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História Os Antagonistas (Imagine trisal Jikook) - Egoísta


Escrita por: Call_me_Amanda

Notas do Autor


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🎵Música do capítulo: like u

Capítulo 15 - Egoísta


Fanfic / Fanfiction Os Antagonistas (Imagine trisal Jikook) - Egoísta

Chapter XV - Selfish

Park pov

11:30, quinta-feira, sobrevoando Seul

 

    Tem vezes que acho que estou mantendo duas crianças na coleira. Durante o voo, somente o que ouvi foram reclamações. Suas caras fechadas me causavam náuseas e seus corpos tesão. Por vezes me sinto um idiota. Minah e Jungkook são impossíveis, mesmo assim reúno toda a paz de espírito para lidar com eles. Acho que essa necessidade de estarem sexualmente ligados a todo momento tem algo a ver com a parte animal em seus DNAs. Admito também ter esse lado aflorado. Ao menos sei me conter quando é preciso.

    Assistir os dois sentados na minha frente de mal comigo por duas horas de voo não foi fácil. Arrumei suas malas, separei as melhores roupas que minha equipe de alfaiataria tem a oferecer e seus beiços parecem terem sido alvos de abelhas raivosas. Estamos prestes a pousar e seguir para o meu apartamento no vigésimo andar, com várias mordomias aguardando por nossa chegada, e eles nem sequer olham na minha cara. Poxa, faço de tudo para que tenham a melhor vida que posso proporcionar e ainda não é o suficiente. Gratidão faz muita falta hoje em dia.

    Com a droga do traseiro doendo pra cacete — e a consciência enchendo a porra do saco — troquei de assento e me acomodei no meio dos dois. Eles se afastaram, fugindo de mim, o que me magoou um bocado. Perdendo um pouco do controle, bati e agarrei suas coxas para que falassem comigo por bem ou por mal. Ram suspirou forte com o susto e Jeon rosnou antes de finalmente me olhar.

    — Só tem assunto com quem tem pegada firme, Jeon? Deixarei isso bem gravado na minha mente — brinquei para descontrair, o que foi uma péssima ideia.

    Jeon pegou em minha mão e a arrancou estupidamente. Aquilo me deixou nervoso, mas mantive a calma até certo ponto.

    — O que há com vocês dois? Estão chateados porque interrompi sua transa ao ar livre?

    — Não estamos bravos por conta disso — revelou Jeon, sorrateiramente se distanciando. — Sermos arrastados para uma aeronave uma semana antes das provas de fim de ano indo para um destino desconhecido não é bem o que planejávamos.

    — Se bem me recordo, informei a vocês que visitaríamos meu pai.

    Jeon bufou parecendo puto. Só posso ser mesmo lesado por não entender o que essa afronta quer dizer.

    — A questão não é essa, Jimin. — Minah segurou minha mão e a usou para fazer carinho em si mesma. — Temos planos e compromissos fora acompanhar você. Sabe que fazemos qualquer coisa que pedir, mas essa viagem surpresa vai nos custar caro.

    Prendi sua palma macia entre as minhas e virei pra ela.

    — Se estão aflitos por conta das provas, posso fazer com que a faculdade as adie para daqui a duas ou até mesmo três semanas, o tempo que for necessário para estudarem e garantirem boas notas.

    A mão dela escapou dentre as minhas e Jeon bufava tanto que me dera vontade de montar naquele toro.

    — Você não me entendeu. Hoje estava a fim de tomar um café com Jisoo, mais tarde iria treinar alguns esboços e reinterpretações de marcas famosas. A noite Hoseok me pediu que o ajudasse a bolar uma surpresa para a namorada e assim que estivesse liberada, deitaria na minha cama e assistiria a nova temporada de The Witcher que estreou a pouco tempo na Netflix.

    — Vá direto ao ponto, Minah.

    Vi suas sobrancelhas grossas ficarem tristes com minha cortada. Não era minha intenção, apenas gosto quando se é objetivo. 

    — Os nossos planos se afundaram porque os seus, aparentemente, se sobrepõem às nossas humildes e soturnas vidinhas — Jeon redarguiu e me voltei a ele. — Será que não percebe que não podemos parar tudo para acompanhar seus caprichos, Park?

    Dei uma boa olhada para suas jabuticabas amargas antes de voltar ao meu lugar e os ignorar até desembarcarmos. Estou indisposto para  lidar com má criação.

 

[…]

 

12:00, quinta-feira, Seul

 

    Estávamos subindo para a cobertura onde ficava meu apartamento. Minah aceitou dar as mãos e assumir que éramos um casal do aeroporto até o presente momento. Divergentemente, Jeon virava o rosto quando acidentalmente nossos olhares se encontravam. Eu, assim como a maçãzinha, aprendi rapidamente a identificar quando é que algo estava pegando com aquele coreano esquentadinho. Vou agir quando tiver chance e acredito que terei minha deixa em breve.

    — Minha nossa! Que lugar enorme! — Minha garota saiu na frente, saltitando e rodopiando no meu apartamento. — Olha essa vista, Jeon! Uau!

    — Legal mesmo. — Nitidamente Jeon estava impressionado, escondendo para me desagradar propositalmente. — Esse sofá deve ser falso. O couro está gasto nesta região. — Seus dedos percorreram o braço, tirando lascas brancas do estofado importado de Berlim.

    — Muito bem, já chega. Levem o senhor Jeon para seu quarto e tratem de o acomodar devidamente. — Os maleiros passaram por mim, escoltando Jeon, que não relutou tanto quanto achei que fosse. Minah engoliu em seco vindo acanhada para mim. — Sabe que estou fazendo isso para o bem dele. Essas insolências repudiam toda a fascinação que sinto por ele e não sei como lidar com elas sem ser por meio das punições.

    Minah rodeou minha nuca e encostou a cabeça no meu peito. Abracei-a brevemente, depois ficamos vis-à-vis. Seu cheirinho doce de leite me animou o tanto que precisava.

    — Jeon está chateado porque vai perder a final do campeonato de baseball. Como estamos aqui em Seul, será impossível com que compareça no fim de semana para sua última grande tacada. Ele não queria confrontá-lo, pois é a primeira viagem que fazemos juntos como seus acompanhantes, mas vá por mim, Park. O jogo era importante para ele e dessa vez você pisou feio na bola. Porque deixou para nos avisar tão tarde de que visitaríamos seu pai?

    — Teria avisado horas antes se tivessem visto seus celulares.

    Com seus braços pendurados ao lado do corpo e seu calor longe de mim, sabia que o que havia dito não a agradara.

    — Cruzes! Está bem! Vou falar com ele — acabei cedendo às caras e bocas de decepção da minha preciosa gatinha manhosa.

    — E seja paciente — Minah fez questão de enfatizar. Dei um beijo em sua testa e rumei o corredor.

    Na suíte, Jeon estava sentado na ponta da cama. Os pensamentos o dispersaram tanto que nem percebeu minha presença quando me posicionei perto do aparador de bronze ao lado das prateleiras de livros de enfeite — nunca fui estudioso, porém uma pegada vintage agregava status. Os maleiros apoiaram seus pertences no armário e a mochila que Jeon trouxe estava jogada a seus pés. Etiqueta não é pra qualquer um, no entanto apostei que tanto ele quanto Minah se acostumaríam rapidamente com o que o destino os reservou: eu e minha riqueza. Detesto estar errado.

    Sentei na outra ponta da cama, de costas para Jeon. Respirei fundo, passando os olhos pelos cantos do quarto.

    — Ram me disse que a final de baseball acontecerá no próximo fim de semana. Não tinha ideia que tinha compromissos. Se soubesse não o teria trazido comigo.

    Sinto o colchão afundar e ele se remexer. Aguardo um pouco, porém Jeon não diz uma palavra.

    — Não sou adivinho. É injusto que fique bravo comigo por um motivo tão fútil.

    — Fútil? — repetiu em tom furioso. Com Jeon de pé, um vazio se espalhou pela cama. — A minha vida pode não ser tão magnífica quanto a sua, mas ainda sim eu me importo com meus hobbies. O jogo era importante para mim e você nem se dispôs a saber se essa viagem afetaria a minha e a vida de Minah.

    — Como disse antes, não sou adivinho.

    — Tem razão. Eu que sou um tolo de ter assinado um contrato com o demônio da encruzilhada.

    Ergui os braços agarrando Jeon pelas calças, prendendo os dedos nas pequenas alças para colocar os cintos — Jeon não gosta de cintos, alega que o machucam e eu não sei se devia ficar feliz por isso já que fica mais fácil de despi-lo. Olhei para seus belos pares negros de órbitas e lancei um sorriso que os croupiers fazem ao vencedor da rodada da grande aposta. 

    — Pare com isso. Se planeja me seduzir, esqueça. 

    Puxei Jeon para perto, passando a mão em suas coxas duras e sua bunda, que se contraiu meio tímida. Ele se apoiou nos meus ombros, empurrando-me, mas fui persistente. Invadi com os dedos o cós da sua calça social escura — que devo dizer, ficou um arraso nessa cintura invejável que ele tem —, acariciando periculosamente os ossos pélvicos de Jeon — que são tão salientes quanto o pau de macho alfa enfiado no meio de suas pernas.

    — Park, é o último aviso. Juro que se não se distanciar pego minhas coisas e meto o pé desse seu maldito apartamento.

    — Deixe as birras para as crianças, querido. Vamos resolver isso como dois adultos crescidos.

    Algo cintilou nos seus olhos quando ouviu minhas palavras. Mordi os lábios antes de levantar sua blusa e os triscar em sua barriga. Dei pequenos beijos abaixo de seu umbigo sentindo a pegada em meu ombro relaxar. Jeon sucumbirá a mim, posso sentir na minha ereção. Faz tempo desde que o toquei e o senti latejando em minhas mãos. Sei que ele também deve estar sentindo falta de um bom mimo.

    Levantei mais sua camisa, aduzindo seus mamilos. Eram rosas como os de Minah, porém tinham a auréola reduzida. Uma das partes que mais detesto em meu próprio corpo são justamente os mamilos. Por serem escuros, evito usar vestes brancas. Mas os de Jeon pareciam tão virginais que só no que eu podia pensar era em tirar seus anéis de castidade com minha língua. Abocanhei seu peito, lambendo a ponta enquanto beliscava a outra. Os grunhidos começaram a aparecer e não pretendia parar até o ver gritando em meio ao prazer.

    — Desgraçado. Dane-se. 

    Jeon retirou a camiseta e pude ter acesso ao seu majestoso tronco nu. Minhas mãos fizeram a festa, apertando e arranhando suas costas, aumentando a pressão das unhas quando ele gemia. Lambi seus mamilos deixando-o todo babado. Foi então que seus dedos penetraram grosseiramente nos meus cabelos e me empurraram para um beijo possessivo. Jeon me beijou, me sugou, me comeu com a boca. Seu desejo batia no céu da minha boca como se estivesse procurando a porta do paraíso. O gosto ficou forte e apertei seu braço para informar que queria uma trégua. Jeon me travou com os dentes, esmagando cruelmente minha língua entre eles. Afundei as unhas em seus braços a ponto de tremer com o esforço.

    Minha cabeça ricocheteou com o impacto violento no colchão. O gosto de ferro assombrava minha boca e soube o porquê quando empurrei a língua contra a bochecha. Jeon subiu em cima de mim e não pude deixar de arregalar minimamente os olhos, voltando à seriedade habitual depois de aceitar que seria devorado vivo como vinha buscando desde que o vi com Minah no estacionamento da faculdade. Apoiado ao lado de minhas orelhas e limitando minhas pernas com as suas, encontrava-me por baixo do maior sádico de Busan — hoje Jeon aumentava sua fama para “o maior sádico de Busan e Seul”.

    — O que pretende fazer comigo, Jeon? Vai me morder no pescoço como fez com nossa maçã suculenta, ou prefere arrancar alguns pedaços do meu corpo como fez com minha língua? 

    — Sabe, Park, pra sua sorte seu sangue não é dos melhores. 

    — E como posso fazer para que goste do meu sabor? A possibilidade de obter suas marcas cobrindo toda minha pele me deixou extremamente excitado. — Lambi os lábios sentindo uma dorzinha na ponta da língua. Fico todo aquecido quando o Jeon sádico ataca. É um evento que enche meu coração de alegria.

    — Cala a boca…

    Ele se abaixou e mordeu meu lábio, beijando cada centímetro do meu rosto antes de afundar no meu pescoço. O abracei e fiz carinho em seus cabelos escuros. A ponta de seu nariz me fazia cócegas e estava tentado a rir, entretanto uma dor atordoante me atingiu na região abaixo das orelhas. Remexi-me em agonia, perdendo a habilidade de fala enquanto Jeon não parasse de me morder. Nunca soube o quanto era bom se sentir completamente dominado. Ninguém nunca conseguiu tirar minhas forças e manter a chama da minha tesão ao mesmo tempo. Ninguém, até Jeon Jungkook ficar de quatro em cima de mim e descontar suas frustrações no meu pescoço.

    Assim que houve o alívio de seus dentes, Jeon não abandonou a região totalmente, lambendo como um cachorro lamberia a pata para amenizar a dor do machucado. O apertei contra meu pescoço com mais força. Lágrimas quentes traçaram meu rosto que nem as confusas linhas ferroviárias. Estava pronto para receber o trem no meu túnel. Se viesse todo a vapor, daria um jeito de colocar mais carvão.

    — Essa ereção que manchou sua calça cara é por minha causa, Park? Aposto que você quer que eu te foda até te fazer gozar não é mesmo? — Jeon saiu dos sussurros e se pôs de frente para mim. A visão de seus bíceps incríveis contraídos ao redor de minha cabeça e sua boca vermelha do meu sangue me atiçaram como nunca. — O que acha de ser minha vadia escandalosa?

    — Se a ideia te agradar, então sim — respondi sem hesitar.

    Jeon flexionou, cheirando meu pescoço com veemência para logo após rolar pro lado, pegar e vestir sua camisa e me deixar deitado em chamas no colchão.

    — O que você está fazendo, Jeon? Volte aqui e termine o que começou — ordenei aturdido. Ele se virou esbanjando um sorriso diabólico. — Sabe que não sairá barato pra você se me desobedecer.

    — Se eu fosse um prostituto, quem sabe tirasse a cueca por uma nota de cem, mas eu sou um pouco mais exigente. — Caminhou até o banheiro, onde enxaguou o sangue dos dentes na pia, voltando a passos calculados para perto da cama. — Creio que pode se ensinar novos truques a velhos lobos e eu faço questão de te deixar com a barraca armada se você for aprender a deixar de ser um egoísta do caralho.

    Pasmado e muito necessitado, não tive outra escolha a não ser gargalhar da minha própria situação. O olhar de Jeon me chamava de loirinho doente e talvez também pedisse socorro.

    — Meus parabéns. Deu xeque-mate com o rei. E agora, o que pretende?

    Jeon endireitou a postura e levantou o queixo.

    — Como ainda não almoçamos, pedirei algo pra mim e pra minha melhor amiga. Então se me der licença vou comer minha refeição em paz na sua mesa de jantar.

    Virou-se e desapareceu, me largando no quarto. Com o barulho de passos firmes voltando alguns segundos depois, tive esperanças de que Jeon mudara de ideia. Quando apareceu na porta, estiquei os ouvidos, esperando que admitisse estar arrependido.

    — Percebi que você não me pediu desculpas, então acho que vou pedir uma barca de sushi com alguns niguiris e hots philadelphia no seu cartão. — Exibiu um retângulo fino e prateado entre os dedos, juntamente com o sorriso que me fazia arrepiar até os ossos. — Está convidado a almoçar conosco se conseguir resolver seu problema a tempo da comida chegar. Boa sorte com isso.

    E mais uma vez fui largado na lama escorregadia. Meus sentimentos por Jeon, embora não devessem, deram um salto. O amei mais ainda por ter me deixado acabado e ter totalmente quebrado as regras que impus. Todos sempre se ajoelharam para mim, similar a senhorita Ram, cujo ninguém se compara a pura e simples submissão. No entanto eu ansiava por alguém como ele, que invertesse o papel em alguns momentos e me fizesse rastejar por ele. Sim, Jeon Jungkook é o homem de que eu precisava para apimentar minha vida e eu farei de tudo para mantê-lo comigo.


Notas Finais


FELIZ NATAL 🎄🎁
Retomei a postagem dos capítulos de Os Antagonistas!!!
Espero muito que não me odeiem por essa demora toda…


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