Regina estava nervosa. Andando de um lado para outro na sala do trono, ela temia que Jack não conseguisse trazer o que ela precisava do outro mundo.
– Tenha calma minha senhora – disse uma voz feminina vinda do seu lado esquerdo que era o lado para onde seu trono ficava. –
– Como posso ter calma Virgínia? – perguntou a rainha e respondeu. – Assim como eu tenho metade das chances desse plano dar certo, a outra metade pode dar errado e eu não quero isso.
– Minha senhora – falou a voz novamente. – A senhora tem todo o controle da situação, se aquele capitão a trair ele irá morrer, e pelo o que a senhora falou ele não vai querer arriscar perder o navio dele, muito menos morrer por causa de uma mísera mortal.
– Awn Virgínia – Regina virou-se para o trono. – O que seria de mim sem você?
– Se me permite – falou Virgínia. – Gostaria de lhe dar uma sugestão para senhora conseguir mais rápido o que quer, e sem precisar pagar esse capitão?
– E que sugestão seria essa? – perguntou Regina e pegou a cobra que estava deitada em seu trono e a pôs envolta do pescoço. –
A cobra começou a sussurrar algo no ouvido da rainha, e a cada palavra que ela falava o sorriso de Regina aumentava e sua expressão trevosa se tornava cada vez mais nítida. Mas a cobra parou de sussurrar quando um guarda aos tropeços chegou correndo na sala do trono.
– É bom ser importante – falou Regina. – Ou transformo você em um rato para Virgínia devorá-lo.
– Isso seria maravilhoso – concordou a cobra. –
– Mi-mi-mi-mi-mi-nha se-se-senhor-a-a – gaguejou o gaurda. –
– Fala logo seu inútil – ordenou a rainha. –
– Ele está aqui – respondeu o guarda. –
– Como assim está aqui? – questionou a rainha irritada e sem seguida gritou. – Era para ele está no tártaro!
– Mais eu voltei – falou uma voz vinda do início do salão. –
E um homem sem camisa e musculoso andou devagar na direção da rainha. Estava usando apenas uma toga rasgada. Tinha a pele branca com a de um fantasma e uma faixa vermelha estava traçada na direção vertical do lado esquerdo de seu corpo, subindo pelo seu olho e pela sua careca e descendo pelas costas, nas quais havia duas lâminas em forma de “X” presas a correntes. A expressão do homem ao parar em frente a Rainha Má, era tão sombria quanto a da própria majestade a sua frente.
– O que veio fazer aqui? – perguntou Regina irritada. –
– É bom vê-la também Rainha Má – respondeu o homem calmamente. –
– Não é bom ver você – falou Regina áspera. – Você devia está no tártaro... Você devia..
– Caos está se aproximando – falou o homem interrompendo ela. –
A expressão da Rainha Má se tornou mais sombria do que o normal, com os olhos arregalados ela respondeu:
– Você deveria tê-lo impedido, foi esse o nosso acordo.
– Acha mesmo que um Deus caído pode impedir um Deus Primordial? – perguntou o homem irritado. – Eu apenas o retardei o máximo que pude, o deixei bastante debilitado mais ele logo irá se recompor. Precisamos de Merlin.
– Merlin está desaparecido – respondeu ela. –
– Precisamos da pedra, pois é isso que ele virá buscar – falou o homem. –
– Já basta ter que lhe dar com Salazar – disse Regina. – Agora vou ter que lhe dar com o Caos!
– Uma nova guerra se aproxima Regina – falou o homem friamente. – E sem Merlin ou Morgana aqui, não temos como vencê-la.
– Eu não tenho medo de enfrentar guerras, já venci muitas – respondeu a rainha disfarçando seu medo. –
– Mais não estou falando de uma guerra qualquer – disse ele. – Estou falando de uma guerra com um Deus, que pode nos derrotar em um estalar de dedos.
– Fantasma de Esparta – falou Regina. – Continue retardando a vinda de Caos para cá que eu irei atrás de Merlin.
– Você sabe onde ele está? – perguntou ele. –
– Não mas existe duas pessoas que vão saber onde encontrá-lo – respondeu ela. – Agora vá.
Após a saída do homem do salão do trono, Regina deu de ombros e entrou em desespero.
– E agora Virgínia? – perguntou ela e respondeu. – Nós todos iramos morrer.
– Nós não iramos morrer – falou a cobra confiante e virou-se para o guarda que ainda estava no salão. – Ei você, prepare a caçadora pois iremos fazer uma visitinha a ela.
– Sim senhora – respondeu o guarda e saiu aos tropeços do salão. –
– Mudanças de planos – falou Regina recompondo-se. – Precisamos impedir Jack de botá-la para dormir, precisamos delas duas aqui. E vamos usar a caçadora para isso.
– Essa é a rainha que eu conheço – falou a cobra e se ajeitou no pescoço de sua majestade quando essa se levantou e caminhou para fora do salão. –
Após alguns minutos...
– Senhora o que faz aqui? – perguntou um guarda ao ver Regina entrando nas masmorras. –
– Não é de sua conta – respondeu ela e o transformou em um rato. – Jantar querida.
A cobra desceu rapidamente do pescoço de sua senhora e devorou o guarda que foi transformado em rato.
Regina caminhou pelo corredor das masmorras que estava escuro, exceto pelas tochas presas a parede que iluminavam o caminho por onde ela passava. Parou no final do corredor, em frente a última cela.
– A que devo a honra da visita de vossa majestade? – perguntou uma voz feminina no canto escuro da cela. –
– Vim tratar da sua liberdade. – respondeu Regina amargamente. –
– Você vai me libertar? – perguntou a garota e deu uma risada debochada. – Qual a chance de isso acontecer?
– A mesma da de você sair daí e olhar nos olhos de sua rainha – intrometeu-se Virgínia e rastejou para dentro da cela de onde vinha a voz. –
– Ahhhh – gritou a garota e saiu da escuridão de alguma maneira colocando os pés e as mãos na cela. Estava usando um vestido azul bebê velho e seus cabelos estavam jogados em uma trança para o lado direito de seus ombros e suas bochechas que eram um pouco grandes estavam vermelhas de medo. – O que você quer de mim?
E Regina contou que precisava que ela impedisse um homem de dar a poção do sono para uma garota, e que precisava que ela trouxesse essa garota e sua irmã para o palácio.
– Porque você mesma não faz isso? – perguntou ela. –
– Porque não sou eu que tem uma família que passa fome – respondeu a rainha e estendeu a mão para dentro da cela. – Temos um acordo?
– Sim – respondeu a garota após alguns minutos pensando e apertou a mão da rainha, mas ao fazer aquilo sentiu seu pulso arder com ferro em brasa e uma maçã depois de alguns segundos de dor havia surgido. – O que é isso?
– Caso você pense em trair a rainha – falou Virgínia se ajeitando no pescoço de sua senhora. – Isso irá queimar tanto ou mais do que queimou agora.
– Nosso acordo está selado – falou Regina sorrindo. – Guardas, libertem-na, levem-na para as criadas lhe darem banho e ordene que elas lhe deem um vestido de baile. Tome – a rainha agitou a mão e uma aljava de flechas e um arco apareceram no chão da cela. – Quando você colocar o vestido eles ficaram invisíveis, e quando chegar o momento mate Jack Sparrow, você vai ser a única capaz de ver quem ele realmente é.
– Baile? – questionou a garota atrasada nas falas da rainha. –
– Sim, baile – respondeu ela com uma gargalhada. – Está na hora de começar a caçada, Katniss Everdeen.
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