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História Neighbor - Único


Escrita por: Xokiihs

Notas do Autor


Oláaaa
Essa fanfic foi feita especialmente para uma pessoinha que eu goxxxxto muitoooo, chamada Ayaneyanoy.
Espero que você goste dessa SakuKarin, primeira vez escrevendo yuri, então dá um desconto se ficar muito ruim haahahahahahaha.
BJOS LINDA, CURTA MUITO!

Capítulo 1 - Único


Karin estava puta da vida.

Ouvia a música alta vindo do apartamento ao lado, tal como as vozes, sinal claro de que uma festa estava ocorrendo no apartamento de sua querida vizinha, e tudo o que ela queria era dormir depois de um longo dia de trabalho. Sua cabeça estava dolorida – pela música ou falta de sono -, e estava mais irritada do que nunca. E era tudo culpa daquela demônia cor-de-rosa que se mudara há alguns meses para o apartamento ao lado.

Sakura Haruno.

A garota estava na flor da idade, com seus vinte e poucos anos, fazia faculdade na Universidade da Califórnia, motivo por ter se mudado para aquele prédio, e adora fazer festas. Praticamente toda semana a jovem chamava alguns amigos – não eram muitos, apesar do barulho ensurdecedor -, comprava litros e litros de bebidas, colocava música no ultimo volume e festejava a noite toda. Karin já tinha reclamado com o sindico, com a policia, com o caralho a quatro, mas Sakura era tão adorável e gentil que as pessoas acabavam se derretendo com aquele jeitinho de moça bondosa.

Karin, no entanto, nunca se deixou afetar pelo doce sorriso nos lábios carnudos, ou os olhos esverdeados que a fitavam como se tudo fosse uma brincadeira. Ela nunca se deixou levar pela voz tranquila e suave, ou a forma como ela sempre passava a mão pelos cabelos coloridos, deixando-os levemente bagunçados. Ela nunca reparou em nada disso, não mesmo. Na verdade, tudo o que ela mais queria era que a mulher sumisse de sua frente.

Soltou um grunhido, cansada de ouvir a mesma música eletrônica tocar repetidamente, e se levantou. Deu uma checada no horário, vendo que eram duas da manhã, e caminhou em direção à cozinha. Sua casa, ao contrário da casa ao lado, estava escura e silenciosa, como sempre. Karin suspirou, acendendo as luzes e resolvendo tomar um chá, para ver se conseguia dormir, apesar do som.

Sentada em sua bancada, Karin bebericava a bebida quente e suspirava de vez em quando. Sentia-se mental e fisicamente cansada, de tudo. De seu trabalho, de sua monotonia, de seu silêncio, da solidão. Há tempos morava sozinha, desde que terminara com Suigetsu, um namorado absolutamente desprezível com quem estivera por anos. Após o termino nada legal, Karin resolveu que mudaria de vida, mas, na verdade, só mudou de apartamento. O resto continuou da mesma forma, sem acrescentar ou tirar nada.

Era horrível viver uma vida só e tão chata; queria ela poder ser mais livre, mais espontânea, mais feliz. Talvez esse fosse o motivo por não gostar de Sakura, já que a rosada era tudo aquilo e mais um pouco. Apesar de sempre tentar ser legal consigo, Karin nunca dera espaço para a garota em sua vida; o motivo ela não sabia, mas a presença de Sakura a incomodava. A vivacidade e falta de controle a deixavam maluca.

Com um ultimo gole, terminou o chá e resolveu voltar para a cama, apesar de estar bem desperta no momento. Saiu se arrastando pela casa, deixando as luzes apagadas, mas antes de chegar ao quarto, ouviu o som ficando mais alto e uma gritaria desmedida. Parou para ouvir, ficando cada vez mais irritada.

“Sakura! Sakura! Sakura!”

Ela ouviu, e franziu o cenho, com raiva. Qual era o problema daquela garota?, pensou, resolvendo que já tinha chegado ao limite. Foi até o quarto e pegou um roupão, jogando por cima da blusa e shorts que usava; caminhou decidida até sua porta, pronta para dar um fim aquela putaria ridícula acontecendo no apartamento ao lado.

Os gritos continuaram até ela chegar; bateu a mão com força na porta de madeira, e, passados alguns minutos esperando, ninguém abriu. Continuou batendo até os nós dos dedos doerem. Por fim, decidiu abrir a porta, com raiva.

A primeira visão que teve foi de uma multidão de corpos, muitos para o pequeno apartamento, e imaginou que a festa tinha saído do controle. Passou os olhos pelas pessoas, todos jovens e alegres demais, até parar no objeto  de sua raiva: a garota de cabelos cor-de-rosa.

No entanto, a raiva ficou entalada na garganta ao olhá-la. Sakura era uma mulher muito bonita; aquelas que poderia parar o trânsito se quisesse atravessar a rua. Tinha cabelos longos, espessos e cor-de-rosa; os olhos eram do mais bonito verde, o rosto era delicado e sem nenhuma imperfeição. Naquele dia, a maquiagem leve acentuava ainda mais os olhos e a boca. Não só o rosto, mas o corpo de Sakura era maravilhoso. Karin desceu os olhos castanhos pelo colo avantajado, coberto por apenas um sutiã – descobrira que os motivos pela gritaria era Sakura fazendo um strip-tease -, a barriga lisa e decorada por um piercing pequeno, o quadril avantajado, as pernas desnudas pela saia minúscula.

Engoliu em seco, sentindo uma quentura no ventre, que há tempos vinha sentindo. Talvez, só talvez, o motivo pelo qual não gostava de Sakura era porque, na verdade, gostava demais da rosada. Já tinha desconfiado de sua sexualidade, afinal, não era a primeira vez que se sentia atraída por uma mulher. Contudo, sempre fora muito conservadora, criada em uma família fechada a rédeas curtas, e nunca tivera a oportunidade de explorar outras coisas. Começara a namorar com Suigetsu e, apesar de gostar do rapaz, nunca sentiu nada além. E, depois de anos juntos, acabaram se desgostando, motivo pelo relacionamento ter se findado.

Apesar de ter sempre sentido algo a mais por algumas mulheres, nunca seguiu o sentimento. Isto é, até Sakura chegar e se tornar impossível suportar. Acabou criando raiva da rosada por causar tais sensações pecaminosas nela.

Respirou fundo, desviando o olhar da mulher e, ao invés, dando uma checada na festa. Todos bebiam alguma coisa, alguns até fumavam, e a maioria dançava; observou alguns casais em amassos quentes demais para serem públicos, e desviou o olhar, envergonhada. Todavia, acabou por voltar os olhos para a rosada, que agora rebolava sem pudor algum sobre a mesa de centro. Percebeu que alguns homens a olhavam com desejo, e, quando um deles, um moreno alto, resolveu passar a mão onde não devia, decidiu intervir.

Caminhou até o aglomerado de pessoas, se esforçando para passar por entre eles, até chegar onde Sakura estava.

— Sakura! Sakura! – gritou seu nome, tentando chamar sua atenção, mas a rosada estava muito absorta na dança para ouvi-la. Continuou a chama-la sem cessar, até que cansou e segurou o braço fino.

Como saída de um transe, os olhos verdes a encararam. Karin viu um brilho estranho neles, e sentiu o coração apertar quando Sakura sorriu.

— Karin! Você por aqui? – Sakura se virou para ela, aparentando estar genuinamente feliz com sua chegada.

— Desce daí, Sakura. – Karin pediu, sem deixar o braço da menina. — Você vai acabar se arrependendo por estar fazendo isso.

— Isso o que? – ela retorquiu, sem perder o lindo sorriso.

— Você está tirando suas roupas. – Karin falou, alto o suficiente para que apenas ela ouvisse. — Vem.

Apesar de estar com a mente anuviada, Sakura desceu, pegando na mão de Karin e apertando. Ao chegar ao chão, abraçou-a como se fossem velhas amigas; Karin ficou estática, sem saber o que fazer realmente; sentiu o perfume que saia dos cabelos de Sakura e inspirou fundo, se repreendendo depois. Novamente seu coração bateu um pouco mais forte, e teve que afastar Sakura de si.

— Você está bem? – perguntou, olhando para qualquer coisa menos para ela.

— Sim. – Sakura respondeu, rindo um pouco. — Você quer alguma bebida?

— Não, Sakura. Eu...eu vou embora. Queria pedir para você abaixar um pouco a musica se possível. – falou rápido demais, atropelando as palavras e gaguejando. Sakura sorriu ainda mais, balançando a cabeça e pegando uma de suas mãos.

— Que embora o que! Vem se divertir comigo. Sempre quis te chamar para minhas festas, mas nunca tive coragem. – Karin arregalou os olhos, vendo sinceridade nas palavras de Sakura. A rosada estava levemente vermelha, mas não deixava de olhar para Karin. — Vamos dançar.

Saiu arrastando Karin pelo meio das pessoas, empurrando um ou outro, até chegarem a um canto mais vazio; Sakura olhou-a por um longo momento, antes de, finalmente, soltar sua mão. Ela parecia um pouco sem jeito quando começou a dançar de um lado para o outro. Karin, no entanto, estava morta de vergonha. Ficou apenas assistindo Sakura se remexendo de um lado para o outro, o quadril ondulando conforme ela rebolava, o sorriso inocente demais para lábios tão pecaminosos. Sakura, vez ou outra, mexia nos cabelos, sem nunca deixar de olhá-la.

Novamente, aquele calor ridículo cresceu em seu baixo ventre, tal como o frio na barriga e o coração acelerado. Conforme Sakura se soltava mais, seus movimentos ficavam mais certeiros e sensuais, e logo ela rebolava sem vergonha ou medo; tudo que Karin pode fazer foi observar, mordendo o lábio com força, numa tentativa falha de suprimir os próprios sentimentos.

Quando a música mudou, Sakura sorriu novamente e se aproximou mais. Tanto que Karin pode sentir seu perfume mais uma vez, e aquilo era bem pior do que qualquer bebida alcoólica; se sentiu tonta.

— Ei, você quer ir ao meu quarto? – Sakura murmurou em seu ouvido, tão baixo e suave que um arrepio percorreu por todo o seu corpo. A rosada passou uma mão em seu braço, e pode vê-la dar uma boa olhada de cima a baixo, como se estivesse conferindo o seu corpo.

Engolindo em seco, Karin se deu conta de que estava flertando com uma mulher. Ou melhor, uma mulher estava tentando seduzi-la. Em um rompante, deu um passo para trás, ficando o mais distante o possível de Sakura.

— E-Eu vou para casa. – falou rápido, sentindo o coração prestes a explodir no peito. Seu rosto parecia pegar fogo de tão quente que estava, e suas mãos tremiam levemente.

Virou-se para sair, vendo que Sakura ficara confusa por um momento, e, antes que a rosada fizesse qualquer coisa, Karin saiu como um furacão, indo em direção a sua casa. Quando chegou, fechou a porta com força, se encostando-se a ela e segurando o peito.

Assim que se acalmou o suficiente, fechou os olhos e respirou fundo; ainda ouvia o som alto da música, e isso a fez lembrar-se do corpo de Sakura enquanto esta dançava em sua frente. Karin balançou a cabeça, como se isso fosse afastar os pensamentos e a memória de Sakura, e saiu em disparada para seu quarto.

Nunca tivera tanta dificuldade em dormir como naquela noite.

[...]

No dia seguinte, acordou com sua campainha tocando. Já era meio dia, e Karin só pode dar graças por ser sábado. Sem um pingo de vontade, saiu se arrastando em direção a porta, sem se importar com a cara inchada ou as madeixas ruivas bagunçadas. Abriu a porta e deu de cara com os olhos verdes que tanto vinham lhe assombrado nos últimos meses.

Ficou encarando Sakura por um tempo, sem saber o que dizer. A rosada parecia feliz, como sempre, e, ao contrário de Karin, parecia bem disposta. Usava shorts jeans surrados, uma camisa larga e os cabelos estavam presos em um coque alto. Apesar de simples, Karin não pode evitar pensar no quão linda ela estava.

— Oi? – resolveu, por fim, falar. Sua voz estava rouca, pois tinha acabado de acordar. Sakura sorriu.

— Olá. Dormiu bem? – a pergunta tinha sido estupida, e a rosada sabia disso. Afinal, seus convidados tinham feito bagunça a noite inteira.

— Não. – Karin resmungou, passando uma mão pelo rosto. — Você precisa de alguma coisa?

Não tinha a intenção de ser ríspida, mas, além de ter dormido super mal, estava com um mau humor matinal. Sakura mordeu um lábio, o que, inconscientemente atraiu a atenção de Karin para aquele local, e desviou o olhar.

— Ér, eu queria falar com você sobre uma coisa. – ela ficou encarando os pés, calçados apenas com chinelos, enquanto Karin ficava olhando-a com um misto de admiração e desespero.

— Ah, sim. O que é?

— Posso entrar? – Sakura voltou a olhá-la, e no seu olhar Karin pode ver um pouco de nervosismo. Respirando fundo, assentiu e abriu espaço para que ela entrasse.

— Sente-se. Eu acabei de acordar, então ainda não fiz nada. Mas tenho suco, você quer? – tentou ser educada, mas Sakura apenas negou.

A rosada se sentou no sofá de dois lugares, cruzando as pernas torneadas e fazendo o coração de Karin bater um pouco mais rápido. Por falar em Karin, ela resolveu se sentar em uma poltrona, ficando o mais longe possível de Sakura.

As mulheres ficaram em um silêncio incomodo para ambas as partes; Sakura olhava vez ou outra para Karin, antes de voltar para o chão, ou a janela, ou as próprias unhas.

— Então...- Karin resolveu quebrar o silencio, erguendo as sobrancelhas em um sinal mudo para que Sakura começasse a falar.

— Então...- Sakura repetiu, dando um sorriso logo depois. — Bem, eu...eu não sei como começar.

— Pelo começo talvez? - tentou ser brincalhona mas soou mal educada. Tinha a sutileza de um cavalo, realmente.

— Ok. – Sakura assentiu, voltando a olhar para as mãos. — T-tem um tempo que eu queria te dizer isso, mas eu...eu gosto de você. Muito.

Karin respirou fundo, piscando os olhos rapidamente, sem entender.

— O que? – perguntou, embasbacada. Sakura estava vermelha da cabeça aos pés, e soltou uma risada sem graça.

— É Karin. Eu sei que você não gosta de mim, dá para perceber, mas eu me apaixonei por você. Aconteceu.

Karin ficou com a boca aberta, sem saber o que dizer. No entanto, seu coração batia tão rápido no peito que chegava a ecoar em seus ouvidos. Sakura percebeu sua falta de reação como uma negativa, e começou a ficar extremamente nervosa; Karin percebeu que os olhos verdes dela encheram de água, e ela mordia o lábio inferior com força.

—  S-sinto muito por jogar isso em você. Mas eu precisava falar. E-eu precisava pelo menos tentar...

Uma lágrima pequena caiu pelo rosto da menina, mas ela logo limpou. Com um suspiro alto, Sakura voltou a olhá-la.

— Desculpa. – ela murmurou mais uma vez, antes de levantar com rapidez e já seguir em direção à porta.

Karin não soube o que aconteceu consigo, mas ela acabou se erguendo também e indo atrás de Sakura; antes que a rosada pudesse encostar na maçaneta, Karin segurou seu pulso, fazendo-a virar em sua direção. As duas ficaram se olhando por um longo tempo, e a ruiva não sabia o que dizer. Seu coração dizia tudo, e no fundo ela sabia que também estava apaixonada por Sakura, no entanto, ela não sabia o que fazer; não sabia o que dizer ou como agir. Estava perdida, como sempre estivera quando tinha aqueles sentimentos estranhos em relação a outras mulheres.

Sakura, entretanto, pareceu ler seus pensamentos e seu olhar. A garota virou-se totalmente em sua direção, antes de dar um passo e segurar o seu rosto com a mão macia.

— Eu sei que pode ser confuso...- ela começou a falar, baixo, com calma, como se não fosse a primeira vez que passasse por aquilo, ao contrário de Karin. —...mas tudo se encaixa no fim das contas.

As palavras dela carregavam um sentido bem pesado; seu coração parecia querer sair de seu peito, mas sua mente ainda lutava. Sempre tinha lutado.  Desde a primeira vez, com Lisa, a primeira garota por quem Karin se apaixonou; depois, com Ino, com Rose, com Karui... sempre tinha lutado com unhas e dentes contra aquele sentimento. Imaginava o que os pais diriam se soubessem que sua filha gostava de garotas; imaginava o que aconteceria consigo se se deixasse levar. Tinha um medo absurdo daquilo tudo, e, ao mesmo tempo, tudo o que queria era se soltar; finalmente poder ser quem ela realmente era.

Sakura tirou-a de sua luta ao encostar a testa na sua; os olhos dela eram verdes, mas tinham alguns pontos dourados aqui e ali.

— Vai dar tudo certo. – a rosada murmurou, sem perder seu olhar.

De repente, Karin decidiu que poderia tentar. Pelo menos uma vez na vida, poderia tentar abrir os braços para aquela parte tão importante de si, e não negligencia-la como se fosse uma doença. Ainda hesitante, encostou os lábios de leve nos de Sakura, como se estivesse experimentando a sensação. Esperava um raio descer dos céus, o mundo todo se partir no meio, o demônio aparecer e leva-la pelos cabelos para o inferno. Entretanto, a única coisa que aconteceu foi à vontade de querer mais.

Sakura sorriu e, como se pedisse permissão, tocou os lábios da ruiva novamente. E novamente. Até Karin finalmente desgrudar os lábios e dar abertura para que a rosada a completasse. O beijo foi calmo, sem pressa; Karin estava experimentando aquela sensação nova, a de beijar outra mulher, sentir as línguas roçando e brincando uma com a outra. Sakura era gentil, passava a mão pelos cabelos ruivos, paciente. Quando se separaram em busca de ar, ficaram se encarando por um longo tempo.

— Você quer? – Sakura sussurrou, ficando vermelha e aquecendo o coração de Karin com essa visão.

Sem titubear, dessa vez, Karin assentiu. E Sakura, novamente, puxou-a em sua direção. Os beijos, que antes estavam lentos e experimentais, se tornaram mais ávidos, mais quentes e desesperados; era como se ambas precisassem uma da outra como o próprio ar que se respira. Lentamente, caminharam até o sofá, sem deixar de se beijarem, até que Karin caiu e Sakura caiu por cima. Separaram-se por um momento, em que Sakura aproveitou para distribuir beijos pelo rosto, maxilar e pescoço de Karin. Os beijos de Sakura iam aos lugares certos, como se ela já conhecesse cada centímetro do corpo de Karin, e a ruiva fechou os olhos aproveitando a sensação.

Sakura voltou a beijá-la com ainda mais avidez, afundando a língua na boca de Karin e sugando seus lábios já vermelhos com paixão. Karin soltou um murmúrio totalmente estimulante, que fez Sakura rebolar sobre o seu colo inconscientemente. As mãos de Karin, incertas e tremulas, foram até a cintura de Sakura, trazendo-a para mais perto de si; os peitos se tocaram, e as respirações se fundiram. A rosada se desgrudou de Karin por um segundo, apenas para olhar nos olhos castanhos e ter a certeza de que ela não se arrependeria mais tarde. O que viu nas irises foi a mais completa aceitação, e isso a fez sentir uma quentura na parte baixa do vente;

— Você é linda. – murmurou, passando uma mão por entre os longos cabelos ruivos de Karin, que ficou vermelha como uma pimenta.

— V-você também. – a voz saiu esganiçada, para sua vergonha, mas Sakura apenas achou adorável.

Voltaram a se beijar, cada vez mais profundamente, explorando cada espaço, cada lugar, conhecendo-se uma a outra. Sakura, incapaz de se segurar, desceu uma mão pelo pescoço de Karin, encontrando os seios avantajados da mulher; pegou um e apertou de leve, sorrindo com satisfação ao ouvir Karin arquejar. Pelo tecido da blusa, percebeu que a ruiva estava sem sutiã, e os mamilos já estavam enrijecidos. Encostou em um, circulando o dedo lentamente, sentindo-o endurecer cada vez mais. Agarrou os dois, apertando-os e esfregando os dígitos bicos. Karin se contorceu, gemendo em sua boca, deixando Sakura ainda mais excitada.

Sem se segurar, seguiu até a barra da blusa, puxando-a para cima; há essas horas, Karin estava entregue e totalmente excitada. Sakura admirou os seios pesados e os mamilos amarronzados por um momento, antes de sair do colo de Karin e se ajoelhar a sua frente. Encarou-a por um segundo, antes de enterrar o rosto por entre os montes. Segurou um com uma mão e levou a boca em outro, chupando e circulando o mamilo com a língua. Karin gemeu, segurando a cabeça de Sakura e prendendo as pernas em sua cintura. Desceu as próprias mãos até os seios da rosada, sentindo-os e apertando-os. Sakura arquejou e seguiu para o outro mamilo, dando tanta atenção a este quando dera no outro.

Depois de estar satisfeita, desceu os beijos pela barriga acentuada de Karin, deixando trilhas molhadas por toda a extensão da pele macia, e fazendo Karin se remexer de antecipação; se Sakura a deixara tão excitada apenas usando a boca nos seios e nos beijos, imaginava o que ela poderia fazer lá embaixo. Novamente, os olhos verdes miraram os castanhos, em um pedido mudo para continuar. Karin apenas assentiu, incapaz de parar depois de chegar tão longe. Sakura, então, abaixou os shorts de Karin, deixando-a apenas com a calcinha. Deu um beijo sobre a calcinha, antes de voltar a beijar a barriga e os seios, deixando apenas um dedo para trás.

Começou fazendo movimentos circulares, sentindo que Karin já estava molhada, e continuou estimulando-a na parte de cima, antes de descer para o maior ponto de prazer de uma mulher. De quando em vez, mexia as próprias pernas, numa tentativa de acalmar a própria excitação. Karin, ao perceber isso, resolveu que não era justo apenas Sakura lhe tocar; ela também queria explorar o corpo da mais jovem, senti-la e acaricia-la. Portanto, em um ímpeto de coragem, puxou Sakura para cima e jogou-a sobre o sofá, ficando por cima. Sakura a encarou surpresa, mas logo sorriu.

Karin começou beijando os lóbulos das orelhas, sugando os piercings que a rosada tinha naquela região, e descendo pelo pescoço logo em seguida. Sakura abraçara sua cintura com as pernas, e se mexia para cima e para baixo, a fricção do movimento estimulando seu ponto de prazer. Karin retirou a blusa da rosada, dando de cara com um sutiã vermelho e rendado. Arqueou uma sobrancelha, o que fez Sakura rir.

— Eu não vim preparada, se é isso que está pensando. – ela disse, mordendo o lábio e ficando levemente vermelha. Karin balançou a cabeça, antes de resolver tirar o sutiã e joga-lo longe.

Sakura tinha seios menores que os seus, mas eram lindos e durinhos. Os mamilos eram rosados e já estavam arrebitados, loucos para receberem atenção. Karin desceu os lábios até um deles, fazendo os mesmos movimentos que Sakura tinha feito consigo, e recebendo um murmúrio de prazer em retorno. Ao contrario de Sakura, aquela era a primeira vez de Karin com uma mulher, então ela apenas seguia o instinto. Apertou um dos seios, estimulou os mamilos, até que Sakura estivesse gemendo e se remexendo cada vez mais contra si.

Vê-la daquela forma despertou algo que Karin nunca tinha sentido antes; a vontade de dar prazer. Já estivera com homens, mas jamais tinha sentido aquela vontade de ver a pessoa gemer e se deliciar. O som que saia dos lábios entreabertos de Sakura, porém, a deixaram totalmente excitada. Deu pequenos chupões na barriga da rosada, descendo e descendo até chegar ao cós dos shorts jeans; sem pensar duas vezes, abriu o fecho e puxou os shorts, deleitando-se com a visão de uma Sakura seminua.

Ela era absolutamente linda.

Voltou a beijá-la, e copiou o que ela tinha feito antes, passando um dedo sobre a vagina já umedecida, sentindo-a se remexer conta o toque.

— Se vire. – Sakura pediu, mirando-a com os olhos verdes mais lindos que já tinha visto. Karin ficou confusa por um tempo, até Sakura explicar o que queria.

Ficou vermelha da cabeça aos pés, mas fez o que ela pediu. Ficando por cima de Sakura, com a bunda virada para ela, enquanto as partes intimas de Sakura ficavam viradas para si. Sakura apertou sua bunda, antes de passar um dedo pela abertura de sua vagina e tirar um gemido surpreso de Karin. Logo as mãos finas de Sakura puxaram a calcinha para baixo, deixando a ruiva completamente nua e exposta para si. Apesar da vergonha, Karin se manteve lá, firme e forte.

A primeira vez que Sakura passou a língua por seu clitóris, Karin teve que morder o lábio para não gritar alguma profanidade. Estava tão excitada e estimulada, que apenas com um toque uma onda de prazer passou por todo o seu corpo, deixando-a absorta por algum tempo. Sakura, entretanto, não esperou mais, e logo a atacou com lambidas e chupões, fazendo jus ao que Karin tinha pensado mais cedo, sobre suas habilidades com a língua. Ela definitivamente sabia o que estava fazendo.

Ondas e mais ondas de prazer faziam todo o seu corpo tremer, e os gemidos saiam sem que ela sequer percebesse; logo estava rebolando, querendo cada vez mais sentir o toque suave de Sakura sobre si. Decidida a retribuir, Karin também retirou a calcinha de Sakura, vendo-a toda nua; mordeu o lábio, admirando toda aquela parte da rosada, sentindo-se ficar cada vez mais excitada, se era possível. Sem titubear, desceu os lábios para aquela área, fazendo a mesma coisa que Sakura tinha feito e ouvindo-a também gemendo alto.

As mulheres ficaram fazendo aquilo por um bom tempo, antes que Karin gritasse e tivesse um orgasmo forte, que a fez cair cansada por cima de Sakura.

— I-isso...isso foi... caralho. – ela murmurou, fechando os olhos e deixando o corpo se acalmar. Sakura riu, dando um tapinha de leve em sua bunda.

— Que bom que gostou.

Karin se levantou após alguns segundos, e olhou uma Sakura completamente nua.

— Agora falta você. – ela sorriu, se ajoelhando de frente para a rosada e trazendo as pernas desta para seus ombros. Sem pensar duas vezes, voltou a chupa-la, lambe-la e a ouvir seus gemidos deliciosos, pedindo por mais, e mais, e mais.

Quando Sakura finalmente gozou, gritando seu nome e puxando seu cabelo, o coração de Karin voltou a bater forte. Olhando para a garota, que tinha sido motivo de seus mau-humores matinais e nervosismo por meses, sentiu que tinha sido uma boba por reprimir sua identidade por tanto tempo. Quando Sakura voltou a olhá-la e sorriu, percebeu que há muito tempo não se sentia tão completa quanto naquele momento. Isto se alguma vez já tivera sentido.

Com um sorriso, e algumas lágrimas acumulando nos olhos, Karin resolveu falar.

— Eu também gosto de você.

 

 

 

 

 

 

 

 



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