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História Orgulho e Preconceito - Jobless


Escrita por: Xokiihs

Notas do Autor


Olá, belezinhas!
Aqui estou eu com mais um capítulo (aproveitando o feriado, né).
Espero que gostem!
Obrigada a tds pelos comentários e favoritos! <3
Boa leitura :3

Capítulo 7 - Jobless


Fanfic / Fanfiction Orgulho e Preconceito - Jobless

Minha vida era uma bosta! Um grande coco, marrom, fedido e com um grão de milho, que era eu, enfiado no meio. Era isso que eu pensava enquanto saia da lanchonete perto do campus, onde eu tinha ido pedir emprego, como vocês devem se lembrar. Acontece que, quando a bonita aqui chegou lá, pediu para deixar um currículo, e o gerente simplesmente disse: “sinto muito, as vagas já foram preenchidas. Você deveria ter vindo antes. Beijos, tchau.”

Ok, ele não mandou beijos, e, mesmo que tivesse mandado, não teria diminuído a dor do soco no estômago que eu levei naquele momento. De repente, me toquei de que deveria ter entregue os currículos mais cedo, como, aparentemente, todos os estudantes tinham feito. Sai me arrastando da lanchonete, désolé, pensando nas demais opções, ou seja, o bar. Fui até lá, com um pingo de esperança, que logo foi ao chão pois ainda estava fechado. Óbvio, ainda eram quatro horas da tarde, que bar estaria aberto a essa hora? Quis gritar, espernear e chamar por minha mãe (teria feito isso se não tivessem pessoas próximas com celulares na mão), mas me contive.

Enfim né, depois de ter tentado arrumar um emprego, voltei para casa pior do que antes; sem emprego, sem esperanças, sem livro novo, mas com um ódio enorme no coração. Tudo era culpa do Mr. Darcy! Se ele não tivesse sido mais esperto que eu, não teria arrumado o meu emprego dos sonhos! Ele era, oficialmente, meu nêmesis.

— Maldito! – gritei, dando um soco em meu elefante de pelúcia. O bichinho me olhou com aqueles olhos negros e grandes, e eu senti pena por tê-lo socado. — Desculpa, neném.

Me joguei na cama, olhando para o teto branco de meu quarto e abraçando o Joey, meu elefantinho. Ele era meu amigo desde quando eu tinha quinze anos, na época em que eu não tinha amigos na escola e sofria bullying. Minha avozinha me deu ele, e desde então ele me acompanha em minhas aventuras.

Em meu momento de reflexão momentâneo, comecei a pensar em soluções para meu problema. Eu tinha que arrumar um emprego de qualquer jeito; caso contrário, moraria na rua e passaria fome. E o pior de tudo, mamãe ia pedir para que eu voltasse, e isso eu não fazia nem se a própria Beyoncé viesse me pedir, depois de cantar “Flawless” em minha homenagem. Nem fer-ran-do!

Peguei meu caderninho parceiro e comecei a anotar as opções que eu tinha àquela altura do campeonato.

Prostituição.

Vantagens: dinheiro fácil e rápido.

Desvantagens: virgindade. (Sim, ainda era virgem, e daí? Aposto que você também é, caso contrário não estaria aqui lendo minha autobiografia)

 

Tráfico.

Vantagens: já tinha fornecedor. Shikamaru tinha uma plantinha escondida no apartamento dele, que eu sabia.

Desvantagens: prisão. A maconha não era legalizada, ainda.

 

Vender meus órgãos.

Vantagens: ainda tinha dois rins.

Desvantagens: só tinha dois rins (acho que é a única coisa que eu posso descartar, né).

 

Vender Ino.

Vantagens: finalmente seria apenas eu e Temari.

Desvantagens: ela era muito forte.

 

Procurar meu pai e obriga-lo a pagar minhas despesas.

Vantagens: dinheiro.

Desvantagens: obrigada a conviver com o doador de espermas bundão.

 

Essas eram minhas opções (bem precárias, como podem perceber). Eu estava desesperada, arrancando os pentelhos de ansiedade, quando decidi fazer o que toda pessoa desesperada faz. Ver documentários. Eles são estranhamente calmantes, principalmente os de animais irracionais – vamos excluir os golfinhos, porque eles são muito inteligentes e vão dominar o mundo.

Saí me arrastando do quarto, sentindo que pesava mais do que meus meros 55kg, e me joguei no sofá, ligando na minha melhor amiga de todos os tempos, netflix. Cacei um documentário bem alto astral; resolvi assistir sobre dinossauros.

Durante todo o tempo em que eu estava vendo sobre os diferentes tipos de animais pré-históricos, e descobrindo que nem todos são dinossauros, não pensei em nenhuma solução para meu problema. Ou seja, problema: 1 x Sakura: 0. Meu estômago roncou e eu resolvi comer os cereais de Ino (eu sabia que estava cutucando onça com vara curta, mas naquele momento, se Ino me matasse, estaria fazendo um favor).

Enquanto euzinha mastigava os flocos de chocolate e lia as informações nutricionais, Temari acordou de seu sono da tarde (a bicha tinha dormido o dia todo, vaca). Como sempre, estava com aquela cara de limão azedo, então eu nem falei nada com ela. Continuei lendo que os cereais te davam mais energia e continham uma porção de coisas boas para o corpo humano.

— Sakura. – quase derramei todo o cereal no chão ao ouvir a voz de morte de Temari. Lentamente, me virei para encara-la.

— Hm?

— Shikamaru mandou mensagem dizendo que vai fazer uma inauguração de primeiro dia de aula no dormitório dele.

— O que seria isso?

Ela deu de ombros. — Sei lá. Se vem do Shikamaru, só pode ser coisa ruim. Vamos?

— Vamos.

Eu precisava de uma distração, então por que não? Terminei de comer o cereal e fui me arrumar, enquanto Temari tomava banho. O tempo tinha esfriado e estava com cara de chuva, totalmente diferente da manhã, em que só faltava a Branca de Neve cantando para os pássaros, de tão bonito que o dia estava. Coloquei meu moletom e uma legging, amarrei o cabelo e pronto. Novamente me joguei no sofá e esperei por Temari, que demorou um milênio para ficar pronta. Eu já estava quase dormindo quando ela voltou, toda produzida, cheirosa e linda, enquanto eu estava o oposto – tirando cheirosa, porque eu não sou fedorenta!

— Nossa, é festa chique? – resolvi perguntar, vendo-a passando um batom vermelho. Se fosse, teria que desistir de ir, pois estava com zero vontade de me arrumar.

— Não, ué. É só um get together mesmo, com o pessoal do almoço.

— Então por que você está vestida assim?

— Assim como?

— Como se estivesse indo para uma festa chique.

Ela arqueou a sobrancelha, me encarando. — Sakura, eu estou casual. Você que parece ter sido atropelada por um caminhão. Querida, o que houve com você? Que cara de Maria do Bairro é essa?

Eu quis esganá-la por sua sinceridade, mas, como vocês já sabem, eu não posso com Temari. Então apenas bufei e cruzei os braços.

— Não consegui o emprego.

— Uai, você estava procurando um?

— Não, é o emprego imaginário que eu não consegui. – revirei os olhos, impaciente. Ela também revirou os dela, mas, diferente do mim, o dela foi debochado.

— Você deveria ter tentando antes. Agora, quase todos estão ocupados.

— Eu sei. – resmunguei, puxando a manga de meu moletom para baixo; estava frio. — Mas eu não achei que todo mundo fosse querer emprego. Essa crise ‘tá foda, viu.

— Que crise?

— A crise da minha vida, minha filha. Quando é que vou pular pra fase de ser rica e ter mil apliques de cabelo?

— Provavelmente nunca, né. – dei puxão no cabelo dela, e sai de perto, para não ter revanche.

Ela finalmente terminou de se arrumar e nós fomos saindo do apartamento.

— Me arruma esse batom aí. – pedi, depois de ver meu reflexo na porta de vidro do prédio; eu estava parecendo a noiva cadáver, só que sem o vestidinho babado dela. Temari sorriu e tirou o batom da pequena bolsa de colo, junto a um espelho.

— Tenta procurar mais para o centro da cidade, talvez lá você encontre.

—  Sim. – terminei e devolvi para ela. — É o jeito.

Começou uma garoa fina assim que saímos, e eu agradeci por ter vindo com uma roupa quente. Temari ficou reclamando o caminho todo da chuva estar “acabando com seu cabelo”, mesmo que ela tivesse cabelo cacheado e ele estivesse em perfeitas condições. Bem diferente do meu, que já não estava lá grandes coisas no rabo de cavalo alto que tinha feito, para disfarçar a oleosidade. Por fim, chegamos ao dormitório D, graças a meus ouvidos que não aguentavam mais ouvir Temari enchendo o saco com seus problemas de primeiro mundo.

O apartamento de Shikamaru estava com a porta fechada, mas, mesmo assim, era possível ouvir o burburinho que vinha lá de dentro. Temari entrou sem bater, como se fosse a própria Cleópatra, e eu apenas segui. A primeira coisa que percebi quando entrei foi o cheiro de maconha, que, por acaso, tomava conta de todo lugar. Depois, a quantidade de homem ali era imensa; cadê o poder feminino? Cadê a mulherada? Só tinha eu e Temari para representar.

— Gata, finalmente você chegou. – Shikamaru chegou falando manso, com cara de quem já tinha fumado a plantação inteira de maconha do Snoop Dogg. Ele deu um chega pra cá na Temari, tacando um beijo nela que teria tirado o seu batom, se não fosse matte.

Pigarreei, mas eles não se desgrudaram, pareciam até estar lutando por território com suas línguas. Incomodada por, novamente, ser a vela da vez, resolvi me misturar. Reconheci alguns rostos no meio daquele antro de testosterona, como Lee, Chouji e o raio-de-sol, Naruto. Lee, assim que me viu, acenou, com aquele sorriso cheio de dentes dele. Ele tinha uma garrafa de cerveja aberta na mão, e eu logo fui em sua direção, para ver se descolava uma daquelas.

— Sakura! Fico feliz por ter vindo! – ele, sempre animado, me deu um abraço desnecessário, mas eu correspondi, toda dura e desconfortável.

— Ér, oi, Lee. Tudo beleza?

— Sim, sim. Melhor agora. – eu ri, sem graça, pedindo as deusas supremas para que ele não me cantasse. Não naquele dia, não naquele momento. Eu não estava no clima.

— Então, onde que eu arrumo uma dessas? – apontei para a cerveja, desviando o assunto. Ele sorriu, pegando em minha mão e me levando para algum canto da casa.

— Estão na cozinha. – quando chegamos ao cômodo chamado cozinha, que mais parecia um bar daqueles de quinta categoria, Lee pegou uma cerveja fechada para mim.

— Obrigada. – sorri, dando um bom gole na bebida depois de abri-la (claro). Eu não era muito chegada em cervejas não, mas naquele momento até gasolina eu bebia.

Nós ficamos em silêncio, e eu passei a observar as pessoas presentes naquele projeto de festa. Como tinha dito antes, parecia mais um clube masculino, mas, depois de olhar bem, percebi que tinha mais uma menina ali, perdida em uma rodinha de garotos; ela conversava com eles e morria de rir de alguma coisa que, aparentemente, Naruto dizia. Ela era morena, tinha cabelos longos e escuros, e era bem bonita.

— Quem é aquela? – perguntei a Lee, curiosa com a outra mulher além de mim e Temari.

— Ah, aquela é a Mirys. Ela é estudante de intercâmbio, é brasileira, acho. Faz algum curso de biológicas e é da sala de Shino, aquele menino de óculos ali.

— Ah, sim. Ela parece bem entretida com o raio de sol.

— Quem?

— Naruto. – eu ri, bebendo outro gole da cerveja. Ele também riu, assentindo.

— Os dois estão conversando já tem um tempo. Acho que vai rolar alguma coisa.

— Hm...- murmurei, passando a observar a interação dos dois. Realmente estava rolando um clima ali, bem óbvio.

— Então, Sakura – voltei para Lee, esperando o que ele queria dizer. — Como foi seu primeiro dia?

— Foi legal. – sorri, sentindo o ânimo de início de aulas novamente. — Nosso professor de hoje parecia bem gente boa, e a aula foi bem divertida. Até recebemos os materiais.

— Isso é ótimo! É sempre bom começar a faculdade com o fogo da juventude dentro de si, como diria meu professor de jiu jitsu.

Eu ri, percebendo o quão esquisito o Lee era; naquele dia, ele usava uma roupa verde com laranja, totalmente nada a ver, mas que, estranhamente, combinava com ele. Além disso, ele tinha um sorriso tão brilhante que era contagioso, e logo eu estava rindo das piadas que ele contava.

— E aí eu saí rolando escada a baixo, acredita? Que vergonha! A sorte é que eu consegui proteger minha cabeça, se não algo terrível poderia ter acontecido.

— Minha deusa! Você é louco! – ele estava contando uma história de quando ele estava na casa de uma garota com quem ele saia e os pais dela chegaram bem no meio do amasso deles, e ele teve que sair às pressas de lá, caindo da escada.

— Louco era o senhor pai dela. Ele estava espumando de raiva, tanta que nunca mais pude aparecer lá na casa dela.

Nós dois rimos, e, por um momento, esqueci do fracasso que tinha sido minha tarde; descobri que Lee era uma pessoa bem divertida e legal. Gostei dele.

Depois da terceira cerveja, minha cabeça já estava mais leve e eu estava rindo mais. Na quinta, resolvi fazer parte de um campeonato de vídeo game.

— Você é um noob, Naruto! – gritei, depois de ter ganhado mais uma partida de Fifa dele. O loiro estava emburrado, e não acreditava que tinha perdido no jogo que mais gostava.

— Não é possível. Você está roubando.

— Querido, aceita que dói menos. – eu joguei os cabelos (de alguma forma, eles estavam soltos), fazendo as pessoas que nos cercavam rirem.

— Chora não, bebê! – Temari gritou de um canto da casa, tirando um segundo da beijação entre ela e Shikamaru para fazer alguns comentários.

— Agora vai ter que puxar! – Lee riu, passando a narguilé para Naruto (aquele treco já tinha passado por várias bocas), que pegou sem relutar.

O próximo a jogar comigo era Chouji, mas eu não estava nem um pouco com medo. Eu tinha fé nas minhas habilidades com o aquele jogo. Acontece que eu sempre joguei vídeo game, tipo sempre mesmo, desde criança. E, apesar de não gostar muito de assistir futebol, eu gostava de jogar. Teve uma época em que eu só jogava Fifa online, chegando até mesmo a participar de campeonatos. Eu sei, surpresas? Pois é, eu era uma excelente jogadora de Fifa. Ninguém me barrava.

Chouji perdeu de quatro a um, e eu só ria, comendo alguns gummy bear embebidos em vodca que alguém tinha trazido.

— Sakura, novamente, acaba com mais um competidor! – Lee anuncia, como se fosse um narrador de jogo, e as pessoas afetadas da festa, inclusive eu, batiam palmas.

— Algum outro mortal deseja competir contra mim? – perguntei, com o queixo erguido lá no alto, desafiando qualquer um daquela festa a tentar jogar contra a deusa da Fifa.

— Eu.

Como em um filme, todo mundo olhou para a porta, onde ninguém mais, ninguém menos que a figura estoica de Sasuke estava parada. Chegava a ser ridículo como todo mundo ficou em silêncio de repente, tentando entender de onde aquele ser humano tinha surgido – já falei, ele simplesmente brota do chão. Mr. Darcy, no entanto, parecia não ligar para nada, como sempre. Quer dizer, nada não; ele ligava e muito para mim, já que gastava tanto tempo me enchendo a paciência. Sorte dele que, naquele momento, eu estava totalmente embriagada.

— Há! – eu ri, me levantando aos tropeços. — Devia ter adivinhado que você, tinhoso, apareceria! Estava demorando muito.

— Eu estava trabalhando. – ele teve a ousadia de responder; cheguei a sentir os pelos do meu braço eriçando, minhas unhas roídas prontas para atacar aquele rostinho bonito e endiabrado.

— Não me interessa o que você estava fazendo. Alguém perguntou? – olhei para todo mundo, mas antes que alguém respondesse, gritei. — Não! Ninguém perguntou nada!

Ele apenas revirou os olhos, entrando de vez dentro do apartamento.

— O que foi, Jujuba? Por que está tão na defensiva? Por acaso está com medo?

Um coro de “uhhhh” e “ouuuuch” foi ouvido, e eu fulminei aqueles traidores, que há alguns minutos estavam me venerando, com o olhar. Cruzei os braços, na melhor posição de desafio que poderia fazer e encarei o Mr. Darcy.

— Eu só tenho medo de barata, meu querido. E você sequer pode ser comparado a uma.

— Ihhhh. – alguém falou, me fazendo sorrir. O jogo tinha virado.

— Com certeza não posso mesmo; baratas não trabalham.

— Na verdade, baratas também vivem em sociedade, portanto...- a peguete de Naruto, Mirys, resolveu falar, mas eu mal ouvi.

Meu coração estava pulando de tanta raiva que eu estava sentindo. Tudo o que eu queria era que aquele ser se transformasse em uma barata mesmo, para que eu pudesse pedir alguém para esmaga-lo (eu realmente tinha medo de baratas). Cerrei os punhos.

— Você está morto! – vociferei, com a voz mais temerosa que poderia sair de mim.

— Infelizmente, não se pode morrer no Fifa. Não sabe sequer o básico?

Ele se aproximou de mim, e, quando estava a minha frente, deu aquele sorriso de canto maldito; minhas mãos até tremeram, de tanta vontade que eu estava de arrancar os lábios dele, que eram bem desenhados, com uma pinça.

— Será este o desafio pelo qual estávamos esperando? – gritou Lee, atiçando a plateia totalmente brisada.

Todo mundo gritou de animação, enquanto eu e Sasuke nos encarávamos; eu estava com muita raiva dele, muita mesmo, como eu nunca tinha sentido de alguém antes. E eu iria focar toda essa raiva naquele jogo, e eu venceria mais bonito que a Alemanha na copa do mundo, contra o Brasil. Eu faria ele chorar e me pedir perdão por ter sido tão imbecil todo esse tempo.

— Vamos logo. – falei entre dentes, me sentando novamente e pegando o controle.

Ele fez o mesmo, sentando muito perto para o meu gosto; dava até para sentir seu perfume – delicioso, ér – horrível de crápula!

— Que os jogos comecem! – novamente, o sobrancelhudo anunciou, levando a plateia a loucura.

Eu preparei todas as minhas estratégias de jogo; quem escolher, qual a posição, os atributos e todo o resto. Sasuke fez o mesmo, escolhendo um time relativamente melhor, com jogadores bem selecionados. Nós dois apertamos start assim que acabamos, e então, a primeira partida de muitas outras, começou. Eu tinha descoberto naquele jogo que, diferente dos outros que jogaram comigo, Sasuke sabia o que estava fazendo. Ele tinha agilidade com os dedos, sabia os macetes que apenas frequentadores da deep web conheciam, e conseguiu marcar dois gols em mim. Contudo, o que ele certamente não esperava, era a bicicleta que eu sabia dar.

Primeiro round, Sakura: 3, Sasuke: 2.

— Ihh Sasuke, pra que que foi pagar de bonzão, hein? – o raio de sol deu um berro, fazendo todo mundo, inclusive eu, rir.

— Você gosta sempre de passar vergonha ou é só hoje? – eu perguntei, curtindo ainda mais a minha vitória ao ver a carranca de perdedor que ele fazia. Alguém não gostava de perder, hehe.

— Sasuke, quem perde tem que dar um tapa. São as regras. – Lee anunciou, passando a narguilé (que tinha ficado um bom tempo na mão de Naruto) para Mr. Darcy.

O cão dos infernos, no entanto, não pegou o que lhe era oferecido; ao invés disso, ele me encarou novamente.

— Eu te desafio para uma melhor de três.

Fiquei o olhando como se um chifre tivesse nascido no meio da testa dele, e, de repente, ele tivesse se tornado um unicórnio prateado com um rabo de arco-iris.

 — Querido, eu já ganhei. Não preciso aceitar desafio nenhum. – respondi, depois de acordar para vida e perceber que ele não era unicórnio fofinho coisa nenhuma.

— Está com medo, é? – ele provocou, mas não mudou nada em mim. Sou o tipo de pessoa que não liga para competitividade, se ganhei uma vez, acabou.

— De quem? Você? Acho que já provei que sou melhor, não? – sorri presunçosa, esperando ouvir um coro de “ihhh” novamente; mas as pessoas já tinham parado de ver nossa competição, até mesmo Lee, que agora conversava com Chouji.

— Você provou que sabe jogar, mas uma vitória não te qualifica como melhor. Mas, se ganhar duas vezes, aceito minha derrota.

Ele parecia disposto a encher a minha paciência pelo resto da noite, caso eu não aceitasse. Portanto, resolvi dar o gostinho de derrota a ele mais uma vez, mas, com uma condição.

— Façamos uma aposta, então. Se eu ganho, você pede demissão e me indica para o seu lugar.

— E o que eu ganho? – diferente do que eu esperava, ele não titubeou.

Pensei, tentando imaginar o que ele queria ganhar. Provavelmente que eu colocasse uma maçã na cabeça, para que ele pudesse brincar de tiro ao alvo.

— O que você quer?

— Você tem que sair comigo um dia.

Um, dois, três. Podem gritar comigo: É o que?

— Como assim? – eu estava confusa, sem acreditar que era realmente aquilo que ele queria. Senti minha boca abrir, assim como meus olhos arregalaram. Ele riu e, do nada, colocou um dedo abaixo do meu queixo, empurrando-o para cima.

— Você entendeu.

— Não, não entendi. O que você quer com isso? – entrei no modo defensivo, perdendo toda a diversão que estava sentindo antes. Um alarme apitava dentro de mim, sinalizando o obvio perigo que aquele cara demonstrava ser.

— Eu só quero sair com você. Só isso. Sem compromisso.

Fiquei encarando ele, sentindo o sangue subir por todo o meu rosto até chegar as minhas faces. De repente, estava vulnerável, e eu não gostava nem um pouco daquilo.

— Ok. – respondi, por fim. Ele sorriu, assentindo e pegando o controle. Eu fiz o mesmo, preparada para ganhar e esfregar na cara do Mr. Darcy que ele não era o rei do mundo; que ele não podia fazer o que quisesse.

Segundo round, lá vamos nós.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Eu fiz dois aesthetic da fic, aquelas edições todas fofoletes, sabe?
Então, sempre quis fazer uma, mas achava que era dificil demais. Acabou que eu cnsegui, então espero que curtam! hahaha
Sakura: http://data.whicdn.com/images/264294325/large.jpg
Sasuke: http://data.whicdn.com/images/264294415/large.jpg


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