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História My Only Exception (EM REVISÃO) - Dever


Escrita por: dirtypaws

Notas do Autor


Olá de novo! Eu fiquei muito satisfeita com os comentários e o encorajamento a continuar. Então aqui está, capítulo 2! Obrigada a todos os comentários. Espero que gostem! <3

Boa leitura!

Capítulo 2 - Dever


Naquela manhã, Alex despertou contrariada, os pressentimentos sombrios que ela havia previsto estavam tão nítidos quanto os primeiros raios de sol que espreitavam pela janela. Ela expressara com veemência as possíveis complicações daquela ideia, mas, para sua frustração, suas palavras pareciam ter sido ignoradas, dissipadas no ar como fumaça. No entanto, entre suspiros pesados, ela ponderou, as melhores histórias muitas vezes brotam de escolhas ousadas, e talvez, quem sabe, essa situação pudesse se tornar uma delas.

O motivo de sua resistência? Suas queridas amigas, Nicole e Lorna, estavam à beira de dar o grande passo rumo ao casamento. Após cinco anos de uma saga romântica cativante, elas decidiram finalmente selar o compromisso. Alex compartilhava sinceramente da felicidade do casal, mas sua contrariedade não estava ligada ao casamento em si. O cerne da questão residia na solicitação peculiar que recebera: cantar na cerimônia nupcial. Para ser totalmente franca, a exigência partira mais de Lorna do que propriamente um pedido. A morena viu-se pressionada, não apenas pela ameaça sutil de perder seu emprego, mas também pela perspectiva de enfrentar um desafio totalmente fora de sua zona de conforto - o microfone e ela não eram exatamente amigos íntimos.

— Já disse o quanto eu odeio injustiças? Nicky e Lorna me pagam... — Alex pensou.

 

 

Tudo teve início quando Alex e Nicky conseguiram emprego no renomado New York Times. Elas cresceram juntas e eram inseparáveis. A mãe de Nicky, Marka, partira cedo, e desde então, Diane, a mãe de Alex, acolheu a loira como parte da família. Para Alex, Nicky era mais do que uma amiga, era uma irmã. E ela estava disposta a defendê-la e fazer qualquer coisa por ela.

O velho Sam Healy Morello era dono e editor-chefe do famoso jornal. O New York Times destacava-se significativamente em comparação com outros jornais. Sua equipe era composta por jovens jornalistas que desfrutavam de uma notável liberdade para escrever artigos substanciais. O alcance do público era extraordinariamente amplo, resultando em uma audiência considerável. Entretanto, em algumas situações, a abordagem editorial parecia apresentar uma inclinação específica.

Lorna, por ser filha de Sam, tecnicamente ocupava uma posição superior a Alex e Nicky. Mesmo que tenha escolhido trabalhar no jornal por méritos próprios, em vez de assumir um cargo mais elevado apenas por ser filha do dono/editor-chefe, estava destinada a suceder seu pai, que se aposentaria em breve. Nicky entrou para o jornal meses depois de Alex conquistar seu cargo, impressionando com trabalhos notáveis que destacavam a habilidade de sua irmã. Isso despertou o interesse de Alex, que ansiosamente queria tê-la em sua equipe.

Um mês após a chegada de Nicole à equipe, a filha de Sam fez uma visita ao jornal. Alex e Nicky estavam tomando café na sala de reuniões quando Lorna surgiu. Nicky quase cuspiu seu café em cima de Alex ao vê-la. A morena podia jurar que o coração de sua irmã estava quase em curto de tão acelerado que batia. Lorna, por sua vez, ignorou Nicky por semanas antes de finalmente concordar em sair com ela pela primeira vez. A partir desse momento, tornou-se evidente que Lorna estava tão apaixonada quanto a loira, e a dinâmica entre elas era palpável.

Quando Nicky passou meses viajando com Lorna, Alex aproximou-se de alguém. Sylvie era uma das escritoras do New York Times; Ela era da equipe desde um ano antes de Alex e melhor amiga de Lorna. Ela gostava de passar na sala da morena de vez em quando para fazer piadas sujas e tentar levá-la para cama, o qual Alex cedeu por uma vez e engataram num relacionamento de três anos. No entanto, quando o relacionamento acabou, por mais que Sylvie amasse Alex, concordaram em manter amizade para que isso não interferisse em seus trabalhos.

A vida de Sylvie era notoriamente difícil, e Lorna e Alex eram as únicas coisas positivas que surgiram em seu caminho. Seu pai era o editor-chefe de um jornal concorrente do New York Times. Ao contrário do pai de Lorna, que continuava a incentivá-la a dar o seu melhor no trabalho, o pai de Sylvie estava agindo de maneira oposta. Quando ela ingressou no jornal, tinha a intenção de provar ao seu pai suas capacidades. Embora Sylvie tenha atendido a todos os critérios, seu pai se opôs à sua contratação, alegando que sua filha era irresponsável e não ficaria no cargo. Sylvie tinha um histórico problemático, envolvendo-se constantemente em problemas, frequentando estabelecimentos e usando drogas.

Sam deu uma chance a Sylvie e estava disposto a ajudar sua filha de consideração. Quando Alex e Sylvie estavam namorando, a morena tentou ajudar Sylvie várias vezes, até que o relacionamento se desgastou devido ao abuso de drogas. No entanto, para reconquistar sua ex e não perder o emprego como uma respeitada jornalista de moda, Sylvie se comprometeu a entrar em reabilitação e desde então tentava mostrar a Alex o quanto havia mudado. Elas se tornaram boas amigas, embora Alex tenha deixado claro que não retomaria o relacionamento a menos que Sylvie provasse uma mudança completa. Apesar das palavras de Alex, sua intenção não era mais reatar o relacionamento; ela simplesmente queria o melhor para ambas, e, além disso, não estava disposta a passar por tudo novamente.

Depois de dois anos como escritora, Alex foi promovida a editora de notícias. Inicialmente relutante em aceitar a promoção, pois preferia continuar cobrindo eventos em vez de ficar presa no jornal corrigindo os erros dos outros, Nicky a convenceu a aceitar. "Você merece isso, Alex", disse a loira. Alex aspirava a uma vida melhor para si mesma e, após considerar cuidadosamente, cedeu. Ela fez um acordo com Sam e Lorna para transitar gradualmente para o novo cargo. Planejava orientar seu sucessor antes de assumir plenamente as responsabilidades. Embora Alex já tivesse editado seu próprio trabalho, nunca havia editado os dos colegas de trabalho. No entanto, ao longo do tempo, ela descobriu ser uma excelente editora. Sentia satisfação ao ver as pessoas levarem a sério suas sugestões e melhorias, e apreciava a expectativa nos olhos de seus colegas quando falava sobre aprimoramentos necessários nos artigos. A transição para o papel de editora trouxe não apenas desafios, mas também uma realização pessoal que Alex não imaginava inicialmente.

Mas quem eu estou tentando enganar? Alex amava. Ela adorava o poder que esse cargo lhe conferia.

Sua mãe, Diane, costumava dizer que Alex havia nascido para esse trabalho, já que sua segunda natureza era detectar erros em tudo e apontá-los.

"Aha, Diane, isso é muito engraçado. Tenho certeza de que meu pai se apaixonou por você pelo seu bom senso de humor."

 

— Terra para Alex! — Nicky estalou os dedos enquanto observava o reflexo da morena no espelho. — Vai dar tudo certo, Vause. — Conhecendo sua melhor amiga e irmã, Nicky sabia exatamente o que Alex estava pensando. Inferno, ela sempre sabia. Alex balançou levemente a cabeça para dissipar seus pensamentos e olhou para Nicky, que já havia vestido seu terno e estava diante de um espelho triplo no quarto do hotel, enquanto a maquiadora começava a trabalhar com uma maquiagem básica.

— Eu sei, eu sei, mas estou prestes a subir em um palco diante das pessoas do jornal, sem mencionar nossa família e a família de Lorna. Eu não tenho permissão para ficar nervosa? — Alex respondeu, levantando-se da cama e começando a andar de um lado para o outro.

— Alex, você acha mesmo que Lorna e eu pediríamos para você fazer isso se soubéssemos que você iria passar vergonha? — Ela perguntou de olhos fechados enquanto a maquiadora passava uma leve sombra em seus olhos.

— Não sei. — Alex encolheu os ombros.

Os olhos de Nicky se abriram, e ela olhou para o reflexo da morena no espelho com uma expressão de incredulidade diante da resposta.

— Claro que não. Eu sou sua melhor amiga e irmã. Por mais que eu ame tirar sarro com a sua cara, por que eu faria isso hoje? Honre esse vozerão, Vause! Tenho certeza de que a mulherada toda vai se derreter por você. Quem sabe até não arranje logo alguém quando Lorna jogar o buquê e tire a Sylvie do seu pé? — Ela deu de ombros.

— Tudo bem, me desculpe. Eu confio em você. — Ela se desculpou apressadamente enquanto continuava a andar de um lado para o outro. — Eu só... não tenho certeza.

— Pode pelo menos parar de se mexer tanto? — Nicky virou sua cadeira e acompanhou os passos de Alex. — Jesus, Alex! Você está me deixando tonta! Eu já vi você cantar, não há nada com que você deva se preocupar. — Ela levantou as mãos, fazendo com que Alex parasse e ficasse de frente para sua amiga, assegurando-a.

— Ah, claro! Você me viu cantar uma vez na escola e em gravações de vídeo antigas de Diane. E sem esquecer de quando saímos para beber em um karaokê e eu fiquei tão bêbada que chorei no meio daquela música porque eu estava chateada com Sylvie, que até o DJ foi me consolar. — Ela suspirou. — Porra, eu acabei dando um beijo nele e eu nem gosto de homens! — Alex balançou a cabeça em negativo ajustando os óculos no alto da cabeça. Definitivamente ter bebido muita vodka aquela noite fez com que Alex ganhasse memórias estranhamente confusas e constrangedoras.

— E você ainda fez um discurso anti-amor em cima do balcão. — Nicky riu da lembrança. — Bom, se estiver muito nervosa, pelo menos beba um pouco. Você está cantando no meu casamento, Vause. Isso vai ser importante! — Nicky disse passando firmeza à amiga e voltando-se para o espelho.

"Porra.."

 

 

Alex deu um beijo em Nicky e depois em Lorna antes de seguir para o casamento, considerando que as noivas chegariam por último. Ela foi na frente com Sylvie e Suzanne, que estavam com a outra noiva. Suzanne, a editora de fotos do jornal, tinha uma eloquência impressionante ao falar, fazendo Alex se arrepiar com suas palavras complexas, embora houvesse momentos em que precisavam interrompê-la para não se estender demais.

Ao se aproximar de seu carro Volvo XC90 preto, Alex encontrou Sylvie e Suzanne esperando. Sylvie vestia um elegante vestido preto, que chegava até os joelhos, com mangas longas e uma gola em V adornada com um babado transparente estendendo-se até o pescoço. Ela segurava uma pequena bolsa, e seu cabelo curto, levemente bagunçado, conferia-lhe um charme rebelde. Por sua vez, Suzanne estava deslumbrante em um vestido vermelho que realçava suas curvas, também com comprimento até os joelhos. Seus cabelos soltos completavam o visual, e ela segurava uma pequena bolsa. As três mulheres irradiavam elegância e beleza enquanto se preparavam para o evento.

— Minha nossa, assim eu me apaixono de novo, Alex! — Sylvie assoviou e lançou um olhar sedutor de cima a baixo assim que avistou Alex caminhando em sua direção.

— Acho que não estou apreciando muito para onde seus pensamentos estão indo, Sylvie.

— Ah, você me conhece, Vause... — Sylvie sorriu abertamente para sua ex.

— Você está deslumbrante, Suzanne! — Alex a cumprimentou.

— Obrigada, Alex. Eu tenho que admitir, até eu me apaixonaria. Você também está incrível! — Elas riram, e Sylvie lançou seu melhor olhar para Suzanne como se dissesse que viu a ex primeiro. Suzanne apenas deu de ombros, como se dissesse que ela só estava dizendo a verdade. A atmosfera descontraída e divertida entre as três amigas proporcionou um momento leve e descontraído antes do casamento.

— E então, Alex, você já escolheu a música que vai cantar? — Sylvie perguntou ao lado de Alex, enquanto ela dirigia. Ela estava retirando os saltos, prestes a colocar os pés no painel de controle quando Alex a cortou antes de conseguir.

— Nem pense nisso, Sylvie. — A ex abaixou abruptamente os pés, dando um sorriso amarelo para Alex por ter sido pega.

— A missão suicida ainda está de pé? — Alex lançou um olhar impaciente para a ex. Sylvie, de alguma forma, sempre encontrava maneiras de testar seus limites.

— Sylvie, eu sugiro que você pare de falar ou vai haver noventa e cinco por cento de chances de a Alex perder a paciência, resultando em uma direção imprudente, que resulta em acidentes quase todo o tempo. — Suzanne disse rapidamente enquanto estava sentada no banco de trás. — E eu não quero morrer por sua culpa.

— Sim, Sylvie, a missão suicida ainda está em luz verde. Sem chance de recuar. — Alex suspirou, não havia outra opção, tinha que cantar. Sylvie jogou a cabeça para trás e riu.

— Não se preocupe, Alex.

— E que tipo de ajuda você poderia oferecer?

Sylvie deu uma olhada para a ex, pensando bastante sobre a resposta, o que logo resultou em um sorriso sugestivo.

— Eu sei como te reconfortar, não sei?

— Porra, Sylvie. Eu só preciso de pelo menos um apoio moral. — Alex revirou os olhos para a ex.

— Vai me dizer que Alex Vause está nervosa?

— Não. — Alex disse enquanto mantinha os olhos na estrada.

— Pois eu jurava que não estava enganada, Alex. — Ela sorriu, provocando.

 

 

Chegaram à cerimônia vinte minutos depois. Estacionaram e adentraram o The River Café, onde avistaram Nicky, elegantemente vestida e pronta para entrar. Assim que ela as percebeu, sorriu nervosamente.

— É isso, aqui estou, Nicole Nichols finalmente vai se casar! — Ela apontou para si mesma, mostrando claramente seu nervosismo.

— Boa sorte, Nicky! Há apenas vinte por cento de chances de que a Morello possa mudar de ideia e fugir, mas os outros oitenta por cento estão do seu lado. — Suzanne piscou para Nicky.

Alex ergueu uma de suas sobrancelhas, Sylvie gargalhou ao ouvir Suzanne, e Nicky arregalou os olhos com o que tinha escutado.

— Porra, obrigada, Suzanne, isso me ajudou bastante!

— Desculpa, Nicky. Pelo seu tom de voz, claramente você está sendo sarcástica, portanto, o que você disse não é realmente o que você está dizendo.

— Suzanne, você está fazendo isso de novo. — Sylvie avisou, apoiando a mão sobre o ombro dela. Suzanne balançou a cabeça em concordância e ficou em silêncio. — Boa sorte, Nicole. Não seja uma covarde. Acho mais fácil você fugir do que a Lorna.

— Obrigada, Sylvie. — Nicky revirou os olhos. — Você também é animadora. — Sylvie mostrou o dedo do meio e foi retribuída por Nicky. A ex de Alex e ela viviam se provocando.

Alex virou-se e ficou de frente para sua melhor amiga, puxando-a para um abraço apertado antes que começasse alguma discussão. O clima descontraído entre elas adicionou uma pitada de leveza à tensão pré-casamento.

— Boa sorte, Nichols. Aproveite o seu dia.

— Obrigada, Vause. Estou ansiosa por sua música. — Nicky apertou sua amiga e sorriu. Alex apenas revirou os olhos.

— Por que não vamos encontrar logo nossos assentos? — Ela sugeriu para Sylvie e Suzanne. Elas se sentaram na segunda fileira, enquanto todo o restante dos convidados ia se instalando em seus lugares.

 

Nicky entrou sozinha, com um misto de sentimentos expressos em seu rosto. Diane, sua mãe de consideração, originalmente planejava acompanhá-la até o altar, mas infelizmente, não pôde comparecer ao casamento de sua segunda filha devido a um compromisso de trabalho inesperado. Diane ligou para Nicky aos prantos, expressando sua tristeza por não conseguir chegar a tempo. Em resposta, a loira, com gentileza e compreensão, acalmou sua mãe de consideração, assegurando-a de que entendia e que ela já era uma mãe maravilhosa para ela. Embora Nicky desejasse profundamente a presença de Diane, assim como a de sua mãe biológica, para acompanhá-la até o altar, ela compreendeu que a vida muitas vezes reserva surpresas inesperadas. Cumprimentando calorosamente todos ao longo do corredor, Nicky avançou com graciosidade em direção ao pequeno altar cuidadosamente montado. O carro de Lorna chegou pontualmente, e ela logo começou a caminhar pelo corredor, acompanhada por seu pai, Sam. Uma onda de silêncio respeitoso envolveu a cerimônia à medida que Lorna e Sam se aproximavam do altar. Nicky sentia-se extraordinariamente afortunada naquele momento. Seu sorriso, repleto de admiração pura, iluminava seu rosto enquanto ela observava a mulher que amava se aproximar, prestes a compartilhar votos que selariam o compromisso de estarem juntas para sempre. Sam, ao entregar sua filha aos cuidados de Nicky, depositou um beijo afetuoso em sua mão, recebendo um sorriso grato de ambas. O cenário refletia não apenas um casamento, mas a celebração de um amor verdadeiro e duradouro.

 

A cerimônia prosseguiu sem problemas. Nenhum contratempo surgiu para interromper o casamento, trazendo alívio aos presentes, especialmente a Nicky. Alex, emocionada, derramou lágrimas durante a troca de votos, ansiando secretamente por experimentar um dia a mesma felicidade que envolvia sua irmã.

— Merda, eu disse que não iria chorar, não importa o que acontecesse. — Pensou consigo mesma, lutando contra as emoções que ameaçavam transbordar. O momento era marcado pela alegria de Nicky e Lorna, mas também revelava a profundidade dos desejos e anseios de Alex por um amor duradouro em sua própria vida.

— Elas são perfeitas uma para a outra, não são? — Suzanne sorriu e estendeu um lenço para Alex quando a pegou fungando do seu lado. Alex concordou com a cabeça, limpando as lágrimas com o lenço.

— Está tudo bem, Alex. Nós as amamos e estamos felizes por elas. — Sylvie apertou a mão da sua ex, dando um sorriso.

— Obrigada, meninas. Eu só queria que Diane estivesse aqui com Marka. — Ela dizia fungando e enxugando as lágrimas. Ela detestava ficar chorando, mas era um momento importante para Nicky e ela estava completamente feliz por isso.

 

 

Duas horas depois, todos foram para a área de recepção. Alex estava tão envolvida em seus pensamentos sobre a possibilidade de esquecer a letra da música durante o trajeto que, de repente, sentiu-se observada. Erguendo os olhos para o caminho à sua frente, deparou-se com uma lente de câmera apontada diretamente para ela. O flash disparou, e ela piscou rapidamente por três segundos. Pronta para soltar palavras ásperas contra a fotógrafa que quase a cegou, Alex ficou surpresa quando a câmera foi abruptamente abandonada. Os calorosos olhos azuis da loira a contemplavam, parecendo culpados por terem sido pegos, mas não vacilaram por nenhum segundo enquanto encaravam a morena.

O comportamento frio de Alex derreteu quando Piper sorriu calorosamente para ela. Seus cabelos loiros estavam um pouco desgrenhados, e ela exibia lábios rosados e o sorriso mais encantador que Alex já havia visto. O estilo despojado e artisticamente expressivo das roupas de Piper sugeriam uma fotógrafa com um toque chique. Apesar de não se alinhar ao traje típico dos convidados, ela irradiava uma beleza natural e uma aura despreocupada. Foi nesse momento que Alex percebeu que Piper era a fotógrafa contratada para o casamento.

— Então, ela só estava tirando uma foto minha porque era o seu trabalho? Ah, merda! Eu pensei que ela quisesse uma foto minha. Isso é triste... eu posaria para uma foto se ela quisesse uma. — Pensou Alex.

Alex sorriu de volta, esperando que a loira não tivesse interpretado mal o seu olhar duro de um minuto antes. Queria parar para se apresentar, mas, conforme as regras da morena, o dever vinha antes do prazer. O quê? Não a julguem! Ela tinha suas próprias regras na vida. Desejava estar lá para Nicky e Lorna naquele dia especial e ainda precisava encontrar a banda para garantir que tudo estivesse pronto para ela subir ao palco. Além disso, percebeu que a loira estava claramente trabalhando, e não queria incomodá-la sem nenhum motivo além de "quero te dizer que você é encantadora". Claro que não deixaria passar a oportunidade de conhecer aquela misteriosa mulher.

— Mantenha-se viva, vou encontrá-la. — Foi o que Alex pensou ao passar ao lado da fotógrafa. Em busca da banda, dirigiu-se ao bar do lado direito da mesa de buffet.

— Nós não tocamos sóbrios. — Contou o guitarrista quando ela havia elogiado como eles tocavam. Estavam todos vestidos com ternos brancos. — As recém-casadas disseram que podíamos beber.

— Vodka então, eu também não canto sóbria. — Ela deu de ombros enquanto pedia sua bebida.

— Alex então?

Ela assentiu sorrindo.

— Porra, não me parece que você canta esse tipo de música. — Ele disse.

— A maioria das pessoas não. — Ela respondeu e em seguida virou sua bebida, que desceu queimando sua garganta. — Tudo certo, então? Não quero decepcionar as recém-casadas.

— Nós entendemos, Alex. Praticamos bastante; podemos tocar até de olhos fechados. — Ele piscou para ela.

Alex ergueu suas sobrancelhas.

— Tudo bem então. — Ela disse, satisfeita com sua confiança. Virou-se para o bar e pediu novamente outra bebida.

 

— Fodam-se, Nicky e Lorna, vocês me encorajaram a isso! — Erguendo sua bebida no ar, ela brindou sozinha antes de virar todo o conteúdo do copo.


Notas Finais


Particularmente, eu não gostei muito desse capítulo, mas ele foi preciso se eu quisesse contar sobre Alex e um pouco do seu mundo. Espero que tenham gostado. Deixem seus comentários! Eu vou adorar lê-los! Como é o começo, tá bem mais light. O primeiro foi meio que pra vocês conheceram mais a Piper e esse foi um pouco da Alex. Ah, e obrigada a quem está acompanhando! Capítulo 3 em breve!<3


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