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História Proibida Pra mim - Veredicto


Escrita por: UchihaNarciso

Notas do Autor


E depois de 1500 anos... Voltei! Primeiramente devo dizer que Era pra esse cap ter saído mais cedo, só que meu not tá no prego, então tive que reescrever tudo no meu Pc que não faz muito tempo, voltou a atividade! mas desculpas á parte, ainda vou responder os comentários do cap anterior e esse cap ficou até curtinho... Foi complicado escrever ele e acho sinceramente que não está bom... Reta final de fanfic me mata... Bom, boa leitura e desculpe pelo cap e pela demora! :*

Capítulo 36 - Veredicto


“- O tempo ainda promete ficar bastante abafado nesse fim de semana e é provável que as pessoas vão ás praias para desfrutar desse calor.

- Obrigado pelas informações, Sorano. – A jornalista sorriu gentilmente e logo a imagem da albina sumiu completamente da tela. A mulher ajeitou uma mexa de seu curto cabelo atrás da orelha e retomou o ar sério, dirigindo os olhos mais uma vez para a câmera. – Na tarde de ontem aconteceu a audiência sobre o acidente ocorrido mês passado o qual o herdeiro legítimo de Vicelogia Eucliffe, presidente temporário da Sabertooth, atropelou a herdeira da empresa, Lucy Heartfilia que estava grávida de Natsu Dragneel, filho de Igneel Dragneel, resultando assim na morte do bebê de dois meses de gestação. O caso foi ao tribunal e contou com a presença de diversas testemunhas oculares, assim como amigos do casal. De acordo com nossas informações, foi revelado que no dia do acidente, Sting Eucliffe havia usado uma grande quantidade de maconha e segundo seu depoimento o acidente foi não-intencional. Nenhuma das partes do caso quis dar entrevista e nesse momento corre o tão esperado desfecho do caso. Vamos aguardar notícias e torcer para que a justiça seja feita. Estamos com o repórter Macbeth ao vivo na Br-847... ”

Levy desligou a televisão, suspirou cansada e aconchegou-se no peito nú do namorado, permitindo que o aroma amadeirado de sua pele escorregasse até o seu nariz. Fracos raios do sol da tarde invadiam o cômodo, jogando-se por cima da cama e atingido a parede de tom pastel. Os lençóis estavam desarrumados e no travesseiro, os fios longos e negros de Gajeel serpenteavam pelo tecido alvo, preenchendo quase completamente o objeto.

- Espero que tudo se resolva logo... – Murmurou pesarosa, chamando a atenção dos olhos ardentes do rapaz para as cerdas azuladas abaixo do seu queixo.

- E vai se resolver. – Disse com suavidade, o que era um fato interessante quando vindo de alguém como Gajeel, mas em se tratando de Levy, tudo sempre era um fato interessante na sua vida. – Logo, logo estaremos reunidos na nossa ultima festa do colegial, rindo e nos divertindo como se nada houvesse acontecido.

- Gostaria que tudo sempre fosse simples assim. – Observou tristonha. Delicadamente, ele segurou o pequeno queixo, puxando os olhos avelã para si e deixando em seus lábios um carinhoso selinho.

- Tudo sempre é simples... Nós é que somos complicados! – Ela riu baixo, encaixando a mão na face do namorado e esticando-se para mais um beijo, dessa vez, profundo e demorado.

- Você sempre está certo. – Observou, fazendo-o sorrir de canto.

Natsu havia a pouco levantado para comprar sucos, deixando a loira com a cabeça apoiada no ombro de Erza, que mantinha a cabeça apoiada na sua e as mãos agarrando firmemente as da loira. A ruiva desconfiava que o verdadeiro motivo do irmão sair era pra não acertar o punho na cara do loiro que encarava o chão lustroso com ar pensativo. Igneel e o advogado conversavam em um canto enquanto vicelogia observava a loira silenciosamente do outro lado da sala. Era possível perceber em sua face que estar ali era um empecilho que com certeza ele adoraria evitar e por alguma razão, este mostrava demasiado desinteresse na seriedade daquele ocorrido, tendo como única preocupação se mostrar completamente alheio a tudo aquilo.

Natsu voltou para o local equilibrando uma bandeja de plástico com três copos, sentou-se mais uma vez em seu lugar e lançou um olhar carrancudo para o homem que continuava a olhar fixamente para Lucy.

- Ele está começando a me aborrecer. – Resmungou enquanto passava o suco de morango para Erza. A garota lhe lançou um olhar repreensivo, esticando os lábios em uma linha severa e franzindo o cenho.

- Então trate de ignorá-lo, apenas. – Natsu bufou e chamou a atenção da loira, fazendo-a endireitar-se e lhe entregando um copo. – Toda essa espera está começando a me deixar nervosa...

- Só quero que isso termine de uma vez. – Lucy sussurrou enquanto encarava o copo. – Não agüento mais esse lugar...

- Já ta acabando. – Disse enquanto a puxava para si. – Só mais um pouco e a gente vai poder voltar pra casa.

- Essa demora também está me matando. – A ruiva voltou a resmungou. – Pelo visto vou ter que adiar a ida ao shopping.

- Erza, ainda falta dois meses para a formatura... – Começou, mas logo ela interrompeu-o.

- Já está em cima! – Sobressaltou-se. – E caso o senhor meu irmão tenha se esquecido, papai e Grandine se casam em duas semanas.

- Não me esqueci não. – Mentiu. Ele deu um gole na bebida e em seguida voltou a encará-la. – Mas é besteira sair pra comprar roupas tão cedo.

- Cedo? Okay. – Ironizou. Alguns segundos de silêncio se passaram até que Erza recomeçou a falar. – Eu e o pessoal estávamos pensando em ir para a fazenda do papai nas férias de verão... Você sabe, um ultimo adeus a vida inteiramente juntos, final todos vamos seguir rumos diferentes e só vamos nos reencontrar nos feriados e férias.

- É mesmo uma boa idéia. – Refletiu e antes de pensar em continuar a falar, Igneel chamou-os.

- Está na hora. – Disse simplesmente.

 Os três levantaram-se e o seguiram, Lucy caminhando ao lado dos gêmeos e o advogado logo atrás. Natsu olhou ligeiramente por cima do ombro, encarando a face dura do Eucliffe mais velho voltada para si, seus olhos verdes cintilaram em ira o que pareceu provocar uma onda de divertimento no homem que lhe dirigiu um breve sorriso de canto. Sting mantinha-se fitando o chão ainda pensativo, sabia que o pai não via grande importância naquilo e segundo relatos de Gray, no mesmo dia que Natsu e Jellal haviam sido presos, Vicelogia havia comprado um novo carro para o loiro, azul turquesa com pintura brilhante e designer moderno que parecia inspirar a velocidade. Sabia que ele se sentia mais do que satisfeito por o filho, mesmo que não intencionalmente, ter arrebatado o feto de dentro da sua namorada e isso só o deixava ainda mais irritado do que quando soube do acidente.

Todos sentaram-se á mesa, acusado de um lado e vítima do outro, Sting lançou um breve olhar para Lucy que permanecia focada no tampo brilhante de madeira, suspirou e desviou o olhar para as mãos.

- Em virtude do que foi relatado, eu declaro Sting Eucliffe culpado, e após refletir decidi que o réu deverá fazer trabalho voluntário por dois anos, não poderá deixar a cidade nesse período e deverá pagar uma indenização a vítima...

- Não quero dinheiro, meritíssimo. – Lucy falou baixo, dirigindo os olhos para o juiz.

- Infelizmente a decisão já está tomada. – Disse em voz grave, porém de forma polida.

- Sendo assim... – Disse e pela primeira vez dirigiu seus grandes olhos castanhos para Sting. – Quero que doe o dinheiro para o abrigo da cidade. Imagino que não haja problema em fazer isso.

- De forma alguma. – Disse suavemente. O Juíz ajeitou os papéis sobre a mesa e fungou. Pegou o martelo e bateu-o. – Declaro este caso por encerrado!

- Ainda acho que ele deveria ter sido preso... – Natsu resmungou logo que alcançaram o lado de fora, permitindo que o sol morno que brilhava no céu, acariciasse suas peles.

- Sempre soubemos que isso seria impossível, mas temos que concordar que foi uma sentença justa. – Erza jogou uma mexa do cabelo escarlate atrás da orelha e pousou a mão sob o ombro da loira que apenas ouvia o diálogo. – Mas acabou e é isso que importa.

- Foi um destino nobre o que deu para a indenização senhorita. – O advogado lhe dirigiu um sorriso caloroso. – O juiz ficou bastante contente já que é um dos homens que ajuda a manter o abrigo.

- Aquele dinheiro não teria nenhuma utilidade pra mim. – Sorriu timidamente e prosseguiu. – Então por que não fazer um boa ação?

- Seria bom se todos fossem como a senhorita. – Lhe sorriu mais uma vez e voltou-se para Igneel. – Bem, eu vou indo, prometi levar minha esposa para jantar.

- Antes de ir gostaria de saber se o convite do casamento chegou a sua casa, a semana foi tão conturbada que acabei me esquecendo de perguntar.

- Chegou sim, minha esposa já está arrancando os cabelos dizendo que precisamos providenciar logo as roupas... Mulheres! – Disse e gargalhou. Erza olhou para o irmão e sorriu vitoriosa. – Bem, até breve!

- Até! – Disseram em coro.

- Bom, acho que nós também podemos... – Começou, mas foi interrompido por uma voz grossa e acanhada.

- Lucy, posso falar com você? – Natsu olhou encolerizado para o loiro ao pé da escada, pressionando a mandíbula tão fortemente que parecia que seus dentes se estilhaçariam.

- Nada que venha de você a interessa. – Falou em tom grave. – Já não fez merda o suficiente?

- Natsu... – Igneel alertou-o, mas o filho ignorou.

- Deixe-a em paz! E vaza logo daqui antes que eu...

- Já chega, Natsu. – A voz de Lucy elevou-se, fazendo-o encará-la como se ela houvesse dito algo errado. – Não aguento mais confusões e além do mais quero ouvir o que ele tem a dizer.

- Era só o que faltava... – Murmurou irritado. Sting olho-a com incerteza e em seguida caminhou alguns passos até a garota que o fitava com expressão neutra. Uma brisa fez as árvores farfalharem, carregando algumas folhas para o chão de pedras redondas em tom caramelo. Atrás do grupo, um tanto distante, os portões negros impediam que a imprensa invadisse o local, porém, todos os jornalistas e câmeras concentravam-se em manter sua atenção no que se passava lá dentro. Sting respirou fundo e olhou-a nos olhos, deixando que seus profundos olhos azuis conversassem com os castanhos e brilhantes.

- Eu sei que foi errado te atormentar e que tudo o que eu fiz tanto pra você quanto para Natsu foi muito errado e não tem perdão... – As palavras soaram tímidas e fracas, porém, suficientemente sinceras para fazer todos o olharem com curiosidade. – Quando eu tinha sete anos, minha mãe estava grávida de quatro meses e uma noite, ela e meu pai estavam discutindo, o que era algo comum, só que diferente das outras vezes ela saiu apressada do quarto e quando chegou a escada, escorreu acidentalmente no meu bonequinho do Batman... O nome dela ia ser Margarety, mas por minha causa... Mesmo papai dizendo que não foi minha culpa, sei que ele ainda está magoado, afinal por minha causa ele perdeu duas coisas importantes pra ele e... Por favor, me perdoe... – Sussurrou com a voz vacilante enquanto lágrimas que ninguém jamais imaginou que pudessem jorrar daqueles olhos, escorriam. – Eu realmente não queria, eu só... Por favor, me perdoa...

- Sting, calma... – Disse com suavidade, caminhando devagar até o loiro e o abraçando com ternura. – Não foi sua culpa o que aconteceu com sua mãe e sua irmãzinha, ninguém pode prever o futuro e eu sei que nenhuma delas está ressentida com você... Eu te perdôo e sei que mesmo sendo teimoso, Natsu também te perdoa, mas é você quem precisa se perdoar.

- Como posso fazer isso? – Perguntou saindo do abraço.

- Comece consertando a si mesmo e depois... Ache um propósito pelo qual valha à pena seguir em frente.

Ela encarou-o mais alguns instantes e deu um fraco sorriso acompanhado por um aperto no ombro largo do rapaz. Em seguida, ela girou nos calcanhares, aninhando-se nos braços do namorado que agora permanecia com a expressão calma e ligeiramente enternecida.

Não podia dizer que a raiva de Sting havia passado, mas ver como ela conseguia entender tão bem e perdoar o enchia de luz. Sting havia feito várias coisas erradas e os punhos dele ainda coçavam por terem uma conversa intima com a face do loiro, mas parando pra pensar, houve uma época não tão distante que ele era igualmente estúpido, de um jeito diferente, mas que conseguiu também fazê-la chorar.

Em uma das sessões, senhorita Eclair disse que a mesma facilidade que alguém possui de perdoar a si mesmo é proporcional a de perdoar os outros e enquanto desvencilhava-se daqueles tantos jornalistas e entrava no carro, ele se pegou pensando quanto tempo levaria para que Sting conseguisse se perdoar, não que estivesse realmente interessado em saber, mas a curiosidade muitas vezes é o primeiro passo para entender uns aos outros.

A lua brilhava alto naquela noite quente, o céu estava vazio de nuvens e era possível ver apenas algumas poucas estrelas brilhando naquela imensidão de matéria escura. O filtro dos sonhos oscilou quando um vento vindo do oeste invadiu o cômodo, permitindo que as penas rosadas bailassem graciosamente no ar. A mão delicada de Lucy segurou-o com ternura, gastando algum tempo esfregando o polegar e sentindo a maciez das cerdas na pele. Os olhos castanhos pareciam perdidos em algum lugar da sua mente, remoendo pensamentos misteriosos enquanto olhava distraidamente as plumas.

- Dizem que afasta os pesadelos. – Natsu falou da porta, prendendo seus olhos calmos nos longos fios de ouro que pendiam de sua cabeça.

- É e também trás energias positivas e sorte... – Falou. Fitou o objeto mais alguns instantes e soltou-o dando um passo para trás sem desviar os olhos das penas que balançavam. – Embora que eu realmente tenha dúvidas se essa tal de “sorte” existe.

- E ai está uma coisa que concordamos! – Disse e entrou no quarto, parando ás suas costas e a abraçando pela cintura. Deixou que seu nariz mergulhasse nos fios louros, gastou algum tempo em silêncio e recomeçou. – O que fez foi muito legal.

- Aquele dinheiro não me serviria de nada. – Disse e ele riu brevemente.

- Não estou falando disso. – Ela voltou-se para ele, apoiando uma das mãos no peito definido e outra encaixando na sua face fazendo-o fechar os olhos involuntariamente.

- Ele realmente estava arrependido e acho que ele merece uma segunda chance... O pai dele pode ser um humano terrível, mas sei que ele ainda não é...

- Talvez esteja certa. – Abriu os olhos e concentrou-se na sua face. – Mas ainda sinto uma imensa vontade de socar ele!

- Não seria você se não sentisse. – Falou docemente e esticou-se para depositar um selinho nos seus lábios. – Acho que estou ficando com sono...

- Foi um dia agitado. – Disse e puxou-a para mais perto de si. – E amanhã vai ser ainda mais, afinal Erza quer nos arrastar para o shopping...

- Não vejo a hora. – Riu e em seguida voltou a mergulhar no silêncio.

- Seus sorrisos se tornaram mais raros. – Observou. Lucy não disse nada, apenas abraçou-o com mais força. – Sinto falta deles...

- Desculpe... – Murmurou. Natsu levantou sua cabeça e depositou um carinhoso beijo na sua testa.

- Não é sua culpa... Vem, vamos dormir.

 

“...Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria
Em estar vivo...

...Hoje preciso de você
Com qualquer humor
Com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje...”


Notas Finais


E aí gostaram? Acredito que não! Não tenho muito o que falar hoje, estou cansada e ainda tenho comentários a responder, mas vou aguardar a opinião de vocês! Ao pessoal que acompanha It's Snow Time, ainda vai demorar um pouco pra postar cap novo já que quero primeiro terminar essa fic e quanto a Once Upon A Time... In a New Place, está "em pausa" e não tenho previsão de quando vou lançar cap novo! Quanto a fic Titanium que eu pretendia fazer continuação, exclui para reescreve-la futuramente... Bom, espero postar o cap 37 em breve e até mais pessoal! :*
Ps.: Perdão pelos erros gramaticais!


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