Capítulo 4— A frente
“Hoje acordei para viver, levantar, sorrir e seguir em frente. C.F.A”
Após o restante da noite, Rin acordou deveras feliz, não sabia o motivo, mas seu coração estava calmo. Encarou para os lençóis, deu uma girada na cama sentindo a maciez dos tecidos. Encarou para a janela o vento balançava a cortina vermelha. Suspirando, decidiu sentar. Reparou que o recinto era enorme com um closet embutido na parede, a penteadeira com um enorme espelho, no canto da parede uma mesinha com seu notebook, fazendo franzi o cenho, lembrando-se que não tinha levado. Olhou para uma mesinha do outro lado, ela estava com um buquê de flores vermelhas e uma bandeja repleta para o café da manhã.
Seu estômago roncou, e ela se viu tentada a encher a barriga esquecendo-se dos problemas...
Após tomar um delicioso banho e vestir uma camisa manga 3/4 e uma calça jeans escura, calçando botas, ela decidiu procurar pelos moradores da casa.
Diferente da primeira vez, Rin viu uma casa muito alegre, nada quer o pergaminho dizia fazia sentindo para uma sala arejada com modelo de sofás, TV de 70 polegadas embutida no painel, tapete negro bordado algumas flores brancas, a cozinha equipadas com os itens de primeira, o lado de fora que parecia tudo morto estava belíssima, com o chafariz derramando água, os pés de plantas vividos com suas folhas e flores e a grama bem amparada.
Rin levou a mão até o rosto, a vista embaçada por tamanha surpresa, assim que olhou para o portão ela viu o homem se aproximando dela, ele segurava uma sacola e exibia um lindo sorriso.
— Vejo que minha amada acordou bem, te trouxe um presente! — Takemaru aproxima, levando a mão a face dela que cora. Depois curva beijando o canto dos lábios.
Rin sentiu um aperto no coração, como se estivesse aceitando o errado.
— Há coisas que não compreendo. — Ela fala, sendo sincera.
Takemaru sabia que Sesshoumaru tinha passado um pouco de seu sangue para ela, teria que manter longe dele, até seu plano final.
— Sei que precisa escrever um livro sobre a vida do meu tataravô Sounga. Por isso tive a intromissão em mandar trazer suas coisas para cá e ainda te contarei tudo que precisa saber.
Rin exibiu um sorriso lindo, empolgada, envolveu seus braços ao dele.
— Não sei como te agradecer!
— Em nosso quarto poderá me recompensar.
Rin corou com o comentário do homem, seu corpo se arrepiou, ela não era uma moça rogada, já namorou antes e compreendeu muito bem.
— Sobre isso, temos que conversar, tenho certeza que não sou reencarnação da sua amada. — Rin encarou para Takemaru que tensiona os músculos, mas depois exibiu um belo sorriso.
— Sei que estará confusa, mas assim que ver o álbum e te contar o que precisa, essa perturbação não vai existir.
Rin engoliu a seco, encarou para o jardineiro que regava as plantas.
— Será que tem telefone? Estou sem avisar a minha amiga. — Rin se lembrou que já tem uma semana e não deu informações a seus amigos.
Takemaru colheu uma flor no caminho, levou aos lábios beijou antes de colocar na sua orelha.
— Não se preocupe, já contatei a sua amiga. Ela deve chegar hoje ainda.
O coração de Rin bateu rápido de emoção, exibiu um sorriso para Takemaru e sem medir a ação, acabou abraçando, repousando a cabeça no ombro dele, que sorriu aliviado por saber que poderia usar a amiga dela para chantagear a ficar do seu lado.
Durante o desjejum, Takemaru explicou a Rin como era a vida de seu Tataravô, mas não deixando de alterar todas as informações que o pergaminho dizia e ao chegar ao final Rin adormeceu. Takemaru soltou uma expressão insatisfatória e se levantou para ir até a cozinha falar com Tsubaki.
Enquanto Takemaru conseguia manter Rin sobre seus domínios, na entrada do condado, justamente na padaria de Onigumo, Sesshoumaru encontrava vestido elegantemente com ternos pretos e sobre seus ombros um pesado manto branco. Ele estava no ponto, esperando a condução, encarava para frente. Com sua audição, sabia que o ônibus não demoraria a chegar. Como investigou e ficou sabendo tem mais uma humana a chegar. Entretanto, dessa vez não mandará o imprestável do irmão, ele fez questão de ir esperar a jovem.
Antes de seus pensamentos concluírem, o ônibus parou em sua frente, a porta abriu e na escada estava uma bela morena. Ela estava com os cabelos soltos totalmente liso até às costas, usava uma blusinha de alça vermelha justa e uma mini saia que cobria metade das coxas, para finalizar calçava havaianas e segurava uma mala de porte médio.
Ele ergueu a sobrancelha já estranhado que tinha visto esse rosto em algum lugar, porém mudou sua expressão assim que sentiu a energia de Takemaru se aproximando, decidiu falar.
— Higurashi Kagome!
Kagome, que ainda encarava a belíssima figura, piscou três vezes até apontar para ela e tentar saber se ele falou mesmo com ela.
— Falou comigo?
Sesshoumaru revirou o olhar já concluindo a sua lembrança.
— Vim buscá-la!
Kagome abriu um enorme sorriso, não sabia que naquele condado existiam homens tão lindos, corrigindo, youkais tão belo e exóticos. Empolgada, pulou da escada do ônibus e se jogou em cima de Sesshoumaru, que ficou tentado a desviar só para ela dar de cara no poste, mas não podia deixá-la ferida.
— Rin não contou-me que mandaria um gato tão lindo, misericórdia, vou ter um orgasmo só de olhar para esse belo rosto. — Ela inalou o cheiro dele e soltou um suspiro de puro êxtase.
— Pare de intimidade e vamos logo! — Sesshoumaru desvia dela e pega a mala.
Kagome escancara a boca ao ver estacionar um carro preto, a porta carona abriu revelando os bancos de couro.
— Entre! — Ele ordenou.
Kagome senta dentro do carro e se derrete quando vê a enorme figura repousar a seu lado.
— Vou puxar as orelhas de Rin, o senhor é de parar o trânsito. Acaso é o namorado dela?
Sesshoumaru puxou o fôlego, que morena intrometida, pensou. Olhou pelo retrovisor, um carro passou por ele, sabia ser um capanga do maldito.
— Poderia calar a boca? Aqui não é uma cidade grande.
Kagome se encolheu e soltou um lamento.
— Grosso!
Sesshoumaru deu de ombro, preferia que ela pensasse assim.
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