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História Para Sempre Seu - Broken Hearts


Escrita por: CarlaOliveira29

Notas do Autor


boa tarde!!!Chegando com mais um capítulo bombástico!!

Capítulo 29 - Broken Hearts


Fanfic / Fanfiction Para Sempre Seu - Broken Hearts

POV AMBERLY

 

Há dois dias não troco uma palavra com Lucca, dois dias puramente infernais. Dormimos na mesma cama, usamos o mesmo quarto, mas tudo é feito em total silêncio, como se um não percebesse a presença do outro, ou pelo menos é como a situação se apresenta sob minha ótica. Confesso que o clima instaurado foi mais devido a minha desconfiança do que por seu comportamento. Ele está estranho, distante, mas a maioria dos meus familiares está apresentando o mesmo padrão comportamental. Tento me convencer que o motivo que levou meu marido a me evitar durante a noite e a se comportar de maneira indiferente seja o mesmo dos demais, mais sei, do fundo de meu coração que se trata de algo mais sombrio, mais destruidor. Lucca sempre me deixava à parte de tudo o que estava ocorrendo, sempre dividia comigo suas preocupações e mesmo que, às vezes não pudesse ajudar, ficava feliz em saber que era a mim que ele recorria quando tinha algum problema ou algo que o incomodava. Quando percebi que algo estava estranho, tentei inúmeras vezes fazer com que partilhasse aquele fardo, mas ele usava como desculpa o fato de eu estar grávida e não querer me estressar. Confesso que isso me satisfez por um tempo, mas quando ele passara a me evitar na cama é que percebi que se tratava de algo sério e foi então que as discussões começaram. Estava farta de sua desculpa e a falta de sua libido fora a gota d’água. Foi aí que comecei a perceber certos olhares por parte da princesa grega em direção ao meu marido e as peças começaram a tomar formato. Estava acontecendo algo, era nítido. Tentei arrancar informações a respeito de algum relacionamento passado de Lucca com aquela princesa injustamente linda, mas ninguém quis colaborar, todos afirmavam não ter conhecimento de nada o que achei estranho já que os criados tinham conhecimento de tudo o que se passava naquele palácio; Acho que eles apenas não queriam que eu soubesse. Havia uma pessoa que me contaria se houvesse algo a ser contado, mas por ironia do destino, não nos falávamos, e, por mais importante que fosse o motivo eu não o procuraria. Caleb não merecia mais uma única sílaba minha. Nunca me esquecerei do que ele me fez passar a uns meses atrás, não havia condição alguma de que eu lhe pedisse ajuda, até porque, a essa altura, sendo irmão de Lucca, ele não faria mal a ele.

Sentindo-me totalmente inútil, despejei toda a minha ira e frustação em Lucca, o causador de todas essas emoções, e aqui estamos, com apenas oito meses de casados, um filho a caminho e uma tonelada de segredos. Tudo como sempre sonhei.....

- Entre! – falei após ouvir a batida na porta.

- Com Licença Amberly! Sinto incomodar, mas vim para pedir desculpas por tê-la aborrecido durante o jantar, não foi minha intenção. Apenas queria dissipar a tensão na mesa e acabei me excedendo. – Sarah falou com os olhos suplicantes me dando mais ainda nos nervos. Não gostava daquela garota. Sempre boazinha demais, prestativa e compreensiva demais. Não confiava em pessoas assim, mas ela nunca havia feito nada de mal para qualquer selecionada, pelo o contrário, todas sempre a elogiavam bastante. Talvez a gestação houvesse bagunçado meu radar como fizera com meus hormônios. Já tinha ouvido falar que durante uma gravidez pode-se literalmente enjoar uma pessoa ou um cheiro e talvez Sarah fora meu alvo. Respirando profundamente tentei forçar o sorriso mais amistoso que possuía.

- Tudo bem Sarah, eu é que não estava em um bom momento. Peço desculpas se a constrangi!

- Eu entendo perfeitamente! Relacionamentos às vezes podem ser difíceis!

- Porque está falando isso?

- Me perdoe novamente, mas sou uma profunda estudiosa do comportamento humano e gosto de analisar a linguagem corporal das pessoas ao meu redor. Peço perdão se isso soar invasivo!

- De modo algum, acho este assunto interessantíssimo. Também me fascina o comportamento do ser humano e como podemos extrair suas características e emoções através da leitura corporal!

- Sério? Enzo nunca me falou!

- É um prazer oculto, mas você estava falando.... – aquilo havia se tornado bastante interessante... talvez ela pudesse me dizer algo que se encaixasse no quebra cabeças.

- Bom, tenho observado que você anda tensa, preocupada e extremamente frustrada e que Lucca apresenta o mesmo padrão, além de outros comportamentos.

- Quais?

- Culpa, ele parece sempre culpado, como se estivesse carregando o peso do mundo nas costas. O que me leva a crer que algo sério está acontecendo entre vocês!

- Você já sabe que sim, só está sendo educada e gentil de não ser tão direta!

- Sei que não temos tanta intimidade, mas se quiser desabafar... prometo que saberei ser bastante discreta.

Eu não queria contar minha vida a uma estranha, sempre fora a Caleb que eu confessava meus temores e dúvidas, mas agora ele não estava ali e mesmo sentindo que havia algo de estranho nela eu desabafei. Contei todos os meus questionamentos, minhas suspeitas. Sarah apenas ouvia atentamente enquanto eu me derramava em lágrimas.

- Simplesmente não sei mais o que fazer. Minha desconfiança está me devorando. Lucca está cada dia mais distante e sinto mesmo que há algo entre ele e aquela bruxa grega...

- Amberly eu sei que não deveria lhe contar, mas Eloá veio para cá na tentativa de reconquistar seu marido!

- Reconquistar? Como assim?

- De acordo com a própria Eloá, Lucca mantinha um romance com ela desde os quinze anos. Ela falou que eles eram completamente apaixonados, mas que tiveram que romper por conta da seleção. Lucca amava a coroa, mais do que a ela. O romance era apoiado por sua sogra que via em Eloá a filha que nunca tivera...

- Bem provável, as duas são veneno puro!

- Bom, o fato é que Eloá viu nessa Seleção a chance de retomar seu caso com Lucca e....

- Continua Sarah! – meu coração já estava preparado para o que viria a seguir.

- Acho melhor você conversar com Lucca, não quero causar uma confusão apenas pelo o que eu acho que vi. Tudo na vida tem uma explicação!

- O que você viu!

- Teve uma tarde em que estava indo a biblioteca e passei pelo corredor da sala de música. Achei estranho a porta estar aberta afinal ninguém fora sua mãe anda muito por lá. Pus a cabeça para dar uma espiadinha quando eu vi...

- O que?

- Eloá e Lucca aos beijos!

Tenho certeza de que Sarah continuou falando, eu via claramente sua boca mexendo nervosamente, mas não conseguia ouvir um único som. Era como se eu houvesse adquirido uma surdez instantânea. Em minha mente fez-se um silêncio tenebroso que obliterou qualquer pensamento. Era como se estivesse sozinha em meio ao nada.... Não sei por quanto tempo fiquei nesse módulo, quando dei por mim Sarah estava à minha frente, as mãos agarradas em meus braços me sacudindo de leve.

- Você está bem? – ela questionou preocupada.

- Sim, eu acho que sim!

- Você ficou muda com os olhos vidrados como se houvesse saído do corpo..... fiquei aterrorizada. Não deveria ter contado, eu sabia, venho guardando esse segredo há semanas justamente para evitar uma confusão. Perdõe-me Amberly, não queria lhe causar dor, mas já estava sufocada com isso e vê-la tão fragilizada me fez perceber que se a situação fosse inversa eu gostaria de saber.

- T... tem certeza absoluta de que viu o que disse?

 - Infelizmente sim. Na primeira vez pensei que Eloá o tivesse agarrado, mas quando o vi saindo de seu quarto há algumas noites...

- O que?

- Estava com sede e resolvi ir até a cozinha, era bem tarde da noite. Quando retornei vi um homem saindo do quarto dela, não deu para ver direito porque estava escuro.

- Então pode não ter sido Lucca não é? – minha voz esperançosa soava patética até mesmo para mim. Sarah me olhou com piedade antes de continuar:

- Eu o segui até ele entrar aqui!

Fez-se um silêncio terrível entre nós. Sarah segurou minhas mãos e as apertou como se me transmitindo sua força, como se me dissesse que eu poderia contar com seu apoio.

- O que pretende fazer? – ela perguntou baixinho.

- Não sei ainda! E... eu preciso pensar!

- Eu entendo. Perdõe-me mais uma vez!

- Não há o que perdoar Sarah, mas sim o que agradecer. Pelo menos agora sei com quem me casei. Peço desculpas, mas preciso ficar sozinha um pouco.

- Claro!- ela se levantou e caminhou em direção à porta. – Se precisar de algo basta me chamar. Talvez não viremos cunhadas, mas quem sabe possamos ser boas amigas!

- Provavelmente!- tentei sorrir, mas meu rosto não obedeceu ao comando. Dei de ombros me desculpando e ela pediu para eu não me preocupar, ela entendia que no momento eu não poderia pensar em nada mais.

 

 

POV LUCCA

 

Quando era criança sempre amara ler. Passava horas na biblioteca do palácio ou em meu próprio quarto imerso em histórias empolgantes que, em sua maioria mesclavam aventura e suspense. Meu tutor, sr. Rockeveller, sempre me instruía a aprender sobres autores e obras mais antigas, mas eu resistia bravamente. Não que eu odiasse a literatura clássica, mas sério, qual vantagem eu obteria lendo sobre as maçantes histórias de amor de sr. Darcy e companhia? Isso era para mocinhas... Um cara extremamente grosseiro que trata seu interesse amoroso como lixo e depois se regenera virando um idiota apaixonado... pura ficção de quinta, não entendia como as garotas suspiravam por aquilo, acho que encanta ao sexo feminino a ilusão de que o amor pode tudo. Se esses caras aclamados supervalorizavam essa paranóia em suas obras amplamente difundidas, como essas pobres e ingênuas almas femininas não acreditariam?

Isso explica a obsessão das mulheres por essas obras, mas não a minha. Já era o quarto romance no mês. Havia revisitado O morro dos ventos uivantes, Romeu e Julieta, Noite de Reis e agora Orgulho e Preconceito, definitivamente o pior deles em minha concepção, talvez por agora, observar certas semelhanças entre a obra e minha história com Amber, pelo menos no início.

As coisas entre nós iam de mal a pior. Ela havia tentado se aproximar, mas como eu poderia explicar o que estava fazendo sem que ela me deixasse ou que despertasse a fúria homicida de Eloá pondo em risco sua vida?

Eu a estava perdendo... meus segredos e o remorso aumentava a distância a cada dia. Tentei inúmeras vezes contar tudo, mas a possibilidade de ela sair da minha vida me aterrorizava. E ainda havia nosso bebê, o primeiro de muitos.... Nada no mundo me fez mais feliz quanto saber que iria ser pai, que minha mulher estava gerando a prova mais concreta de nosso amor, mas agora só sinto um enorme buraco se abrindo em meu peito quando penso na possibilidade de que será mais um tesouro que estou na eminência de perder. Amberly não poderia saber do que estava fazendo para protegê-la. Jamais.

 

- Essa seleção está mais maluca do que a nossa! – falei assim que entrei no nosso quarto. Gostávamos de brincar a respeito disso por ela ter sido alvo de interesse de tantos príncipes. – Enzo acaba de dar uma surra no Íllea por conta de Vida... na verdade, eles meio que se surraram, Gregory deu uns bons golpes!

Ela estava em pé na sacada mirando o horizonte e nem se deu ao trabalho de me responder. Eh... alcançamos nesse nível.

- Monique descobriu que está grávida de Enzo e Vida está arrasada! Não sei como esse escândalo irá afetar o país. Nosso pai está extremamente preocupado e Enzo está tentando falar com Vida sem muito sucesso... – ela continuava em silêncio. – Exatamente como eu...

Não aguentava mais aquilo. Caminhei em sua direção. O tempo estava frio de matar e seu corpo estava gelado, seus olhos vidrados como se sua alma tivesse ido dar um passeio e se esquecera de retornar.

- Amber, você está congelando! – eu exclamei assustado levando-a para dentro e fechando o acesso a sacada. Seu olhar estava firme, sua boca estava roxa e tremula por conta do frio e comecei a me perguntar a quanto tempo ela estivera ali. – Amor, o que aconteceu? – questionei cobrindo-a com o cobertor e lhe abraçando. – Amber fala comigo!

Ela continuou em silêncio, mas seus olhos se voltaram para os meus demonstrando toda a dor que a atormentava e naquele momento eu soube que meu medo havia se tornado real. Ela sabia!

- Amber eu...

Ela não disse nada, apenas continuo olhando para mim aguardando. Ela queria que eu confessasse, mas, por maior que fosse a vontade, as palavras simplesmente não saíam. O medo de perdê-la me deixava paralisado. Eu só podia ficar olhando enquanto a dor em seus olhos aumentava juntamente com a decepção pela minha covardia. Queria que ela gritasse, xingasse, batesse... qualquer reação seria melhor do que aquela. Seu silêncio era como mil facas perfurando meu corpo.

Nós sempre tivemos essa ligação. Só bastava olhar para ela para que eu lesse sua alma e no momento eu via tanta dor, revolta, decepção, amor e... esperança. Sim, no fundo ela ainda tinha a esperança de que nada daquilo fosse real, que eu teria uma justificativa para meu comportamento vergonhoso, e eu tinha, mas não poderia pôr a ela e ao meu filho em risco. Pensar naquela criança fez meu coração doer, uma dor mais forte do que a que senti quando minha mãe me baleou, sem pensar toquei em sua barriga, implorando com os olhos para que ela não me deixasse, mas Amber ergueu suas mãos e levou-as ao ventre de forma protetora deixando claro que eu não tinha mais lugar ali e, como se para quebrar o que sobrara de meu coração, ela se levantou e andou calmamente até a porta de nosso quarto para abri-la em um pedido claro para que eu fosse embora.

- Por favor, Amber, eu... – as lágrimas já corriam soltas pelo meu rosto. Não queria perde-la e muito menos nosso bebê. Ela também estava chorando, mas permaneceu firme ao lado da porta.

- Me conte ou vá embora! – ela enfim falara me dando a última oportunidade de ser sincero, mas eu não poderia fazê-lo. Sua segurança estaria em risco e isso eu não poderia permitir.

A decepção estampada em seu rosto apontou minha derrota. Devagar, virei-me em direção ao corredor e saí. A porta se fechou suavemente, mas fizera um barulho ensurdecedor em minha alma. Será que um dia ela se abriria novamente? Eu torcia para que a resposta fosse positiva. Por hora tinha que fazer o impossível para proteger a minha família, mesmo que ao fim de tudo isso, eu ficasse só.

- Ciao! – a voz de Nicollas no outro lado da linha soou clara e divertida.

- Nicollas, preciso de um favor!


Notas Finais


Ai gente estou de core partido, mas sabíamos que isso ia acabar acontecendo nao é? Mas o que será que Lucca pediu a Nicollas? Comentem


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