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História Na calada da noite - Oh Shit


Escrita por: ohgi

Capítulo 2 - Oh Shit


         Quando sentiu um tranco em seu corpo Hermione abriu os olhos e percebeu que o trem acabará de parar em Hogwarts, havia dormido a viagem inteira. Levantou-se e como estava sozinha se trocou ali mesmo. Pegou seu malão e desembarcou no portão da escola esperando ver Harry e Rony.  Já estava ficando impaciente, os meninos não apareciam por nada, já estava desistindo quando avistou de longe uma cabeleira ruiva e um ser de óculos. Em um pique foi correndo de encontro aos dois e se lançou nos braços deles.

 

         -Hermione! – exclamou Harry segurando-a pela cintura – que saudades!

 

         -É Mione, onde você estava? Procuramos-te a viagem inteira.

 

         -Cheguei mais cedo, entrei em uma cabine e acabei dormindo a viagem inteira! – Hermione falou se soltando dos dois meninos e entrando nos meio deles, assim ela se sentia mais segura. Harry e Rony eram os únicos garotos que ela não sentia medo muito pelo contrario perto deles ela se sentia protegida o tempo todo.

 

         -Poxa, você não apareceu na Toca as férias inteiras, o que tava fazendo de tão importante que se esqueceu de nós hein? – choramingou Rony. A castanha estremeceu ao lembrar o que fez nas férias ou melhor dizendo o que fizeram a ela.

        

         -Hã...é que...eu tive que passar as férias com meu pai, ele ainda está muito triste com a morte da minha mãe.

 

         Aquela mentira pesou sobre os ombros de Hermione. Seu pai mal lembrava que a mãe estava morta não se importava nem um pouco. Mas para Hermione era o pior pesadelo que podia ter, como sentia falta dela, sentia falta dos olhos claros, dos beijos de bom dia, das vezes em que contava histórias magníficas para dormir, do chocolate quente que curava qualquer coração partido. Sua voz era como chuva em dias quentes, suave e relaxante, como sentia falta de chamar por sua “mãe”, faria tudo para te-la de volta ou pelo menos dar um ultimo abraço e poder dizer um adeus apropriado. Sentiu um nó na garganta e seus olhos começarem a se encher de lágrimas, piscou várias vezes para espantá-las e se dirigiu aos garotos:

 

         -Vamos logo antes que Snape nos deixe de fora do jantar de boas vindas!

 

         Hermione começou a andar rápido sendo seguida por Harry e Rony, logo já estavam a caminho do castelo de Hogwarts. Chegando ao salão comunal foram direto para a mesa da Grifinória, Mione fez questão de se sentar no meio dos meninos, assistiram o discurso dos professores e logo depois começaram a desfrutar daquele banquete maravilhoso.

 

         Enquanto os alunos conversavam animadamente sobre suas férias, Hermione passava os olhos pelo salão observando tudo ao seu redor. O lugar parecia o mesmo, os professores eram o mesmo e as pessoas pareciam a mesmas. Avistou Luna de longe e a cumprimentou, correu os olhos pelas mesas e avistou também Neville que a lançou um sorriso confiante fazendo-a estremeceu e abaixar o olhar o mais rápido que pode para não manter contato. Parecia que a mente de Hermione havia deletado todos aqueles que eram seus amigos e havia os taxados como pessoas que iriam apenas fazer mal á ela, estava tão ferida, tão errada.

 

         Manteve a cabeça abaixada praticamente o jantar inteiro mas algo a estava incomodando, alguém estava a observando. Levantou o olhar e se dirigiu para a mesa da Sonserina e lá avistou olhos cinza que a encaravam descaradamente, sustentou o olhar por segundos mas teve que desviar. Algo a queimou por dentro, porque Draco Malfoy não tirava os olhos dela? Será que ele queria fazer a mesma coisa que seu pai? Não, claro que não, Hermione tratou de espantar esse pensamento porém Draco ainda a olhava, se sentindo incomodada decidiu subir até seu dormitório e ir para cama, afinal, amanhã já teriam aula, é, ia ser uma boa desculpa.

 

         -Bom, vou para o dormitório meninos, boa noite! – disse já se levantando.

 

         -Mas já Mione? Está cedo! – Harry protestou estranhando o comportamento da amiga, na verdade a noite inteira ela não havia falado uma palavra sequer nem mesmo havia dado uma bronca em Rony, Harry contorceu o rosto em preocupação, algo estava errado.

 

         -Não estou me sentindo muito bem, preciso dormir. Boa noite meninos!

 

         -Ok, boa noite Mione – disserem os dois meninos juntos.

 

         Mais que de pressa Hermione subia as escadas até o salão comunal da Grifinória, chegou ao quadro da mulher gorda falou a senha e adentrou o lugar. Não havia mudado nada, estava exatamente igual. Sentiu uma sensação boa enquanto cruzava a sala para ir ao seu quarto, agora sim ela estava em casa. Ao chegar no dormitório colocou sua camisola e se deitou, por Merlin, como estava cansada. Seus pensamentos voltaram a Draco Malfoy e ao jeito que ele a encarava não conseguia entender o porquê mas decidiu deixar de lado e ir dormir.

 

                                                                                        x---x---x---x---x

 

         Os raios de sol entravam pela janela do quarto de Hermione a despertando lentamente. Ao conferir o horário em seu relógio percebeu que teria apenas vinte minutos para se arrumar, estava atrasada. Começou a correr de um lado para o outro pegando suas vestes e saiu em disparada para a sala onde iria ter a aula. Para sua sorte, quando chegou a professora McGonagall ainda não havia começado a aula.

 

         Olhou em volta avistando Harry sentado com Rony, as irmãs Patil estavam sentadas juntas e Luna estava sentada com Lilá, não sobrará um lugar vazio ao lado de outra garota, o único lugar vazio era ao lado de Dino Thomas mas Hermione não sentaria com ele de jeito nenhum. Andou até a mesa de Harry e Rony os cumprimentando e se posicionado a sua frente.

 

         -Rony, você se importa de sentar com o Dino para que eu possa sentar com Harry? – perguntou delicadamente.

 

         -Ah não Mione, por quê? – droga o que ela falaria agora? Porque Rony não pode ser apenas gentil?

 

         -Por favor, eu não o conheço Rony.

 

         -Então terá a chance de conhecê-lo, vamos Mione seja sociável!

 

         Hermione bufou, suas mãos começaram a suar e a tremer o que faria agora? Ela apenas não podia, não ia conseguir, o desespero começou a tomar conta de seu corpo, Harry percebeu que alguma coisa estava errada a castanha estava muito pálida. Harry deu uma cotovelada em Rony e cochichou para que só ele escutasse: “tem alguma coisa errada, vá sentar com Dino!”.  O ruivo tentou protestar mas Potter fora mais rápido e o beliscou na perna fazendo Rony se levantar em um pulo.

 

         -Ta bom, eu vou! – gritou olhando feio para Harry que apenas deu de ombro. Hermione abriu um sorriso sincero e se sentou. Logo McGonagall entrou na sala e começou a escrever no quadro negro.

 

         Começariam a aprender a Desmaterialização de animais ou objetos uma matéria um tanto difícil mas nada impossível para que Hermione não fosse, novamente, a primeira da classe.  

 

         -Por hoje é só classe. E Simas quero que treine esse feitiço, não quero nada explodindo na minha sala – falou McGonagall arrumando suas coisas e retirando as penas do pássaro que fora transformado em pó em cima da sua mesa, foi possível ouvir várias risadinhas e comentários maldosos sobre o pobre garoto.  – Ah sim, senhor Malfoy e senhorita Granger quero falar com vocês.  

 

         Ao ouvir seu nome Hermione se assustou, o que será que ela fez de errado? Juntou suas coisas e seguiu para a mesa de Minerva dispensando Harry que queria acompanhá-la para certificar-se de que a menina ficaria bem. Ao parar em frente á Minerva, Hermione percebeu que Draco estava bem ao seu lado, incomodada andou alguns passos para a direita ficando em uma distância um pouco exagerada do garoto. Malfoy a olhou com uma cara esquisita, o que tem de errado com a Granger? Eu não mordo.

 

         -Pois bem, queria primeiramente dar as boas vindas a vocês dois – Hermione sorriu, sempre gostara de McGonagall – bom, como vocês devem saber o sexto ano é um ano de extrema importância na educação de um bruxo e não pode ser concluído de qualquer forma. As matérias são bem mais difíceis que os anos passados e exige estrema atenção de vocês. Dito isso, senhor Malfoy, ano passado soube que o senhor deve grandes dificuldades em minha matéria e na matéria do Professor Snape passando bem no limite. Esse ano isso não pode acontecer e para isso convoquei a senhorita Granger para ser sua tutora.

 

         -O QUE? Com todo respeito professora, você está brincado com a minha cara não é? – Draco estava com o rosto vermelho de tanta raiva e Hermione parecia à beira de um ataque.

 

         -De jeito algum. Vocês estudaram juntos e Hermione o auxiliará nas matérias que tem dificuldades. Sentaram juntos durante as aulas e farão os trabalhos em duplas.

 

         -Mas professora, nós nos odiamos isso nunca vai funcionar! – foi à vez de Mione protestar. Minerva só podia ter enlouquecido.

 

         -É professora, vamos acabar nos matando! E eu não preciso de tutora sou muito inteligente!

 

         -Bom, não foi isso que seus exames finais apontaram senhor Malfoy – Draco bufou enquanto Hermione deixou escapar uma risadinha - E tratem de começar a gostar um do outro não quero saber de matanças nessa escola, sem mais falatório, está decidido e ponto.

 

         Minerva saiu da sala deixando os dois se ardendo de raiva. Ah, mas Draco não ia mesmo passar todo esse tempo com essa sujeitinha de sangue ruim, ele podia muito bem se virar com as matérias, não era burro coisa nenhuma! E até parece que Hermione ficaria estudando com Malfoy o menino que a odeia e que a fez chorar tantas vezes. Isso não ia funcionar mesmo!

 

         -Eu odeio essa mulher. Bosta. Bom, Granger – disse Draco se aproximando da menina – vamos ter que passar muito tempo juntos agora então é melhor você se comportar e me respeitar sabe tudo irritante.

 

         -Malfoy não chegue perto de mim, por favor – sussurrou – por favor.

 

         Hermione saiu da sala às pressas deixando Draco confuso. O que tinha de errado com ela? Draco estava esperando pelo menos uma risada irônica, um xingamento ou uma frase mal-criada e não um sussurro desesperado para que não chegasse perto. Aquilo estava muito estranho, Granger nunca fora assim. 


Notas Finais


Bom, é isso. Espero que gostem!
Beeijos


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