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História Plano Perfeito - Capítulo Dois


Escrita por: HANA_NIM

Notas do Autor


Gente, eu ainda estou besta com esses mais de 100 favoritos em 4 dias e tantos comentários <3 sério, nem eu esperava tanto amor assim, então desde já, muito obrigada ;-;
E respondendo a todos os pedidos, aqui está o capítulo mais cedo, só porque eu sou muito legal, ok? n

Boa leitura!

Capítulo 2 - Capítulo Dois


No momento em que as palavras deixaram sua boca, Kyungsoo quis retirá-las. Aquele não era seu comportamento habitual, entretanto, ao lado do moreno, era como se fosse tomado por outra personalidade. Sua resposta a ele era apenas natural, intuitiva. E Jongin não parecia desaprová-lo. 

– Você é ousado,– Jongin disse com centímetros separando sua boca da de Kyungsoo. – E eu gosto disso. 

E quando ele cruzou a distância mínima entre os lábios, o beijo foi diferente de tudo que Kyungsoo pensava que seria. Foi lento e suave, e Jongin não fez questão de apressar nada quando colou os lábios, apenas explorando a boca contra sua e sentindo Kyungsoo lhe corresponder na mesma sintonia.

Quando as línguas se encontraram por entre os lábios entreabertos, as mãos de Kyungsoo foram até o pescoço bronzeado, sentindo-se momentaneamente incapaz de manter o próprio equilibro ao sentir Jongin lhe beijando com um desejo explícito e uma delicadeza dosada que foi o suficiente para sentir borboletas dançarem no seu estômago. 

Kyungsoo podia dizer que sentia-se flutuar ao estar beijando Jongin daquela maneira, porém os braços fortes lhe rodeando faziam questão de lhe prender ao chão, a realidade que parecia muito melhor que qualquer fantasia boba. Era muito diferente do que algum dia já havia imaginado, era muito melhor. 

Precisou ficar na ponta dos pés para ficar na mesma altura de Jongin e corresponder o beijo exigente apropriadamente, mas aquilo pouco importou para Kyungsoo ao sentir uma das mãos dele se atreverem por debaixo do tecido de sua camiseta e tocar o início de sua coluna, subindo com a ponta dos dedos pela linha de sua espinha e roubando um arrepio por entre o beijo lento e profundo que foi interrompido por segundos o suficiente para dar voz a um ofego surpreso e Jongin mordiscar seus lábios, travesso. 

O moreno era intenso, mas Kyungsoo não esperava que fosse diferente. Não esperava que os beijos dele fossem qualquer outra coisa além daquele ósculo que estava lhe tirando o fôlego e fazia seu corpo clamar por mais, mais e mais de Jongin. Kyungsoo talvez estivesse imaginando coisas, porém, sentia uma reciprocidade inegável nas carícias trocadas, uma química forte e impossível de ser ignorada. 

Seu coração de apaixonado dizia que talvez eles fossem realmente feitos um para o outro, mas já seu corpo quente pelo desejo era mais prático, e sinalizava sem palavras o quanto Jongin mexia com outros sentidos além do coração. 

Por entre o beijo e o balançar sutil dos corpos que pouco se parecia com uma dança ainda no ritmo da música, Kyungsoo dirigiu uma das mãos até o cós da calça de Jongin, puxando-o de forma a colar os quadris sem se importar de ainda estarem naquela sala abarrotada de gente ao redor. Queria senti-lo por completo, da mesma forma que queria que ele sentisse o quanto mexia consigo. E nada mais importava além do beijo profundo que trocavam e da mão quente de Jongin contra sua cintura, lhe apertando com possessividade e quase descontrole em resposta do roçar provocante dos quadris. Dentro daquele abraço possessivo quase podia acreditar que pertencia realmente ao moreno. 

– Você está querendo me enlouquecer, não é? – Jongin disse rouco, quebrando o beijo com a respiração ofegante. 

– Por que? Eu estou conseguindo? – Kyungsoo respondeu com a respiração entrecortada, não muito diferente do moreno. 
Jongin porém não respondeu em palavras, pegando uma das mãos alvas contra seu quadril e dirigindo até seu membro encoberto pela calça jeans.

– Sente como eu estou crescendo,– provocou.– Isso responde sua pergunta? 

Kyungsoo dessa vez não teve resposta, e mordeu o lábio inferior ao ficar sem palavras, fechando os olhos extasiado ao sentir o calor da mão de Jongin contra a sua pressionando-a contra o próprio membro. Sua mão estava tremendo, mas nem isso o impediu de apertar o volume que começava tomar forma debaixo do tecido, ouvindo um ofegar e sentindo a respiração quente de Jongin resvalar seu pescoço.

Jongin desceu com beijos molhados no pescoço branco mordiscando a pele e puxando o corpo menor que o seu como se eles já não estivessem colados, quase fundidos naquele abraço que era uma bagunça de mãos se resvalando, descobrindo, explorando o corpo um do outro. 

Seu pescoço era uma área extremamente sensível, e ao sentir a língua molhada do moreno deslizando naquela região, Kyungsoo não conseguiu conter um gemido que foi abafado pela música alta. As pessoas ao redor já haviam sido esquecidas a muito, e Kyungsoo pouco se importou se estavam dando o que falar com aqueles beijos obscenos e mãos bobas quando intrometeu uma das mãos dentro da camisa do moreno e tocou o abdômen bem definido e orvalhado de suor acariciando a pele morena que se arrepiou debaixo de seus dedos. Queria fazê-lo sentir o mesmo calor que sentia, as mesmas sensações que tomavam seu corpo como uma descarga elétrica de pura excitação. 

Uma mordida mais forte foi depositada contra seu pescoço, e outro gemido teve de ser contido ao Jongin dirigir uma das mãos até suas nádegas sem delicadeza alguma e chocar os quadris de forma que pudesse sentir agora com perfeição o volume formado dentro de suas calças.

De repente aqueles beijos haviam tomado um rumo diferente e inapropriado para o lugar em que estavam. 

– Vamos sair daqui? – Jongin repentinamente tinha pressa de ficar a sós com Kyungsoo.

– Eu pensei que você não ia pedir isso nunca,– Kyungsoo respondeu sem esconder sua ansiedade. Não havia porque fingir que não estava tão excitado quanto ele, não quando seus olhos lhe denunciavam. 

Kyungsoo estava totalmente entregue à armadilha que era Kim Jongin. E seu plano era justamente esse. Sucumbir à ele e não lutar contra algo que no fundo era o que mais queria. 

Jongin não esperou mais nada para lhe puxar pelo pulso para fora da sala, alheio aos olhares reprovadores em sua direção, pois qualquer um que tinha visto os dois aos beijos no meio da pista de dança improvisada saberia o que eles fariam longe de qualquer olhar. Não que qualquer um dos dois se importasse. 

Ao contrário do que Kyungsoo pensou Jongin não lhe levou para o andar superior em algum dos quartos, mas sim para uma porta que não tinha percebido antes no hall de entrada. O armário de casacos. Era apenas um cubículo apertado e ao Jongin fechar a porta atrás de si, trancando-os lá dentro, Kyungsoo percebeu que também não tinha iluminação. 

– O armário de casacos, sério? – Kyungsoo brincou, recebendo de bom grado os braços de Jongin ao seu redor novamente. Poderia se acostumar fácil com a sensação daquele abraço morno e confortável. 

– Eu sei que não é o melhor lugar do mundo, mas todos os quartos devem estar ocupados lá em cima, então...– o moreno desculpou-se, rindo fraco. 

– Eu estou brincando, Jongin. Aqui me parece perfeito,– Kyungsoo disse sorrindo ao entrelaçar seus braços nos ombros largos do moreno. Definitivamente, pouco importava o local, contanto que fosse Kim Jongin ali consigo. E também havia algo de extremamente excitante no fato de que o moreno não podia esperar para ficarem a sós. 

No momento seguinte Jongin voltou a iniciar o beijo urgente que havia sido interrompido, prensando o corpo menor que o seu contra a parede e esfregando sem pudor sua ereção contra o volume de Kyungsoo, contendo todos os gemidos abafados dele em sua boca enquanto continuava com aquelas investidas obscenas de seu quadril contra o dele.

– Você gosta disso?– quebrou o beijo apenas para provocar, indo até a orelha de Kyungsoo, sussurrando rouco e sentindo o corpo menor tremer em seus braços. 

– Sim... Muito,– Kyungsoo respondeu em um tom tão manhoso que mal reconheceu a própria voz. Tinha certeza que poderia gozar apenas com aquelas provocações. 

Não sabia se era o álcool, apenas sabia que estava se sentindo sensível demais, excitado demais, mas desconfiava que o motivo disso tudo fosse apenas um só, com nome, sobrenome, e com o membro duro pressionado contra o seu quadril. 

E Jongin, parecendo satisfeito com sua resposta, ainda mordiscou a ponta da orelha de Kyungsoo antes de voltar a buscar seus lábios, livrando-se da jaqueta dele no ato com suas mãos ágeis e voltando a violar a pele alva debaixo do tecido da camiseta com seus apertos que eram doloridos da melhor maneira possível. 

O beijo causava estalos audíveis e aos ouvidos de Kyungsoo aquilo só tornava o clima mais erótico enquanto tentava desabotoar às cegas a camisa de Jongin, ávido por tocar a pele dourada e gravar no tato sua textura. Entre mordidas lentas nos lábios inchados, Jongin quebrou o beijo de novo, mas dessa vez para dirigi-los até o tórax alvo que havia descoberto parcialmente ao erguer a camiseta de Kyungsoo, levando os lábios até um mamilo, mordendo-o, sugando, e então até o outro, apenas para ser agraciado com os gemidos tímidos que começavam a deixar a garganta de um Kyungsoo totalmente esquecido de qualquer vergonha e timidez. 

Os beijos e as mordidas continuaram descendo, e Kyungsoo teve de se firmar nos ombros de Jongin ao senti-lo desabotoando sua calça enquanto beijava sua barriga, enviando arrepios direto por sua espinha a cada vez que um beijo era depositado contra sua pele sensível. Ao finalmente vencer o fecho Jongin levantou-se novamente e Kyungsoo teve de apoiar a cabeça na parede atrás de si ao sentir a mão dele tocar diretamente seu membro, lhe libertando de qualquer tecido incômodo. 

Um palavrão ficou preso em sua garganta ao morder com força o lábio inferior enquanto sentia a mão ágil de Jongin deslizar por sua extensão, espalhando o líquido que já escapava pela fenda, e nem sequer percebeu que com a outra mão o moreno também se livrava da própria calça. Só notando quando o moreno parou com os movimentos em seu membro, fazendo Kyungsoo abrir os olhos firmemente cerrados que nem lembrava de ter fechado para procurar o rosto de Jongin em meio à penumbra. Por que ele tinha parado? 

– Eu quero saber, Kyungsoo,– ele disse, guiando uma das mãos dele que se segurava firmemente em seu ombro até seu próprio membro.– É isso que você quer? 

E Kyungsoo não precisava de iluminação para saber que o moreno tinha no rosto um daqueles seus sorrisos maliciosos enquanto lhe fazia aquela pergunta. 

– Jongin...– Gemer foi tudo que Kyungsoo conseguiu fazer, sem saber se gemia pela sensação da mão de Jongin lhe masturbando com destreza ou pelo membro duro que tinha entre os dedos e lhe exigia atenção. Talvez um pouco dos dois.

– Me responda,– exigiu Jongin deslizando os lábios pelo maxilar de Kyungsoo. 

– Sim,– Kyungsoo respondeu corado, apesar de timidez não se encaixar muito na situação. E a mão do moreno ainda envolvia a sua enquanto a deslizava pela extensão de seu membro rígido, como que lhe guiando enquanto o dava e recebia prazer. Aquilo não devia ser tão bom. 

– Então me mostra,– ele continuou.– Me mostra o quanto você me quer.

E Kyungsoo entendeu o que aquela frase sussurrada de forma tão incitante significava. 

Jongin soltou sua mão, assim como parou os movimentos em seu membro, e dessa vez foi Kyungsoo quem se abaixou, deixando seus lábios descerem e fazerem o contorno dos músculos do abdômen exposto pela camisa aberta de Jongin até que estivesse com os joelhos no chão e o membro teso do moreno a centímetros de sua face. 

Não era a pessoa mais experiente do mundo em sexo oral, e para falar a verdade Kyungsoo sentia a mão tremer novamente ao tocar no membro rígido do moreno, mas não é como se não quisesse fazer aquilo. Ah, como Kyungsoo queria ser o motivo dos gemidos de Jongin, sentir o seu gosto na sua língua. 

E foi pensando nisso que Kyungsoo dirigiu seus lábios entreabertos até a ereção do moreno, levando a língua até a ponta e colhendo o líquido pré seminal que dali escorria, ouvindo o primeiro gemido da sucessão que veio quando deslizou os lábios de forma a acomodar o volume em sua boca para então fazer o caminho contrário, em um vai e vem ritmado e úmido. 

Kyungsoo gostaria de ver o rosto do moreno enquanto o tocava de maneira tão íntima, mas se contentou com os gemidos roucos que ele soltava, gemendo junto a cada vez que ele chegava próximo a garganta, sentindo um prazer descomunal só pelo fato de estar dando prazer a ele. Era inexplicável e louco, mas era bom demais para Kyungsoo querer parar. Porém, o aperto forte em seu cabelo avisou que Jongin estava próximo de seu limite e com um último estalo alto Kyungsoo se separou do membro de Jongin, levantando-se apenas para ter os lábios atacados no momento seguinte.

As mãos de Kyungsoo se entrelaçaram no cabelo castanho do moreno em meio ao beijo ávido, e ao ter os dois membros se friccionando daquela forma livre sequer se importou ao gemer audivelmente contra a boca do moreno que tentava buscar um preservativo no bolso da calça sem tirar os lábios de cima dos de Kyungsoo. Os dois já estavam em seus limites, e só quando Jongin quebrou o beijo para rasgar a embalagem da camisinha com os dentes foi que Kyungsoo percebeu a enormidade do ato que estavam prestes a fazer. E sorriu para o breu daquele cubículo ao perceber que sim, aquilo estava acontecendo, e que pelo menos naquela noite, Jongin era seu, e agora também seria inteiramente dele.

– Vira de costas pra mim, Kyungsoo,– pediu Jongin assim que deslizou a proteção em seu membro rígido, cortando qualquer pensamento que Kyungsoo pudesse ter naquele momento. 

Kyungsoo não era mais virgem e ao mesmo tempo que isso tornava a situação mais fácil, também a tornava difícil, pois sabia da dor inevitável que iria sentir. Mas naquela altura, aquilo era a última coisa que importava no mundo, e foi sentindo aquele típico frio na barriga temeroso que se virou de costas para o moreno, ficando de frente para a parede, sentindo-o lhe abraçar por trás e o membro duro roçar suas nádegas. Apostava que a dor não importaria muito quando aquilo tudo estivesse dentro de si. 

– Apenas relaxe, ok? 

E não tinha como não relaxar com aquele tom suave, quase calmante ao pé de seu ouvido, e foi exatamente o que Kyungsoo fez ao sentir os dedos do moreno  lambuzados com o lubrificante do preservativo se atreverem por entre suas nádegas e roçarem sua entrada. 

Um gemido cortou sua garganta com a sensação gélida em uma área tão sensível, e então Jongin lhe penetrou com dois dedos, lhe roubando mais um gemido, dessa vez dolorido. Mas assim como a pontada de dor veio, ela foi, desaparecendo rapidamente para dar lugar aos ofegos de Kyungsoo a cada beijo molhado que Jongin distribuía por sua nuca enquanto lhe preparava de forma paciente. A sensação de prazer só aumentava. 

– Jongin, por favor...– Kyungsoo gemeu, dessa vez de forma longa e lânguida, sentindo os dedos longos do moreno lhe atingir em um ponto específico.

– Mas você já está implorando, Kyungsoo?– Jongin provocou, não parando com os movimentos de seus dedos. Um arrepio cruzou a espinha de Kyungsoo com aquele tom de voz maldoso. 

– Apenas vá logo, por favor...– choramingou Kyungsoo para no segundo seguinte sentir-se vazio.

E então Jongin deu o que Kyungsoo tanto queria, trocando seus dedos por seu membro que já pulsava dolorosamente àquela altura, com dificuldade vencendo as barreiras do interior apertado de forma a arrancar gemidos de ambas as partes. Era dolorosamente bom para os dois. 

Jongin buscou as duas mãos de Kyungsoo e as entrelaçou com as suas, firmando-as na parede para só então começar a se movimentar. 

Um gemido agudo cortou a garganta de Kyungsoo, e nenhum dos dois se importou se alguém do lado ouvisse o que estavam protagonizando ali dentro. Começou como uma fagulha, e então a cada movimento inicialmente cuidadoso do moreno em seu interior, o prazer tornou-se uma chama ardente que Kyungsoo não se importaria nem um pouco se o consumisse. 

Como em uma dança, Jongin conduzia o ato sexual com a primazia de um dançarino talentoso, investindo seu quadril contra o de Kyungsoo em um ritmo que ele apenas precisava acompanhar, ora veloz e curto, ora lento, profundo. E cada vez que o moreno se afundava contra as nádegas fartas de Kyungsoo, por sua vez sentia-o indo de encontro a si, como um par em perfeita sintonia. 

Kyungsoo queria mover-se, tentar descontar as sensações intensas que lhe tomavam de alguma forma, mas seus braços estavam presos acima de sua cabeça e qualquer movimento ficava impossibilitado quando o corpo de Jongin estava completamente sobre o seu, atrás de si, lhe dominando completamente, resvalando cada centímetro da pele dourada exposta com a sua a cada estocada que ele dava em seu interior, fazendo sua cabeça rodar com a sensação de êxtase que começava a tomar forma e derramava-se em forma de adrenalina em suas veias.

– Mais rápido, Jongin...– gemeu Kyungsoo, quase implorando. 

Estava quase lá, mesmo sem poder tocar seu membro sentia que seu ápice estava próximo. Os músculos das suas pernas queimavam por causa da posição desconfortável e por precisar ficar na ponta dos pés para conseguir acompanhar Jongin, mas a sensação daquele membro rígido violando seu interior era muito mais intensa para conseguir se concentrar em outra coisa além daquele prazer localizado. 

E Jongin atendeu seus pedidos, acelerando seus movimentos, sabendo que seu próprio limite estava próximo, chocando com quase violência seu quadril contra o de Kyungsoo, que aumentou a intensidade da voz até que dela só restasse um fio fraco ao sentir o orgasmo tomar seu corpo que tremeu por inteiro sob o de Jongin que só precisou de mais poucas investidas para encontrar seu próprio ápice, gemendo rouco contra o ouvido de Kyungsoo, fazendo questão de ainda mantê-lo naquela posição submissa a si até que tivesse terminado de se derramar em seu interior. 

Ainda com as respirações pesadas Jongin finalmente libertou Kyungsoo da prisão de seus braços, retirando-se de seu interior para se livrar do preservativo. Kyungsoo sentiu suas pernas falharem ao se ver sem o apoio de Jongin e precisou recostar-se contra a parede para recuperar o equilíbrio e o fôlego curto. Um sorriso satisfeito e desacreditado pairava em seus lábios. 

– Aqui,– Jongin disse entregando a Kyungsoo algo que ele não conseguiu identificar naquele breu em um primeiro momento. 

– Um casaco?– estranhou Kyungsoo ao tatear o que estava sendo entregue.

– Para você se limpar,– ele explicou com um riso curto.– Estava pendurado aqui, então... 

– O dono desse casaco vai ter uma surpresa bem desagradável,– Kyungsoo riu junto aderindo a sugestão de Jongin, limpando-se precariamente dos resquícios do que haviam acabado de fazer com o tecido do casaco de algum azarado. 

Aquele sorriso bobo não saía de seus lábios enquanto ele e Jongin disputavam o espaço apertado ao voltarem a vestir-se de forma meio atrapalhada no cubículo escuro. Estava realmente muito quente e abafado ali, mas só agora Kyungsoo tinha se dado conta. E não era para menos, era Jongin ali consigo. 

Mas infelizmente, o tempo tinha passado rápido demais.

– Eu não acredito que a gente fez isso aqui,– Jongin falou em um tom de riso, voltando a passar um braço pela cintura de Kyungsoo. A falta de espaço até que era bem conveniente. 

– Eu também não,– Kyungsoo concordou. Na verdade eu não acredito em muitas coisas que fiz hoje, fez questão de salientar mentalmente. 

– Então vamos sair logo, isso daqui está fedendo a sexo,– zombou o moreno, com um quê de malícia. 

Quando Jongin abriu a porta, a lufada de ar fresco foi muito bem vinda, porém para Kyungsoo ela também veio acompanhada de sua consciência, e ali fora, sem sombras para lhe proteger, sentiu a timidez voltar a lhe assaltar com toda a intensidade e desviou o olhar de Jongin, desconcertado mesmo depois de tudo que haviam feito. Principalmente por causa de tudo que haviam feito. 

– A sua jaqueta,– Jongin lembrou, entregando a peça a Kyungsoo e sorrindo fraco ao perceber como ele parecia envergonhado uma vez que estavam do lado de fora, tão diferente do seu comportamento minutos atrás. 

– Ah, claro, obrigado – Kyungsoo agradeceu ainda encabulado, vestindo a peça e sentindo o cheiro de Jongin impregnado nela. Era delicioso de uma forma viciante.

– Hey,– Jongin chamou levantando o queixo de Kyungsoo com a ponta dos dedos, buscando seu olhar.– Você não está com vergonha de mim, está?– perguntou com aquele sorriso lindo no rosto e Kyungsoo só ficou mais vermelho sobre a mira daqueles olhos castanhos. 

Não havia pensando muito na parte do depois, porque só o durante já parecia improvável demais. Porém ali estava agora, na frente do moreno depois de... bem, fazerem sexo, e não sabia bem como agir. 

– Talvez eu esteja um pouco... – admitiu, mantendo o olhar em qualquer direção menos na do moreno. Ok, agora não era hora de fazer papel de idiota, mas a proximidade com Jongin não ajudava muito.

– Mas você não precisa ficar,– Jongin disse, abraçando o corpo menor, finalmente ganhando a atenção dos olhos grandes.– Que tal a gente ir no banheiro agora? Depois eu quero te apresentar a alguns amigos...– sugeriu, beijando o canto da boca de Kyungsoo.

Já Kyungsoo tinha a mera impressão de que faria qualquer coisa que o moreno pedisse, mas quando ele pedia por sua companhia, se ainda tivesse qualquer resistência, ela tinha acabado de ir por água abaixo. O problema, ou a solução deles, é que Jongin o fazia sentir-se estranhamente confortável, e a última coisa que gostaria no momento era de sair de perto dele.  

– Por mim tudo bem,– Kyungsoo sorriu genuinamente, se dando a liberdade de ficar apenas mais uns momentos com o moreno naquela noite, dessa vez com a sensação de dever cumprido, marcas no corpo, no coração e memória de que seu amor impossível tinha sido possível pelo menos por aquela noite. 

 

 

***

 

 

Ao contrário do que Kyungsoo achava, os amigos de Jongin não eram uns totais idiotas superficiais como havia pensado de início. 

Depois de passar no banheiro para se limpar devidamente e dar-se conta da bagunça que estava sua aparência – os cabelos desgrenhados e marcas no pescoço impossíveis de se esconder–, Jongin o levara até seu grupo de amigos, o que a primeiro momento parecera atemorizante. Eram os caras mais populares da universidade ali no jardim, bebendo e conversando em uma roda, mas bastou apenas alguns minutos de conversa para perceber que eles não eram esnobes como sempre pensara. Assim como Jongin se mostrava mais doce e gentil do que um dia havia imaginado. 

Sehun e o outro loiro, Luhan, também estavam lá, e ao conversar com o chinês, Kyungsoo quase arrependeu-se de ter enganado Sehun a seu respeito. Quase. Porque os dois pareciam estar se dando muito bem juntos e não tinha como se arrepender de verdade quando tinha Jongin ali, ao seu lado, com um braço possessivo sempre em sua cintura, a voz dele ao pé do seu ouvido e vez ou outra um beijo leve depositado em seu pescoço. 

E aquilo era um problema, porque Kyungsoo sabia que hora ou outra deveria se livrar daqueles braços e dizer adeus. E aquela era a parte difícil. Porque querendo ou não aquilo era uma farsa, aquele papel que desempenhava não era ele e desde o início soubera que seriam apenas alguns momentos ao lado do moreno, e nada mais. E não dava para voltar atrás mesmo que seu coração dissesse que aquela noite só servira para se apaixonar ainda mais por Jongin. 

– Eu estou indo pegar mais cerveja, você quer?– Jongin ofereceu. E doeu em Kyungsoo olhar em seus olhos castanhos e recusar. Sabia que aquele era o momento. 

– Não, obrigado. Eu estou bem,– disse, forçando um sorriso.

– Tudo bem então, fique aqui que eu já volto,– Jongin falou, dando um selar breve nos lábios de Kyungsoo, libertando-o de seu abraço antes de se afastar e voltar para dentro da casa. 

Mal sabia ele que aquilo havia sido uma despedida.

Kyungsoo não saberia se despedir dele olhando-o nos olhos, não saberia dizer adeus sendo que a coisa que mais queria era ficar, então aproveitou que ele não estava ali para se despedir de seus amigos e ir embora antes que ele voltasse. Seria melhor assim.

– Você não vai esperar o Jongin voltar?– Luhan estranhou. 

– Eu me despeço dele lá dentro,– mentiu Kyungsoo.– Mas foi um prazer te conhecer, Luhan,– despediu-se e então deu as costas para os amigos de Jongin que naquela noite também foram seus amigos, apenas com um peso no peito lhe fazendo companhia. 

Diferente do que havia dito a Luhan, porém, Kyungsoo não despediu-se de Jongin, porque não saberia como. Era covardia, sabia disso, mas doeria mais em si do que no moreno. Queria realmente ser a pessoa ousada e divertida que ele havia conhecido aquela noite apenas para não precisar dizer adeus, mas infelizmente, essa pessoa não existia. 

Sem pensar muito a respeito, Kyungsoo apenas seguiu até a porta e sem olhar para trás, foi embora sem dar explicações a Jongin.

Tudo que ele precisava ter eram as lembranças daquela noite, e como Kyungsoo conseguiria conviver com aquelas mesmas lembranças, isso ele ainda iria descobrir. 

O plano havia sido perfeito. Mas o felizes para sempre infelizmente não estava incluído no pacote.


Notas Finais


Não sei porque, quando eu plotei essa fic eu só consegui imaginar o lemon em um lugar escuro, apertado e com eles de pé LOL obrigada @TiaMari pela dica do "armário de casacos".

E então, consegui corresponder às expectativas de vcs no limão? Mereço uns comentários marotos? q

Beijos e até o próximo <3


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