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História Orgulho e Preconceito - Run, Sakura, run!


Escrita por: Xokiihs

Notas do Autor


Voltei!
Boa leitura! ;)

Capítulo 10 - Run, Sakura, run!


Fanfic / Fanfiction Orgulho e Preconceito - Run, Sakura, run!

A primeira aula da professora Kurenai é uma das aulas a qual nunca irei esquecer; não porque a aula tinha sido maravilhosa, encantadora, e eu me sentia cheia de conhecimento sobre os mais diversos movimentos literários que já existiram no mundo. Nem porque, no meio da explicação da professora, um menino tinha dado um espirro tão alto que todos pararam para olhar se a cabeça dele não tinha explodido junto (não explodiu, caso estejam preocupadas). Jamais iria me esquecer da aula de Estudos Literários I pois, naquela aula, Mr. Darcy deu o primeiro passo no longo caminho que seria nossas vidas juntos. 

Através daquele pequeno bilhete, com poucas palavras e uma letra horrorosa – não, infelizmente Sasuke não dividia a grafia perfeita do verdadeiro Mr. Darcy -, o ser humano que adorava me perseguir tinha feito algo que poucos, com exceção, talvez, de Temari, Ino, minha mãe, a tia que cuidava da padaria lá na minha cidade, vovó Chiyo, e o meu vizinho pavoroso, Kimimaru, tinham conseguido; ele tinha me deixado com medo.

Entendam, pessoas, sou uma mulher corajosa. Se tem uma coisa que Sakura Ann Haruno tem são peitões – não literalmente, ok? Meus peitos ainda estão em fase de crescimento! -, e eu sou muito orgulhosa por ter sempre enfrentado várias adversidades na vida, como quando perdi Puppet, meu cachorrinho de estimação e passei dias procurando-o com todo afinco, apenas para descobrir que ele tinha ido para o céu dos cachorros (de acordo com o que mamãe me disse, né). Apesar de toda a tristeza de ter perdido um filho, eu continuei firme e forte, e dois meses depois já tinha o Puppet II. Enfim, o que quero dizer depois de toda essa enrolação é que não me assusto facilmente, muito pelo contrário. Vocês podem até me considerar uma versão mais nova da G.I. Jane, se quiserem.

Entretanto, Sasuke Uchiha tinha se tornado uma pessoa assustadora para mim. No início, eu achei até engraçadinho a forma como ele parecia saber todos os lugares onde eu estava, mas depois de um tempo – pontualmente falando, dois minutos após ele ter me mandado aquele bilhete – percebi que ele poderia ser perigoso. Depois de muito analisa-lo, tomei nota de algumas de suas características que poderiam categoriza-lo como um possível sociopata.

1 - Sua aparência emo.

É sabido que muitos dos sociopatas são ouvintes de My Chemical Romance ou Panic! At the disco. As músicas melancólicas e, frequentemente, regadas de morte, são a melhor pedida para pessoas que pensam em matar outras o tempo todo.

 

2 - A aura assassina.

Já tinha percebido antes, mas tudo tinha ficado mais evidente em seu encontro matinal com Naruto; a forma como ele tratava seu MELHOR AMIGO era horrível e doentia, o que só podia dizer que ele tinha planos para o raio-de-sol, que incluíam uma banheira, ácido e água sanitária.

 

3- Suas mudanças de humor;

Muitas vezes ele parecia estar de boas, e, um minuto depois, ele parecia um cão raivoso espumando pela boca, sem motivo algum.

4- A auto-confiança;

Ele se achava melhor do que todos, o rei do mundo, o dono do último pedaço de chocolate, da última coca-cola do deserto - inclusive foi por causa disso que ele perdeu para mim no Fifa.

5- Não gostar de perder.

Ele recusou a acreditar que tinha perdido para mim, um comportamento típico de um sociopata.

 

Somando tudo isso, estava claro como o sol para mim o que Sasuke queria comigo após a aula; ele iria me matar. E depois me enterraria em algum lugar no campus, onde só iriam me encontrar depois de sentirem o cheiro horrível de meu corpo apodrecendo sob a terra. E aí seria tarde demais; ele provavelmente já teria sumido de vista, indo para algum país desolado na América do Sul. E eu nunca seria vingada.

Com esse pensamento em mente, resolvi que aquele dia eu não morreria. Assim que deu o horário para o fim da aula, juntei todas as minhas coisas e, pedindo licença para Karui, tentei sair da sala. No entanto, algo me impediu, ou melhor, uma voz me impediu.

— Ei, Samara? – a ruiva parecidíssima com Rihanna, tinha decidido, justamente naquele dia, puxar assunto comigo. Me virei como um robô enferrujado, sorrindo.

— É Sakura. – corrigi, educadamente.

— Então, Sakura, você quer fazer os trabalhos dessa matéria comigo? – ela perguntou, sem titubear, como se fossemos grandes amigas e aquilo não fosse nem um pouco estranho.

Não que eu ligasse, não é? Afinal, aquela menina estava no topo de minha lista para melhores amigos – era a única, na verdade, já que todos os outros tinham sido excluídos por vários motivos. Então, esquecendo o porquê de estar saindo como uma fugitiva da sala, sorri ainda mais para Karui.

— Mas é claro-

— Que não. Ela faz trabalhos comigo. Em todas as matérias. – uma voz de trovão (que breguice!) soou atrás de Karui, me fazendo lembrar o motivo de querer sair correndo dali.

Mr. Darcy, já com o material recolhido, saia de seu assento como um verdadeiro príncipe; a cabeça erguida lá no alto, um sorriso sardônico naquele rosto branquelo de vampiro, um swag impossível de não perceber, e, o pior, a aura negra, que me fazia lembrar de um dementador, pronto para sugar todas as alegrias de minha vida.

— E você é? – Karui rebateu, encarando o projeto de Mr. Fitzwilliam Darcy, que agora estava ao meu lado.

— Sasuke. – ele respondeu, dando um suspiro longo e me olhando. — Vamos?

Engoli em seco, sentindo minhas mãos suarem e meu coração palpitar. Era aquela a hora de sair correndo, pensei. Respirando fundo, e tentando manter a calma, sorri.

— Tchau, Karui. – disse, antes de sair correndo como uma desvairada que acabara de sair do hospício.

Sim, pessoas, eu não sou muito sã, não. Acho que já deu para perceber, não é? Pois então, eu saí correndo, deixando Sasuke e Karui para trás, provavelmente me achando uma maluca de carteirinha. No momento, contudo, eu não me importei. Só queria fugir do Mr. Darcy e de sua serra elétrica.

Saí esbarrando em todo mundo, ouvindo uns resmungos, ofensas em direção a minha pessoa, e até mesmo alguns empurrões – as pessoas eram muito mal-educadas, minha nossa! -, até que, finalmente, cheguei ao portão do prédio. Meu coração sedentário retumbava no meu peito, e minhas pernas queimavam, o que me obrigou a sentar por um segundo, culpando toda pizza e fast food que eu comia.

Fiquei por um bom tempo sentada, recobrando a respiração e a vontade de fugir, o que fez o inevitável acontecer. Mr. Darcy me alcançou.

— Você é mesmo alucinada. – ele falou, me olhando como se eu fosse a coisa mais tediosa da face da terra.

— Droga! – resmunguei, olhando para os lados e agradecendo por ter muitas pessoas por perto. — O que você quer, hein? Se for me matar, já aviso que eu sei jiu-jitsu! Te dou um golpe que vai te fazer cair duro no chão.

— Que?

— É isso aí! E eu já avisei a Temari que vou sair com você, então, se fizer algo, será o primeiro suspeito!

Ele suspirou pesadamente, passando a mão no rosto.

— Do que você está falando, garota? – fiquei admirada com sua habilidade em fingir incompreensão. Sorri e cruzei os braços.

— Eu sei que você está planejando isso já faz tempo.

— O que? – ele franziu o cenho, parecendo não entender nada. Bufei, ficando com raiva da falsidade dele.

— Você quer me matar! É obvio! Mas eu não sou fácil assim, fique sabendo que- ia eu falando, quando o maldito começou a rir, assim, do nada.

Riu e riu muito, como se eu tivesse contado a piada mais engraçada do mundo. E eu fiquei, obviamente, com cara de taxo. De novo. Passou um minuto, e o desgramado continuava a rir, chegando até a lacrimejar!

— Você é um idiota! – gritei, extravasando toda a minha raiva. Me levantei e já ia sair, mas ele puxou meu braço e não deixou.

— Espera. – ele pediu, limpando as lágrimas do canto dos olhos. Bufei, puxando meu braço do agarre dele.

— O que que foi, hein? Veio aqui para ficar rindo da minha cara, é?

— Não, sua irritante. – ele balançou a cabeça, dando um sorrisinho de lado, que o deixava bem mais bonito do que sua usual carranca. — Eu ‘to te devendo um emprego, lembra?

E então tudo fez sentido para mim e eu me senti uma grande imbecil. Fim.

[...]

Mr. Darcy, ér, Sasuke, e eu saímos do campus e fomos em direção a cidade. O caminho não era muito longo, mas, com ele ao meu lado, parecia que estava andando quilômetros. Foi estranho, tenho que admitir. Imagine você, em uma sala fechada, cercada de pessoas com as quais você não se dá bem. Então, era por isso que estava passando. E Mr. Darcy não ajudava, já que ele era, naturalmente, intimidante.

— Então, você vem de onde? – depois de um tempo andando em completo silêncio, meu lado social me fez puxar assunto. Sasuke me olhou de esguelha, fungando.

— De Derbyshire. – revirei os olhos, vendo ele dar um sorriso de lado.

— Muito engraçadinho.

— De Brighton.

— Você vem de Brighton e tem essa cara pálida? – cutuquei, sem vergonha alguma de insultá-lo. Afinal, ele já tinha me chamado de doida várias vezes, e eu nunca rebati (só mentalmente, claro).

— Muito engraçadinha. – Ele fingiu que estava rindo, e foi tão estranho que eu tive que morder o lábio para não rir da imitação ruim dele. Ele voltou a ficar sério antes de perguntar. — E você?

— Stamford. – respondi meio surpresa, já que jamais esperava que ele tivesse interesse em saber algo sobre mim – além de coisas para me zoar em algum momento.

— Hm. – ele murmurou, deixando o resto da conversa para mim.

— Por que veio para Leicester?

— Porque eu passei aqui. E você?

— Também. Era sua primeira opção?

Ele suspirou, passando uma mão no rosto, parecendo cansado. Senti que o assunto talvez não fosse muito agradável para ele, o que me fez sentir uma pontada de satisfação – sou da paz, em certos momentos, claro.

— Era a sua?

— Somente idiotas respondem uma pergunta com outra pergunta. – ele revirou os olhos.

— Chegamos.

Era mentira, ainda faltava atravessar a rua para chegar a livraria, mas, como ele não parecia afim de continuar a conversar, e, na verdade, nem eu, resolvi fechar a matraca e apenas segui-lo em direção ao local onde eu trabalharia pelos próximos anos de minha vidinha. Observei a fachada da livraria, sentindo um frio na barriga, me imaginando em uma das seções, lendo quando deveria estar trabalhando. Ai, ai, como seria ótimo.

Entramos na livraria, eu feliz e saltitante, e Sasuke meio endiabrado. Ele cumprimentou o caixa, um menino magricela e com espinhas no rosto, e foi em direção ao lance de escadas da livraria; eu, sem saber o que fazer, fui atrás.

— Olha, deixa que eu falo, ok? Você só precisa assentir e concordar com o que eu disser.

Sim, o idiota me disse isso, e sequer me deu a chance de rebater antes de bater à porta de uma sala e esperar. Nós dois entramos, e só depois de entrar que percebi que aquela devia ser a sala do gerente.

— Sasuke, chegou mais cedo do que de costume. – quem falou foi uma mulher loira de meia idade, bem bonita, diga-se de passagem. Ela usava óculos de grau meia-lua, roupas de executiva, batom e unhas pintadas de vermelho.  

— Sim, Stra. Senju. Gostaria de conversar com você sobre um assunto importante. – ela olhou com estranheza para Sasuke, mas assentiu, indicando a poltrona em frente a sua mesa para Sasuke sentar; só assim que ela percebeu minha presença.

— E quem é essa?

— Está é a Sak-

— Sou Sakura. – interrompi, não precisando de um macho qualquer falando por mim. Estendi minha mão para a mulher, e ela, me analisando de cima a baixo, a apertou.

— Olá, Sakura. Sou Tsunade Senju. Em que posso ajuda-la?

— Então, o Sasuke e eu fizemos uma apos- comecei, pronta para conar minha história de vida até o momento. No entanto, o dito cujo resolveu me interromper bem no meio.

— Ela precisa de um emprego. Tem alguma vaga?

Encarei-o incrédula, por ter sido tão ao ponto daquele jeito.

— Tem experiência em comércio? – Tsunade, então, perguntou. Os olhos dela, cor de mel, pareciam olhar para minha alma.

Engoli em seco, balançando a cabeça. — Não. O único trabalho que tive até hoje foi de babá.

— Bem, pelo menos você é honesta. – vi Sasuke balançando a cabeça ao meu lado, e comecei a ficar nervosa, achando que tinha feito algo errado. — Por que quer trabalhar em uma livraria?

Sorri, sentindo que naquela resposta eu arrasaria.

— Eu amo literatura. E estou fazendo faculdade de Literatura Inglesa, então...acho que faz sentido trabalhar aqui.

— Na verdade, faria sentido você escrever, não vender os livros de outras pessoas. Mas eu entendo. Façamos o seguinte, você deixa um currículo e eu vou pensar. Pode ser? – ela foi tão direta que eu quase cai da cadeira. Contudo, me recompus e assenti.

— Claro.

— Então está bem. Mande pelo meu e-mail.

E assim, meus queridos, Sasuke conseguiu meu primeiro emprego. No mesmo dia, mandei meu currículo e Tsunade me contratou, no fim das contas, mas o foco da história não é esse. Na verdade, foi a partir daí que meu relacionamento com Sasuke começou a “florescer”. Mas essas são páginas para o próximo capitulo. 


Notas Finais


Demorei, mas cheguei!
Não vou dar desculpas, não tava com tempo para escrever mesmo.
E, sendo sincera, não sei quando postarei novamente. Mas vou continuar.
Obrigada a tds pelos comentários e favoritos! Leio todos, apesar de não responder, hehe. Um dia eu respondo, podexá!
Bjs


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