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História Plano Perfeito - Capítulo Um


Escrita por: HANA_NIM

Notas do Autor


Obrigada @KHen por sempre salvar minha vida com as capas, e @Gamine aqui está seu presente de aniversário oficial, espero que goste.

Boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Um


Sabia que era loucura estar ali, sabia que toda aquela história para começo de conversa nunca deveria ter sido levada adiante e saído do seu imaginário criativo e mirabolante demais, mas a questão era que já estava lá naquela festa que não tinha nada a ver consigo, com um monte de pessoas que não conhecia e não simpatizava com a maioria. Mas não tinha nada a perder, e já que estava ali, ia levar seu plano até o final.

Seu nome? 

Do Kyungsoo. 

Seu plano?

Seduzir Kim Jongin. 

Poderia soar patético se dito assim, sem mais nem menos, mas haviam muitos pormenores por trás do plano que o havia levado na festa barulhenta de faculdade naquela noite. 

Tudo começara a uns meses atrás. Kyungsoo era só um estudante comum, quase invisível por entre a massa de estudantes da universidade, mas aquilo nunca importou muito, quando ao ingressar no segundo ano do seu curso apareceu aquele calouro. 

Kim Jongin, calouro de Artes Cênicas, alto, corpo atlético, olhos de chocolate, pele dourada e dono de um sorriso capaz de derreter icebergs.

Ele era lindo, e não precisou fazer nenhum esforço para se tornar um dos mais populares de toda a universidade e ter todas as garotas e até alguns garotos a seus pés. E Kyungsoo fazia parte dos garotos que haviam caído de amores por aquele moreno ensandecidamente lindo. 

Kyungsoo sabia, e odiava, fazer parte do maldito clichê do cara nerd e invisível que se apaixonava pelo cara mais lindo e popular. Mas não era algo que tivesse escolhido, pois se pudesse, nunca escolheria gostar daquele garoto lindo, que vivia rodeado de garotas e garotos atraentes querendo sua atenção e que nunca olharia na sua cara, que dirá corresponderia seus sentimentos.

Era um pouco piegas, e Kyungsoo achava-se extremamente tolo por nutrir aquele sentimento por Jongin, mas a paixão que sentia por ele era real, as borboletas voando no estômago, as bochechas coradas, o coração acelerado, as mãos suando frio, era tudo real. Mas o suplício de viver nas sombras, sempre observando de longe o objeto de seu desejo, desejando a distância aquele que nem notava sua existência, machucava. 

Kyungsoo queria ser notado, visto, enxergado, queria que Jongin lhe dedicasse um daqueles seus sorrisos grandes e brilhantes que tinham o poder de lhe tirar o fôlego. Queria a intimidade que o calouro moreno tinha com o outro calouro loiro e magrelo, e injustamente lindo também.

E a única coisa que fazia Kyungsoo manter a chama de sua paixão unilateral acesa eram os boatos de que Jongin também ficava com outros caras. 

Por mais que não fosse nada agradável imaginar o moreno se atracando com outros caras, quem sabe até mesmo Sehun, o calouro magrelo, como nomeava em sua mente o alvo de seu desafeto por um simples ciúmes que só tinha fundamentos em sua cabeça, pelo menos aquele fato servia para lhe dizer que talvez Jongin não fosse tão inalcançável assim. 

E Kyungsoo estava decidido a chamar a atenção de Jongin. A tê-lo, nem que fosse por apenas uma noite.

Na verdade seu plano era bem simples, e envolveria ter de abrir mão de toda a mesada que havia juntado por meses. Mas se fosse para ter Kim Jongin, ou para ser dele, valeria a pena. Porque dinheiro nenhum no mundo compraria a sensação de pertencer mesmo que por instantes contados àquele que lhe perseguia em sonhos e habitava seu coração. 

E até ali seu plano havia dado certo. 

Por mais romântico que fosse, Kyungsoo sabia que seu sentimento sincero não seria o suficiente para captar a atenção de Jongin. Na verdade, o máximo que conseguiria do moreno se chegasse nele e confessasse seus sentimentos, seria sua piedade, sua pena. E Kyungsoo também tinha total consciência que para chamar a atenção de um dos caras mais cobiçados da universidade, a aparência contava e muito. 

Sabia que aquele círculo social de popularidade era fútil o suficiente para só se importar com a aparência externa, e não que pudesse afirmar que Jongin fosse dessa maneira, tão superficial, mas com tantas beldades ao seu redor, ele nunca olharia duas vezes para um rapaz baixinho, de olhos grandes demais e sem nenhum charme em especial. 

E era por isso que sentia-se tão desconfortável naquela calça jeans apertada demais em sua concepção, mas que ressaltava seus atributos naturais que sempre fizera questão de esconder em roupas largas. Sentia-se exposto com a camiseta fina e gola em V mostrando mais do que estava acostumado e a jaqueta de couro pesada lhe fazia suar em expectativa no rastro da essência almiscarada forte de seu perfume que deixava para trás conforme caminhava. 

Mas não havia o que temer nem porque sentir-se nervoso realmente, percebeu Kyungsoo ao cruzar o gramado lotado de desconhecidos e um ou outro estudante que reconhecia de vista do campus. Ao sair de casa e olhar-se no espelho pela última vez, apesar do reflexo lembrar pouco o "eu" que estava acostumado a encontrar ali todas as vezes que se encarava, Kyungsoo soube que o rapaz que lhe mirava com a pele alva naturalmente retocada por uma leve maquiagem, de roupas caras que salientavam perfeitamente as curvas sutis do seu corpo e o cabelo negro em um corte despojado e um penteado que ressaltava o rosto que pela primeira vez lhe parecia atraente, estava a altura de conquistar a atenção de seu alvo. Estava a altura de Kim Jongin. 

Os olhares nem um pouco discretos em sua direção, apenas aumentavam a confiança de Kyungsoo conforme se encaminhava para dentro da casa aonde havia a maior concentração de pessoas e uma música alta ressoava. Estava chamando atenção, e pelos sorrisos das garotas em sua direção, ela era positiva. Agora só precisaria encontrar Jongin no meio daquela multidão.

Abrir caminho no meio da massa de pessoas não se mostrou fácil, principalmente quando nem mesmo sabia aonde começar a procurar pelo moreno. E Kyungsoo realmente não queria pensar a respeito do que faria quando o encontrasse. Confiava em seus instintos para lhe guiar. E se esses não lhe respondessem, nada que algumas doses de álcool e muita sorte não resolvessem. 

E quando Kyungsoo finalmente encontrou o moreno, teve de xingar-se mentalmente por não ter pensando naquilo antes. Jongin estava na pista de dança improvisada na sala de estar, e por ele ser dançarino, aquilo era quase óbvio. Mas qualquer diálogo de repreensão interna parou no momento que Kyungsoo realmente viu o moreno. 

Ele estava lindo como sempre, e mesmo o simples conjunto do jeans escuros e camisa branca com as mangas dobradas até o cotovelo pareciam ressaltar ainda mais, se é que era possível, as características exóticas e a beleza singular do moreno que estava dançando com um outro rapaz loiro.  

Mas era óbvio que aquilo aconteceria. E era óbvio que Kim Jongin não ficaria muito tempo sozinho ou desacompanhado em uma festa daquele porte. 

Seu ânimo foi fortemente abalado por aquela visão da dança quase íntima de Jongin com o loiro de traços delicados que sabia se tratar de um aluno intercambista, e aquilo feriu gravemente sua confiança. O garoto loiro era lindo, obviamente, e apesar do corpo obviamente másculo, os traços de seu rosto lhe lembravam vagamente uma boneca de porcelana. Era claro que Jongin se interessaria por ele, e os sorrisos que ele dirigia ao loiro diziam sem palavras se fazerem necessárias como ele estava gostando do modo provocativo do outro dançar insinuativamente a sua frente. 

– Chinês filho da puta,– Kyungsoo grunhiu em frustração para si mesmo.

Aquilo não estava em seus planos. 

E sem ter algo de melhor para fazer enquanto pensava em uma maneira de reverter a situação a seu favor, dirigiu-se a uma mesa encostada à uma parede na qual haviam dispostas uma diversidade de bebidas que pareciam uma opção de passatempo muito melhor que observar Jongin quase se atracando com o chinês com traços de boneca. 

Olhou momentaneamente perdido para a variedade de bebidas, incerto de sua escolha no meio de tantas opções. Não tinha o costume de beber, e causar vexame estava fora de seus planos, mas quando encontrou uma garrafa de vodka, foi certeiro em sua direção, mesclando em um copo descartável vodka e energético. Mais vodka do que energético. 

Tentou não parecer muito deslocado naquele ambiente abafado e superlotado, apesar de sentir-se dessa maneira, e colocou a expressão mais confiante que possuía no rosto para não denunciar como sentia-se desconfortável aos olhos que ainda pairavam em cima de si, com curiosidade e desejo. Em outro momento poderia muito bem sentir-se surpreso, lisonjeado, mas com seu plano de aproximação de Jongin parecendo impossibilitado, Kyungsoo sentia apenas desânimo. 

Desânimo e uma ardência filha da puta descer goela abaixo com o gole exagerado que deu no conteúdo duvidoso de seu copo. Mas não vacilou, e corajosamente deu outro gole, e mais outro, e outro, querendo que qualquer que fosse o efeito que a bebida provocasse, que fizesse logo. Que talvez trouxesse alguma clareza a sua mente e uma alternativa além da desistência do plano que tivera de esforçar-se tanto para levar adiante até aquele ponto. 

– Vai com calma, gracinha.

Mas uma voz aveludada falada contra seu ouvido cortou-lhe a linha tumultuada de seus pensamentos, chamando a atenção até seu dono parado a seu lado com um sorriso de lado, que Kyungsoo não poderia negar, era irresistivelmente atraente, mas definitivamente não era seu tipo. Oh Sehun. 

– Não preciso de babá, muito obrigado,– respondeu seco, fingindo-se de indiferente a presença do melhor amigo de Jongin ao seu lado. Não era bem ele que queria ter chamado a atenção naquela noite. 

– Cuidado com essa boquinha linda...– Sehun provocou não parecendo abalado com seu aparente desinteresse.

– Porque senão o que você faria?– questionou Kyungsoo arqueando uma sobrancelha na direção do loiro.

– Se quiser eu te mostro...– ele abriu um sorriso, aproximando-se ousadamente e pousando uma das mãos na cintura de Kyungsoo, sugestivo. 

– Eu dispenso,– Kyungsoo foi firme, colocando uma mão no peito do loiro impedindo-o de aproximar-se mais. 

– Quer dizer que você é do tipo difícil? É desses que eu mais gosto sabia?– Sehun insistiu, e Kyungsoo desviou o olhar suspirando irritado até focar o olhar na cena que antes repudiava mentalmente.

Jongin e o outro loiro ainda dançavam em seu campo de visão, e talvez fosse o álcool, talvez fosse seu óbvio desespero com a situação embaraçosa em que se encontrava, mas naquele momento, uma ideia pintou na mente de Kyungsoo. 

– Sério?– perguntou, voltando os olhos até o loiro que lhe encarava como um predador encararia sua presa.

– Muito sério.

A firmeza em sua resposta foi o suficiente para Kyungsoo resolver que talvez sua ideia não fosse tão ruim assim. 

– Está vendo aquele loiro dançando ali? – apontou com a cabeça na direção do loiro que dançava colado à Jongin.

– O que tem ele? – Sehun perguntou desviando os olhos até a cena apontada. 

– Ele me disse que estava muito afim de você,– mentiu Kyungsoo. 

– Mas ele tá quase transando com meu amigo no meio da sala...– Sehun franziu o cenho na direção do rapaz indicado. Kyungsoo quase riu da burrice do loiro que parecia crer realmente em sua afirmação, mas se conteve. 

– Isso é o que ele quer que você pense. Ele só está querendo chamar sua atenção...– continuou com sua persuasão. 

– Sério? – Sehun perguntou-lhe com a expressão confusa, ainda parecendo duvidar da informação.

– Muito sério,– foi a vez de Kyungsoo responder, com um sorriso de encorajamento. 

E Sehun não precisou de mais incentivos para largar sua cintura e andar com passos firmes e um sorriso de lado no rosto até o loiro que dançava colado à Jongin, puxando-o pela cintura possessivamente e sussurrando algo contra o ouvido dele que foi motivo de um sorriso se abrir entre os lábios delicados do loiro que a pouco se esfregava despudoradamente em Jongin. Logo os dois loiros já estavam de mãos dadas se encaminhando sabe-se Deus para onde, mas Kyungsoo tinha uma boa ideia para fazer o que.

O mesmo que iria fazer com Jongin agora que tinha o caminho livre. 

Jongin não pareceu incomodado de ter seu parceiro roubado por Sehun, talvez fosse um costume de compartilharem parceiros, então o moreno continuava exatamente no mesmo lugar, dançando em movimentos despreocupados e sedutores. Como se até o ato de respirar para ele fosse algo banhado em malícia. 

Era aquele momento, ou nunca mais. 

Apenas para ganhar mais uma dose de coragem e perder uma de consciência Kyungsoo virou mais um gole daquela vodka que desceu queimando pela garganta como um líquido de ação corrosiva e colocou o copo de lado. 

As luzes estavam baixas, então não podia ver Jongin perfeitamente, mas apenas o vislumbre da sombra de seu corpo esguio dançando conforme a música em movimentos ritmados, ensaiados, sensuais, eram o suficiente para fazer as pernas de Kyungsoo fazerem o caminho até ele automaticamente, como um imã poderoso agindo com seu magnetismo infalível sobre si. 

E no segundo seguinte, Jongin não era apenas mais um alvo inalcançável, ele era de carne e osso, um deus encarnado, e ali, ao alcance de seus dedos, de seu toque, logo a sua frente separado apenas por centímetros, tão próximo que conseguia sentir o perfume amadeirado preenchendo seu olfato como uma essência inebriante, entorpecendo seus sentidos assim como a música alta que lhe dava a impressão de pertencer a outra dimensão. Uma dimensão em que existia apenas a si e a Jongin dançando ali próximo, desapercebido de sua presença mas exercendo aquela atração irresistível, como se o moreno fosse o Sol, e ele apenas orbitasse ao seu redor, como um mero satélite operado por seu poder de magnetismo.

Kyungsoo esqueceu de tudo naquele momento que se aproximou do moreno com a música alta lhe preenchendo os ouvidos, movendo-se em um ritmo comandado por algo em seu íntimo e fitando cada ínfimo detalhe daquele rosto lindo que tinha os olhos fechados, como em um transe. 

Olhando de perto aquela pele brilhante e orvalhada de suor, o queixo bem definido, o maxilar sedutoramente proeminente e aquela boca, aquela boca de lábios grossos que beijava em seus sonhos, Kyungsoo via todos seus esforços valerem a pena. 

E quando os olhos pequenos e puxados se abriram para dar lugar aos olhos de íris castanhas rodeados por pesados cílios negros, fixados em nenhum outro lugar além de dentro dos olhos de Kyungsoo, como se o flagrasse em seu momento de adoração, o sorriso de lado exibindo os dentes brancos e perfeitos que Jongin abriu em sua direção, fez tudo que fizera parecer pouco. 

Inconscientemente, ou talvez magneticamente, agindo de acordo com os atos alheios, Kyungsoo sorriu de volta, esquecido de qualquer timidez, qualquer vergonha que pudesse lhe tomar por estar sorrindo e se comunicando tão intimamente através do olhar com o moreno alvo de todo e qualquer afeto seu.

A música continuava tocando, e Kyungsoo não reconhecia a letra em inglês acompanhada da batida forte, mas seu corpo se movimentava como se ela fizesse parte de si, como se ela preenchesse suas veias entorpecidas e guiasse seus movimentos sem necessidade de seu sistema nervoso interferir no processo.

Não era atuação, fingimento, e apesar de ter achado que precisaria atuar, encarar uma personagem quando estivesse perto do moreno, não havia nada de falso em seus atos ou de ensaiado quando ainda trocando sorrisos e uma conversa muda pelo olhar com o moreno, passou seus braços ao redor do pescoço dele.

Era tão natural, espontâneo, e talvez  fosse por já ter imaginado tal cena tantas vezes em sua cabeça que não havia nada de forçado ou apelativo naquela dança que se tornou provocativa assim que Kyungsoo deixou claro suas intenções com aquele quase abraço sutil. 

Mas Jongin não pareceu desaprovar, muito pelo contrário, o sorriso de canto, aquele de tirar o fôlego, se escancarou para um sorriso grande que transfigurou a expressão serena no rosto bonito para uma tão maliciosa que fez um arrepio cruzar a espinha de Kyungsoo. 

Como Jongin tinha o poder de se transformar tão rapidamente, de aparentemente doce para extremamente sensual no momento seguinte, Kyungsoo não sabia, mas era essa faceta misteriosa e única que lhe atraia no maior que passou um dos braços longos por sua cintura, lhe puxando firmemente até que tivessem os peitos colados e as pernas quase entrelaçadas uma na outra.

Jongin era quente, muito quente, e Kyungsoo sentia-o irradiar calor mesmo com a roupa colada se fazendo uma intrusa desnecessária entre os corpos.

– Eu te conheço de algum lugar? – Jongin perguntou não perto, mas colado contra seu ouvido, deixando seus lábios grossos tentadores roçarem contra sua pele em uma carícia que Kyungsoo não soube identificar se foi proposital, mas que lhe provocou da maneira certa.

– Eu acho que não,– respondeu, falando alto para se fazer ouvido em meio a música alta e as vozes que se misturavam na baderna que se passava ao redor.

– Qual o seu nome?– Jongin perguntou, sem mover um músculo para se distanciar daquela dança de corpos colados, o braço ainda nas costas de Kyungsoo e os lábios ainda contra seu ouvido. 

– Kyungsoo,– respondeu, gostando da forma que a voz de timbre rouco fazia cócegas quando falada contra sua pele e da maciez daqueles lábios grossos que pareciam lhe beijar a cada vez que tocavam sua pele para verbalizar uma palavra. 

– Muito prazer, Kyungsoo, eu sou Jongin,– ele se apresentou. Mas não era necessário.

Kyungsoo sabia que seu nome era Kim Jongin, e que seu apelido para seus amigos mais chegados era Kai, por exemplo. Sabia também que ele era um exímio dançarino, e ninguém poderia se comparar a si naquele quesito. Kyungsoo sabia que o moreno praticava balé e jazz desde pequeno, e sempre que podia, fugia de suas próprias aulas para ver o moreno praticar, e encantar a todos a seu redor com sua dança tão cativante, tão bonita de se ver. 

Kyungsoo sabia cada mínimo detalhe que se poderia conhecer sobre o outro apenas com sua observação a distância, das sombras, por isso Jongin não precisava se apresentar, não para si, mas mesmo assim adicionou com uma malícia que não reconheceu como pertencente à si próprio ao pé do ouvido dele:

– O prazer é todo meu,– e mordiscou travessamente a ponta da orelha de Jongin, passando os dentes levemente na cartilagem para se afastar depois. 

O sorriso que ganhou em troca, entretanto, foi impagável. 
Luxúria, malícia, surpresa e satisfação dançavam nos olhos castanhos e calorosos, e a mão que repousava contra suas costas adicionou mais pressão em sua pele, colando os corpos de uma forma que beirava ultrapassar os limites do possível, a outra mão serpenteou por suas costas e foi descansar contra sua nuca, e o afago depositado ali pareceu o carinho mais gostoso do mundo para Kyungsoo. 

– Seu sorriso é uma graça sabia? – Jongin comentou, sorrindo contra sua pele, e Kyungsoo gostou demais do tom sorrido que ele empregou na voz.– Como eu nunca te vi antes, hein? 

– Talvez você nunca tenha me notado...– deu de ombros, com um ar de divertimento apesar do fundo de verdade em suas palavras. 

– Impossível,– Jongin respondeu certo do que dizia, inclinando-se na direção de Kyungsoo e roçando seu nariz contra o dele.– Eu estou muito afim de te beijar agora, Kyungsoo,– segredou. 

O coração de Kyungsoo falhou uma batida com aquelas palavras, o ar ficou rarefeito em seus pulmões com aquele carinho, mas um sorriso se delineou em seus lábios antes de encontrar a própria voz para responder a frase que nunca imaginara ouvir saindo daqueles lábios. 

– E o que é que você está esperando?


Notas Finais


huehuehue fui fdp por acabar o capítulo aí, né? Eu sei lol

Essa é minha primeira tentativa de escrever algo sem ser uma OS, e vai ter acho que só três capítulos, sendo que o próximo já está pronto, e pretendo postar em uma semana pra dar tempo de escrever o último LADKLAKDLA q

Beijos e até o próximo <3


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