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História My Only Exception (EM REVISÃO) - Cancelar


Escrita por: dirtypaws

Notas do Autor


Oi oi, voltei! Desculpem a demora. Eu fiquei um tempo me organizando e fiquei sem celular também. Tinha umas ideias lá que acabei perdendo. :(

E logo então eu fui maratonar a Season 6 de OITNB (que eu costumo maratonar em um final de semana e acabei maratonando em mais dias) e ainda estou sofrendo com aquele final. AHSUAHS

Ai gente, enfim, eu li todos os comentários e vocês são maravilhosos. Sempre amo o que vocês escrevem. Dá vontade de colocar todo mundo num potinho. <3
Mas, sem delongas, vamos ao novo capítulo.

Boa leitura!

Capítulo 19 - Cancelar


Ela tinha ido embora. E era a pior sensação que Alex já havia sentido em toda sua vida, ver Piper indo embora daquela forma. Mas ela lembrou-se que não era nem perto do que ela a fez sentir, sendo enganada por alguém que ela confiava e amava. Era sua culpa, ela deveria ter previsto isso. Ela não sabia no que estava pensando em não contar a ela sobre o seu plano.

Lágrimas quentes e culpadas embaçaram toda a sua vista por baixo dos óculos de grau; Ela conseguiu segurá-las apenas o tempo suficiente até que Piper saísse pela porta. Ela as limpou com raiva, lembrando a si mesma que merecia passar por isso.

Bem feito para caralho, não é Alex? Ela pensou. Fez seu caminho de volta a sua cadeira e sentou-se.

Ela não conseguia lidar com esse tumulto emocional estando ali. Então terminou o resto dos artigos que tinha de editar o mais rápido que pôde e saiu o mais rápido possível. Evitou todos e deixou uma nota em seu mesa dizendo que não estava sentindo-se bem.

Alex dirigiu de volta para o seu apartamento e caiu sobre o sofá assim que trancou a porta atrás de si. Ela deveria começar a arrumar suas coisas para o seu vôo mais cedo no dia seguinte, mas não conseguia.

— Porra...

Seu telefone começou a tocar e ela pulou um pouco. Respondeu sem olhar quem era.

— Sim.

— Alex, eu sinto muito cara, eu não sabia que Piper não sabia sobre sua viagem.

— Sylvie, está tudo bem. Não é sua culpa.

— Mas... — Ela deu uma pausa. — Merda, você deveria tê-la visto.

Alex engoliu seco. Ela tinha.

— Não se culpe, estou dizendo que não é sua culpa. É somente minha.

— Onde você está? Você está bem?

— Estou em casa. Só não estou me sentindo bem. Falarei com você depois.

— Tudo bem.

Ela ficou lá por muito tempo, imóvel, mas por dentro era um caos. Ela nunca sentiu emoções tão fortes por um longo tempo, como se isso fosse consumi-la inteira, devorá-la de dentro para fora.

Ela olhou para o seu telefone e pensou em ligar para Piper, mas as dúvidas dela poderiam responder por si. A loira estaria a odiando agora, ela achava.

Quanto mais ficava sozinha, mais sentia vontade de pegar seu telefone para fazer uma ligação.

Cinco minutos a mais se passaram.

Dez.

Então Alex decidiu e estendeu a mão, limpando a garganta enquanto discava um número.

 

 

Ela jogou o seu telefone de lado e faz o caminho para sua cozinha e pegou o vinho guardado que ganhara de sua mãe há uns dias, pegou uma taça e voltou para o sofá.

Se serviu de uma, depois outra e outra. Já estava zumbida e embriagada, e já havia consumido boa parte da garrafa, o som da campainha quebrou o silêncio do apartamento que era preenchido apenas com o encher da taça e os goles já altos.

Seu coração começou a martelar contra o peito, um pouco de esperança se acendia nela na expectativa de ser Piper. Ela foii até a porta, verificando seu reflexo no espelho no meio do caminho antes de atender a porta.

Não era Piper.

— Nicky. — Ela disse fracamente. — O que você está fazendo aqui?

Em vez de respondê-la, Nicky franziu a testa e olhou-a de cima a baixo.

— Você está bêbada? E o mais importante, sem mim?

— Deixe Lorna saber disso.

— Ela não precisa.

— É só um pouco de vinho. — Ela disse, um pouco irritada. — O que houve?

— Sylvie me contou, eu vim verificar se você está bem. Eu sinto muito. Ela está se sentindo culpada.

Alex inclinou-se na moldura da porta, a sala parecia começar a girar.

— Eu já disse a Sylvie que não era culpa dela. Você não tinha que abandonar o trabalho só para vir aqui checar se estou bem.

— Não acredito, está me dispensando? — Nicky colocou a mão sobre o peito fingindo-se de ofendida. — Achei que você precisaria de alguma companhia Alex. — Ela sorriu.

A jornalista riu um pouco.

— Eu suponho que sim.  — Ela deu passagem para sua amiga-irmã entrar. — Tem cerveja na geladeira, se você quiser alguma. — Alex disse enquanto se acomodava no sofá. Nicky acenou e caminhou até a cozinha para pegar a bebida.

Ela voltou da cozinha com uma cerveja recém-aberta. Sentou-se ao lado de Alex e cutucou seu ombro contra o dela.

— Você quer conversar?

Alex esfregou sua testa após tirar os óculos e os depositou sobre a mesinha de centro e balançou a cabeça.

— Na verdade não.

Elas ficaram sentadas em silêncio por alguns minutos enquanto Nicky trabalhava em sua cerveja. Mas então Alex teve o suficiente de silêncio, porque as coisas em sua cabeça gritavam um pouco mais alto, e os medos que ela sentia pareciam cada vez mais reais.

— Eu estraguei tudo Nicky.

— Você não estragou. Foi um apenas um erro Alex.

Alex zombou amargamente.

— Eu sou a pior namorada do caralho.

— Pare de ser dura consigo mesma, não foi seu propósito machucar Piper.

— Claro que não. — Ela ligou o seu braço ao de Nicky e inclinou-se em seu ombro. — O que devo fazer Nicole?

— O que Piper disse exatamente?

— Que precisamos que as coisas se acalmem antes de conversarmos novamente.

— Nada de bom acontece quando você fala enquanto está com raiva de alguma coisa.

A morena deu um pequeno sorriso.

— Isso foi rico, você não é exatamente o tipo de pessoa calma.

Nicky riu.

— Você está certa. E eu não sou quem dá conselhos. — Olhou-a.

— Eu não me importo, o importante é que você tente.

— Tia Nicky estará sempre aqui, desde que haja cerveja grátis. — Ela sorri descaradamente e levantou a lata de cerveja para Alex antes de terminar.

Nicole definitivamente era uma boa amiga-irmã, Alex pensou na sorte que tinha de tê-la em sua vida. Ela era leal e estaria lá para ela sem pensar duas vezes.

— Então, o que devemos fazer agora? Eu tenho outra garrafa de vinho na geladeira.

— Eu não acho uma boa ideia, Lorna me matará se eu chegar alta em casa. Além disso, você está indo para Londres amanhã. Você não precisa de uma ressaca.

Alex abaixou seus olhos e mordeu seu lábio.

— Eu não vou mais.

— O quê?

— Eu não vou a entrevista Nicky. Liguei para o escritório deles para cancelar não muito depois de você chegar.

— Por que diabos você não está indo?

— Honestamente, eu não me importo com o trabalho. É um só um trabalho de merda, eu já tenho um. Mas quando Piper me disse que precisávamos de tempos separadas e afastou-se esta manhã, eu juro que enlouqueci.  Eu não quero perdê-la, não posso perdê-la, Nicky.

— Você contou a nossa mãe?

— Ainda não, mas ela vai entender. — Alex deu de ombros.

— Pipes não quer perder você também, branquela. Então, talvez essa coisa de tempo seja sua maneira de não prejudicar mais o seu relacionamento, porque é importante para ela.

— Eu sei que ela quis dizer de uma maneira boa quando disse isso. Eu só queria poder dizer a ela o quanto eu sinto muito.

— Então, é o que você fará, você irá vê-la.

— Agora?

— Sim porra, agora.

— Mas ela não quer me ver agora.

— Porque ela pensa que você está indo embora e ela sentiria menos dor por não ver você indo. Mas você não está mais partindo.

— Eu não tenho certeza se eu poderia...

Nicky levantou-se.

— Vamos lá, eu vou dirigir. Se você tiver sorte, ficará bem com a Pipes novamente esta noite.

— E se ela não me quiser lá?

— Ela quer que você esteja bem aí, do que você está falando?

— Você não sabe se ela me quer lá.

— Por Deus Alex, levanta esse traseiro daí ou eu vou te estapear, eu juro.

— Mas...

— Ande! Só há uma maneira de descobrir. — Disse Nicky com uma sobrancelha levantada.

— Tudo bem, chefe. Foda-se, vamos lá.

— Ótimo!

— Não, espere. — Alex ficou pensativa. O álcool em sua cabeça fazia seus pensamentos se organizarem mais lentamente.

— O quê?

— Eu verei Diane primeiro.

 

 

Alex deixou que Nicky dirigisse até a casa de Diane e chegaram em tempo recorde.

— Eu vou esperar aqui. — Disse Nicky enquanto Alex ia abrindo a porta.

— Por que?

— Sabe como Diane é, se ela receber suas duas filhas, jantaremos aqui e você só verá Piper tarde.

— Tudo bem, tem razão. Eu não vou demorar.

Nicky balançou a cabeça checou seu celular enquanto Alex adentrava a casa. 

Ela sabia que sua mãe estava aquela hora dentro do quarto, então disparou até lá e encontrou-a empoleirada na cama enquanto lia. Diane ergueu os olhos para a filha, surpresa em encontrá-la lá.

— Oi amor, o que você está fazendo aqui? 

— Preciso falar com você.

Diane leva seu livro até o criado mudo e deu duas batidinhas sobre a cama para que a filha sentasse lá. A morena deu pequenos passos e sentou-se.

— O que houve Alex?

— Eu cancelei a entrevista mãe.

— Hmm. — Ela respondeu pensativamente. — Por quê?

— Eu não preciso desse emprego, eu já estou feliz com o meu trabalho aqui. Eu não quero deixar para trás o que eu tenho agora.

— E essa é a única razão? — Diane perguntou enquanto tirava os óculos de leitura. E Alex ajeitou o seu sobre o rosto.

— Não. Eu quero ficar porque eu quero estar com Piper. Eu a amo e ela é mais importante do que qualquer outra coisa na minha vida agora. Ok mãe?

— Okay querida. — Ela sorriu para a filha. — No final das contas eu sabia que você decidiria certo. Estou feliz que você tenha me contado.

Alex suspirou aliviada. O apoio de sua mãe era sempre essencial para ela.

— Obrigada por me ouvir e entender mãe. Agora, se você me der licença, eu tenho que ir até a minha namorada e contar o que eu acabei de dizer.

A jornalista levantou-se e depositou um breve beijo no rosto de sua mãe. Quando virou-se em direção a porta, encontrou Red com os olhos marejados. Ela tinha esquecido que a russa estava na casa de sua mãe por um tempo.

— Oh não, não chore por favor.

— Cala a boca Alex, venha aqui. — Ela disse e puxou-a para um abraço. — Estou orgulhosa de você querida. Piper é uma mulher de sorte por ter você.

— Na verdade não, eu sou uma espécie de idiota por não contar a ela até o último minuto. — Ela respondeu timidamente.

— Vá e conserte, você volta para contar para nós sobre isso mais tarde. — Ela disse que apertou as bochechas da filha postiça.

Alex sorriu. Ela se sentia uma estúpida e era rodeada de pessoas maravilhosas.

 

 

Durante o trajeto, Alex colocou seus pensamentos em ordem sobre o que dizer a Piper quando chegasse em seu apartamento e desejou que sua cabeça zumbisse menos a ponto de não a condenar se ela quisesse que a loira escutasse o que ela tinha a dizer.

Muito cedo, estavam paradas em frente ao prédio de Piper. A morena olhou para o andar onde sua janela estava e viu que as luzes ainda estavam acesas. Eram onze da noite.

— Vá buscar sua donzela Alex. — Disse Nicky com um sorriso caloroso. — Eu vou esperar por você aqui para qualquer coisa.

Ela se inclinou no banco do passageiro para o banco do motorista e deu um leve beijo na bochecha da irmã.

— Obrigada Nicole, isso significa muito.

O vento frio acolheu-a assim que saiu do carro. Ela cavou suas mãos nos bolsos do seu casaco enquanto atravessava a rua para o prédio. Ela olhou para a janela do apartamento uma última vez antes de entrar.

Ficava cada vez mais nervosa quando se aproximava de seu andar, então seu coração estava uma festa agitadíssima quando parou em frente a porta da loira.

Sua junta hesitou contra a madeira.

E então ela bateu, desejando uma resposta do outro lado.

Bom, ela esparava que Piper respondesse.

 


Notas Finais


Será que a Piper vai atender sua amada e escutá-la? Hahaha Alex pisou muito na bola. u.u

Aliás, me contem aqui o que acharam da Season 6.

Prometo não demorar a atualizar, eu sei o quanto é ruim esperar.
Qualquer coisa, estou lá no twitter: @litchfieldpipes / @CentralOITNB <3


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