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História Pequeno segredo - Capítulo 3


Escrita por: Apenasilusoes

Notas do Autor


Sejam bem-vindos novos favoritos!!!

Capítulo 3 - Capítulo 3


Nervosismo, essa era a palavra que definia os dois no momento. Entraram no consultório da tia de Alicia, que por sorte estava sem nenhum cliente, e conversavam com ela no intuito de conseguir alguma brecha para poder colocar o seu plano em ação.


- Então, já decidiram o que vão fazer depois da formatura? - Perguntou a doutora simpática.


- Eu escolhi Música, mesmo que isso tenha me gerado alguns problemas. - Respondeu Paulo vendo que a amiga já estava meio pálida.


- Alicia querida você está bem? - Perguntou preocupada enquanto o Guerra já segurava em sua mão notando que ela estava gelada.


- Estou tia, é só que. - Mas não conseguiu terminar a frase desmaiando em seguida.

Sua tia levantou nervosa e foi para o seu lado, Paulo demorou tempo suficiente para saber que ela iria ficar bem e deu a volta na mesa para carimbar rapidamente a folha que estava escondida. A doutora não notou, pois estava muito preocupada cuidando da sobrinha. Depois de um tempinho Alicia recobrou a consciência e abriu os olhos devagar sentindo o cheiro do álcool infestar o ambiente. Eles ainda demoraram uns minutos tentando convencer a doutora de que ela já estava melhor.


- Estou bem doutora Luiza. - Falou cansada arrancando um sorriso dela.


- Eu sei marrentinha, mas você nunca deu queda de pressão Alicia. Tem alguma coisa te incomodando? - Perguntou a avaliando minuciosamente, a Gusman balançou a cabeça negativamente engolindo seco.


- Sabe o que é tia, quer dizer doutora. - Se corrigiu Paulo vendo o olhar que ela lhe lançou. - É que a Alicia está muito nervosa esses dias por conta da faculdade e tudo. - Explicou tentando convencer ela que aceitou a desculpa ainda desconfiada.

Eles sairam do consultório rapidamente antes que ela começasse outra seção de perguntas. Decidiram parar em uma lanchonete antes de voltar para casa para organizar os últimos detalhes para o cadastro.


- Agora só falta scaniar o teste e enviar nossa inscrição. - Falou o Guerra animado obrservando a amiga que brincava com o canudo do milk shake distraída. - O que está acontecendo? Nem adianta dizer que não é nada porque eu te conheço o suficiente pra saber quando está mentindo. - Avisou sério para ela que bufou frustada.


- Eu não sei tá legal, é que eu estava pensando em tudo isso e percebi que a gente vai ter que fingir que é um casal sabe. - Ele a olhou incentivando que continuasse. - Vai dizer que não vai ser estranho? Nós dois juntos como namorados, detalhe, namorados que estão prestes a ter um bebê. Caralho Guerra, uma criança imaginária para deixar a nossa relação imaginária ainda mais surreal. - Declarou insegura, ele afastou a cadeira e sentou-se mais perto dela de modo que conseguisse ficar a centímetros de distância.


- Sabe por que somos ótimos amigos? - Perguntou sério para ela que deu de ombros sem desviar o olhar. - Porque conseguimos conversar sobre qualquer coisa no mundo e ainda nos sentir confortáveis perto um do outro. Sei que vai parecer muito estranho ter que fingir na frente de todos, mas não consigo imaginar outra pessoa no mundo embarcando comigo nessa loucura sem ser você. - Admitiu com um sorriso no rosto sendo compartilhado por ela.


- Só você mesmo para me acalmar. - Admitiu o abraçando apertado. - Obrigada pela sua amizade.


- Eu que agradeço por você me aturar. - Disse brincalhão arrancando uma risada dela ainda abraçados.


- Depois reclamam que eu shippo. - Disse uma voz fazendo eles se separarem e encararem a garota a sua frente que continha um enorme sorriso.


- O que você está fazendo aqui pirralha? - Reclamou Paulo enquanto ela puxava uma cadeira para sentar junto deles.


- Eu estava sem nada pra fazer lá em casa então resolvi sair um pouco. - Respondeu fazendo pouco caso vendo a amiga rir.


- Super coincidência você sair e vim logo pra cá né Marce. - Falou irônica ainda sorrindo.


- Não tenho culpa se o meu estômago me levou a lanchonete perto do consultório da sua tia. - Falou inocente rindo junto com eles. - Mas mudando de assunto, eu esbarrei em um gatinho maravilhoso ali fora, ele era lindo demais, nossa senhora. - Comentou se abanando e escutando a gargalhada de Alicia.


- Como ele era? - Perguntou a morena curiosa enquanto Paulo adiantava o cadastro pelo celular.


- Era do tamanho do Paulo, tinha cabelo escuro e um sorriso maravilhoso. - Descreveu com um sorriso bobo. - Ai amiga eu não acreditava em amor a primeira vista, mas depois desse encontro eu não duvido de mais nada.


- Mas você nem perguntou o nome dele?


- Óbvio que não né Alicia, eu ia falar o quê? Moço me diz seu nome porque eu acho que estou apaixonada por você. Ele no mínimo ia achar que eu era louca. Além do mais ele tinha um cachorro, vai que ele soltava o bicho em mim. - Disse sorrindo junto com ela.

Assim que o Guerra adiantou a inscrição eles começaram a conversar sobre o plano e nem perceberam o tempo passar.


- Já tá ficando tarde. - Avisou Marcelina olhando para fora percebendo que já estava escuro, ela olhou ao redor fitando as mesas repletas de amigos e sentiu um pequeno aperto no peito. - Sei que tenho vocês dois como melhores amigos, mas seria ótimo ter mais pessoas para compartilhar a vida. - Falou casualmente atraindo a atenção dos outros dois que conversavam animados.


- Tenho que admitir que eu também sinto falta de ter mais amigos. Amigos verdadeiros claro. - Disse a Gusman com um sorriso triste.


- Ainda temos uma vida inteira pela frente, tenho certeza de que encontraremos essas pessoas logo. - Comentou Paulo olhando algo no celular e levantando o olhar para a irmã que o encarava com um sorriso. - A amizade não é medida em quantidade e sim em sinceridade. O que é verdadeiro sempre fica. - Falou surpreendendo as duas que se entre olharam batendo palmas em seguidas.


- Este ser é um verdadeiro filósofo minha gente. - Gritou Alicia para toda a lanchonete fazendo o amigo revirar os olhos vermelho pela atenção. Mas no fim os três logo cairam na gargalhada aproveitando a companhia um do outro.

Passaram-se três dias e eles receberam um e-mail confirmando sua inscrição e informando sobre todos os documentos que deveriam ter em mãos. No fim seus pais haviam se conformado com a ideia deles passarem duas semanas em um retiro, esperavam assim que eles mudassem sua forma de pensar e agir. Os dias se passavam rapidamente e eles organizavam tudo com o máximo de cuidado para não levantar nenhuma suspeita por parte de seus pais. Quando o dia da viajem chegou cada um se despedia da sua família isoladamente, eles tinham decidido se encontrarem no porto.


- Juízo e por favor me ligue todos os dias. - Pediu Lílian abraçando o filho.


- Eu prometo ligar todos os dias, agora em relação ao juízo.


- Paulo Guerra você não me testa. - Avisou autoritária arrancando uma risada dele e de Marcelina.


- Filho lembra do nosso acordo? - Perguntou seu pai se aproximando para lhe dar um abraço, ele apenas confirmou com a cabeça e se encaminhou em direção a porta. Marcelina o acompanhou até o táxi que o esperava lá fora.


- Se cuida pirralha. - Falou sorrindo soltando a irmã que estava agarrada a ele.


- Você também. E aproveita. - Disse com um sorrisinho vendo ele revirar os olhos. - Nem tenta Paulo, eu sei que pode ser assustador, mas pelo menos uma vez na sua vida se permita ser feliz, principalmente ao lado de quem você ama. - Falou se despedindo dele que já estava dentro do carro. O Guerra somente suspirou e disse rendido.


- Não posso te garantir nada, mas se tem uma coisa nessa vida que não temos é certeza. - Ela sorriu e acenou enquanto o táxi sumia na próxima esquina.

Alicia esperava ansiosa pelo amigo que nem percebeu quando ele chegou se colocando ao seu lado.


- Ei. - Falou em seu ouvido a assustando.


- Que porra criatura quer me matar por acaso? - Perguntou incrédula com a mão no peito enquanto ele tentava controlar o riso. Antes dele responder algo escutaram um grito agudo vindo de trás deles.


- Olha o tamanho desse navio Davizinho. - Gritou uma garota com aproximadamente a mesma idade deles dando alguns pulinhos fazendo o garoto atrás dela reclamar baixinho. - Eles não vão nascer agora não, sossega. - Gritou novamente enquanto Alicia ria do jeito espontâneo dela que no momento já arrastava o garoto pelo braço animada. - Segura mundo que Valéria Ferreira chegou. - Falou alto se encaminhando em direção ao navio.


- Pelo visto esse cruzeiro pode ser mais legal do que a gente pensava. - Comentou a Gusman virando em direção ao amigo que encarava outro garoto de cabelos escuros que devolvia o olhar na mesma intensidade. - Paulo eu estou falando com você. - Avisou estalando os dedos em sua cara enquanto ele virava em sua direção sério.


- Fica longe daquele cara, eu estou com um mal pressentimento em relação a ele. - Disse apontando com a cabeça em direção a ele, Alicia até pensou em contestar e dizer o quanto ele estava sendo paranóico, mas resolveu evitar uma possível discussão.


- Tá legal. Agora vamos entrar porque eu já tô cansando de ficar em pé. - Disse entrelaçando a sua mão na dele e o puxando para dentro do navio.

Na hora que se virou para o lado viu um casal emburrado conversando baixinho, aparentemente eles não estavam nem um pouco felizes de estarem ali. Em compensação uma garota de cabelos longos e com algumas mechas claras sorria de orelha a orelha encarando todos a sua volta enquanto acariciava a barriga já grande com carinho. Alicia observava todos e chegou a uma conclusão, eram pessoas totalmente diferentes que se encontraram no mesmo lugar com aparentemente o mesmo objetivo, esquecer um pouco o mundo lá fora. Balançou a cabeça e se concentrou na entrada a sua frente, tinha a certeza absoluta de que essas semanas iriam mudar a sua vida.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, bjs e obrigada pelos comentários.


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