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História My Only Exception (EM REVISÃO) - Turbulência


Escrita por: dirtypaws

Notas do Autor


VOLTEI! <3

Como sempre: Perdoem a demora e não desistam de mim.
Eu estive com muita coisa para resolver, e também MUITO bloqueio para escrever. Isso é um saco!
Mas enfim, eu fiz esse capítulo em POV, da Alex e Piper. Ou seja, o ponto de vista de ambas. Digam-me se gostaram.
Obrigada por todos os comentários maravilhosos. Vocês são o meu incentivo! <3
Desculpem qualquer errinho, dps eu vou arrumar tudinho. Rimou. Eh isto.

Boa leitura!

Capítulo 18 - Turbulência


Alex’s POV

 

Eu deixei Piper com relutância esta manhã. Eu não costumo sair quando ela ainda está dormindo, mas eu não queria que ela acordasse e percebesse que há algo me incomodando. Ela sempre conversa quando algo está acontecendo, mas eu decidi fugir. Eu só consegui me controlar a noite passada o suficiente até que ela adormeceu.

Eu esfreguei meus olhos assim que sentei no banco do motorista do meu carro, tentando expulsar o sono.

Contei mentalmente por dez segundos e liguei o carro, fazendo um desvio para meu apartamento. Tomei um banho rápido e mudei de roupa antes de ir trabalhar.

Cheguei no meu escritório bem cedo e corri para a sala da Nicky, encontrando Lorna tomando café. Ela sorri quando me vê atravessar a porta.

— Ei Alex.

— Hey Lorna. Onde está Nicky? — Eu forcei um sorriso e me inclinei em um lado do seu cubículo.

— Eu pedi que Nicky fosse comprar umas coisinhas para o bebê. — Ela sorriu animadamente.

Ela levantou as sobrancelhas para mim.

— Oh. Problemas no paraíso, querida?

— O quê?

— Você teve uma briga com Piper?

Eu fiz uma careta.

— Não, nós não brigamos...

— Então o que há de errado?

Eu solto um longo suspiro.

— Você pode vir ao meu escritório mais tarde? Eu tenho que te dizer uma coisa.

— Certo. — Lorna rolou a cadeira em direção à escrivaninha, escreveu alguma coisa em nota adesiva e a colou na lateral da escrivaninha. Eu olhei e leio: “Amor, café com a Vause. Quando chegar, mande-me uma mensagem. Eu te amo.”

Eu rolo meus olhos para ela.

— Sério?

Lorna sorri.

— A Nicole já surtou quando esperava que me encontrasse no lugar que já havíamos combinado. Ela sempre acha que eu abandonei ela. — Lorna deu de ombros.

— Você podia fazer ela sofrer um poquinho, seria divertido ver Nicky chorar.

— Não seja má, Al.

Eu dou de ombros e olho para a pequena protuberância na barriga dela.

— Como você está?

— Muito sensível e bipolar, mas vale a pena. — Lorna alisou a barriga contente.

— Eu imagino.

Lorna teve que parar de beber e ter uma vida agitada assim que descobriu que estava grávida. Eu sei que é uma grande mudança de estilo de vida, mas pude ver que ela está feliz fazendo isso pelo bebê.

Eu falo com Lorna mais um pouco antes de finalmente ir ao meu escritório. Ela foi conversar com alguns funcionários pelo pai dela e marcou de ir ao meu escritório logo depois. Havia três artigos esperando para serem editados e eu os atendi imediatamente.

Mordi a tampa da minha caneta vermelha enquanto observava o último artigo que estava editando. Li de novo e decidi esgotar todos os erros. Minha atenção voltou-se para o meu telefone, que está na minha mesa. Eu penso em ligar para Piper, perguntar a ela sobre o seu dia.

Eu jogo minha caneta no topo da pilha de papéis, decidindo ligar para ela já. Eu disquei o número e esperei, mordendo meu lábio no processo.

— Oi. — Ela respondeu no terceiro toque.

Eu limpei minha garganta.

— Ei.

— Tudo bem? Você saiu sem me acordar. — Ela perguntou preocupada, fazendo-me sentir mais culpada.

— Não, eu só tinha que vir hoje cedo, eu não vi o ponto de te acordar, eu sei que você estava cansada.

— Você me cansou na noite passada. — Ela ri. — Tem certeza de que não há nada de errado?

— Sim, tenho certeza, desculpe por preocupar você.

— Está bem.

— Venha hoje à noite? Vou fazer o jantar para compensar isso?

— Eu gostaria disso, tudo bem. — Eu sei que está sorrindo, revelando aquele sorriso perfeito que eu nunca me cansarei.

— Certo, te vejo mais tarde.

— Vejo você, Al.

Eu desliguei e minha culpa não diminuiu nada. Eu acho que tenho que decidir o que eu realmente farei antes de lhe contar qualquer coisa.

Uma batida na minha porta interrompeu meus pensamentos cheios de culpa. Lorna entra sem esperar por uma resposta, segurando duas xícaras de café nas mãos.

Ela sentou na minha frente e me passou o café.

— Obrigada.

— Pronta para conversar?

Eu bebo meu café e balancei a cabeça devagar.

— The Times London me ofereceu uma entrevista.

Lorna arregalou os olhos e descansou o café na mesa.

— Quando Alex?

— Nicky me deu a carta ontem à noite. Aquela que você pediu para me entregar.

Eu fui até a minha bolsa e encontrei o papel dobrado, dando a Lorna para ler.

Ela leu calma e rapidamente, trazendo de volta para mim quando terminou.

— Disse lá para chamá-los o mais rápido possível se você aceitar a entrevista.

— Sim.

Ela levantou as sobrancelhas para mim.

— Bem, você ligou para eles?

Mordi o lábio e balancei a cabeça.

— Eu não sei se devo. — Lorna olha para mim por um tempo, me deixando desconfortável sob o olhar dela. Era a primeira vez que eu ficava assim com ela. — O que?

— É sobre a Piper não é?

Minhas sobrancelhas se dobraram. Eu ajeitei sutilmente meus óculos e estou pronta para disparar minha defesa, mas um olhar que eu nunca vi antes em Lorna me mostra que eu não tenho como enganá-la. — Eu não disse nada a ela ainda. Quer dizer, eu não acho que é uma grande coisa? É só uma entrevista...

— Que quando você passar e entrar, você estará trabalhando a milhares de quilômetros daqui. — Lorna finalizou para mim.

Eu jogo minhas mãos no ar em frustração.

— Mas é isso! Eu não tenho certeza se vou passar, Lor. Eu não quero que Piper se preocupe comigo se afastando sem nenhuma razão concreta.

— Então você decidiu não contar nada a ela Alex.

— Você tem ideias melhores?

Eu disse impotente, tomando um gole do meu café, o que não ajuda a acalmar meus nervos.

— Não. Mas eu tenho uma pergunta.

Eu olho para ela com um olhar frenético.

— Qual?

— Você quer a entrevista?

Eu me encostei na cadeira.

Eu quero isso?

— Eu acho que sim... Quero experimentar.

— Então, ligue para eles e marque um horário para uma entrevista.

— Mas...

— Você tem que dizer a Piper sobre isso, ela vai descobrir em breve mesmo assim Alex. Você está voando para Londres para uma entrevista pelo amor de Deus.

Eu fiz uma careta e admiti a derrota.

— Ok, eu acho que você está certa.

— Eu sei, e até a Nicky sabe.

Lorna me deu seu sorriso presunçoso e eu balancei a cabeça com um sorriso.

— Obrigada Lorna.

— Que artigo eles viram?

— O artigo sobre Murdoch. — Dei de ombros.

— Esse foi um relatório muito detalhado, eu não me perguntaria se não entraria.

Eu sorrio para ela.

— Você vai aceitar se você conseguir?

Eu parei e pensei sobre isso, como realmente pensar sobre a situação.

— Eu não vi nada sobre isso ainda.

 

 

 

Eu dirijo até a casa de Diane após ter contado sobre a proposta de emprego, o desespero eminente no meu tom de voz fez com Diane prontamente gritasse ao telefone para que eu fosse em nossa casa. Eu bati na porta e minha mãe veio me receber calorosamente. Entrei e caminhamos para a sala, sentamos juntas no mesmo sofá. Ela me olhou com um olhar questionador.

— E então Alex?

Eu corro minha mão pelo meu cabelo.

— Eu pensei muito sobre a entrevista de emprego, mãe... Ainda mais dirigindo para cá.

Ela segurou minhas mãos e as apertou em expectativa.

— E...?

— Eu vou marcar uma entrevista.

Ela sorri calorosamente para mim.

— Boa menina.

— Você parece feliz se livrando de mim.

Eu disse com um leve sorriso.

— Você está brincando? Eu estou em êxtase. — Eu reviro meus olhos. Eu acho que sei de onde tirei o meu sarcasmo. — Ouça-me Alex, você está destinada a coisas maiores. Por mais que você esteja pensando na Piper, eu tenho certeza que vocês darão um jeito. Estou feliz que alguém maior tenha notado seu excelente talento além de onde trabalha, você merece isso.

Eu sorrio timidamente.

— Mas eu não fiz nem a entrevista ainda.

— Quando eles conversarem com você, estarão implorando para que você aceite o trabalho. Tenho certeza disso.

— Sim, tanto faz. — Eu sorri e me levantei.

— Estou muito orgulhosa de você, Alex.

— Obrigada mãe.

 

Depois de votar ao escritório, eu pego meu telefone e o pedaço de papel na minha frente. Eu disquei os número e verifiquei duas vezes para ver que eu digitei corretamente. Eu respirei fundo e pressionei a chamada. Soa como sempre, mas pode ser cinco segundos. Uma mulher com um sotaque britânico responde e pergunta com quem estou querendo falar. Eu disse a ela que estava ligando para o editor e disse o meu nome. Ela me deixou em espera e voltou depois de trinta segundos dizendo que James Logan estava em outra linha.

— Senhorita Vause?

— Sim, esta é Alexandra Vause. Recebi sua carta.

— Obrigado por ligar imediatamente. Presumo que você esteja aqui para me dar uma boa notícia?

— Espero que sim. Quero dizer, eu gostaria da oferta para uma entrevista.

Eu ouvi algo embaralhando, papéis, no meu palpite.

— Excelente. Tivemos que deixar um dos nossos escritores ir e estamos desesperados para preencher essa vaga em breve. Eu li a sua história sobre Murdhoch e chamou minha atenção. Você consideraria ter a entrevista daqui a oito dias?

— Sim, eu poderia fazer isso.

— Vou pedir à minha secretária que ligue para você novamente, Srta. Vause, obrigado pela boa notícia.

— Sim, obrigada.

Eu desliguei e soltei um grande suspiro.

Merda.

 

 

Piper’s POV

— Eu provavelmente estou pensando demais, mas é como se Alex estivesse escondendo alguma coisa de mim. Eu tento perguntar o que está errado, mas ela sacode seu olhar pensativo e sorri para mim, então me diz que está tudo bem. Ela está sempre ao telefone com alguém e isso me incomoda um pouco.

Sento-me na cadeira e olho Cal, que deu um gole em seu café. Eu aguardo pacientemente o que ele tem a dizer. Ele me ligou mais cedo para tomar café com ele e me disse que ia me contratar para outro casamento na próxima semana. Eu concordei porque não vou fazer nada no dia e poderia usar o cheque de pagamento.

Agora estamos sentados em duas cadeiras gastas, mas confortáveis, em uma cafeteria onde normalmente nos encontramos. Está frio, com o cheiro de fumaça de café pendurada no ar frio do ar-condicionado, diante de nós estão as nossas xícaras de café altas que pedimos e os diferentes tipos de pães que eu pedi porque ainda não tinha almoçado.

Decidi contar a Cal sobre Alex na metade do nosso café, em como ela se afastou nos últimos dias. É estranho e eu não pude evitar me preocupar.

— Se ela não quiser dizer, deixe-a.

Eu franzo a testa e coço minha sobrancelha.

— Mas e se tem algo a ver com a gente? Eu não tenho estado com ela muito na semana passada desde que eu tive que sair da cidade com Dayanara para sessões de fotos. E se ela estiver deixando de me amar Cal?

Era verdade, eu mal a vi na semana passada, já que nosso trabalho exige muito do nosso tempo. Eu só conseguia ligar para ela quando chegava em casa antes de desmaiar na cama.

Os olhos de Cal se arregalaram.

— Amar? Não acredito que minha maninha está amando de novo. Que maravilha, Pipes!

Eu rolo meus olhos para ele e pego meu muffin.

— Eu a amo demais... O que eu devo fazer?

Eu espero por ele, e ele demorou para me responder enquanto toma lentamente seu café novamente.

— Vocês brigaram nos últimos tempos ou algo assim?

— Não. — Eu fiz uma careta. — Nós não tivemos uma discussão ou algo assim, é por isso que estou confusa.

— Você não fez nada estúpido?

— Nada, eu juro.

— Você não acha que ela está traindo você, acha? — Ele perguntou pensativamente depois.

— Alex? Traindo? De jeito nenhum. — Eu fiz uma careta. Cal bufou com a minha reação. — O que?

— Você disse que está sempre ao telefone com alguém, você pensou que é possível?

— Eu pensei sobre isso. — Eu admiti. — Mas a ideia não ficou por muito tempo porque eu conheço a Alex, ela não é assim.

— Você a conhece há poucos meses.

— E ela me contou sobre si mais do que já contou a alguém e eu sei que ela não é assim... E que ela me ama. — Eu disse calorosamente.

— Ok Pipes, eu estava apenas tentando ajudar a descobrir. — Cal disse, lentamente colocando sua xícara para baixo.

Eu solto um suspiro.

— Sim, desculpe.

— Você provavelmente está se preocupando com nada Piper. Pode ser algo sobre o trabalho.

— Você acha? — Eu perguntei sem segurança.

— Honestamente, eu não conheço a Alex, mas se sua namorada não te contar, você faz uma das duas coisas: você conversa com ela ou se cala.

Eu suspiro alto e mordo uma parte do meu bolinho, eu mastigo pensativamente. Eu acho que só tenho que falar com a Alex sobre isso de uma vez por todas.

— Eu vou falar com ela. Talvez depois daqui eu vá ao escritório dela.

Cal assentiu e deu uma pequena mordida no pão de banana.

— E você, Cal? Como está com Neri?

— Está bem, Neri é maravilhosa, você sabe. E quando ela surta, eu já sei como agradá-la.

Eu sorri.

— Claro que sim. — Eu digo. — E como estão o resto dos Chapman?

— Ainda o mesmo. Papai queria que você viesse para o jantar em breve, ele sente sua falta.

— E Carol não, não é?

— É claro que ela sente Piper, ela é apenas teimosa para admitir isso. Assim como você.

Eu coço a cabeça e balaço a cabeça em confirmação.

— Eu sinto falta deles também, e diga que estou chegando mais tarde esta semana.

— Fechado, maninha.

 

 

 

Logo após meu encontro com meu irmão, fui até o escritório de Alex para finalmente conversar com ela. Eu não queria fazer isso enquanto ela estivesse trabalhando, se possível, mas não aguentava mais.

Entro no prédio e vejo Sylvie prestes a sair.

— Hey Piper, como você está? — Ela me cumprimentou com o mais largo sorriso e eu sorri de volta para ela.

— Oi Sylvie, estou bem. Só vim ver Alex.

— Claro que veio, ela com certeza precisa de uma distração de todo o trabalho, ela está trancada em seu escritório desde hoje de manhã.

— Ela tem estado ocupada demais na semana passada, ela tem algum relatório especial chegando?

— Não, cara, ela está ocupada fazendo todo o trabalho desde que ela vai embora por alguns dias.

Uma confusão se passou em minha cabeça e se fez presente em meu rosto.

— Indo por alguns dias? Indo para onde?

Sylvie espelhou a minha reação.

— Sim, ela vai para Londres amanhã. Você não sabe?

Amanhã.

— Não.

Há um nó na garganta que dificulta a minha fala.

— Ah, porra. Desculpe Piper, eu não sabia que ela não tinha te contado. — Ela passou a mão pelos cabelos. — Merda!

— Tudo bem, Sylvie. — Eu disse com desdém. — Não importa.

— Você tem certeza? Você está bem? — Ela perguntou com preocupação. Não era culpa dela, eu sabia, mas eu meio que me ressinto por ela ter me contado as notícias e agora eu pareço maluca sobre os planos da minha própria namorada.

— Eu estou bem, vou ver Alex.

Ela olha para mim por uns segundos, concorda, se despede e segue o seu caminho.

Para que diabos ela vai para Londres? A confusão virou raiva. Talvez seja apenas uma tarefa para o trabalho, nada importante, tento me convencer. Quando cheguei à porta do escritório de Alex, entrei sem bater, minha mão tremia quando torci a maçaneta.

Alex está sentada em sua cadeira, escrevendo alguma coisa, sua cabeça arqueada se levantou quando ouviu a porta se abrindo. Ela abre a boca para começar a repreender a pessoa que entrou, mas se surpreende quando me vê. Apesar da raiva que estou sentindo, meu corpo me trai enquanto olho sem fôlego para o quão linda ela é.

— Pipes, eu não sabia que estava vindo. — Ela disse e sorriu, se levantando para me encontrar.

Ela me beija quando está perto o suficiente, mas eu não a beijo de volta.

— Eu não sabia que você estava indo para Londres também. — Seu sorriso desapareceu e seus olhos a traíram, mesmo por trás dos óculos. — Você realmente está indo para a Londres.

— Eu... Sim. — Ela disse, evitando meu duro olhar. — Como você... Não importa.

— Sylvie me disse. Sua ex namorada sabe que você está indo embora e eu não.

— Eu ia te dizer. — Diz ela culpada.

— Você vai embora amanhã Alex, quando você está pretendendo me dizer que está indo embora? Quando você estiver na porra do avião?

— Pipes por favor, deixe-me explicar.

Eu cruzei meus braços em volta de mim e fiquei rígida na frente dela.

— Ok.

— Por que você não se senta?

— Eu não quero.

— Ok. — Alex olhou para qualquer lugar além de mim por alguns segundos antes de finalmente fazer contato visual. — Me ofereceram uma entrevista de emprego para The Times London, é por isso que estou saindo.

— Uma entrevista de emprego? Mas você já tem um emprego.

— Eu sei.

— Então esta é a razão pela qual você tem agido estranhamente nos últimos dias.

Eu nunca a tinha visto tão culpada e indefesa antes.

— Diga-me para não ir, eu não vou. — Os olhos de Alex me procuraram, implorando silenciosamente.

Eu não vou jogar este jogo.

— Não é o que você quer.

Seu rosto caiu.

— O que você quer Alex? — Eu a pressionei, mas ela só me olhava. — Por que você não me disse então? Não tenho o direito de saber que você está me deixando para ir para o outro lado do mundo?

— Não consegui encontrar o momento certo para lhe contar, já que estamos muito ocupadas ultimamente. Eu ia lhe contar hoje à noite. Sinto muito Pipes.

— Então é minha culpa que você não chegou a me dizer?

— Não! Piper, é obviamente minha culpa. Eu sempre acho difícil dizer a você porque eu fico com medo da sua reação.

— Então você pensou em não dizer nada para mim porque não achava importante que eu soubesse, mas Sylvie sabe.

Não sei por que estou tão rude e zangada, mas estou.

— Não diga isso, por favor.

— Seja como for, acha que me importo?

— Eu espero que sim. — Ela disse com uma voz tão baixa eu mal consigo entender.

— Eu me importo. — Eu admiti. — Mas eu vou agir como se eu não me importasse, porque estou com raiva de você agora.

— Ok. — Alex parece tão derrotada que eu quero desistir e dar-lhe um abraço, mas eu me mantive firme.

Eu tinha o direito de sentir o que estou sentindo agora.

— Por quanto tempo você vai embora?

— Quatro dias.

— Eu vou te ver daqui a quatro dias.

— Pipes, por favor, vamos conversar sobre isso. — Ela disse e pegou minha mão quando eu estava prestes a sair.

— Escute, você tomou essa decisão sem mim, então estou me destacando e deixando você. Acabe com isso primeiro, depois conversaremos. Eu tenho muitas coisas para fazer pelo trabalho também. Nós duas precisamos disso... Dessa pausa.

— Você está terminando comigo? — Ela questionou, seus olhos se enchendo de lágrimas.

— Não. — Eu disse, minha voz mais suave. — Tem sido muito difícil esta semana para nós duas, e você teve uma razão para não me contar sobre Londres, mas eu não estou feliz com isso. Vamos ter esses quatro dias para esfriar a cabeça porque eu não acho que nós teremos uma conversa adequada com qualquer uma de nós com raiva.

— Mas Piper...

— Por favor, Alex, nós duas precisamos disso.

Ela acena com a cabeça fracamente e solta a minha mão.

— Sinto muito. — Ela diz antes de eu sair pela porta.

Eu olho para ela enquanto abro a porta.

— Eu também.  


Notas Finais


Por favor, não odeiem a Alex. AHSUAHS digam-me o que acharam. Prometo voltar o mais breve possível.

Até o próximo! <3


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