do estudante e a saída dele com o agente Leo, respiro fundo para a cena, que a valer pelo cheiro, tenho certeza que não será agradável de se olhar. Retiro minhas luvas e máscara do bolso do casaco e sigo a caminho da cena fatídica. O policial Nishigori não fez mais nenhuma menção desagradável e como um predador acompanha meus passos para o interior do local do crime. "Oh, está me acompanhando para ver se vou ficar chocado ou vomitar? Você realmente me subestima seu policialzinho de meia tigela."

As salas estão totalmente vazias e sem vestígios que possam ser colhidos, com exceção do quarto do fundo que conforme me aproximo, o cheiro fétido de decomposição impregna minhas narinas.  Meus agentes já estão a postos na cena do crime colhendo as provas. Assim que adentro a sala, a cena que vejo... "Meu Deus...Isso é..."  Antes que eu possa concluir meu pensamento, Nishigori faz menção de vomitar mas é agarrado pelo colarinho por mim...

-Se não tem estômago para o que vem por aí, sugiro que se retire. Seu vômito só servirá para apagar possíveis pistas, policial Nishigori. - o policial se recompõe em silêncio, sem me contestar dessa vez. Concluí que ele não havia entrado nesse quarto e deixado que seus subordinados fizessem o serviço pesado. Típico de tipos como ele.

O aspecto de Hideki Keiji? Não consigo pensar em palavras para definir o quanto o seu fim foi chocante. Seu corpo, com claros sinais de decomposição dão um aspecto ainda mais sinistro ao fim que teve. Olho rapidamente em volta e noto o quanto o quarto está limpo, além do próprio corpo e cordas que o imobilizam, nada mais está no ambiente. Quem quer que seja que tenha feito isso, tomou todas as precauções para que nenhum detalhe ficasse de fora. "De fato... Isso foi muito bem calculado. Mas por que estou inquieto?"  Me aproximo mais do corpo e paro para observá-lo atentamente... O pênis em sua boca junto da mordaça, marcas antigas de ferimentos, dedos completamente disformes, restos de alguma substância seca, que só posso supor ser esperma em sua barriga e pernas junto a muito sangue coagulado... seu baixo ventre, onde deveria existir o pênis, agora só é uma massa de carne podre em processo de decomposição. Seus olhos... vidrados e sem vida, onde em meio a poeira do ambiente possuem marcas de líquidos que escorreram deles em todo o seu suplício... "Será que o arrependimento bateu em sua consciência no final de tudo, Hideki Keiji? Foram mais de 8 anos procurando por você. E o que vejo aqui? A vingança de alguém que com certeza carregava um ódio tão grande por você, que nem você fazia dimensão do tamanho, não é? Somente um monstro muito maior do que você seria capaz de fazê-lo chorar..."  Continuo observando o corpo e levo um choque elétrico ao perceber algo. "Dois tiros... em lugares estranhamente familiares para mim...Oh, meu..." Viro-me para o perito ao meu lado, enquanto em meio a tudo nem notei que havia arquejado e deixado a sala em completo silêncio...

-Dois tiros, certo ? Quais são os outros ferimentos? - pergunto com os olhos arregalados e intensos para o experiente perito Sebastian Ferris. Eu sei que tem coisa aí... eu sinto.

-A vítima ao que tudo indica morreu pela perda de sangue, agente Myers. Possui cicatrizes mais antigas de açoites, que suponho que tinham pontas de metal a valer pelo formato da cicatriz. Notei restos de esperma,  - mostra o perito com a luz negra - mas só laboratório que poderá dar mais certeza com relação ao DNA... Levou dois tiros de Glock*(foto da arma nas notas finais), sendo o da coxa, além da castração os responsáveis pela sua morte. A priori, esses são os primeiros dados. Ainda não movi o corpo mas já estamos no fim da colheita das amostras. - finaliza ansioso pela minha reação. E eu? Estou fervilhando. Claro que provar é o 'x' da questão, mas não posso deixar de associar. Viro-me com olhar vidrado para o agente John...

-Agente, me passe as fichas das vítimas de Hideki Keiji, inclusive dos sobreviventes Victor Nikiforov e Yuri Katsuki. - John me olha sem entender nada e me entrega a pasta, enquanto já emendo para Sebastian conforme vou folheando o arquivo cada vez mais eufórico... - Peçam para que virem o corpo, Sebastian. - o perito me olha curioso e pede que façam o que pedi. A sala prende a respiração com minha análise. Sou reconhecido no meio policial por isso. Quando fico com olhar vidrado significa que encontrei algo.

Assim que o corpo é desamarrado e virado de bruços, não consigo segurar a exclamação...

-Marcas de queimaduras por cigarros... Hum... Eu sabia! - digo eufórico. Todos olham intensamente para mim em expectativa... - Caros colegas, ao que tudo indica o assassino tinha conhecimento dos crimes que Hideki Keiji cometeu. Isso diminui nossa lista de suspeitos, concordam? Não se trata de uma vingança pessoal só por um assassinato em si, nem mesmo de uma vítima que tenha conseguido escapar e resolveu acertar as contas com esse cretino. Conseguem entender que esses ferimentos abordam quase todas as vítimas desse nazista? Quem o matou teve acesso aos nossos arquivos ou fez uma investigação particular. O assassino obteve tantas informações,  que até mesmo os ferimentos da última vítima de Keiji estão aí visíveis para todos verem. Os tiros que Victor Nikiforov levou, bem como as queimaduras que Yuri Katsuki sofreu há anos atrás.  - antes que eu conclua meu pensamento, o impulsivo agente John me interrompe. Grande erro...

-Mas chefe, isso quer dizer que nosso culpado é Dimitri Nikiforov! Achamos a resposta para esse... - meu olhar o cala instantaneamente.

-Além de ter o hábito de desobedecer ordens, você também é vidente Agente John? Sabia que acusar alguém sem provas também é crime? Me pergunto como você conseguiu entrar para a polícia internacional, fez o treinamento por correspondência? Ofereceu suborno? Ou deu a bunda para alguém? Se não sabe analisar a situação sugiro que cale essa maldita boca! - minhas palavras deixam todos chocados. Nishigori está abismado com a forma como falei com meu agente, mas não sabe um mísero detalhe sobre quem é o grande culpado pelo seqüestro de Victor Nikiforov. "Ainda não engoli sua desobediência, agente John."  Se tem algo que odeio mais do que tudo são falsas acusações. Eu desconfio, é claro, jogo indiretas e lanço variações de perguntas com o mesmo significado para ver se pego alguém em um deslize, mas acusar sem provas? É o primeiro erro de um policial. Eu mais do que ninguém sei o preço que se paga por fazer isso. Não satisfeito e com um olhar glacial para o agente, continuo... - Já parou para pensar que além de Dimitri Nikiforov, pode ser alguém da polícia também? Algum mercenário pago para investigar Hideki Keiji a mando de algum familiar de uma das vítimas mortas? Ou de repente, nunca se sabe, um hacker possa ter acessado nossos arquivos ou mesmo minha casa possa ter sido invadida a procura dos arquivos que tenho lá sem que eu soubesse por alguém pago pelo mandante do crime? É claro que a primeira pessoa que viria na sua cabeça seria o Senhor Nikiforov, já que guarda rancor pessoal por ter sido incapacitado pelo seu braço direito, não é? Não tiro a suspeita de Dimitri, e por considerá-lo um suspeito em potencial desde que o encontrei da primeira vez quando tentou invadir nossos arquivos a procura de informações, tenho alguém em sua cola na Rússia desde então colhendo informações para mim. E sabe por que fiz isso? Porque se ele tiver algo a ver com isso, não posso acusá-lo sem ter provas. Entendeu a diferença? Bom... Já terminei minha análise parcial. Sebastian, termine o relatório e entregue na minha mesa até o fim do dia.  - finalizo retirando as luvas e saio do recinto sem olhar para as expressões chocadas dos presentes.

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Foi tudo muito bem feito. Muito bem calculado. "Frieza... Calculismo... coisas tão simples para alguém como Dimitri Nikiforov."  Ao lembrar de tudo o que vi naquela cabana, ainda não consigo não me impressionar. Cheguei a falar com meu superior sobre o assunto e minhas suspeitas que abordavam não só Dimitri como também alguém da polícia, mas não tive muito crédito dado a falta de provas. É frustrante... meu instinto me avisa que algo está para acontecer... minha suspeita de que ele tem algo a ver com isso faz meu radar interno gritar. O que chega a ser irônico por se tratar do cara por quem sou apaixonado há mais de seis anos. O cara que chamou minha atenção desde a primeira vez em que coloquei meus olhos nele naquele evento em Seatle. De qualquer forma é inevitável para mim não suspeitar dele, ainda mais se tratando de todo o histórico referente ao que aconteceu no teatro do conservatório. Sua forma de falar comigo quando fui notificar seu filho e Yuri sobre a morte daquele nazista ainda me assombra. Seu olhar era frio e cheio de sombras, como se tivesse um monstro em posição de ataque pronto para dilacerar qualquer um que o ameaçasse. Vejo Dimitri como uma caixinha de surpresas, nunca se sabe o que pode sair de lá, essa caixa pode reservar coisas maravilhosas e prazerosas, como já provei um pouco em primeira mão, mas também pode surgir algo monstruoso e sinistro acaso se sentir acuado. Não consigo deixar de sorrir com o pensamento que cruza minha mente neste momento... "Se ele realmente tiver algo a ver com isso, será a segunda vez que me apaixono por um criminoso. Ironias do destino? Pode ser. Mas de tratando de tudo o que já vivi dentro da polícia, não seria de se espantar."

Sou interrompido do meu monólogo interno pelo bip de um e-mail do agente que se encontra na Rússia para observar Dimitri. Sem mais delongas acesso o conteúdo de mais uma leva de fotos dos últimos dois meses. Pedi para que me enviasse os arquivos na hora, só se visse algo suspeito. Passo uma a uma as imagens da sua rotina de deputado tão cheia de coisas chatas e tediosas, e assim que aparecem as fotos do último mês, noto algo que faz meu coração acelerar...

-Espere um pouco... Tem algo de diferente. - é imperceptível e provavelmente não serviria como uma prova concreta. Mas a diferença entre as fotos das últimas duas semanas mostram um Dimitri mais magro e também... - Não é possível, Dimitri! - aumento mais as duas imagens, fazendo um comparativo entre elas. Na primeira foto noto que ele anda mais de cabeça baixa, algo tão pouco usual de alguém que tem o nariz em pé como ele... sua preocupação em não ficar em evidência, segundo as fotos que vi dele. Hum... Tem algo diferente... O primeiro Dimitri tem o rosto mais fino do que o segundo... O primeiro não possui as mãos de dedos longos do segundo... O primeiro não possui o mesmo corpo do segundo... Resumindo, o primeiro não é o Dimitri porque eu conheceria o corpo do cara que eu sou apaixonado até no inferno! - Ah... não é possível que seja o que eu estou imaginando, Dimitri Nikiforov!

Sei que isso não é o suficiente para declará-lo como um suspeito oficial, mas é o suficiente para que eu averigúe direto na fonte. Sim... a partir de hoje, Dimitri está na minha mira. Independente de ser o cara que eu tenho uma queda, não cometerei o mesmo erro uma segunda vez.. mesmo se tratando do assassinato daquele nazista nojento. Em meio a minha vontade de justiça e expectativa do que esperar de alguém que mexe tanto comigo, não consigo deixar de sorrir...

"É melhor você não estar escondendo nada, Dimitri. Faço questão de ficar na sua cola pessoalmente... Isso vai ser muito interessante..."

(Continua...)


Notas Finais


Se prepare Dimi. Chiclete Myers grudará no seu sapato.

Link de Welcome to the jungle
https://www.youtube.com/watch?v=o1tj2zJ2Wvg

Link com a foto da arma Glock
http://www.imgrum.org/media/1037024324606562945_2020926859


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