História Out of the Masks - Chapter 16 - Sensitivity

O barulho de chuva batendo de contra a janela me trazia tranquilidade, junto ao conforto do abraço que o felino me entregava. Minha cabeça repousava em seu peito, escutando as batidas calmas do seu coração, numa sincronia com o barulho do ambiente. Estava escuro, o que não me permitia ver nada, apenas a minha confusão e culpa.

Assim que minha ficha caiu ao chão, eu quis voltar para meu quarto, e ficar em meu canto, pensando numa forma de concertar tudo o que havia feito. Não queria ver a cara de Chloé, mas eu queria lhe pedir meu sincero perdão, porque eu sei que fiz algo errado, assim como qualquer pessoa poderia fazer.

Eu era sucessível ao erro.

-Marinette. -Ele sussurrou, parando sua carícia em meus cabelos. Solto um som baixo, mostrando minha atenção à ele- Eu entendo que se ainda culpada. Mas não fique se martirizando por isso.

-Gatinho, ela pode ser a pior pessoa de Paris inteira, mas comigo fazendo esse ato, eu me torno ainsa pior do que ela. Eu subi ao seu nível com isso, invés de ter uma conversa séria. -Coloco minhas mãos em sua barriga, levantando minha cabeça para ele. Um sorriso nasceu em seus lábios, amigável.

-Você é incrível. -Sua voz sai ainda mais baixa, como se ele tivesse algum receio sobre dizer sua opinião- Eu queria ter a sua visão sobre tudo e todos. Você sabe como perdoar a todos, e sabe assumir seus erros. É difícil encontrar pessoas desse jeito.

-Obrigada. -Meu rosto esquenta. Saber da sua opinião sobre mim era tão bom. Talvez algo natural de se sentir quando está ficando afim de alguém.

-Eu queria ser como você. -Ele abaixou o olhar, e suspirou depois- Mas talvez eu não tenha tido algo como você...

-O que você quer dizer?

-Consideração. -Seu rosto virou para a janela- Eu acho que ninguém nunca me considerou realmente, a ponto de não me deixar sozinho. Eu não queria me tornar ‘idenpendente' antes da hora.

-Não fique desse jeito. -Me deito ao seu lado, e abraço o seu corpo alongado. Ele segurou minha cintura, colocando sua cabeça encima da minha- Vai ficar tudo bem. Eu vou fazer ficar tudo bem.

[...]

-Marinette! -Escuto um sussurro em meu ouvido, e abro meus olhos, afim de examinar sobre quem era. Tikki parecia assustada com alguma coisa- O que ele está fazendo aqui? Já está de manhã.

-Hum... -Resmungo, e faço um sinal pra ela se esconder. O garoto continha um rosto angelical enquanto dormia, com um sorriso leve em seus lábios. Sorrio com a pequena cena, e cutuco ele- Acorda, gatinho folgado.

-Plagg! Eu quero dormir! -Ele enterrou o rosto no travesseiro, tampando seus ouvidos. Mas quem deveria ser esse? Será que ele possuia irmãos? Por que eu estou curiosa sobre isso, hein?

-Eu não sou o Plagg. -Me sento na cama bagunçada, colocando as mãos na cintura. Ele levanta sua cabeça, apenas com um olho aberto, e que estavam puras esmeraldas agora.

Eu conhecia essas esmeraldas...

-Ahn... Me desculpe, princesa. -Sentou ao meu lado, coçando seus olhos- Eu preciso mesmo ir agora. Tenho aula.

-Também tenho. -Sorrio para ele, meio que fechando meus olhos. Mania que eu tinha ao sorrir.

-Adoro essa sua mania. -Ele sorriu, e buscou por algo pelo chão- Cade... Ai mais que gato demoníaco.

-Repete! -Um kwami negro planou até o loiro, com um ar autoritário em sua expressão. O garoto pegou-o em suas mãos- Qual é a dessa roupa?

-Cala a boca. -Resmungou, e abriu a janela, se colocando para fora. Ele voltou em minha direção, e beijou minha bochecha esquerda- Até mais tarde, princesa.

-Até mais tarde. -Murmuro para mim mesma, colocando uma mão em minha bochecha corada. Não havia sentido eu corar com isso quando eu beijei ele de língua ontem- Ah... Kyaah!