História Portal para o desconhecido - Nosso amor é maior que tudo

No capítulo anterior:    

- Mas Urahara disse que... – Ichigo não a deixou falar, selando mais uma vez seus lábios ao dela.

- Para mim não significa nada o fato de estarmos sob o efeito da toxina daquele Hollow. O que realmente importa, é que meu coração diz que foi tudo verdade. Nós nos amamos naquele lugar de forma tão intensa que meu corpo sente falta do seu, mesmo que só tenhamos nos tocado mentalmente – diz interrompendo o beijo.

                                Nosso amor é maior que tudo

- Acho que por mais que tentasse negar para mim mesmo, sempre achei que não foi apenas ilusão o que houve entre nós. Porém, não é apenas isso, Ichigo. Existem tantas coisas que não cooperam a nosso favor – se lamenta.

- Que se danem as coisas ou pessoas que são contra. Minhas escolhas eu mesmo quem faço. Não preciso do consentimento de ninguém para fazer o que tenho vontade – Segura no queixo dela obrigando a encará-lo - Para de ficar pensando em tudo e todos, Rukia. Pelo menos uma vez em sua vida tente pensar no que você quer e faça por você, não para agradar as pessoas que estão a sua volta – Acaricia seu rosto e diz: - Por favor, não me negue o direito de estar ao seu lado, e poder transformar em realidade todo esse amor que não suporto mais aprisionar em meu peito – dá pequenos selinhos na boca da pequena, que fica estremecida com as palavras cheia de emoção do rapaz.

- Ichigo, tenho tanto medo de trazer problemas para você. Nossas vidas são tão diferentes, além do mais, existem as leias da Soul Society, não sei se permitiriam que uma tenente namorasse um humano – fala triste.

- Não tenha medo de nada disso, meu amor! Não esquente a cabeça com essas formalidades.  Não existem nada nem ninguém que possa fazer algo para me separar de você. Nós pertencemos um ao outro, e não há outra verdade além dessas palavras que lhe disse – a envolve em seus braços a apertando fortemente.

- Eu te amo, Ichigo. Perdoe-me por ter sido tão fraca, e não ter lutado pelo que estava sentindo – encosta a cabeça no peito do rapaz tentando se conter para não chorar. Apesar de não ser do feitio de Rukia falar aquelas palavras tão melosas, ela não pode resistir, queria que ele soubesse como ela se sentia em relação a ele.

- Não tem importância sua boba. Nunca mais vou deixá-la sair de perto de mim - sorri feliz por ter finalmente a mulher amada em seus braços. E dessa vez era de verdade.

- Senti tanto sua falta, Ichigo – fala baixinho para ele não notar que ela estava chorando. Mais uma vez a morena não conseguiu conter as lágrimas. A pequena se lamentava mentalmente por estar ficando chorona feito uma humana mimada, mas o que fazer, se sua mente e coração estavam em meio a uma tempestade de sentimentos que a dominavam por completo.  

O ruivo desfez o abraço e a encarou. Sacou-lhes as lágrimas com o dedo polegar, ao perceber que o rosto de sua amada estava todo molhado.

- Apesar de amar muito minha família e amigos. Você é a pessoa mais importante da minha vida. E não digo isso só porque mudou meu destino e me ajudou a enfrentar meus medos e anseios. Mas sim, porque com você consigo ser eu mesmo. Só você, Rukia, conhece o meu verdadeiro “EU” – ele sorriu lindamente para ela, um sorriso que só se revelava para sua amada shinigami.

- Você está virando um idiota romântico, Ichigo – não adiantava mais tentar se manter durona, pois lágrimas pesadas caiam de seus olhos inundando seu rostinho delicado.

- Vê se não se acostuma sua bobona, viu? Porque nunca mais vai me ouvir falar essas coisas melosas outra vez – toca com o dedo indicador na testa da pequena, fazendo-a ficar com a expressão de zangada, devido a provocação do “amigo”.

- Ora seu... – Rukia se armou para dar uma voadora em Ichigo, porém não foi possível nem terminar sua frase, pois o rapaz puxou seu pequeno corpo bruscamente para junto do dele. Levou a boca até ao pé do ouvido da morena e disse:

- Dorme comigo hoje, meu amor? – sussurrou com sua voz rouca,  fazendo a morena sentir um arrepio percorrer por todo seu corpo.

- I... Ichi... go, acho melhor não! – quase não conseguiu falar, pois ele beijava e acariciava seu pescoço.

- Fica! Por favor! – O ruivo mordiscou a ponta da orelha da pequena que não resistiu e gemeu baixinho – Sinto tanta falta de dormir com seu corpo aquecendo o meu – ele disse essas palavras enquanto beijava várias partes do rosto de Rukia como: testa, bochechas, nariz e queixo.

- Ok, eu fico – sussurra para ele. Não tinha como dar outra resposta devido o jogo sujo que o rapaz estava fazendo. Os lábios da morena ansiavam desesperadamente os de seu amor com urgência.

Ichigo sorriu ao ouvir as palavras da baixinha, e sem mais delongas a beijou, sugando seus lábios avidamente, enquanto introduzia a língua na boca da garota que tentava se manter calma, pois seu coração acelerava a mais de mil. Sem conseguir controlar seus impulsos, Rukia chupou, de forma ávida a língua do rapaz, se deliciando com o sabor inconfundível de seus lábios.

O shinigami substituto deslizava as mãos pelas curvas da morena, como em: costas, braços e cintura. E mesmo fazendo um esforço para resistir, não tinha como evitar,  acariciavam de igual modo as coxas da linda tenente. E algumas vezes até subia um pouco o vestido da garota de forma sorrateira, para que a mesma não se zangasse com ele.

Não demorou muito para que o pudor do rapaz se extinguisse quase por completo. Pois Ichigo não conseguia mais conter todo desejo que sentia ao tocar no corpo sensual de sua amada baixinha.

A boca do rapaz se revisava entre os lábios de Rukia e o pescoço. As respirações de ambos estavam mais que ofegantes, e a excitação a mais de mil.

Toda vez que a boca do ruivo, tocava a da baixinha em um beijo, ele trazia seu corpo para mais próximo do seu. Apertava firmemente contra o seu. As mãos ágeis de Ichigo tentavam desabotoar o vestido da morena, que se assustou quando percebeu as intenções do rapaz.

- O que houve? Algo de errado? – o ruivo pergunta preocupado, ao ver a cara de espanto dela, e em seguida a morena afastou seu corpo do dele.

- Não, não é nada disso, Ichigo! Só acho que estamos indo rápido demais – disse meio tímida com as bochechas rosadas.

- Desculpe-me! Você tem razão! – sorriu ao notar que ela ficou corada.

Ichigo a beija de forma suave. As mão se entrelaçam nos cabelos negros da tenente.

- Acho melhor eu ir dormir com suas irmãs, você está muito animadinho – sorri se divertindo com o bico que ele fez.

- Ah não, Rukia! Dorme comigo! Prometo que vou me comportar – resmunga de bico para ela.

- Está bem, seu manhoso, teimoso – mesmo sabendo que a melhor opção era sair dali e ir dormir com as irmãs de Ichigo sem dar ideia aos pedidos do rapaz. Rukia não conseguiu, pois ficar ao seu lado também era o desejo da morena. Sentia falta de dormir aninhada nos braços do ruivo. Isso estava mais que óbvio.

Ele a conduz até a cama. Ambos se deitam, Rukia se acomoda no tórax de seu amado. Não demorou muito para que ela adormecesse. Ichigo por sua vez, passou quase toda noite acordado, admirando a beleza da linda morena que dormia em seus braços.

Finalmente o coração do substituto está em paz.É, não tinha mesmo como negar, Rukia exercia um poder tão grande sobre o ruivo. Não importava o tamanho da tempestade que se formava em seu interior. Com apenas poucas palavras e um lindo sorriso, o sol voltava a brilhar, não deixando rastros do estrago que a chuva havia feito em seu ser.

Na manhã seguinte:

- Como assim Rukia-chan não dormiu em casa? – se desespera o líder da família Kurosaki, ao saber que sua terceira filha não havia passado a noite no conforto de seu quarto.

- Foi exatamente o que eu disse pai! Posso saber o porquê de tanto escândalo? Não é a primeira vez que Rukia some sem avisar – fala Karin sem muita paciência com o ex-capitão.

- Oh não! Será que ela foi sequestrada? Ou apareceu um vilão maligno e fez mal para minha querida filhinha? – choraminga ignorando totalmente o que a garota havia dito.

- Pai fica calmo! - Yuzu tentava tranquilizar o mais velho que já estava à beira de um infarto – Agora mesmo viu Kon jogado no chão do corredor. Ele estava aos prantos, porque viu Kuchiki-san no quarto de nii-chan.

Sem mais delongas, os três correm para o corredor a fim de, interrogarem o ursinho de pelúcia. O encontraram estirado no chão chorando sem parar. Exatamente como Yuzu havia dito.

- Explica direitinho essa história de minha querida filhinha estar no quarto do pervertido do Ichigo, seu bicho de pelúcia inútil – Isshin levanta o urso pelas orelhas.

- Como ousa me tratar como se fosse lixo, seu velhote? – Kon pula emcima de um dos móveis que decoravam o ambiente.

- Para de fazer rodeios e diz de uma vez - o ex-capitão se exalta com ele.

- Pedindo dessa forma tão gentil, não me resta muitas alternativas né? Claro que falo – diz mansinho ao se deparar com a expressão assassina de Isshin.

- Fala logo Kon! – os três exclamam de uma só voz.

- Está bem, está bem! Fiquem calmos, e por favor, não gritem, estou morrendo de dor de cabeça – Todos o olham com expressão assassina no rosto. Temendo sua morte, que parecia cada vez mais eminente. Kon se apressa em relatar tudo que sabia sobre o “desaparecimento” de Rukia – Noite passada, foi ao quarto das meninas dar um beijo de boa noite em minha querida Nee-san, quando cheguei lá, notei que ela não estava. Então deitei em sua cama, e resolvi esperar. Acabei pegando no sono. Ao acordar pela manhã, constatei que minha querida Nee-san havia passado a noite fora. Foi nesse momento que o pânico tomou conta de mim. Corri para o quarto de Ichigo a fim de, informar o desaparecimento dela. Quando abri a porta, presenciei uma cena que jamais sairá de minha mente – as palavras de Kon eram cheias de dramas e choramingo.

- O que você viu? Desembucha Kon! – Isshin estava à beira da loucura devido o suspense que o bichinho de pelúcia estava fazendo.

- Minha amada, querida e doce Nee-san, dormia na cama de Ichigo. Eles estavam abraçados feito um casal de apaixonados. Seus corpos estavam exageradamente colados um no outro, tanto que era impossível identificar onde começava o delicado corpinho da Nee-san e onde terminava o do patife do Ichigo – O ursinho berra essas palavras aos “prantos”. Todos arregalaram os olhos incrédulos – Eu pulei na cama e tentei defender bravamente a honra da minha querida irmã, mas foi cruelmente lançado para fora do quarto. Ichigo me jogou pela janela. – lamentou-se, claro que cheio de drama, muito drama.

- Oh não! Será que Ichigo fez algum mal para minha terceira filha? – Isshin se apavora.

- É mais fácil ela fazer mal ao Ichi-nii, que o contrário pai – Karin zomba da cara dos dois bobões que choramingavam sem parar.

O patriarca da família caminha apressadamente rumo ao quarto de seu primogênito.

- Papai, não pode entrar no quarto de nii-chan sem bater, isso é invasão de privacidade. Ele vai ficar muito zangado com o senhor se fizer isso – Yuzu entra na frente do pai e o orienta, que não dá a mínima para as palavras da filha. Retira a garota de sua frente e abre a porta do quarto de Ichigo sem fazer rodeios.

- Não seja boba, Yuzu. Quando foi que nosso pai se importou com a privacidade de Ichi-nii – Karin fala para a irmã, diante da invasão já concluída do ex-capitão ao quarto de seu herdeiro.

Ichigo e Rukia estavam deitados na cama exatamente como Kon havia dito. O casal dormia tranquilamente, totalmente alheio aos olhares espantados que os observavam.

- Papai vamos sair daqui antes que nii-chan acorde – a ruivinha sussurrava, porém, mais uma vez Isshin não à escutou.

- Isso não pode ser real, por favor, queridas filhas! Me digam que essa visão não é real. Meus olhos só podem estar me pregando uma peça – o mais velho exclamou em alta voz, que acabou acordando de seu tranquilo sono, o casal de apaixonados.

- Mais que rebu é esse no meu quarto?! – Ichigo reclamou de mau humor, ao ser acordado pelos gritos de seu pai. Rukia senta-se na cama e esfregou os olhos sonolenta.

Continua...