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História O irmão postiço - Pais e Filhos


Escrita por: Cupcake_ruivo

Notas do Autor


OI GENTE.
ENTÃO, SEGURA PQ O CAP TÁ POLÊMICO
EH ISTO
BORA LÁ

Capítulo 27 - Pais e Filhos


Fanfic / Fanfiction O irmão postiço - Pais e Filhos

O fim de semana passou rápido demais.

Durante aquelas curtas horas, os amigos descobriram que Naruto e Sasuke tinham tanta facilidade para brigar como para fazer as pazes. Discutiram sobre milhares de coisas insignificantes, mas acabava sempre do mesmo jeito. Os dois saíam de perto do resto para continuarem a namorar.

A despedida foi dolorosa para todo mundo. Naruto estava a ponto de chorar e Sasuke não estava muito diferente. O abraço de despedida parecia que não queria se findar e foi difícil assistir, tanto quanto foi difícil para os dois soltarem os corpos um do outro e se despedirem mais uma vez.

No entanto, havia novamente aquele fôlego de coragem para continuar com seus planos.

Os dias se passavam e com ela, a prova do vestibular de Sasuke também chegou. Estava nervoso, mas vinha se dedicando bastante nos últimos tempos e, como um bom Uchiha, ele tinha facilidade de aprendizado. Os resultados saíam pouco antes das festas de fim de ano. Nesse meio tempo, eles deram uma nova fuga para se encontrarem, acobertados pelos amigos.

A festa de natal contou com alguns pais e filhos reunidos na casa de Sakura. Os adultos mantinham suas conversas enquanto os mais jovens ficavam mais afastados, curtindo por conta própria. Naruto agradeceu. Não sabia o que faria se aquele fosse um dos anos em que ficava sozinho em casa com a mãe. Ainda não tinham voltado a se falar direito mesmo depois de todo aquele tempo. Vinha procurando depender o mínimo possível dela, pedindo ajuda dos amigos ou de Sasuke para resolver alguns problemas. E claro, Kushina estava louca com esse distanciamento, acreditando que eles poderiam voltar a se falar normalmente se Naruto pudesse esquecer aquela ideia louca de se envolver com Sasuke. Afinal, não era inocente de achar que eles não se falavam mais, porém acreditava que a distância faria o serviço de tirar essa ideia da cabeça deles.

Isso, no entanto, estava demorando demais a acontecer.

Sentados numa rodinha no jardim de Sakura, faltando poucos minutos para meia-noite, Hinata chamou sua atenção para perguntar baixinho.

— Ainda está brigado com sua mãe?

Naruto suspirou.

— Não é que estamos brigados. Só… Não é mais a mesma coisa.

A Hyuuga baixou a cabeça, pensativa. Toneri conversava animado com Kiba, falando algo sobre a relação de cachorros e luas cheias e a menina sorriu levemente. Era difícil ver o loiro com aquela falta e aqueles problemas, porque se havia alguém que merecia ser feliz com quem amava, essa pessoa, definitivamente, era Naruto.

— Não acha que passou da hora de você falar com ela?

— Falar o que, Hina? - Naruto formou um bico – Eu estava pronto pra dizer tudo que ela queria saber, mas ela não quis ouvir. Ela não quis saber do que estávamos sentindo.

— Mas isso já faz alguns meses. Você sabe como sua mãe é cabeça quente, você é igualzinho. Talvez ela estivesse disposta a ouvir agora.

— Ela vai vir de novo com aquele papo de irmãos. De que Sasuke me corrompeu. Eu não vou tolerar ouvir isso outra vez.

— E o que pretende? - a garota o forçou a olhá-la nos olhos – Passar o resto do ano brigado com ela e ir embora para Tóquio sem avisá-la? Pretende deixar sua casa nesse clima com a mulher que te deu a luz?

Naruto recuou. Sim, odiava brigar com a mãe, mas nesse momento, não queria se reconciliar porque sabia que a mãe era tão ou mais teimosa do que ele para entender seu lado de uma forma amigável.

— Ela agiu errado, todos nós sabemos – agora, ela dizia mais suavemente – Mas sempre foram só vocês dois. Eu tenho certeza de que Sasuke também sente por essa situação. Apenas… Tente.

Ela tinha razão. Aliás, Hinata quase sempre tinha razão. Sasuke o perguntava como estavam as coisas com Kushina praticamente todos os dias e a resposta nunca mudava. Ele via o Uchiha se sentir culpado. Isso irritava Naruto.

Assentiu com a cabeça para acalmar a amiga antes da contagem regressiva ser feita. Ino puxou Sakura e a beijou depois de desejar um feliz natal. A família inteira se uniu naquele momento para trocar abraços e votos. E quando Kushina chegou perto do filho, ele sentiu o abraço se apertar ao seu redor.

Devia ser o primeiro contato mais íntimo que tinham em meses e o loiro teve que morder a boca para não chorar. Costumava abraçar e beijar a mãe todos os dias e agora, eles precisavam de uma desculpa para se tocarem. Se abraçaram por mais tempo do que o necessário antes de se soltarem e sorrirem de leve.

E mesmo que a saudade os abatesse, o orgulho e a mágoa ainda estavam ali.

Permaneceria daquele jeito enquanto não colocassem tudo em pratos limpos.

*

A casa dos Uchiha contava apenas com Fugaku, Itachi, Sasuke e Shisui.

Shisui participava de um monólogo, aparentemente, divertido pra si mesmo, enquanto Itachi sorria e o Uchiha mais velho e o caçula permaneciam em silêncio. Fugaku parecia ter se esquecido da tal conversa que teria com Sasuke, provavelmente achando que, seja lá o que tivesse acontecido com ele durante o verão não tinha passado de um ato rebelde.

Alguns minutos depois da meia-noite, Sasuke mandou uma mensagem pra Naruto que foi respondida quase imediatamente. A família se dividiu depois de algum tempo. Fugaku se despediu, desejando boa noite e indo dormir e Itachi e Shisui foram para o quarto enquanto Sasuke continuava trocando algumas mensagens com Naruto, um tanto alheio ao redor.

Foi só depois do loiro insistir que deveria mandar um feliz natal em seu nome para o irmão mais velho, que Sasuke se levantou contra vontade para falar com o seu aniki. Arrastou-se escadas acima e não bateu antes de empurrar a porta, já revirando os olhos.

— Naruto mandou um feliz…

Antes que pudesse terminar a frase, seus olhos se arregalaram ao ver Shisui sobre seu irmão. Parte de seus corpos estava coberto, mas não era preciso ver a cena toda pra saber que o primo daquela maneira sobre o corpo do seu irmão não podia significar outra coisa além de um trauma para o resto da vida.

Correu em fechar a porta de volta, segurando a maçaneta com força, com os olhos ainda arregalados.

— Mas que porra…

A porta se abriu de novo. Itachi vestia uma samba-canção e dentro do quarto, Shisui cobria o rosto e morria de rir.

— Foi mal, Sasu – o mais velho disse ainda rindo – Eu esqueci de trancar a porta.

— Isso é sempre um problema – o mais novo disse, ainda chocado.

— Desculpa, otouto – Itachi disse, encostando a porta – Mas você devia ter batido.

— Eu só.. Argh… Naruto te mandou um feliz natal.

— Deseje pra ele também.

— Itachi… Isso… Caramba, desde quando? Vocês deviam ter trancado essa merda. Imagina se fosse o pai?

Itachi suspirou, se apoiando na parede.

— Sasuke, o pai já sabe.

Sasuke ficou parado encarando o irmão como se ele tivesse criado uma outra cabeça. Itachi umedeceu os lábios e puxou o mais novo pelo braço até o quarto dele. Deixou Sasuke sentado sobre a cama e puxou a cadeira pra se sentar de frente pra ele.

— Me… Explica.

— O pai soube durante o verão – explicou.

— Como assim?

— A gente já se gosta há muito tempo, Sasuke – o mais velho balançou a cabeça – Já tinha acontecido de ficarmos, mas nunca era nada sério. Só que você foi pra longe e acabamos ficando próximos durante esse tempo de férias e… Bem… o pai dele meio que pegou a gente.

— Tio Yashiro?

— Isso, ele não ficou nada feliz e veio fazer escândalo para o meu pai, só que o chamei pra conversar e disse como eu me sentia e ele… Bem, ele aceitou.

— Aceitou?

— É. Eu não ‘tô pedindo pra você falar logo com ele a toa. Enquanto você continuar adiando isso, ele vai continuar achando que era só mais uma aventura irresponsável de vocês.

— Por que não me contou antes? - Sasuke parecia um tanto magoado.

Itachi chegou mais perto, segurando as mãos do caçula.

— Porque eu não queria te encher com minhas coisas quando já tinha as suas e… Porque eu queria que vencesse isso por si mesmo. Porra, acha que eu não sei o medo que você tem de se abrir com o pai com medo de ele te rejeitar? - Sasuke apertou os dedos do mais velho – Você fica agindo como se tivesse falhado com ele por causa da sua orientação sexual, mas isso não é algo que você controla, otouto.

— Só porque ele aceitou você, não quer dizer que ele vai me aceitar – sussurrou Sasuke – Nós dois somos diferentes, aniki.

— E é por isso que ele se preocupa – Itachi segurou o rosto do irmão entre as mãos – Eu não vou ficar aqui pra sempre, você sabe. Depois de toda essa bagunça, Shisui procurou um lugar pra ir. Por isso ele passava tanto tempo aqui antes de se mudar. Eu iria com ele imediatamente, mas estou esperando até que tome uma atitude, porque não posso deixar você e o pai aqui desse jeito. Vocês mal se olham. - Sasuke fechou os olhos – Vocês precisam conversar.

Sasuke segurou as mãos de Itachi, tirando-as devagar do próprio rosto. Olhou pra baixo antes de respirar fundo.

— Eu vou pensar nisso – disse por fim – Eu quero ficar sozinho agora.

Itachi analisou o irmão por mais alguns segundos antes de lhe dar a privacidade que queria. Voltou para o quarto com Shisui que o encarava daquele modo soberbo, como se dissesse “eu avisei”.

— Finalmente você disse. Ele ficou bravo?

— Acho que não.

— Hum. Então vamos continuar. Tranca a porta dessa vez.

Itachi deu um sorriso curto. Sasuke não tinha ficado com raiva, mas, com certeza, tinha muito o que pensar naquela noite.

*

Mesmo com tudo que Itachi contou, Sasuke ainda se sentia inseguro para chamar o pai para conversar. Na verdade, ficava em dúvida se Fugaku aceitaria tão bem sobre sua sexualidade e seus sentimentos quanto aceitou Itachi. Deixou que os pensamentos sobre isso ficassem guardados dentro de si e focou em terminar o último ano letivo em paz.

O resultado do vestibular saiu e com ele, veio a notícia de que Sasuke havia passado. A conversa com Naruto foi extensa durante quase toda uma noite enquanto eles continuavam os planejamentos. Naruto parecia radiante ao ver que as coisas estavam dando certo. Agora ele só precisava se dedicar para acompanhar Sasuke no ano seguinte.

Tinha pedido a Shizune para fazer uma carta de recomendação ao descobrir que ela tinha estudado na mesma universidade. A mulher sorriu, dizendo que ainda era cedo e o instruiu a continuar se preparando para as provas no fim do ano.

Os planos estavam indo bem como esperavam, até aquela sexta.

Naruto chegou em casa depois de um longo dia na Kyuubi e viu a mãe sentada no sofá da sala. Depois das festas, por mais que a saudade estivesse mais evidente, não houve nenhuma grande mudança. Então o loiro fez como sempre fazia e cumprimentou Kushina.

— Tadaima.

Mas a ruiva não respondeu. Em vez disso, virou-se para ele, com um olhar questionador. Ergueu numa das mãos um dos folhetos de faculdade que Naruto havia arrumado na escola.

— Tóquio? - foi tudo que a mais velha disse.

— O-onde achou isso?

— Estava na sua calça. Quando fui checar os bolsos para lavar, me deparei com isso. - Naruto suspirou – E como se não bastasse, soube que tem procurado os professores da Kyuubi para fazer recomendações suas à universidade. Estou curiosa. Você pretendia me contar sobre isso ou ia fazer mais uma coisa debaixo do meu nariz e me deixar sem saber?

Aquela pergunta foi como um soco no estômago do loiro.

— Depende. Quando eu fosse te contar, ia me deixar falar ou ia me colocar pra fora como fez com Sasuke?

O ar saiu pesado pelos lábios de Kushina.

— O que?

— A senhora me julga por não ter corrido pra te contar, mas como eu faria isso se todas as decisões que saem fora dos seus planos te parecem erradas? Te pedi um novo videogame e você disse “quando tiver dinheiro pra comprar, você terá”, e quando a baa-chan deu a ideia de eu trabalhar na Kyuubi, foi preciso meses até que te convencessem. Toda vez que eu tento fazer algo por mim mesmo, a senhora arruma um motivo pra dizer que eu estou fazendo algo errado.

— Isso…

— E quando eu acho alguém por quem me apaixono… Quando acho alguém que eu amo… - Os olhos azuis do garoto arderam – A senhora ignora todos os anos em que o chamou de filho e o acusa sem nem ao menos nos escutar.

— Escutar o que? - a ruiva se alterou também – Que os dois irmãos estavam se pegando pelas minhas costas?

— Nós não somos irmãos – a voz rouca era próxima de um grito – Nós não temos que esquecer nossos sentimentos por um relacionamento que não foi nosso. Não temos nada a ver com sua aventura frustrada com o Fugaku. Não pedimos pra isso acontecer e não temos culpa do que sentimos.

— Eu nem ao menos sabia sobre o que você sentia em relação a garotos – Kushina continuou – E você quer me convencer de que isso é amor?

— Você já saberia disso se tivesse nos ouvido – Naruto se afastou, em direção as escadas – E se quer saber, diferente do que pensa, fui eu que comecei com o nosso relacionamento. Fui eu quem o beijou primeiro. E nós não desistimos um do outro.

— Naruto…

— E isso nunca vai acontecer.

Então deu as costas, deixando Kushina sozinha na sala, sem saber o que dizer.

 


Notas Finais


POIS É
Narutinho jogou as verdade na mesa.
ItaShisui mt real sim.
Alguém send help, porque né...
ESPERO QUE TENHAM CURTIDO.
UM BEIJO NO KOKORO E JA NEE


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