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História Narcotic Man - Two


Escrita por: Choi-Cherry

Capítulo 38 - Two


Naquele momento parecia que não só um, mas os dois estavam bem assustados, como dois gatos presenciando um cão enorme ladrar bem perto enquanto os encurralava contra uma parede, porém ao mesmo tempo parecia que esse cão estava dentro de cada um, ali aguardando por um possível ataque. Eram as duas coisas ao mesmo tempo, o que fazia aqueles dois corações sentirem e aquelas duas mentes ficarem confusas, fazia-os dar voltas entre opiniões e experiências divididas diante do diálogo que apenas começou.

-Por que acha isso? Arne tem tempo, trabalhou com o meu pai e com Yoogeum, tem noção do que diz?

Namjoon tinha que admitir ter ficado perdido por instantes e também sentiu vontade de recuar, entre contradições diversas e de tentar se convencer várias vezes de que a situação havia chegado á um ponto que não poderia mais esconder foi que o traficante buscou coragem para passar por cima de toda aquela insegurança idiota, tinha pouco tempo e tudo o que queria era ‘abrir os olhos’ do chefe, o permitir enxergar mais do que poderia no momento.

-Hyung, ‘tô ligado que isso ‘tá parecendo até filme, mas... Você precisa acreditar em mim.

Yoongi se soltou depois de perceber que as mãos no dongsaeng ainda estavam firmes em seus ombros, nem mesmo era a hora de pensar naquelas coisas, mas de um momento pra o outro havia ficado envergonhado, pensando agora no quão foi exagerado aquela reação de antes ao vê-lo. Assim cortou o contato subitamente e virou-se de costas, passou as mãos nos cabelos e suspirou alto.

-Isso ‘tá confuso, cara... Arne me disse quase a mesma coisa.

-Ele disse?

-Deixou a entender, não foi tão direto, sabe?

Acabou jogando a cabeça para cima, se sentindo mentalmente cansado depois desse tempo todo, talvez estivesse em um estado de stress, parecia que uma onda imensurável de problemas o atingia e não o deixava em paz.

-Filho da puta...

Monster acabou sussurrando, sentindo dentro de si uma raiva subir pela garganta em um gosto um tanto amargo, mesmo esperando isso da parte do indivíduo, ainda sim se viu mais irritado do que imaginou quando ouviu aquilo, talvez fosse porque a mínima possibilidade de ser ‘queimado’ o deixava com os nervos explodindo, dava até para ter uma ideia do que foi falado, com aquele jeito manso e um sorriso falso na cara, Arne tinha jogo para convencer e talvez o chefe tenha pensado em muitas coisas, tanto que ainda estava com duvidas.

-...E o que você acha?

O mais novo decidiu perguntar, depois de reunir um pouco de coragem.

-Não quero acreditar em nenhum dos dois.

Suga disse de um modo direto e verdadeiro, pois de um lado tinha alguém que conviveu por tantos anos e que confiava plenamente, do outro tinha o dongsaeng que significava muito para si de um modo confuso e bom. Ambos tinham peso e em uma situação como aquela, pensar em se voltar contra um deles era mesmo difícil, porém nada tiraria de sua mente que se descobrisse, não mediria esforços na vingança apesar de precisar passar por cima do que acreditava.

-Sei disso, é foda...

O maior comentou, com o tom de voz um pouco mais baixo dessa vez.

-Demorei ‘pra decidir te contar e no fim acabei confiando em você, te conheço o suficiente ‘pra me arriscar assim...

O Min levantou o rosto, mas não olhou para trás, aquelas palavras tinham um universo implícito que, mesmo sendo desajeitadas, conseguiram fazer uma verdadeira revolução dentro de sua cabeça, até mesmo o coração protestou com uma batida forte, ele se amaldiçoava em silêncio por ser pego em coisas tão bobas.

-Me dá um tempo, ‘tá?

O chefe pediu com um tom desanimado, de fato não queria acreditar em nenhum dos dois daquela vez, não era o tipo que preferia fugir da realidade perante á uma situação difícil, mas decidir entre duas pessoas de confiança em um caso de traição não era a coisa mais fácil para si.

-Vou ver isso sozinho.

-Mas Suga Hyung-

-Monster, relaxa...

O traficante travou até a respiração quando o menor virou o rosto para olhá-lo finalmente, ele sorriu de lado e balançou a cabeça negativamente. Foi naquela hora que entendeu que de fato devesse deixar as coisas com ele, com certeza o Hyung tinha mais condições para começar a resolver isso, só lamentou por não poder estar ao seu lado como antes. Apesar de contraditório ao estado em que ficou o Kim apenas devolveu o sorriso, tentando mascarar o desânimo repentino que o atingiu.

Contudo, depois de vê-lo sair sem pelo menos uma despedida clara, o mais alto colocou as mãos na pia atrás de si e soltou um suspiro totalmente frustrado, o outro não seria convencido se as coisas não estivessem ao seu favor e também se sentiu ridículo por não poder fazer nada. Se ao menos tivesse tido um pouco mais de tempo viria com argumentos mais concretos, porém foi pego de surpresa e só o que tinha para apresenta-lo era o que jogou ali, naquela conversa no meio do banheiro da balada.  



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