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História Nobody Sees - Chacina


Escrita por: mandspeixoto

Notas do Autor


Como eu disse, Nobody Sees está sendo reescrita, e está BEM MELHOR, quem quiser se atualizar, lê os capítulos anteriores, não vão se arrepender. Exclui os capítulos 20 até o 33, agora será os novos. Se preparem, está perfeito.

Capítulo 20 - Chacina


Fanfic / Fanfiction Nobody Sees - Chacina

Skylar Mayer Point of View

— Cheguei — apresentei-me nos quarto dos meus pais, e eles estavam acordados assistindo algo na TV.

— Muito bem minha filha — minha mãe sorriu.

— Agora não faça hora com o celular e vá dormir, hein. Boa noite, Sky. Amamos você — meu pai pronunciou-se.

— Amo vocês — me retirei e no corredor dei um soco na porta do quarto de Malton.

— O que foi? — gritou e eu coloquei a cabeça para dentro de seu quarto.

— Só vim aqui pra mandar você ir a merda — dei um sorrisinho maldoso e ele tacou o travesseiro em mim — ERROU! — fechei a porta antes de me acertar.

Eu decidi não pensar muito e guardar minha ansiedade no fundo do baú. Tomei um remédio da minha mãe que estava no armário do corredor e fui direto pra cama, não demorou muito para eu apagar e dormir.

Já era de manhã, tia Paula e America vieram tomar café conosco.

— Como foi ontem à noite com a Skylar, Mare? — minha mãe perguntou a dando um beijo carinhoso na testa.

Eu tinha esquecido de avisar ela da pequena mentira.

— Foi bem, nem demoramos muito, Sky estava com sono da viagem. — explicou me encarando discretamente.

Isso aí, priminha...

— Malton, como vai a faculdade? — Mare perguntou.

— Esperando você, inclusive você que não gosta de estudar, vai odiar — ele gargalhou me fazendo engasgar com meu riso também.

— Vai a merda, quem disse que vou fazer faculdade? — ela rebateu.

— Como assim, Mare? — minha tia a encarou.

— Vou abrir uma loja para mim, e para isso não precisa de faculdade.

Sorri para ela, sempre foi o sonho dela mexer com moda, ela amava.

— E eu acredito que vai dar certo.

— Mare, sobrinha, você sabe que para abrir um negocio você de um investimento muito alto, não é? —  meu pai falou intercalando com seu suco.

— Sim, e meu namorado vai me dar o capital. — quando ela falou eu quase cuspir meu café.

— Namorado dela é rico, Mayer, e disse que vai ajudá-la.

— E quem é esse namorado? — ele perguntou e intercalou o olhar entre mim e mare. Ele estava desconfiado  que podia ser algum bandido, como Justin.  Sua intuição era tão refinada como a minha, e ele estava certo, mas nunca admitiríamos.

— Ryan — respondeu e Malton já a encarou. Ele desconfiava de quem seria.

— E ele faz o que?

— Pai dele é dono de industrias de construção. Romans Industries.

— Legal! é uma industria muito conhecida, aqui e no Canadá.

Ela assentiu demonstrando pouco interesse no assunto.

O café foi até que agradável, logo mais eu e Mare subimos para meu quarto e trancamos a porta. Enquanto Malton saiu com um amigo e nossos pais ficaram lá em baixo com a tia, eles ficariam para o almoço também.

— O que foi aquilo? O que você fez ontem a noite?

— Eu ia para sua casa, mas fiquei com vontade de andar sozinha e fui para o Centro Park, e acabei topando com Justin no bar do Senhor Petrício.

— VOCÊ TOPOU COM ELE?

— Cala boca, escandalosa do caralho — tapei sua boca.

— Desculpa!

— Ele estava muito bêbado, só o levei para casa, ele nem deve ser lembrar, mas seus seguranças vão acabar falando...

— O que você sentiu?

— Tudo que você possa imaginar...

— Bom... — ela olhou para baixo e respirou fundo — Eu sei que combinamos de não falar sobre ele e você não está sabendo de nada, mas acho que tem uma coisa que você precisa de saber.

— Vou ficar triste? — perguntei receosa.

— O assunto é complicado.

— Então diga logo.

Depois que aconteceu aquilo na festa de Chris, Jordan foi colocado como traidor, mas sua família não aceitou muito bem esse titulo e se juntaram com o maior inimigo do Justin para se  vingarem, no começo começou só com uma promessa, mas tomou uma proporção muito maior quando mataram seis capangas dos meninos. Metralharam o carro do Chris e Chaz, então Justin declarou guerra tem um mês, eles trocaram tiro por toda a cidade, a policia interviu, mas até agora não teve muito envolvimento com os federais, mas os Canadians estão desconfiando que a policia está vigiando para um possível plano de ação, por isso estão dando um tempo dos serviços.

— Mare, isso parece mais sério do que eu pensei.

— A família de Jordan disse que não vão parar, souberam que foi por causa de uma mulher e não querem aceitar, Justin está fazendo de tudo para esconder sua identidade, para não te colocar em perigo, eles podem querer te culpar pelo ocorrido. Mas tem uma coisa que eles não associaram tão bem e que vai acabar causando mais destruição.

— O que é?

— Adivinha quem é o inimigo do Justin que eles se juntaram? — fez suspense.

Minha cabeça em um milésimo de segundo vagou por todos os nomes, e eu me lembrei do dia que fui encurralada em uma cilada de uma gangue que eu devia um favor, e consegui ajuda de Justin para sair de lá, lembro da sua cara de surpresa quando falei o nome no nome do sujeito, e seu interesse em saber se eu o conhecia e de onde eu conhecia.

— Arlow. — afirmei e ela assentiu lentamente com a cabeça.

— Achei que fosse melhor você ter ficado em Nova York.

— Nunca corri de uma briga, America. Não vai ser agora.

— Arlow é doente por você, você sabe disso...

— Bom, talvez ele superou... — dei ombros.

— Justin vai acabar te procurando agora, não sabe?

— Sei — dei um sorriso de lado — Mas não quero.

— Melhor por enquanto.

Ficamos conversando e acertando alguns assuntos, inclusive sobre a nossa formatura que estava próxima. O dia passou e decidimos ir tomar quente pela cidade, o frio estava chegando e havia uma cafeteria muito deliciosa que fazia várias bebidas quentinhas. No caminho acabamos encontrando com Ryan, que se sentou conosco na mesa, tirando toda minha vontade de estar ali, mas como eu não queria causar confusão, eu fiquei somente calada, mexendo no meu telefone.

— O frio congelou sua língua? — ele disse para me atormentar.

— Mare, se importa se eu ir embora e você ir de carona com seu namorado? — o ignorei completamente e ela bufou.

— Vocês dois estão me chateando dessa forma, as duas pessoas que eu mais amo se odeiam e ficam se digladiando e todo momento. Eu estou cansada disso!

— Essa garota não é digna de respeito — murmurou e eu levantei meu olhar fuzilante para ele.

— E você é? Nojento! Você não respeita America, você não me respeita, você nem se respeita! — percebi que as pessoas da cafeteria começaram a nos encarar naquela briga.  E como eu não queria fazer cena, simplesmente me levantei.

— Sky, espera! — Avistei America vindo atrás de mim — NÃO VAI!

— Não! Não quero saber de nada, America! Enquanto você estiver grudada feito um bicho nesse idiota, não dá pra gente continuar próxima. 

— Está vendo, America... Essa é sua verdadeira prima, a que te coloca contra mim e não aceita seu relacionamento, e você fica igual uma idiota fazendo de tudo para se dar bem com o Justin. Não sei o que ele viu nessa puta.

Quando ele disse isso, eu virei um soco na cara dele que o pegou desprevenido, e continuei o acertando sem parar até que um homem estranho me segurou e me tirou de cima daquele cretino.

— EU VOU TE MATAR, RYAN! — gritei com sangue nos olhos.

— Menina, acalme-se! — o homem me afastou, enquanto America fazia o mesmo com seu namorado que tentava chegar até mim com sangue nos olhos.

Ele conseguiu passar pelos braços finos de America e empurrou o homem, vindo até mim e me acertando um soco certeiro na barriga, me fazendo contorcer.

— RYAN PARA! — ouvi o grito desesperado de Mare.

Antes dele me acertar novamente, o homem o empurrou.

— FICA NA SUA CARA! — o peitou e Ryan se afastou.

— Isso não acabou — ele apontou o dedo para mim.

— Pode ter certeza que não — afirmei.

— Tira a mão de mim, porra! — Ryan afastou o individuo. Que olhou para mim e para America e se afastou por completo.

— Nossa, Sky, você realmente passou dos limites — minha prima me olhou com desgosto.

— Limites? EU PASSEI DOS LIMITES, AMERICA? Você quer que eu trate com respeito esse merda do seu namorado, que ficou contando as putas que Justin comia embaixo do meu nariz? AN? ME DIZ?

Ela ficou calada.

— Vai se foder, America, você e ele.

Sai de lá e fui em direção ao meu carro, sentei no banco e me contorci sobre o volante sentindo dor no estomago.

— Desce do carro — ouvi uma voz familiar ao lado da minha janela e eu ergui a cabeça para conferir o rosto de Jaxon.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei.

— Por que estava brigando com o Ryan? — ele abriu a porta do carro e me ajudou descer com dificuldade — Eu estava no hotel da frente e acabei vendo.

Ele me ajudou a dar a volta no carro, abriu a porta para mim e me ajudou a sentar, inclusive colocou meu cinto, um perfeito cavalheiro, diferente do irmão. Ele contornou o carro e se sentou no banco de motorista, de longe vi America e Ryan nos olharem  e quando perceberam que eu os encarava, Ryan segurou a mão dela e a levou até seu carro.

— O que estava fazendo em um hotel? — perguntei enquanto ele ligava o carro e dava partida.

— Transando — disse simples. Assenti com a cabeça, achando graça da forma que ele respondeu.

— Você quer que eu te leve a um médico? — perguntou e eu fitei meu estomago — Acho a resposta é sim.

— Ryan vai pagar caro pelo o que fez comigo.

— Ele não podia ter te batido.

— Eu bati primeiro.

— Garanto que você teve motivos, mas de qualquer forma, não dá pra comparar a força.

— Você é o único que eu não estou com raiva.

— Por que eu não estava lá?

— Sim — afirmei.

— Mesmo se eu estivesse, eu não ia concordar com aquela babaquice. Em tempo de pegarem uma doença. Coisa de idiota aquilo.

— Você é o mais novo e o mais sensato.

Ele sorriu e continuou dirigindo. No entanto, não demorou muito para chegarmos no hospital, na verdade parecia ser mais uma clinica.

— Conhece o dono daqui? — perguntei a Jax.

— Sim, um amigo da família.

Descemos do carro e eu estava sentindo pontadas na barriga e acabei tossindo, e nele saiu um pouco de sangue.

— Parece grave... — Jaxon disse preocupado.

A enfermeira da clinica já trouxe uma maca assim que apontei na porta. Por um radio comunicador, ela chamou o doutor.

— Doutor Hanter, Jaxon Bieber está aqui com uma paciente.

Logo um homem branco pálido, um pouco mais velho, cumprimentou Bieber e me olhou na maca.

— O que essa mocinha tem? é sua namorada?

— Não, namorada de Justin. Ela se envolveu em uma briga e está com dor e tossiu sangue.

O medicou começou a me examinar e pediu um raio x. Me encaminhou para a sala de tal procedimento e tudo demorou mais ou menos uma hora. Meu celular tocava toda hora e recusei todas as ligações, que America se fodesse, eu não queria mais saber dela.

Quando voltei com a minha roupa comum, fui direcionada para a sala do médico novamente, mas ao entrar, acabei encarando dois Biebers.

— O que ela tem? — Justin perguntou não olhando para mim.

— Ela se envolveu em uma briga — respondeu, Doutor Hanter. — Mas assim que os resultados estiverem prontos, eu posso dizer o que ela tem, mas acredito que não é nada grave, só uma lesão.

— Quem agrediu ela? — perguntou sério e eu com dificuldade sentei ao seu lado, na cadeira vaga.

— Justin... — Jaxon balançou a cabeça negativamente.

— Quem fez isso com ela? — perguntou pausadamente.

— Ryan — respondi simples.

Corpo de Justin ficou rígido como uma pedra, ele levantou sem dizer mais nada e saiu da sala como raio.

— A coisa vai esquentar — Jaxon passou a mão no rosto

— Que exploda...

Ficamos um bom tempo esperando os resultados, eu já estava com fome, então Jaxon me comprou comida e quando fui liberada, o medico me deu um remédio forte e disse que eu dormiria um bom tempo, mas que era dor momentânea. 

Consegui dirigir e deixei Jaxon na casa do irmão.

— Obrigada por tudo, Jax.

— Por nada, Sky — ele deu um beijo na minha bochecha e desceu.

Dirigi até a minha casa e bem no final do trajeto eu percebi que eu estava sonolenta, estavam todos em casa e se desesperaram quando passei pela porta visivelmente machucada.

— O que aconteceu? — minha mãe me segurou.

— Agora estou melhor — forcei um sorriso.

— Quem fez isso com você? — meu pai me olhou com tristeza e dor.

— Pergunta para a America.

A fuzilei com o olhar e ela saiu da minha casa correndo e chorando.

— Me ajuda a subir, Malton? — olhei para meu irmão, que me pegou no colo e me levou até a minha cama. Acho que o efeito do remédio realmente cedeu, pois eu simplesmente apaguei.

Justin Bieber Point of View.

— Por que seus homens me buscaram assim? Eu sou da equipe, porra! — Ryan esbravejou enquanto era segurado por três de meus homens.

— Prendem ele — ordenei e o algemaram —  Quero ele de joelhos — o forçaram a descer ao chão. Ele me olhou furioso. — Cansei dele, quero que atirem na cabeça dele — ordenei e um de meus homens puxou a arma e a colocou na cabeça dele — Espera! Não quero que o mate, apenas que esmurre a cara dele — assim meu capanga fez. Ryan caiu deitado no chão se contorcendo de dor, e o nariz sangrando — Peguem a maior arma de vocês, quero que tragam a namorada de Ryan com três tiros na cabeça.

— NÃO! —  Ryan gritou tentando se levantar e foi jogado no chão novamente. — Justin, Por favor não.

Antes de meus homens saírem da sala, eu os chamei.

— Não precisam de matar a garota, mudei de ideia, levantem o Ryan. — assim fizeram — tirem a algema dele.

— E agora senhor?

— Agora saiam.

E saíram, e ficamos finalmente a sós.

— Acho que tem horas que suas regalias cegam seu discernimento, e te faz esquecer que eu que sou o chefe, e que todos os homens trabalham para mim, não para a equipe. Inclusive você.

— Isso tudo por causa da puta da Skylar? — cuspiu no chão, me levantando batendo forte na mesa.

— MAIS RESPEITO COM ELA PORRA!

Ele ficou calado e apenas assentiu com a cabeça.

— Quem você acha que é, para encostar um dedo na Skylar, Ryan?

— Justin eu...

— Eu não quero ouvir suas desculpas. Você não é ninguém para encostar nela, e só não está morto por que é meu amigo. Mas você começa a me respeitar como seu chefe, pois isso não terá uma segunda vez. Eu fui claro?

Ele me olhou alguns instantes e assentiu com a cabeça.

— Ótimo, agora vaza daqui.

Respirei fundo, deixando o ar entrar na minha mente e me tranquilizar, eu estava muito precisando de relaxar, mas eu não queria arrumar uma puta para isso, pois chatearia mais ainda Skylar. Eu queria era ela. Minha loira.  Inclusive liguei diversas vezes em seu telefone para saber se ela estava bem, mas ela não me atendeu. Então fui até meu irmão e pedi para ele ligar.

— Pergunta se ela está bem — cochichei para ele e ele foi tirando as informações dela.

— Ela está melhor, já acordou e está deitada.

— Será que ela amanhã na festa de aniversário da minha boate? — perguntei sentando em sua cama.

— Se ela tiver passando mal, não...

— Chama ela para ir.

— Ela não vai querer, Justin...

— CHAMA CARALHO

— Cara chato, mano.

Jaxon mandou um áudio para Skylar a chamando para ir e de imediato não teve resposta. Jazzy apareceu do nada.

— Festa? — ela sorriu.

— Você não vai? — falei como se não fosse óbvio.

— Por que não? — ela cruzou os braços e Jaxon a chutou.

— AI JAX — ela acertou um tapa nele. — Deixa eu ir, Jus, por favor — ela fez um biquinho que amoleceu meu coração um pouco.

— Não.

— Prometo me comportar, vou ficar só perto de você, eu só estou presa dentro dessa casa, não tenho amigas nos Estados Unidos, estou quase com depressão...

— Meu Deus, como você é exagerada, Jazmyn! — Jaxon falou a empurrando de novo.

— Para de fazer isso com a minha irmãzinha querida, Jax... — a abracei e ela se aconchegou em mim.

— Vai deixar ir?

— Não — respondi gargalhando e Jaxon me acompanhou e ela fez cara de que queria chorar.

— Tabom, Jazzy, você vai. — Jaxon disse.

Ela sorriu abertamente e abraçou nós dois juntos.

Já era o dia seguinte, passei o dia inteiro me certificando que tudo ocorreria bem, muita gente importante viria para os 5 anos da minha boate, e seria uma estouro. Como anfitrião eu tinha que ser o mais elegante, então contratei uma Stylist para fazer o mais perfeito, bom, Skylar disse a Jaxon que iria com Pedro. Então eu tinha que estar bonito pra ela.

Estava foda para caralho, a decoração era neon, havia muita luz, muito brilho, um cheiro de maconha da melhor qualidade e muito álcool. Mas, logo logo o cheiro de sexo exalaria por todo local.

— As áreas VIPs estão prontas para os convidados?

— Sim senhor. Inclusive alguns deles já chegaram — minha gerente, gostosa, explicou.

— Ótimo. Quero que eles fiquem felizes portanto faça de tudo para agrada-los.

Elas sentiu e foi terminar seu serviço. Me olhei no espelho e gostei do que vi. Eu estava com um terno vermelho, e óculos escuro, topete com fios alinhados e um cheiro salvagem exalando.

— Justin! — me virei seguindo o olhar até Chaz que chegou.

— Sim?

— Que porra foi aquela que aconteceu com Ryan? Ele não queria vim, custamos para convencer aquele merda.

— Ele podia ter ficado em casa, não faço questão que ele aproveite a minha festa.

— Mano, não podemos brigar em equipe.

— Ele mexeu com Skylar.

— E ele se arrependeu.

— Não. Ele se arrependeu de ter me enfrentado.

— De qualquer forma, já temos inimigos demais, não vamos criar tensões entre nós.

Respirei fundo e concordei com a cabeça.

— Ótimo.

— Bora começar essa porra?

Ele abriu um sorriso

— É disso que eu estou falando!

O anfitrião não consegue se divertir como os convidados, evitei de encher a cara hoje para certificar que daria tudo certo e nada sairia da linha, e eu ainda tinha que comprime ter e conversar com muita gente. Mas uma em especial não chegava. América já estava com Ryan, no canto deles, e nada de Skylar.

— Não viu ela? — perguntei a Jaxon.

— Ja mandei avisarem se ela entrar, ainda não entrou. Talvez os pais dela não a deixaram vir.

Bufei irritado, olhei a tela do celular e nada. Mas era óbvio que ela não ia me ligar, que ideia idiota. Eu estava igual abestado.

Eu estava tomando uma taça de vinho com alguns "colegas" e minha mente entrou em conexão ao naturalmente eu me virar para a entrada e a ver entrando.

— Licença — disse a eles e me retirei.

Conferi se eu estava com mal hálito e ainda estava perfumado, e fui andando até ela. Ela estava linda.

— Não vai cumprimentar o seu anfitrião? — sussurrei bem atrás dela e seu corpo ficou rígido.

Ela se manteve firme e continuou seus passos me ignorando completamente.

— Gostosa...

Eu tinha certeza que ela escutou. Se não rebateu é porque ela gostou. Safada gostosa. Eu ficaria esperto dessa vez, eu faria merda para a deixar mais puta do que ela já estava, mas se ela está aqui, é porque está procurando motivos para me ver, porque se conheço nem a minha loira, se ela não quisesse, ela destruía essa festa fácil. Encrenqueira.

— Jogo fácil esse de vocês... — Christian disse esbarrando comigo na minha mesa dourada.

— Ela so sente tesao se tiver um jogo por trás, ela não gosta do jeito tradicional.

— O que pretende fazer? — o olhei divertido.

— Eu trouxe umas algemas, algumas correntes... — ele gargalhou.

— Masoquista!

— Ela né? Eu me viro nos trintas para segurar a fera.

— Ela parece estar te ignorando... — observamos ela de longe enquanto bebia com seu amigo Pedro e um outro cara.

— Por que ela está fazendo questão de fazer isso, então ela calculou tudo antes de vim, logo, eu estou um passo à frente dela só por saber disso.

— E aquele plano que você desembolou mais cedo? Vai por em ação?

— Ele vai ser o plano B.

— E qual é o A?

— O Plano dela.

Não demorou muito para meu momento de anfitrião chegar e eu subir ao microfone para dizer palavras falsas para cada um ali, que aliás, arrancaria minha cabeça sem pensar duas vezes para assumirem o posto que eu carregava, mas engolindo toda minha despreza a eles, liberando um sorriso falso a olhar todos aqueles rostos, e comecei a dizer as palavras.

— Queridos amigos e família, venho agradecer pessoalmente a presença de todos aqui. Muitos deixando as indiferenças de lado, outros sendo como sempre fiéis aliados e outros que vieram conhecer um pouco do nosso mundo, eu particularmente sou... — uma explosão tomou conta do lugar, me fazendo recuar, defendendo meu rosto com os braços.

Os gritos extravagantes abrangeram todo o ambiente e o caos tomou conta, segurando minha arma na cintura eu tentei entender o que estava acontecendo, só que antes que eu pudesse descer do palco, outra explosão veio, e deixou a ala norte pegando fogo.

Pareciam cenas de filmes de terror, as pessoas tentavam correr e sair enquanto o fogo se espalhava, o que não era difícil devido a quantidade de bebidas alcoólicas exposta no ambiente e cigarros. As portas de incêndio estavam trancadas e a fumaça aumentava a cada segundo.

— Skylar! — foi o que eu consegui grita de tentar a enxergar diante a multidão, mas simplesmente não conseguia cruzar os olhos com os dela. Desci rapidamente tentando enxergar através da fumaça contaminada, e muitos já estavam no chão tentando alcançar um pouco de oxigênio.

O fogo lastrava em um piscar de olhos, fui jogado no chão por algumas pessoas que corriam desesperadas e com um custo de prostradas eu consegui me levantar e escorar na parede ao lado. Entrei no corredor ao meu lado direito e vi uma sala pegando fogo por completo.

— JUSTIN! JUSTIN! — consegui ouvi os berros de Skylar a longe. Continuei correndo pelas paredes escuras e olhei para o lado onde Skylar estava a poucos metros de uma montanha de fogo, olhei para o lado esquerdo onde tinha uma porta que dava para o banheiro daquele cômodo e a porta foi derrubada por ninguém menos que Adam.

— Vou te pegar, eu vou te pegar! — tentei entrar mas a porta estava em chamas, e eu não conseguia passar sem antes me queimar por inteiro, acabaria morrendo nós dois.

— Justin, tira a camisa, eu vou levar ela! — Adam gritou.

Skylar estava fraca, mal conseguia abrir os olhos, Adam rapidamente segurou o braço dela e a arrastou até a porta, onde que com minha roupa abafei o fogo uns segundos para seu corpo passar sem um arranhão.

— Te peguei, eu te peguei — ela caiu tossindo em mim. — ADAM! ADAM! — olhei de relance e não deixei Skylar ver o fogo consumindo o corpo do meu amigo.

Não!

Comecei a levar Skylar por uma saída de incêndio na minha sala que era a da frente. Cliquei o botão a parede, e eu não conseguia mais respirar, esperei a água cair, mas não aconteceu. Olhei para o teto onde tinha a saída que dava para a rua de trás do Club.

— Espere aqui, linda, aguente firme, tampe com minha camisa — coloquei em seu rosto, e ela fraca mal conseguia segurar no rosto.

Abri com dificuldade a maçaneta e a empurrei, um pouco de ar invadiu e antes de pensar algo, peguei o coro de Skylar, subi encima da mesa e a joguei para joga. Em seguida fiz o mesmo. Vai deitado ao seu lado, puxando o ar o mais forte que eu conseguia, olhei para o lado e Skylar tossia muito, levantei com dificuldade e me guiei ela.

— Inspira, expire — beijei seu rosto e assim ela fez.

— América! A América estava lá — seus olhos marejaram e ela olhou para os lados, estávamos em um beco. Ela não estava bem, ela estava fraca, caiu em meus braços sonolenta e eu a chacoalhei.

A peguei no colo e a levei para a rua principal, onde o corpo de bombeiros já estava em ação, muitos pessoas saindo, já muitos rostos eu não os via.

— A América sumiu, ela ainda está lá dentro, eu não a encontro! — Ryan apareceu desesperado, em prantos.

Uma maca foi trazida até nós, onde eu coloquei Skylar sobre ela, a mulher me olhou confirmando que tomava a frente a partir dali e eu segurei o rosto de Ryan.

— Vou encontrá-la — disse firme — cuida da Skylar.

Ele falou e eu entrei na boate passando por cima do bombeiro que tentou me impedir, lembrei me que quando eu estava no palco, eu vi de relance o rosto de América no canto do salão, e fui direto lá. Ela estava desacordada, estirada debaixo do balcão, com marcas de pisoteios.

— Por favor, Mare, esteja viva... — a peguei em meu colo e arrastei o meu pé tentando encontrar a saída, e quando eu achei que havia encontrado, meu corpo foi lançado no chão por alguém, vi um homem vestido de bombeiro, me apontando uma arma.

— Chegou seu fim, Bieber — disse, grosso.

— Quem é você? — falei me levantando, e levei um chute no estômago, me voltando para o chão.

Eu precisava tirar América daqui, a cada minuto que passava era um segundo sem vida, meu foco tinha que ser ela, então apenas aproveitei que estava no chão e chutei a perna do indíviduo, que disparou contra mim errando por pura sorte minha, comecei a arrastar América de qualquer forma, fugindo de disparos, até chegar na parte de fora onde meu corpo e o dela caiu no chão, quase sem vidas, olhei para o lado e para o outro, e um bombeiro veio me salvar.

— Não, ela primeiro, ela primeiro!

Ele concordou e foi até Mare primeiro, e no fundo do meu coração, eu só pedia a Deus para ela e Skylar estivessem bem.

— Ela não está reagindo — foi o que eu ouvi do profissional que a atendia, antes de apagar por completo.


Notas Finais


GENTE > Estou postando uma fic linda e nova, chamada Heartbreaker, vão no perfil conferir ♥
Comentem por favor ♥


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