CAPÍTULO 12
Sábado de manhã acordei com o estrondo da tampa da máquina de lavar. Fui até a lavanderia para encontrar Mamãe dividindo pilhas de roupas.
— Mãe?
Ela deu um salto.
— Piper, você está em casa. Não esperava ver você tão cedo. — Ela arremessou um par de shorts do Neal na pilha das roupas brancas. — O que aconteceu? Você e o Larry brigaram?
— Não. — Preferia que isso tivesse acontecido. Teria sido mais fácil. — Eu só quis vir pra casa.
Um frio repentino me fez tremer e eu me abracei. Mamãe se aproximou e ajeitou meu cabelo bagunçado. Tinha sido uma noite complicada.
— Fico feliz. — Ela sorriu. — Você está bem? Parece cansada.
— Estou bem.
Ela me seguiu até meu quarto. Faith, eu notei, era um bolinho na cama debaixo das cobertas. Encontrei meus óculos e os coloquei.
— Que horas são? — Olhei para o relógio. — Seis e meia? — Da manhã? Não era à toa que eu me sentia drogada. O que ela estava fazendo na lavanderia às seis e meia? Isso é que é uma Supermãe.
Supermãe disse:
— Já que você está em casa, que tal cuidar daquelas fichas de inscrição para a universidade? — Ela deu um tapa na pilha de formulários esquecidos sobre a minha cômoda.
Suspirei de cansaço.
— Ah, certo. — De qualquer forma, eu já não ia conseguir voltar a dormir.
— Você poderia terminar isso em vez daquilo ali, seja lá o que for. — Ela apontou para o caderno de desenho aberto ao lado da minha cama. Eu o tinha deixado aberto? — Por que, de todas as matérias, você foi fazer aula de desenho? Que perda de tempo.
Eu me arrepiei. Queria que ela fosse embora e, meu desejo foi realizado, assim que a secadora de roupas apitou.
Foi com má vontade, mas me dei ao trabalho de preencher todas as fichas de inscrição e colocá-las dentro dos respectivos envelopes: Cornell, Stanford, Antioch. Isso, sim, era perda de tempo. Ainda que me aceitassem, eu não tinha certeza se iria. De qualquer modo, onde ficava Antioch mesmo? Ouvi Faith se erguer e se arrastar até o banheiro. Quando ela saiu, nossos olhares se encontraram por um instante. Ela talvez tenha resmungado. O rímel estava borrado até a altura do queixo. Assustador.
Ela atravessou o porão e subiu as escadas. Geralmente, ficava absorta na frente da tevê, assistindo a desenhos nas manhãs de sábado. Esse era o ritmo dela.
Tomei um banho, assei duas tortinhas na torradeira e voltei ao meu quarto para vegetar. Pensar. Sobre ele — não ele. Ela. Eu. Ela e eu.
Pare. Pare de pensar. Meus olhos desviaram para a cômoda, onde estava Beowulf, acenando para mim. Puxei o livro e o folheei até encontrar a parte em que ele nadava com seus homens alegres. Reli. Certo, era bem sugestivo. Fez com que eu lembrasse de todas as vezes, nos treinos de natação, em que as garotas bagunçavam, afundavam umas às outras, brincavam de fazer desafios. Momentos em que eu precisava me frear, porque estava ficando muito intenso.
Abaixei o livro no meu colo. Houve outros momentos também. A sra. Fielding na aula de alemão. Eu era tão apaixonada por ela. Eu costumava fingir que precisava de ajuda, só para poder ficar até depois do horário de aula. Ela não era gay, pelo menos acho que não. Era apenas linda. E Lorna. Meu Deus. Tive uma atração tórrida pela Lorna no sexto ano. Sétimo ano. Oitavo ano…
Meu pulso acelerou. Será que eu era? Quero dizer… gay? Se sim, o que é que eu estava fazendo com o Larry?
Talvez eu fosse bi. Isso explicaria tudo. Um coração aberto, pronto, para dar e receber amor de quem quer que fosse. Mas os sentimentos, os arrebatamentos, as percepções aguçadas que tinha com a Alex; essas coisas eu nunca havia experimentado com o Larry. Com nenhum cara.
Um estouro contra a parede me fez saltar da cama. Corri para o outro lado da divisória, entre meu espaço e o da Faith. Observei a Virgem Maria, que jazia em estilhaços ao lado da lavanderia, e depois o olhar penetrante e candente da Faith. Mamãe gritou através da escadaria:
— Esta é a minha casa e você vai obedecer às minhas regras!
Faith cravou os olhos nos meus. Ela abriu a boca, mas depois mudou de ideia, acho, e se abandonou de costas na cama, cruzando os braços. Uma onda de solidariedade me inundou. Faith não estava tendo muita sorte com as mães. Só vi a mãe verdadeira da Faith uma vez, quando ela a trouxe até em casa para passar o fim de semana. Além disso, ouvi, escondida, uma conversa entre Mamãe e Neal. Ele disse que sua ex-mulher era viciada em trabalho e que ela deixava Faith sozinha por tempo demais. Ele temia que a filha estivesse sem supervisão. Queria que ela viesse morar aqui definitivamente.
Mamãe rejeitou a ideia, graças a Deus. Eu deveria perguntar à Faith sobre a mãe dela, pensei. Era evidente que ela estava reprimindo muita raiva. Claro, e eu deveria me formar em psicologia na Universidade de Antioch. Mas, talvez, se a gente conversasse…
Faith ligou o som no seu habitual death rock e enfiou os fones de ouvido nas orelhas. Acho melhor não. Meu celular tocou.
Retornei ao meu espaço e respondi:
— Alô?
— Oi, gata.
Meu coração afundou.
— Oi.
— Posso ir aí? — Larry falou.
— Não. Minha mãe está em casa. — Coloquei a mão em concha ao redor da boca para abafar o barulho. — E minha irmã adotiva do mal está aqui também.
Ele riu.
— Não é por isso que quero ir aí. Você só pensa nisso. Está se sentindo bem?
— Estou — menti.
— Não vamos mais comer comida chinesa. Aquilo é mortal, ainda estou arrotando repolho. Precisamos planejar aquela conferência sobre liderança logo. Pensei se poderíamos começar a fazer isso hoje.
— Por que me envolveu nisso, aliás? Você sabe que já estou soterrada de trabalho.
— Se não estiver a fim de fazer, posso encontrar outra pessoa.
— Ótimo — falei. — Então faça isso.
Ele hesitou.
— Resposta errada.
Fechei os olhos com força. Não era culpa dele. Não tinha nada a ver com a conferência.
— Só pensei que a gente fosse se divertir trabalhando nisso, juntos — ele falou. — Fazendo alguma coisa além de… você sabe. Não era o que você queria?
Soltei um longo suspiro.
— Talvez amanhã eu consiga achar um tempo.
— Achar um tempo? Pra mim, você quer dizer?
Não respondi.
Ele desligou.
Ótimo. Considerei ligar para ele de novo, mas esse pensamento foi passageiro. Eu não tinha energia nem vontade. Talvez quisesse que ele ficasse furioso comigo.
Abri o livro de cálculo e folheei até o capítulo seis — a tarefa de segunda-feira. Os números saltavam para fora da página. Eu é que estava fora da página, deslocada de tudo. Precisava sair dali por um momento.
Vesti uma camiseta limpa de mangas compridas e calças com amarração nos tornozelos, guardei a carteira no bolso. Já havia dirigido por metade da cidade quando me dei conta de aonde estava indo. Sim, um donut cairia bem, mas havia dúzias de Dunkin’ Donuts no meu lado da cidade.
Quem eu estava tentando enganar? Precisava vê-la. Nem sequer sabia se ela trabalhava aos sábados. Eu não tinha um plano.
Em frente ao Hott ’N Tott, dominei meu medo como faria Beowulf e avancei corajosamente. Ao subir na calçada, meus olhos vasculharam o interior da loja através das vidraças, e localizei Alex espalhada numa das cadeiras de plástico, com um joelho dobrado de encontro ao peito. Meu coração falhou uma batida. Ela estava usando seu lenço cigano de novo e ria de alguma coisa que a pessoa sentada do outro lado da mesa havia dito. A pessoa fez um gesto exagerado e Alex deixou a cabeça cair para trás e gargalhou.
Andei de ré para longe da porta. Minha bunda foi de encontro ao capô do jipe e arrastou o restante do ser humano acoplado a ela até o banco do motorista. Peguei a maçaneta, esperando, rezando para que ela não tivesse me visto. Enquanto eu saía, os pneus cuspindo sal na pista, a pessoa ao lado da Alex virou a cabeça e olhou através da janela. Eu não precisava ver seu rosto para saber que era Brandi.
Naquela noite, tive um sonho. Um sonho erótico. Estava na piscina, nua, e diante de mim havia outra pessoa nadando, só que fora do meu alcance. Eu aumentava minhas braçadas para tentar alcançá-la. Agarrei um tornozelo e puxei para que ficássemos lado a lado. Ela se virou e sorriu. Alex. Estava nua também, e instintivamente nossos corpos se aproximaram. Nossas pernas se entrelaçaram.
Acordei com um salto, ofegante, desejando poder voltar. Voltar para ela. Terminar de viver esse sonho. Descobrir até onde ele iria e o que me aguardava do outro lado.
Alex não apareceu na piscina na segunda-feira. Não que eu estivesse esperando que ela fizesse isso… Maldição, eu não sei o que esperava. No andar superior, escancarando a porta do meu armário, olhei no espelho e a vi chegar naquele instante, deixando o café da manhã no chão, diante do próprio armário. Ela captou meu olhar e sorriu.
Aquele sorriso.
— Piper! — A voz do Larry fez minha cabeça virar. — Desculpa, eu não consegui ir ontem. Meu pai precisou de ajuda pra consertar a porta da garagem depois que minha mãe deu ré em cima dela… de novo. Depois o Coop passou lá para trabalhar no projeto de física. — Ele se pendurou ao meu lado. — Você está se sentindo melhor?
Lembrei, com um suspiro desesperançado, que Larry não conseguia guardar raiva.
— E se a gente fizer isso hoje no almoço, já que o Olander está viajando e não tem reunião do Conselho Estudantil esta semana?
— Fazer o quê? — Perguntei.
— A conferência sobre liderança? — Ele deu uma batidinha na minha cabeça. — Na próxima segunda-feira o Olander vai querer saber em que pé isso está.
Ele secou uma gota d’água debaixo da minha orelha, vinda do meu cabelo encharcado. Acho que havia esquecido de secar.
Recolhi meus livros.
— Certo. Tudo bem.
Larry levantou meu queixo e inclinou a cabeça.
— Amo você — ele disse.
Não faça isso, pensei. Pare. Simplesmente pare de me amar.
— Piper? — Os olhos dele afundaram nos meus.
Eu não podia fazer isso. Não podia.
— É. Eu também. — Forcei um sorriso.
Deixei que ele me beijasse, e ele se aproveitou disso e começou a beijar de língua. Soltei-me dele.
— Larry.
Ele sorriu e tocou a ponta do meu nariz.
— Vejo você mais tarde. — E saiu desfilando.
Joguei a mochila sobre o ombro e tranquei o armário.
— Você o ama?
Tomei um susto. Ela estava parada bem ao meu lado.
— Quem?
Os olhos dela se arregalaram.
— Larry? — Olhei para trás e vi a figura dele a se distanciar. — Hã, a gente está junto faz bastante tempo. Um ano.
— Não foi isso que eu perguntei.
Eu não conseguia olhar para ela. Não podia arriscar que ela enxergasse através de mim, lesse meus sentimentos.
— Você vê passarinhos azuis? — Ela perguntou.
Ao ouvir isso, tive que sorrir.
— Passarinhos?
— Sabe, passarinhos azuis, borboletas no estômago, fogos de artifício. — Ela agitou as sobrancelhas.
Deixei escapar uma risada. Mas ela soou estrangulada, assim como eu me sentia.
— Só nos meus sonhos.
— Ah, é? — Ela arqueou uma sobrancelha.
Por que eu disse isso? Deus.
Alex falou com suavidade:
— Talvez você devesse ouvir o que os seus sonhos querem te dizer.
Meu estômago entrou em ebulição.
Ela se afastou do armário, no qual estivera se apoiando na ponta dos pés, e disse:
— Pense nisso.
Como se eu não estivesse pensando.
— Você pensa nisso? — Perguntei às costas dela.
Ela parou e se virou.
— Eu não preciso. Eu sei.
Os passos de uma manada interromperam nossa conversa quando a equipe inteira de atletismo atravessou o corredor entre nós. Quando consegui abrir caminho, em meio à avalanche de corpos, ela já havia ido embora.
Concordei com tudo o que Larry sugeriu para a conferência sobre liderança. Se íamos arrumar as mesas em forma de ferradura ou em quadrado, não fazia diferença para mim. Era trivial. Queria me livrar disso. Queria me livrar dele.
— Não conversamos sobre dividir os participantes em corporações. — Larry me seguiu porta afora do centro de mídia da escola. — Nem quem vamos convidar como palestrantes para a mesa.
— Tanto faz. Você decide. — Apenas vá embora, gritei em silêncio. Deixe-me ir.
— E depois da escola? A gente podia se encontrar…
— Tenho que trabalhar.
— Então, hoje à noite.
— A Lorna e a Polly vão vir pra minha casa. As duas estão passando por um momento difícil, sabe. Prometi que a gente ia se reunir. — Eu era uma péssima mentirosa. Ainda bem que ele não era capaz de me ler como a Alex.
O sinal do fim de período soou.
— Na quarta-feira vai haver um treinamento para os professores. — Larry avisou às minhas costas. — Vamos ter o dia livre. Que tal a gente se encontrar?
— Claro — falei, por cima do meu ombro.
— Às dez. Vem até minha casa.
Mal registrei o que ele disse. Corri para a ala das artes. Ela estava ali, na sala, conversando e rindo com a Brandi.
Brandi. Eu queria que ela desaparecesse também. Alex e eu fizemos contato visual por um reles instante, antes que eu chegasse à minha cadeira. Entorpecida, tonta. Meu coração havia feito uma caverna no peito. Durante todo o período, tentei mandar para Alex mensagens telepáticas. Olhe para mim, sorria para mim, fique comigo. Mackel nos deu como exercício desenhar a outra metade de uma face. O rosto de uma criança, de uma foto que ele tinha cortado ao meio. Isso me obrigou a concentrar minha atenção. Ótimo. Concentrar-me no rosto. Na criança. Na tarefa adiante.
Fiquei tão concentrada nesse exercício que a aula terminou e as cadeiras começaram a se arrastar. Alex se levantou com Brandi. Rasguei a página do meu caderno de desenho e corri até a frente da sala para entregar minha tarefa, alcançá-la e conversar com ela.
Mackel fisgou meu desenho do topo da pilha.
— Ei, ei. Volte aqui, senhorita. — Ele acenou para que eu parasse. — Vamos dar uma olhada nisto.
Droga. Alex saiu da sala com Brandi. Ela olhou por cima do ombro para mim, prendendo meus olhos.
— Ooh. Ooh. — Mackel ronronou para o meu desenho. — Me explique qual foi sua abordagem aqui.
— Hã. — Virei-me para ele. — Pra falar a verdade, eu preciso muito ir agora. — Fui me arrastando de ré em direção à porta.
— IN-CRÍ-VEL. — Mackel balançou a cabeça. — Não consigo nem dizer qual das metades você desenhou.
Disparei porta afora, corri pelas escadas, derrapei em uma parada brusca. Nenhum sinal dela. Nem nos corredores, nem nas escadas. Onde ela poderia estar?
Acho que tive um relance dela no caminho para a aula de economia e, depois da aula, ao lado do bebedouro, e depois espreitando do lado de fora da porta da academia. Mas, a cada vez que eu voltava, ela desaparecia. Como se fosse uma miragem. Ou uma ilusão. Era isso, uma ilusão. Assim como minha vida… uma realidade, só que fora de alcance.
Meu celular tocou no caminho para o trabalho. Vasculhei minha mochila no assento ao lado, xingando. Eu já estava atrasada por ter ficado postada no corredor dos armários, esperando a Alex e perdendo-a de vista de novo. Onde ela estava?
— Sim. Alô? — Rosnei.
— Oi. Sabe quem é?
Fiquei sem ar.
— Alex, oi. Tentei encontrar você o dia todo. Queria concluir nossa conversa.
— Qual conversa? — Ela falou.
Será que ela não se lembrava? A Conversa! Sobre sonhos, e passarinhos, e fogos de artifício.
— Olha, hã, eu estou ligando pra… — Ela riu um pouco, de um jeito nervoso. — Hã, tudo bem, se você não estiver ocupada amanhã à noite, que eu sei que está, provavelmente, com o Larry, mas estava pensando se… você gosta de A.P.?
Alguém me cortou pela dianteira e eu pisei no freio.
— Idiota! — rosnei.
— Certo, esqueça.
— Alex, não, não era pra você. Meu Deus. Eu estou dirigindo e algum imbecil acabou de me jogar pra fora da pista. Eu adoro A.P..
Ela riu.
— Você também é uma péssima mentirosa ao telefone.
Tive que rir.
— Tá certo. E o que é isso?
— Arte performática.
— Ah. — Silêncio. Estática do outro lado da linha. — Desculpa — falei. — Ainda não entendi o que é.
— É meio difícil de explicar. Cada um faz sua própria interpretação, e é isso que torna a coisa tão fantástica. A maior parte é expressão. Expressão física e emocional, mas usa todos os sentidos. É muito sensual. Você vai gostar.
Uma onda de prazer me acertou.
— É, parece legal. Então… amanhã à noite?
— Tem uma performance no Teatro Rogue. Um monte de grupos de A.P. da cidade inteira. A gente conseguiu entrar no último instante. Nosso grupo, quero dizer.
— Você tem um grupo? Você faz performance?
— Aham. Quer vir? Posso arranjar pra você um par de convites.
Uma buzina soou atrás de mim e percebi que estava parada em um sinal verde, interrompendo o trânsito. Cantei o pneu.
— Parece ótimo! — Falei. — Adoraria ir. Não estou mentindo agora, estou?
Ela riu. Eu amava essa risada.
— Você está a caminho do Chalé das Crianças? — Ela perguntou.
— Estou.
— É um trabalho legal?
Comecei a responder quando alguém berrou o nome dela ao fundo da ligação. A voz de um homem, profunda.
— Preciso ir — ela falou rapidamente. — Levo os convites pra você amanhã. — E a ligação entre nós duas morreu.
Como ela sabia onde eu trabalhava? E como conseguiu meu número de telefone? Apertei *69 para resgatar o número dela e enfiei a mão na mochila em busca de papel e caneta. Quase rasguei a lateral de um ônibus de passageiros na pista ao lado.
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