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História Nada é Clichê - A garota Assustada, O cara Irado


Escrita por: Koha

Capítulo 33 - A garota Assustada, O cara Irado


Fanfic / Fanfiction Nada é Clichê - A garota Assustada, O cara Irado

Eu fico parada, pisco algumas vezes e então penso sobre o que acabei de escutar. Sasuke me pediu em casamento e eu só não estou surtando, porque ele está brincando.

É por isso que eu solto uma gargalhada bem alta e bem exagerada.

— Isso foi... Isso é bem engraçado, Sasuke. Mas, falando sério...

— Estou falando muito sério, Sakura. — ele parece estar falando sério mesmo, mas não pode ser possível. Eu não quero acreditar que ele está mesmo me pedindo em casamento. — Estou te pedindo em casamento. Eu sei que falta um anel e tudo mais, mas eu vou compensar isso.

O Sasuke que eu conheço, no máximo, se mudaria para o meu apartamento e isso assumindo que essa ideia toda é uma loucura. Esse Sasuke, me pedindo em casamento com olhos bem honestos e nada de romantismo barato — apenas um pedido sincero e direto — é demais para assimilar.

— Não é isso, é só que...

— Você disse que não consegue imaginar um mundo sem mim, então não há muito no que pensar.

— Eu estava pensando em algo como você dormir no meu apartamento uma ou duas vezes na semana, transar com quase todas as roupas e comer fora alguns dias, não me casar.

Ele sorri um pouco, daquela forma sexy e terrivelmente covarde, que me desarma completamente. Ele é tão quente e eu não estou raciocinando direito.

— Podemos fazer tudo isso, eu não me importo de dormir fora alguns dias da semana se for por você. Na melhor das hipóteses, compramos uma casa grande para você não ter que me ver todos os dias.

Estou chocada, sem palavras mesmo, eu não consigo nos ver casados e construindo uma vida juntos. Sasuke Uchiha veio para a América para não casar, caramba! Ao mesmo tempo, há um tremor em meu corpo e algo quente em meu coração que apoia totalmente a ideia.

— Você detesta a América e eu definitivamente não pretendo me mudar para a Austrália, Sasuke.

Ele pondera um pouco, com um suspiro me dá um sorriso adorável.

— Eu sei, e também não quero voltar para a Austrália sem você. — ele toca suavemente minha bochecha com as costas dos dedos, quase tocando o meu nariz com o seu. — Meu lar é onde você está, Sakura, e eu pretendo que seja assim pelo resto da minha vida. Nós podemos ir nas férias, eu não me importo. Não há lugar no mundo que seja meu lar se você não estiver comigo.

Não posso me esquivar do quanto essas palavras me emocionam, quando eu esperava que ele fosse embora e isso tudo acabasse de uma vez por todas. Eu nunca fui do tipo que sonhei com casamentos e achava que essa não era minha praia, mas pensar nisso tudo com Sasuke é tão surreal e incrível. Eu quero me casar com ele.

— Oh, vocês ainda não se mataram? — Sai aparece, com Kit-Kat e Samuel ao seu lado. Sasuke imediatamente coloca a mão na minha cintura, com certa possessão. Isso atrai o olhar de Saí.

— Bem, na verdade...

— Eu pedi a Sakura em casamento e ela aceitou.

Sai engasga, Kit-Kat late em entusiasmo, Samuel arregala os olhos e eu encaro Sasuke com uma expressão irritada.

— Eu não aceitei, não.

Ele me dá um sorriso convencido e isso me é bastante nostálgico.

— Não aceitou ainda. Eu sei que ganhei você no lance de nenhum lugar ser o meu lar. — ele murmura para que somente eu escute. Convencido de merda.

— Eu sabia! — Sai grita, balançando Kit-Kat em sua mão, que estranhamente parece tão animado quanto ele. — Eu disse que você entraria para a família Uchiha, Sakura. Caramba, nós seremos primos! Finalmente vou receber algo de bom desse envolvimento todo de vocês.

Sasuke rola os olhos, mas não diz nada. Bom.

— Parabéns, Sakura. — Samuel se aproxima, fazendo Sasuke apertar ainda mais a minha cintura. — Fico feliz que tenha resolvido as coisas.

— Obrigada, Sam. — eu sorrio para ele, então encaro o semblante confuso do meu... Oh, droga, o que Sasuke é meu agora? — Hã... Sam é gay. — cochicho para que só ele escute, quando Samuel se aproxima de Sai e fica todo derretido. É claro que ele está totalmente caidinho pelo meu melhor amigo.

— Você é uma tirana! — ele me encara, totalmente embasbacado. — Queria que eu ficasse com ciúmes do pullover? Esse era seu plano? Por favor, até parece que daria certo!

Eu dou um sorriso meio convencido porque, bem, é claro que deu certo. Mas tudo bem, não vou contrariá-lo dessa vez, já basta o machucado que deixei em sua cara pela segunda vez desde que nos conhecemos.

— Que seja, meus planos não saíram mesmo como deveriam. — eu suspiro, meio dramática, mas a verdade é que estou bem satisfeita com o rumo das coisas. — Mas, quer saber?

Ele me encara, ainda emburrado, mas todo atencioso. Ah, eu senti falta disso.

— Eu aceito me casar com você.

Sasuke me encara, um pouco surpreso embora ele mesmo tenha se convencido de que havia aceitado. Idiota. Como posso negar algo a ele, pior: como posso negar algo a mim mesma? Eu aceitei casar com ele no mesmo momento em que ele fez o pedido.

— Bem, pessoal, eu agradeço pela parabenização, mas eu vou levar a minha noiva para casa agora. — ele diz, muito orgulhoso de poder usar a palavra “noiva”, o que me faz rolar os olhos mas vibrar em empolgação. Parece que temos uma denominação agora. — Sai, fique com o Kit-Kat, é melhor ele não esteja presente quando eu comer...

Eu dou uma cotovelada forte na suas costelas, arrancando uma gargalhada sufocada do meu... Ah, caralho!

Sasuke é meu noivo. Puta merda, como assim?

— Quando eu comer com a minha noiva, era isso que eu ia dizer. — seu sorriso é descarado porque claramente ele queria dizer outra coisa. Ele balança a cabeça para Samuel e Sai. — Esse cachorro é bem esfomeado.

Eu não consigo pensar muito depois disso, pra ser sincera. Eu corro até seu carro, nós nos beijamos mais uma vez e vamos para o meu apartamento. Estou emocionada e isso é tão, tão constrangedor. Eu não sou assim. Não sou essa garota que vibra por estar com um cara, que corre tropeçando desesperada até a porta do prédio e dá risada sem motivo. Mas também, eu gosto um pouquinho mais dessa nova Sakura.

A Sakura depois do Sasuke é tão emocionada, mas tão realizada.

— Eu não vejo a hora de te chamar pelo meu sobrenome. — Sasuke fala, quando eu finalmente consigo abrir a porta do meu apartamento e entrar com ele entre beijos e tropeços. — Juro que você não vai se arrepender.

— Eu sei que não vou. — murmuro, segurando seu rosto com as duas mãos e tocando suavemente o machucado no canto da sua boca com um polegar. — Sinto muito por ter socado você.

— Você pode me socar sempre que achar que eu mereço. — suas mãos estão ao redor da minha cintura, me abraçando e me levando até o sofá. — Acho que você precisará de luvas, para não acabar quebrando suas mãos.

Eu sorrio, achando graça, embora eu não duvide de sua capacidade de me irritar. Acredito que, de fato, precisarei de luvas para não acabar machucando as mãos ou partindo com elas para enforcá-lo.


Use as mangas do meu suéter

Vamos ter uma aventura

Cabeça nas nuvens, mas minha gravidade é centrada

Toque o meu pescoço e eu tocarei o seu

Você nesse pequeno shorts de cintura alta, oh


Eu o beijo de novo e não me afasto mesmo quando caio sentada no sofá. Seus beijos são intensos, molhados e me esquentam e me excitam com possibilidades. Faz quase um mês que eu não sinto o calor da sua pele contra minha, seus beijos pelo meu corpo, nossa conexão inegável...

— Eu senti tanto a sua falta. — ele murmura entre mordidas leves no meu pescoço e no lóbulo da minha orelha. — Eu não vejo a hora te fazer totalmente minha, Sakura.

Minha respiração começa a ficar alta, enquanto eu seguro a barra da minha camiseta e me esquivo um pouco para olhá-lo.

— Eu já sou sua, Sasuke. Nenhum papel ou cerimônia pode tornar isso mais real do que já é. — seu rosto assume uma expressão suave, e eu amo cada traço que ele tem, mesmo os piercings e as tatuagens em sua pele pálida. — Eu te amo.

Eu tiro minha camiseta, depois puxo o fecho do sutiã pelas costas e liberto meus seios. Meus mamilos já estão duros e Sasuke não consegue parar de olhá-los, como se vê-los libertasse um outro lado mais selvagem dele, um que eu adoro.

— Eu te amo. — ele avança contra mim, capturando meus lábios e pressionando minhas costas no sofá. Eu vou mais além, tocando sua pele por baixo da camiseta branca e insinuando entrar pela sua calça.

Suas mãos estão geladas quando apertam levemente meus seios, mas os movimentos esquentam meu corpo e o deixam inquieto. Fecho meus olhos, sentindo seus lábios no meu pescoço e seus dedos beliscando meus mamilos.

— Gostosa. — ouço seu murmuro contra a minha pele bem abaixo da clavícula, sua boca trilhando um caminho até meus seios até que ele capture o direito e o sugue com vontade.

— Meu Deus, eu senti falta disso. — eu jogo minha cabeça para trás, aproveitando o momento e assistindo ele sugar meus mamilos enquanto ostenta um sorriso convencido e desce pela minha barriga até meu umbigo e então no zíper do meu shorts jeans. — Sasuke Uchiha. — eu murmuro em um aviso, enlouquecida como se pudesse beber água depois de um mês Inteiro no deserto.

— Quando estivermos casados, eu vou querer te chamar assim. — ele se inclina para frente, ficando com seu rosto na altura do meu. — Sakura Uchiha.

Eu aperto os olhos, gostando de como meu nome soa com seu sobrenome. Quando ele coloca a sua mão grande dentro do meu shorts e passa apertado por dentro da calcinha e a meia-calça transparente, eu simplesmente quero gritar. Sua mão está tocando no lugar certo e pelo jeans que estou usando ser bastante justo, torna a sensação de seus dedos contra meu clitóris mais intensa.

— Sabe o que eu vou fazer com essa bocetinha? — ele pergunta, seus lábios pressionando minha orelha de forma que o som de sua voz no sotaque australiano sai bem abafado. — Eu vou comer ela, e vai ser forte e com vontade. Você vai gritar meu nome, Sakura. — ele começa a movimentar os dedos com mais força, me fazendo gemer e rebolar em sua mão. — Vai implorar pra que eu te coma a noite inteira e, ah baby, eu vou fazer isso.

Eu o encaro, cheia de desejo e louca de tesão, encostando meus lábios nos dele.

— Então vai, Sasuke Uchiha, chega de falar e me fode.

Eu não deveria brincar com as palavras, não com Sasuke. Quando ele me vira ajoelhada no sofá e abre majestosamente meu zíper, eu quase perco o ar e mal tenho tempo de reclamar pelo fim dos movimentos circulares de seus dedos dentro de mim. Ele puxa meu shorts jeans para baixo, rasga a meia no processo de tirar junto com o shorts e a calcinha e, finalmente, me deixa totalmente pelada.

— Sua pele está arrepiada. — ele murmura, tocando minha barriga com as pontas dos dedos arrastando sobre minha pele. — Está com frio?

Balanço a cabeça e sinto um arrepio passar pelo meu corpo quando ele esmaga seu peito contra minhas costas.

— Mas não importa, porque você já está me esquentando. — murmuro baixinho, apertando minhas mãos contra o encosto do sofá. — Sasuke, eu preciso de você. Por favor.

Quando ele entra dentro de mim, é forte e duro, sem aviso e com um gemido grave. Eu posso senti-lo dentro de mim, alargando minhas paredes que o apertam com força enquanto ele me toca bem fundo. Ele está usando seu piercing, o ampallang que tanto me tira a razão.

— Maravilha.

— Perfeito.


Ela sabe o que eu penso sobre

E o que eu penso sobre

Um amor, duas bocas

Um amor, uma casa

Sem camisa, sem blusa

Apenas nós, você vai descobrir

Nada que eu não queira te contar, não


Em uma sincronia enlouquecida, ambos falamos ao mesmo tempo, de formas diferentes. Meu suspiro é de alívio, enquanto o de Sasuke é de desespero. Ele não consegue esperar muito até começar a se mover, me segurando pela cintura e tocando meu clitóris com seus dedos enquanto mete com tanta força dentro de mim, que meu corpo vai para frente toda vez que ele investe.

Nós trocamos de posição, e eu fico por cima dele com meus seios grudados em seu peito enquanto ele se move por baixo de mim e nós soltamos gemidos juntos entre nosso beijo. Isso é ótimo, o ápice de toda a insanidade e intensidade que emanamos juntos. Eu posso ficar assim para sempre, ainda mais quando nos separamos minimamente e nos olhamos, nos movendo e gemendo e rolando os olhos e nos tocando e nos sentindo...

Quando meu orgasmo chega, eu perco a noção e a razão por alguns segundos. É surreal, como se eu estivesse me desfazendo sobre Sasuke. Eu morreria feliz nesse momento, posso garantir.

.

.

.

Acordo completamente coberta com dois edredons, que escondem minha nudez no chão da sala. Pela cortina clara em frente a minha janela, percebo que já é dia, mas estou morta de cansaço e não pretendo me levantar daqui. Sasuke e eu nem fomos para a cama e eu acredito que ele tenha pegado todas essas cobertas após eu dormir de exaustão, porque eu não me lembro de nada além os três orgasmos maravilhosos que tive. De tão bom humor, eu jogo minhas mãos para o alto, me espreguiçando com um sorriso bem satisfeito nos lábios. Isso é bom pra caralho.

No entanto, é por muito pouco que não sou cegada pelo anel enorme que estava em meu dedo anular esquerdo quando estico a minha mão em frente ao rosto.

— Que porra...? — eu me sento, rapidamente, encarando minha mão e o anel nela.

O anel possui uma enorme pedra de esmeralda, de pelo menos uns trinta quilates. O aro é feito de platina e é cravejado de pequenos diamantes. Eu fico girando minha mão, observando esse anel que provavelmente custa mais do que a minha vida todinha.

— Ah, bom dia. — Sasuke aparece, vestido em uma calça e blusa moletom que provavelmente estavam perdida em minhas coisas. Ele está segurando uma bandeja com o café da manhã e não parece nada preocupado com o meu semblante assustado. — Fiz o seu café da manhã.

— Sasuke, o que significa isso?

Eu ergo a minha mão em sua direção e ele dá de ombros, como se não fosse nada.

— É o seu anel de noivado.

— Eu sei! Mas, olha pra isso! Quando foi que você saiu para comprar esse anel?

Ele se senta ao meu lado, mastigando um pedaço de bacon tranquilamente, enquanto eu estou a beira de um ataque de nervos.

— Itachi não gostou de ser avisado sobre o pedido que eu fiz a você por mensagem de texto, mas topou me ajudar com o anel, mesmo dizendo que eu não sou nada romântico. — Sasuke ponderou, não parecia abalado pelo pedido que fez, talvez por saber que, para mim, foi exatamente perfeito do jeito que foi feito. — Mas tudo bem, ele mandou um helicóptero buscar o anel em Washington.

Eu respiro, dizendo a mim mesma que esse não é o momento certo para surtar. Tudo bem, está tudo bem, é só um anel, um anel com uma esmeralda muito grande no centro.

— Quanto custa um anel desses?

— Não é muito educado falar sobre preços, sabe?

Respiro fundo mais uma vez, sorrindo de uma forma meio maniaca.

— Quanto. Custa. Um. Anel. Desses?

Ele suspira, um pouco impaciente e ansioso, olhando para o anel de uma forma defensiva.

— Hã... eu acredito que algo avaliado em um ou dois milhões de dólares.

— Puta merda! — eu exclamo, o encarando com meus olhos arregalados. — Você enlouqueceu? Eu moro em Chelsea, pelo amor de Deus! Como quer que eu ande com esse atrativo de ladrão no dedo?

Como se eu estivesse surtando pela toalha molhada na cama, ele solta uma risada do tipo “você está exagerando”, mas acontece que eu sei que eu não estou.

— Você é minha noiva e, embora eu não esteja levando a vida que levava na Austrália, é dessa forma que você será tratada por mim de agora em diante. — ele beija atrás da minha orelha, segurando minha mão do anel e me fazendo encará-lo. Suas pernas estão ao redor do meu corpo e eu me sinto quente com ele assim. — Você sempre terá o melhor de mim, Sakura, se acostume com isso.

Suas palavras parecem ter um duplo sentido, mas isso não diminuí meu desespero de ter tanto dinheiro em um dedo só.

— Não pode esperar que eu me acostume tão facilmente, assim. Você precisa pegar leve comigo, eu não estou acostumada a acordar com um anel de dois milhões de dólares no dedo. — ele ri um pouco, mas eu me mantenho séria. — Estou falando sério, Sasuke. Você teria me deixado feliz com um anel de duzentos dólares comprado numa barraquinha no shopping.

Ele me beija na bochecha, me abraçando por trás do meu corpo, contudo eu posso quase sentir a sua careta de desgosto logo atrás. Burguês safado, é isso que ele é.

 — Você se sentiria melhor se eu falasse que esse anel foi da Vovó Uchiha? — ele murmura bem perto da minha orelha, me deixando cheia de calafrios. 

Eu o encaro, um pouco surpresa. Ele parece bem convencido, um pouco orgulhoso também e seus olhos brilham.

— Pois é, segundo o Itachi, a velha Uchiha deixou presentes especiais para todos nós, para ele ficou uma casa avaliada em mais de um milhão de dólares, a casa que a velha passou sua infância. — Sasuke segura a minha mão, tocando o anel suavemente. — Ele não esperava que eu usasse o meu presente nem tão cedo, é claro. Esse anel foi dado pelo meu avô para a minha avó quando ele a pediu em casamento, ajoelhado sobre a grama do quintal dela.

— Que romântico. 

— Sim, bem romântico. Eu não conheci meu avô, pois ele morreu bem antes de eu nascer, mas a vovó Uchiha dizia que ele se parecia muito comigo. — ele pondera um pouco, como se estivesse vivendo algumas lembranças. Então, de repente, ele tem seus sorriso cretino nós lábios de novo. — Espera só quando Sai souber que, na verdade, ele não é o neto preferido da vovó Uchiha.

— Você acabou com o momento! — eu digo, mas estou rindo quando dou um tapa em seu ombro.

É claro, logo perco totalmente o foco com essa coisa enorme no meu dedo. Às vezes eu esqueço totalmente que Sasuke vem de uma família bilionária e que isso não é nada para ele, enquanto eu posso simplesmente resolver toda a minha vida e a vida de mais uma cinco pessoas com esse anel.

— Nós podemos esperar até depois da faculdade, se você quiser. — ele fala, quando terminamos o café. Ainda estou sem roupa, deitada sob o peito dele, ouvindo seu coração bater forte na minha bochecha. — Mas, honestamente, eu não vejo motivo. Podemos pegar o carro e ir direto à Las Vegas. Por mim, eu caso com você amanhã mesmo.

Eu levanto a cabeça, apoiando meu queixo no seu peito.

— Por que está com pressa?

— Não quero te dar a chance de desistir de ser a minha mulher. — ele pondera, então começa a pensar em várias coisas. — A não ser que você queira uma festa grande e um vestido pomposo.

— Eu não me importo com uma festa grande, nem com um vestido pomposo ou um anel super caro. — eu o encaro, super séria. — Sinceramente, não ligo para casamentos, eu só quero uma casa, Kit-Kat, você e eu e uma lareira para o inverno e um parapeito grande o suficiente para que você possa ler para mim no seu sotaque delicioso. Disso, eu nunca vou desistir.

Eu me levanto um pouco, me aproximando mais do seu rosto e sorrindo suavemente conforme vejo seus receios em seus olhos. Sasuke é inseguro e isso é tão fodido porque eu não consigo viver sem ele e, embora ele saiba disso, sente que não é bom o bastante para mim, mesmo depois de ter me pedido em casamento.

— Você só quer isso?

— Só isso. — beijo seus lábios devagar e subo em cima do seu colo. — Se possível um quarto do sexo, bem espelhado, mas nada muito exagerado.

— Safada. — ele me dá um tapa relativamente forte na minha bunda, que me faz gemer baixinho. — Então tudo bem se nos casarmos em Las Vegas amanhã?

— Não, Mebuki e Kizashi vão querer estar no casamento e é capaz de Ren sofrer um ataque cardíaco caso eu não o avise. — faço uma careta, porque até agora eu tinha ignorando totalmente o fato de ter que contar para minha família. — Oh, droga, se bem que eu não quero ter que contar para eles.

— Nós teremos tempo para contar depois. — ele me abraça e eu sinto que tudo está certo, embora eu ainda esteja bem impressionada pelo rumo que tomamos. Sasuke percebe. — O que foi?

— Não é louco a gente se casar? Nós começamos isso sem querer um relacionamento sério e o que é mais sério do que casamento?

Sasuke não parece afetado, o que me surpreende. Ele, talvez um pouco mais do que eu, não estava nenhum pouco afim de casamento. Ele literalmente fugiu de um casamento e agora está aqui, no chão da minha sala, tentando me convencer de irmos até Las Vegas para nos casar amanhã.

— Eu não vou ser um solteirão convicto, do jeito que sempre quis, mas não importa. Eu descobri algo que eu quero mais do que ser solteiro. — sua voz é suave quando ele encosta seus lábios na minha bochecha e aperta seus braços ao meu redor. — Mas você ainda pode desistir, se não estiver preparada...

— Eu estou. — falo tão rápido, que fico constrangida quando ele sorri todo convencido. Merda, eu até estou corando. — Idiota.

— Só queria ter certeza, futura senhora Idiota.

Eu rolo os olhos, mas também dou risada e o beijo. Estou sem roupa e isso é perfeito, porque fica mais fácil subir em seu corpo e puxar a sua calça. Eu o teria completamente dentro de mim em questão de segundos caso a campainha não tivesse sido tocada.

— Droga.

— Nós não estamos. — Sasuke grunhi, me prendendo em seus braços e beijando minha clavícula como se a campainha não estivesse sendo tocada insistentemente.

— Sasuke, não dá, é sério, pode ser o Ren ou a Mel, eles são os únicos fora você e o Sai que sabem a nova senha do prédio. — eu finalmente tinha conseguido convencer o síndico a trocá-la, mesmo depois dele não ter captado nenhuma invasão nas câmeras de segurança, na época em que meu apartamento foi virado do avesso. Como Sasuke tinha a memória fotográfica, eu sabia que ele já a tinha decorado no momento em que entramos no prédio ontem.

Eu o empurro, rindo com sua insistência em me segurar. — Me empresta seu moletom e me me joga meu shorts. Já estou indo! — grito, para quem quer que seja a pessoa na porta.

Ele rola os olhos, mas faz exatamente o que peço ao tirar o moletom e me dar o shorts. Eu me visto rapidamente, para não dar a ele a chance de me pegar de novo.

— Leva essas coisas para o quarto, por favor?

— Será desse jeito quando nos casarmos? Você tomando todas as decisões e mandando em mim?

— Pode apostar! — eu dou risada, mas deixo que ele me beije suavemente antes que ele vá para o quarto e eu em direção a porta.

— Meu Deus, espera, estou abrindo! — eu tiro todos os trincos da porta, então puxo a maçaneta com irritação e pronta para xingar qualquer um dos dois, Ren ou Mel, por estarem fazendo todo esse estardalhaço. — Quem morr...

Eu perco a voz, totalmente, quando abro a porta o suficiente para que consiga ver a pessoa que estava do lado de fora tocando a campainha desesperadamente. Seu rosto é inconfundível para mim, é claro, eu lembraria dele mesmo numa multidão.

Sua cabeça está um pouco para baixo, mas ele logo a ergue lentamente em minha direção. Seus olhos me sondam, tocando todas as diferenças que surgiram em mim nos últimos anos, até chegaram aos meus olhos. Provavelmente seu sorriso aparece porque ele reconhece o mesmo medo de quando ainda estávamos juntos. Isso não mudou, de fato.

— O quê você... Como você... — não encontro palavras, minha voz está fraca e falha enquanto ele parece estar bem tranquilo e paciente. Não posso evitar dar um passo para trás, é como se eu fosse uma ovelha em frente ao grande e assustador lobo das redondezas.

— Eu esperava ser recebido com mais entusiasmo, confesso. — sua voz é exatamente como eu me lembrava, exatamente como nos meus pesadelos. — Todos esses anos e é assim que você me recebe, Cherry?

Não consigo mover mais do que minhas narinas, que inflam conforme meus olhos enchem de lágrimas e meus lábios tremem sem controle. Toda aquela noite, cada pedacinho dela, está em minha mente agora.

A minha cabeça rodando

Sua risada alta

Os flashes da câmera

Meu corpo terrivelmente sem controle.

— Você precisa ir... Vai embora, por favor.

Ele ergue uma sobrancelha, e em vez de se afastar entra ainda mais dentro do meu apartamento, me fazendo recuar.

— Ouvi dizer que você vai se casar...

— Vai embora.

— Se casar com um homem e esse homem não sou eu.

— Por favor...

Eu me afasto ainda mais, segurando minha cabeça e sentindo meu corpo todo vibrar de medo.

— O que pensa que está fazendo? Eu te dou um tempo para superar um deslize e é assim que você agradece? Você é uma mal agradecida, Sakura.

— Me deixa em paz, Hidan!

— Hidan?

Eu pisco, então encaro o rosto que está logo no começo do corredor. Sasuke. Ele ainda está sem camisa, seu rosto completamente indecifrável. Hidan ostenta uma expressão bem controlada e com um toque de impaciência quando olha para Sasuke, por cima do ombro.

— Então, é ele? Não é realmente grande coisa, Sakura, sabe que sou incomparável.

Sua calma é doentia, me apavora, sim, mas nem tanto quanto me apavora ver Sasuke completamente parado, mas seus olhos... Os olhos dele parecem estar queimando de raiva, enquanto ele aperta suas mãos em punho.

De repente, tê-lo aqui me faz sentir mais segura, mas isso só ressalta o meu desespero por Sasuke.

— Hidan, vai embora, estou te avisando.

— Ou o quê? — ele solta uma risada baixa, suas mãos dentro do bolso da calça de seu terno caro e cinza. — Não tente me ameaçar, Sakura, porque você me conhece melhor do que isso.

Quando ele se aproxima, meu corpo treme bastante, mas quando ele toca levemente meu queixo com um dedo eu não corro em direção a Sasuke para que ele me defenda, eu corro em direção ao meu noivo para impedi-lo.

— Tira a mão da minha mulher! — ele grita, tão alto e com tanta raiva que seu rosto fica vermelho e algumas veias saltam em seu pescoço.

— Sasuke, não! — eu o seguro pela cintura, usando toda a força que tenho e ainda sim é difícil contê-lo enquanto ele tenta avançar. — Se você bater nele eu vou ficar sozinha, por favor, não me deixa sozinha.

As palavras são a minha única arma nesse momento, e embora meu desespero as enrole, Sasuke diminui a força que usa para se soltar de mim e avançar contra Hidan, que permanece no mesmo lugar com um semblante divertido.

— Hmmm, um animal selvagem é o que temos aqui. Bem, vindo da Austrália e sem país para criá-lo devidamente, não me surpreende que você tenha esse gênio, Sasuke.

Um arrepio corre toda a minha espinha, e eu abraço Sasuke ainda mais forte quando seu corpo fica tenso.

— Você não me conhece. — eu mal consigo reconhecer a voz de Sasuke, seu sotaque está pesado e seus olhos assassinos. Eu nunca o vi desse jeito.

— Ah, sim, conheço. Eu conheço tudo que diga respeito à Sakura. — como se não tivesse um homem bem maior que ele prestes a quebrá-lo ao meio, Hidan anda pela minha sala, observando tudo. — Aliás, eu gostei dos móveis novos, Sakura, refletem bem a sua personalidade.

Meu coração parece parar no peito, e eu sei que Sasuke pensou o mesmo que eu, porque eu tenho que abraçá-lo com mais força agora, para que ele não avance contra Hidan e acabe gerando um caos. Nesse momento, minha mão fica espalmada no peito de Sakura, o que deixa meu anel de noivado totalmente amostra.

— Você tem um bom gosto, eu devo admitir. — Hidan aponta o anel com o queixo, mas sua expressão se torna mais sombria. — De qualquer forma, não se acostume a vê-lo por muito tempo.

Sasuke rosna, realmente como um animal. Eu tremo, de medo e de desespero e eu sei que pareço uma menina assustada agora, mas não me importo.

— Se não sumir da minha frente agora mesmo, eu juro que não responderei por mim. — Sasuke fala, a voz baixa e ameaçadora, nem mesmo Hidan pode duvidar do quão ele está irado agora 

— Tudo bem, eu não vou me demorar. — ele respira, então encara Sasuke e então a mim. Seus olhos estão firmes e convictos e isso me assusta ainda mais. — Só vim avisar que eu estou de volta, Sakura, e é bom que você entenda o que isso significa. Até mais, Cherry.

Sasuke tenta se soltar de mim em um impulso, mas eu escondo meu rosto em seu peito, sentindo sua pele quente na esperança de que isso me conforte e que Hidan tenha sumido quando eu abrir os olhos, como um pesadelo ruim.

Quando eu decido olhar de novo, Hidan de fato não está mais dentro do meu apartamento. Mas não importa — meu corpo trêmulo, a raiva que emana de Sasuke e todas as lembranças vividas em minha mente de cada tapa, cada momento drogada e cada segundo depois daquele acontecimento tentando superá-lo, provam que não há como isso ter sido um sonho.

Hidan está de volta.



Notas Finais


Tava tudo muuuuito bom, não? Precisamos de um pouco de drama, mas eu bem tentei compensar com o hentai e o pedido de casamento aceito pela Sakura.

Anel da Sakura: https://blog.poesie.com.br/wp-content/uploads/2012/04/anel-chopard-esmeralda.jpg


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