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História My Time (Imagine Jeon Jungkook) - Parte 74


Escrita por: Xuchittaprr

Notas do Autor


Gente, vamos começar a fazer um clamor, ok?

Capítulo 74 - Parte 74


Jungkook estava lindo no palco. O terno preto realçava seu tom de pele, e os cabelos escuros também. Meu coração acelerou. Eu só queria invadir o palco e abraçá-lo, como não fazia há muito tempo. Parecia que fazia até anos.

Ele terminou sua performance e todos estavam aplaudindo. Eu me sentia orgulhosa por ele, e vê-lo feliz me deixou extremamente alegre e satisfeita. Eu sentia tanta coisa dentro de mim, e precisava dizer tudo aquilo à ele.

Eu sentia saudade. Como nunca tinha sentido antes.

‘’Assim que ele sair do palco’’, pensei.

Ele olhou para mim no canto do palco e sorriu. Aquele sorriso fofo e alegre de coelho, que eu tanto amava há anos, e que fazia meu coração falhar uma batida. 

Vi um ‘’obrigado’’ saindo de seus lábios, enquanto ele segurava meu olhar. Não sei se tinha visto ele tão feliz assim antes. Talvez no dia do MAMA. 

Pensei em ir até ele, mas ele se virou para o outro canto do palco, de onde uma garota alta de cabelos castanhos saía. Ela usava um vestido branco, igual ao que eu tinha usado no Ano Novo. Na verdade, devia ser o meu vestido, pois pelo que me lembrava,  ele era peça única.

Ela sorria, radiante, enquanto caminhava até Jungkook. Era realmente muito bonita. Acho que já tinha visto aquela garota em algum lugar. 

Ela foi até ele e o abraçou. E ele retribuiu o abraço. Percebi um anel brilhante no dedo dela, e meu estômago começou embrulhar. Meus olhos se encheram de lágrimas assim que ele a beijou, apaixonado. O desespero começou a crescer dentro de mim, junto com uma tristeza que nunca tinha experimentado antes…

 

Abri os olhos, desesperada. Meu coração batia tão forte que eu podia ouvi-lo. 

Senti o perfume de Jungkook no quarto. Ele estava ali?

-Kookie? - Chamei, me sentando na cama, tentando me localizar. Eu não conseguia ver nada, o quarto estava totalmente escuro. 

O abajur acendeu do outro lado da minha enorme cama e vi um borrão na minha frente. Não parecia Jungkook.

-Noona, sou eu. Jimin - Ele disse com a voz sonolenta - Está tudo bem?

Coloquei a mão sobre o peito e tentei controlar a respiração, enquanto retomava a consciência. 

Lembrei que Jimin estava dormindo em casa. O perfume dos dois era muito parecido. Tão parecido que eu devia estar delirando. 

Foi só um sonho. 

-O que está acontecendo? - Namjoon levantou do colchão, confuso, tentando abrir os olhos.

Meus olhos doíam e minha cabeça pesava mil toneladas, então deitei novamente, me cobrindo. Estava com muito frio. 

-Ela chamou Jungkook. Acho que estava sonhando - Ouvi a voz de Jimin. 

-Foi um pesadelo… - Sussurrei, com a voz rouca.

As mãos de Namjoon vieram até minha testa e percebi que estava suando - Nossa, você está quente. Deve estar delirando de febre. Onde tem um termômetro?

-Em cima do balcão da cozinha - Respondi com dificuldade. Eu só queria voltar dormir. Porém estava com medo de sonhar com aquilo novamente.

Me encolhi nas cobertas e Jimin se sentou mais perto de mim. Acho que meu olfato tinha voltado, pois eu sentia o perfume de Jungkook. E não podia ser delírio. Era real. 

Senti o corpo de Namjoon afundar na minha cama e ele enfiou algo, que eu julguei ser o termômetro, na minha boca. 

-Devo chamar alguém? Um staff? O médico? - Jimin perguntou, alarmado.

-Não, está muito tarde. É só tomar os remédios - Namjoon respondeu.

-Eu não vi ela tomar nenhum comprimido desde que eu cheguei - Jimin falou em tom confidencial e acusatório, fazendo aquilo soar como uma fofoca. 

-Vai ficar tudo bem - Namjoon disse assim que o termômetro apitou - Trinta e nove graus. É febre. Deve ser a garganta. Bom, eu espero que dê certo. 

Levantei o corpo com certa dificuldade. Já sabia que teria que engolir mais comprimidos. Eu odiava aquilo. 

Namjoon me deu dois comprimidos. Tomei um de cada vez, engolindo com a ajuda da água.

Me deitei novamente e logo peguei no sono. Dessa vez não sonhei mais com Jungkook. Não que eu me lembrasse, pelo menos. 





 

xxxXxxx




 

Estava inquieta o dia todo. Não fisicamente. Mas meus pensamentos estavam gritando. Meus sentimentos, para ser mais exata. 

Não parava de pensar em Jungkook e em como tinha dormido mal. Eu olhava pela minha janela, tentando enxergar o apartamento dos meninos, mas não era visível daquele ângulo. Eu estava  tão ansiosa que mal consegui comer o dia todo. Podia ser resquício da gripe, mas não achei que fosse o caso. 

Me sentia triste e vazia. Era como se eu tivesse realmente perdido Jungkook. Para sempre. 

Foi só um sonho. 

E se, com o tempo, Jungkook conhecesse alguém, se apaixonasse e, quem sabe no futuro, até acabasse se casando com ela? 

Eu amava o jeito como ele me olhava e como fazia eu me sentir. Eu conseguiria conviver com ele sendo apenas um conhecido?

Não, eu não queria aquilo. Definitivamente.

E se eu conhecesse alguém? Alguém que me fizesse bem? Podia até mesmo se Suho. Nós viveríamos no seu enorme apartamento e ele me levaria para jantar naquele restaurante caríssimo no Lotte World Tower. Ele provavelmente iria rir todas as vezes que eu usasse meu tom sarcástico, nunca ia retribuir ele, e também nunca iria brigar comigo pelo último pedaço de frango frito. Ele nunca me desafiaria. Provavelmente iria esconder alguns talentos para me fazer pensar que eu estou em vantagem. Assim eu jamais desconfiaria dele. Ele provavelmente esconderia muito bem todos os seus flertes, e depois ia compensar sua consciência me dando flores que eu odiava. Ele nunca pediria minha ajuda, principalmente se fosse para livrar a cara dele de alguma ficada indevida. Talvez ele até colocasse algum detetive atrás de mim, e com o tempo começasse a ser possessivo. Depois que eu me apaixonasse, ele me convenceria a largar meu trabalho também. 

Aish. Não.

Como eu viveria sem competir com Jungkook? Sem as suas provocações? Sem as suas mudanças adolescentes de humor? Sem os seus olhos de jabuticaba me manipulando, sem ao menos dizer uma palavra? Quem eu iria mimar? 

Como eu viveria sem as emoções e sem as sensações que só ele causava em mim? Até nos nossos piores momentos, eu sentia como se fossem melhores do que qualquer outro na minha vida. 

Me lembrei de como eu estava brava com ele em sua formatura do ensino médio. Mas ainda assim eu estava mais feliz do que na minha própria formatura da faculdade, onde eu me senti completamente sozinha, apenas eu e meu diploma. Onde ainda não tinha encontrado aqueles olhos, e ainda não tinha ninguém impossível bagunçando no meu estúdio e minha vida controlada. 

Nosso primeiro ano juntos tinha sido um completo desastre. Nós parecíamos falar outra língua - talvez o da atração física - e ele me deixava completamente maluca. No último ano, nós aprendemos a conversar e entender melhor o outro, e até nós mesmos. 

Talvez tenha sido necessário nos afastarmos nos últimos meses. Talvez tenha sido necessário eu ter conhecido outras pessoas. E talvez tenha sido necessário eu acreditar que Jungkook realmente não passou dos limites, como tinha feito anteriormente. 

Ele nunca mentiu para mim. Sempre confessou tudo o que fez, e no final, era essa lealdade que precisávamos. No final, era ele. Sempre foi ele. No final de tudo, ele estaria lá. Seja para brigar, para chorar, para implorar, para me provocar, ou apenas para ligar e ouvir minha voz como a última do seu ano. 

E sim, eu sempre estaria lá. Para brigar, para surtar, para me preocupar, para cuidar, para ameaçar qualquer um que fosse… Eu faria qualquer coisa por ele. Porque ele era responsável pelos meus sentimentos mais selvagens, e pelos mais genuínos também.  Eu chorei ao vê-lo triste, ao vê-lo doente, e também chorei quando ele ganhou seus prêmios. Já atravessei o globo para vê-lo, e do mesmo jeito, para fugir dele. 

Mas eu não podia mais fugir. Dar ‘’um tempo’’ era apenas adiar uma decisão que eu já tinha tomado dentro de mim, e que só não tinha coragem para admitir. E eu tinha que admitir.

Admitir que eu nunca viveria em paz com Jungkook. Era impossível que a mesma pessoa que fazia meu coração saltar com qualquer ameaça de aproximação, ou de afastamento, fosse a mesma que me trouxesse paz. Talvez por alguns minutos, aqueles quando estava em seus braços, ou quando eu sabia exatamente o que estava se passando pela sua cabeça. Esses eram os minutos de paz que eu precisava, e mais nada. 

Peguei meu celular e uma lágrima caiu na tela. Só então percebi que estava chorando.

Limpei meu olhos e digitei a mensagem, perguntando se podíamos nos encontrar para conversar. Era urgente. 

Meu celular vibrou e me assustei com a ligação. Pensei alguns segundos antes de atender. Porque ele me ligou ao invés de responder minha mensagem?

-Alô.

- Oi, me desculpa, eu estou ocupado ensaiando e logo depois estou indo para os shows. Não vou conseguir te encontrar…

-Ah, tudo bem - Tentei limpar minha garganta, disfarçando tanto que ainda estava doente, quanto o choro - É que eu precisava falar com você. Eu… Tenho uma resposta…

-Ah - Suspirou, surpreso - Ok. Pode falar - Disse, tentando controlar o seu nervosismo. Houve um silêncio do outro lado da linha. Ele esperava eu falar, e eu tomava coragem.

-Desculpa, mas não podemos ficar juntos.

 


Notas Finais


GENTEEEE SURTOOOOOOOO PLOT TWIST.
Não ia conseguir dormir enquanto não escrevesse essa parte.
Que será que aconteceu?


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