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História Proklyataya (HIATUS) - Primeiro: Maldito


Escrita por: Kirsche_

Notas do Autor


OLA
Tudo bem com vcs? Comigo tá top caminhão

Demorei pra lançar esse cap né? Cruzes! hsuehsauiehus mas eu avisei que não tô mto certa da frequência de postagens, até pq eu provavelmente vou ficar um tempinho sem postar, já que eu tô me mudando e tem todo aquele rolê de instalar internet, e eu ainda n comprei meu PC novo, então né :/
eu vou fazer o possível pra conseguir adiantar as coisas pelo celular mesmo e tentar postar pelo app se eu ver que tô fazendo vcs esperarem mto, ok? HUAHAUEHUA

enfim, obrigada pelos 25 favs só no prólogo, eu achei que ia flopar legal, mas vcs sempre me surpreendem! ♥
não tá tão longo quanto eu imaginei que ficaria, mas eu espero não causar nenhuma decepção por aí HASUHEUSAEHUAE

VAI LER LOGO XAU

Capítulo 2 - Primeiro: Maldito


— Appa, onde está? Estou sozinho aqui, não reconheço este lugar, é tudo tão claro... — olhou para cima daquela barraca branca onde estava, tomando alguns segundos de completo silêncio para admirar as lâmpadas fluorescentes presas no teto. — Bom, com certeza isto não é o Sol, mas é claro demais para uma simples vela... E me arde as vistas... Oh, meus irmãos, o que fizeram conosco...! — exclamou dramático ao girar o corpo e vislumbrar seus seis companheiros naquele caixão serrado. — Eles nos pagarão, malditos traidores! — grunhiu raivoso, fechando os punhos com força, sua voz ainda mais grossa arrepiando os poros dos jovens na sala, que viam tudo na tela do notebook. Deram um pulo em seus lugares ao ouvirem o baque dos punhos do ser pálido socando a porta da garagem, a derrubando e liberando sua visão, que agora alcançava o grupo de humanos sentados no sofá espaçoso. Permitiu-se sorrir ao farejar o medo daqueles seres tão frágeis, e intensificou a potência do seu dom, quase congelando o lugar. — Te encontrei, appa. Quem são estes? Nossas refeições? Ah, os entregue para mim, para que eu possa acordar meus irmãos, venha... — dizia ao se aproximar dos garotos petrificados no estofado, suas bocas estavam arroxeadas pelo frio intenso e seus corpos tremiam incessantemente para tentar impedir que morressem congelados. Se tivessem coragem de olhar para trás, veriam que lá fora o tempo estava muito escuro, e alguns tímidos flocos de neve caíam na areia fofa da praia.

Eles nada conseguiam pensar, muito menos dizer, mas o ser assustador se aproximava ainda mais, olhando profundamente nos olhos pequenos de Park Jimin, que estava abraçado ao seu hyung de cabelos amendoados, sentindo seu corte latejar pela dor. Num movimento rápido, o homem agarrou o ruivo pelos ombros, o retirando do abraço do amigo e o trouxe para perto de si, onde o abraçou por trás e levou sua mão machucada até a altura de sua face, lambendo o corte recente do menor por cima da gaze mesmo.

— Seu cheiro é tão doce, meu amor. Retire estas ataduras para que eu lhe sinta novamente, sim? Seu sangue me acordou, mas ainda estou tão fraco... Não sei se conseguirei ser piedoso contigo. — sorriu ladino, largando a mão do ruivo e mirando seu pescoço desprotegido. Apertou ainda mais a cintura quente do humano, que tremia de frio e pânico, sem conseguir tomar nenhuma reação.

— Não! — Kihyun gritou, se levantando do sofá com as últimas gotas de coragem que tinha. Arregalou os olhos ao ver o homem pálido mostrar suas longas presas onde segundos atrás estavam seus dentes caninos, e estancou no lugar quando ele tomou outro caminho, largando Jimin, que sem forças, acabou caindo no chão gelado, e indo agora em sua direção.

— Corajoso você... Desafiando-me deste jeito... — sorriu bem próximo ao rosto do menor, suas presas eram realmente grandes, e seus olhos antes negros, agora reluziam em um vermelho escarlate, completando a imagem mais aterrorizante que Kihyun e todos os outros ali já haviam visto em vida. — Não sabe quem eu sou? Não entende as consequências de me desafiar desta maneira? Eu sou Inverno, o demônio mais poderoso desta terra. Ninguém tem o direito de se intrometer em minhas decisões. — agarrou os cabelos do menor e lhe lambeu o pescoço quente com a língua úmida e fria. — Acho que merece uma punição por isso. Mas não lhe darei agora. — olhou fixamente para Kihyun, que se tentasse se mexer, provavelmente cairia no chão, assim como Jimin, que mesmo estando novamente em pé, continuava parado no lugar onde Inverno o deixara. Os outros três jovens continuavam a assistir tudo calados como cadáveres, se abraçando de um jeito que seria cômico se aquilo não fosse essencial para salvarem suas vidas.

— P-por favor... — Jimin balbuciou, chorando em desespero, atraindo a atenção do homem nu e pálido que antes estava de costas para si.

— Meu amor...! — Inverno correu até o ruivinho, segurando seu rosto úmido pelas lágrimas. — Diga-me, o que queres? O que está te afligindo?

— N-n-não... — respirou fundo, unindo forças para falar, sem nem se atrever a olhar no rosto do mais alto. — Não m-machuque... Meus amigos... — conseguiu pronunciar, soltando o ar preso nos pulmões.

— Ora, estes são seus amigos, appa? Então são meus também! — sorriu abertamente, recolhendo suas presas e atraindo o olhar de Jimin, que prendeu o ar novamente ao reparar na beleza estonteante do moreno. Seus dentes da frente eram ligeiramente maiores que os outros, lhe dando um ar assustadoramente infantil e... Adorável? — Meu nome é Jeon Jungkook, mas ainda não sei o seu, meu amor.

— P-Park Jimin... — murmurou confuso com a mudança de atitude do homem.

— Ah, um nome tão lindo quanto o dono, devo confessar. — acariciou a nuca do ruivo. — Queres pedir mais alguma coisa? Se estiver ao meu alcance, eu farei.

— O... O frio... É você que tá causando? — perguntou meio vacilante.

— Sim, sou Inverno, afinal.

— Por favor... Faz parar... Tá doendo. — tentou fechar a mão direita, mas o machucado latejou forte, fazendo Jimin segurar um gemido de dor.

— Ah, criança... Não sabes ainda o que é dor. Mas se fecharem está janela eu faço parar. — virou o rosto para trás, olhando para os quatro que os assistiam, e arqueou as sobrancelhas, incentivando o ato que fora sugerido. Teve em resposta Taehyung se levantando rapidamente e cerrando as cortinas grossas da grande janela da sala.

— Por que fechar a janela? — Tae perguntou ainda meio receoso, mas sua curiosidade sempre o fazia falar sem pensar muito.

— Ora, não sabes que não posso com o Sol? Está dia lá fora, se meu frio não tampar a luz, posso me machucar. — respondeu simplista.

— Mas quem... O que é você? — Shownu perguntou, sentindo o frio no cômodo amenizar. Ouviu uma risada alta do moreno em resposta.

— Passamos tanto tempo assim presos? Não tens a ínfima ideia do que posso ser? — sorriu de canto, desafiador. Cansou-se de esperar uma resposta dos humanos e respirou fundo por puro hábito. — Sou um vampiro, caro amigo do Jimin.

— Não pode ser... — Minhyuk disse incrédulo. — Vampiro, tipo... Que toma sangue, queima no Sol, não gosta de alho?

— Alho? Que história é essa de alho? — perguntou ainda em um tom divertido, se virando e andando até o sofá, onde se sentou confortavelmente em um dos cantos, se mantendo de frente para os quatro jovens. — Vamos, digam o que mais sabem sobre meu tipo, está sendo divertido. — gesticulou com a mão para que continuassem.

— Não seria melhor você tampar suas... Coisas primeiro? — Tae perguntou apontando para o membro de Jungkook, que só conseguiu reparar agora, depois do medo ter passado, que mesmo adormecido aquilo era meio... Grande.

— Oh, sim... — olhou para baixo, se dando conta que estava nu o tempo todo. — Mas eu não tenho nada pra cobrir as minhas vergonhas... Temo que terei de pedir vestes emprestadas. Inclusive, que tipo de roupas são essas? Nunca as vi antes. — perguntou, tombando a cabeça pro lado.

— São as roupas que todo mundo usa hoje em dia, ué. — Minhyuk disse, se ajeitando no sofá para dar lugar para Jimin, que sentava ao seu lado.

— Todo o mundo usa este mesmo tipo de roupa? E como sabes, já andou o planeta inteiro?

— Internet. Dá pra saber de tudo lá. — Taehyung disse.

— Ah sim. — acenou com a cabeça, deduzindo que deveria ser algum tipo de oráculo ou bruxo que eles consultavam. — Mas digam-me tudo, em que ano estamos? Qual o nosso imperador?

— Imperador? — Jimin perguntou meio confuso. — Hyung...

— Ele deve ser do século 15, Jimin. Naquela época tinham imperadores pra comandar a Coreia. — Shownu explicou, ainda sem acreditar muito no que via. Mas também não conseguiria duvidar de muita coisa; acabou de ver um dos sete corpos ressecados daquele caixão se regenerar e voltar à vida, tudo era possível agora.

— Eu fiz uma pergunta. — o vampiro proferiu.

— E eu disse pra você se vestir. É uma troca justa, não acha? — Taehyung retrucou, já se levantando para ir em direção ao seu quarto e buscar alguma roupa para o moreno. — Já volto. — disse antes de rumar escadaria acima.

— Todos vocês são atrevidos agora? Que audácia...! — Jungkook resmungou, tendo uma risadinha de Jimin como resposta.

 

 

 

(...)

 

 

 

— Como você consegue aparecer no reflexo do espelho? — Minhyuk indagou completamente confuso. O que mais das lendas sobre vampiros era falso?

— Como qualquer outro. — respondeu sem olhá-lo, prestando atenção na sua imagem refletida no espelho do grande closet do quarto de Taehyung, admirando como seu corpo ficou nas roupas que lhe foram doadas. Uma camiseta vermelha lhe cobria o tronco, enquanto suas pernas eram enluvadas por uma calça jeans preta, com uma cueca boxer de mesma cor por baixo.

— Nada mal. — Tae comentou ao também prestar atenção no moreno. Todos estavam ali naquele cômodo, pois tiveram que subir e ajudar o castanho a escolher alguma roupa, já que ele estava indeciso.

— Mas estas coisas me apertam os culhões. Não gosto. — o vampiro disse meio emburrado, tentando puxar os tecidos um pouco pra baixo, seu membro queria respirar.

— Você se acostuma com o tempo. — Jimin disse, dando de ombros. Kihyun era o único que se mantinha calado desde o momento em que Jungkook o tocou, ainda estava aterrorizado, e não tinha coragem de proferir mais nenhuma palavra. Também foi o primeiro a sair do cômodo e se dirigir até a espaçosa cama de Tae, onde se deitou preguiçosamente. Conversassem o que fosse, não queria estar perto de Jungkook, se sentia intimidado demais.

— O que deu nele? — Tae perguntou ao ver o amendoado sair.

— Depois que esse aí quase mordeu ele você queria o quê? — Shownu partiu em defesa do mais novo, também se retirando dali e indo fazer companhia para Kihyun. Sempre fora apaixonado pelo sorriso radiante do garoto, e não queria vê-lo triste ou amedrontado. — Tá tudo bem, Kihyunnie? — ele perguntou ao se sentar no colchão macio, vendo o menor com os olhos antes fechados, agora o mirando enquanto ele se levantava.

— Não sei... Não parece certo tratar esse cara tão bem assim. Ele é um monstro, ele mata pessoas! Não é confiável.

— Eu concordo com você, mas no momento ele é nossa única fonte de respostas sobre o que tá acontecendo, a gente não pode simplesmente largar o cara no Sol lá fora pra morrer.

— Isso era o certo a se fazer. — resmungou.

— Como se ele fosse aceitar isso de bom grado, né? Calma, Kihyunnie, melhora essa cara, vai dar tudo certo, ok? — disse antes de sorrir complacente para o amendoado, que sorriu de volta ao abraçar o mais velho.

— Você sempre sabe o que dizer, Shownu. Obrigado.

— De nada. — disse tentando controlar o sorriso besta que brotava em seu rosto ao sentir Kihyun tão perto de si. — Vamos esquecer isso, liga a TV. — sugeriu.

Assim que o menor ligou o eletrônico que estava preso na parede do quarto, vozes humanas animadas preencheram o cômodo, era mais um daqueles programas de variedades. O sossego dos dois não durou um único segundo porque Jungkook apareceu no quarto em uma velocidade assustadora, suas presas estando novamente à mostra, junto com os olhos vermelhos, assustando Kihyun mais uma vez, que se encolheu na cama, encostando suas costas na cabeceira do móvel. Os outros três correram até o vampiro que num impulso segurou Jimin e o pôs atrás de si, o protegendo.

Ele olhava a televisão com atenção, em posição de ataque, tentando entender de onde vieram aquelas pessoas, por que elas estavam presas naquela caixa e como ele não conseguia sentir seus cheiros. Presos na caixa... Seriam mais de sua espécie? Mas como conseguiam rir e se mover? Por que as imagens mudavam a todo instante? De onde vinha aquela música estranha e animada? Não conseguia entender absolutamente nada, então foi chegando mais perto cuidadosamente, como um felino, estando alerta para qualquer ataque.

Quando chegou à parede onde a TV se encontrava foi vagarosamente com a mão a seu encontro, tocando em sua superfície com cautela. Era alguma espécie de vidro, parecia realmente frágil. Mas então por que ninguém tentava sair dali? Seriam escravos? Sem paciência para tentar descobrir, Inverno desferiu um soco no aparelho, que se desprendeu da parede e caiu com tudo no chão do quarto, cessando os barulhos abruptamente. Foi até lá e pegou a caixa fina, que agora estava completamente negra. Aproximou o aparelho de seu rosto e não conseguiu sentir cheiro algum, somente mais medo vindo de um dos humanos, aquele amendoado, que agora chorava baixinho no peitoral de Shownu em mais um abraço.

— O que houve amigo do Jimin? Os homens daquela caixa estavam o machucando? — se aproximou da cama, esticando a mão para alcançar o garoto.

— Não! — ele gritou, em pânico, se encolhendo ainda mais na cama. Não queria que o vampiro o tocasse de novo de jeito nenhum, ele podia muito bem mordê-lo.

— Não machuca ele, Inverno! — Jimin exclamou, se colocando entre o amigo e o vampiro.

— Ele é seu amigo, appa. Não tenho a intenção de machucá-lo. Eu estava os protegendo daquelas aberrações na caixa. — argumentou apontando para a televisão quebrada no chão.

— A TV não me fez nada. — Kihyun disse fungando, tentando controlar o choro.

— TV? É uma mulher? Ela prendeu estas pessoas na caixa?

— Não, TV é o nome da caixa. É uma coisa que dá pra gente ver outras pessoas, como se fosse um quadro, mas ele se mexe. — respondeu, achando o tal vampiro meio burro demais. Recompôs-se, limpando as lágrimas e se desvencilhou dos braços de Shownu para sentar direito na cama. — Tá vendo aqueles fios ali? — Apontou para a parede, tendo Jungkook a olhando rapidamente e acenando. — Então, quando a TV tá conectada com aqueles fios, ela consegue receber sinal de um satélite que fica no espaço, que transmite as imagens que uma câmera conectada nesse mesmo satélite captura.

O olhar de Inverno era hilário enquanto ele tentava entender. Sua mente estava entrando em parafuso com aqueles termos desconhecidos. Que diabos de mundo estranho era aquele, cheio de caixas, satélites e câmeras?

— Esperem um momento! — o mais pálido exclamou. — Fiz o que pediram, e me vesti com estas roupas esquisitas, agora exijo minha parte do combinado. — ordenou, recebendo murmúrios dos humanos ali presentes. — Primeiro de tudo, em que ano estamos?

— Dois mil e dezesseis. — Jimin disse enquanto se aproximava da cama espaçosa, sendo seguido por Tae e Hyuk, que se sentaram no colchão de frente para o vampiro, esperando por uma sabatina.

— Dois... Dois mil e... — balbuciou completamente confuso e assustado. — Não, não é possível, não, não, não... — tentava se convencer, rindo incrédulo. Suas presas ameaçavam saltar novamente e sentia seu cérebro fervilhar em pensamentos, em sua maioria, odiosos. — AAARRRGHH! — urrou como uma fera e, se estivesse vivo, teria as veias do pescoço assustadoramente saltadas por baixo da pele. — Malditos, malditos sejam! Malditos sejam todos eles e seus descendentes! Pagarão, pagarão caro por terem nos trancafiado por tantos malditos anos! Russos malditos! Imperador maldito! A ira dos Sete Demônios cairá nesta terra como ninguém jamais ousou imaginar! — berrava furioso, andando pelo quarto do castanho antes de desferir um soco na parede de concreto do closet, tão frágil perante a força de Inverno que rompeu no mesmo instante que recebera o impacto, formando um buraco em formato de círculo ali. Caiu de joelhos no chão, murmurando mais e mais maldições a quem quer que se lembrava, ainda estava fraco demais para toda aquela reação, afinal, há de se concordar que Jungkook recebeu apenas poucas gotas do precioso sangue de Park Jimin para que seu corpo se regenerasse, lentamente, aproveitando cada resquício do líquido espesso. Mas agora precisava de mais, ou desfaleceria ali mesmo.

— Inverno... — Jimin murmurou meio vacilante, completamente apavorado com o ataque de fúria do vampiro, mas, de algum modo ainda desconhecido pelo ruivo, sentiu pena do homem pálido à sua frente. Também pudera, como se sentiria se tivesse passado sabe-se lá quantos séculos trancado numa geladeira de prata no fundo do mar?

— Appa... — Jungkook sussurrou de costas para o grupo de jovens, a cabeça meio baixa e os punhos fechados com força, esbranquiçando os nós de seus dedos. — Eu estou tão necessitado... Preciso de teu sangue para recuperar minhas forças e acordar meus irmãos... — sua voz era grossa e lamuriosa, se lembrara da armadilha que os humanos da época tramaram para prender todos naquele caixão e sentiu uma mistura de coisas; raiva, remorso, dor. Sentiu-se perdido, porém obstinado. Nunca foi o melhor líder, mas sabia que tinha obrigações a cumprir agora que havia voltado ao mundo dos humanos, e para isso precisaria novamente do garoto frágil de aparência marcante que lhe trouxe de volta à vida. — Meu amor, me ajude com minha missão, eu recompensarei a todos, é uma promessa.  — girou a cabeça até encontrar os olhares dos jovens atrás de si, amedrontados.

Jimin se levantou do colchão, se desvencilhando do aperto que Kihyun exercia em seu braço, na tentativa de impedir o ruivo de cometer aquela loucura. Todos os outros estavam estáticos com as cenas presenciadas, e o silêncio nunca foi tão acolhedor e macabro como naqueles instantes que se seguiram.

O ruivo caminhou lentamente até Inverno, onde se ajoelhou à sua frente e começou a desfazer a atadura que seu hyung havia improvisado horas atrás. Seu corte ardia menos agora, já que o frio havia se findado; sentiu a brisa do início daquela noite de verão vir pela janela e bagunçar seus fios alaranjados. Respirava fundo, mas não conseguia pensar em absolutamente nada, somente olhava nos olhos negros e profundos do vampiro, que lhe retribuía o contato com avidez. Os dois pareciam hipnotizados com suas presenças, Jungkook sabia que era pelo motivo da ligação sanguínea que agora compartilhava com o menor, mas Jimin apenas seguia seus instintos, sem pensar em nenhuma consequência futura de seus atos.

O processo se desenrolou com uma lentidão que passou despercebida por todos, menos Inverno, que ansiava pelo gosto doce de seu “amado”. Assim que os últimos centímetros de gaze foram retirados da palma do garoto, o corte de profundidade média pôde respirar novamente. Jimin abriu e fechou a mão direita, sentindo somente uma leve ardência com o movimento. Tomou mais uma longa lufada de ar antes de estender a mão para o moreno que só agora desgrudou o olhar do seu, redirecionando suas íris para o corte que lhe era oferecido. Tomou a mão de Jimin cuidadosamente entre suas palmas frias e aspirou o cheiro delicado do humano, escondido embaixo do cheiro do antisséptico. Lambeu vagarosamente o corte, sentindo o calor dele lhe invadir o paladar, antes de sugar o machucado com certa força, quebrando as partículas de sangue coagulado que o sistema imunológico do menor havia improvisado para estancar o sangramento.

Inverno fechou os olhos com força ao sentir o gosto ferroso inundar suas papilas gustativas, apreciando o sabor do humano. Não conseguia discernir se era pela abstinência, mas aquele parecia ser o sangue mais doce que já havia provado desde que se tornou esse ser maldito. Deliciava-se ao sentir as grossas veias do dorso da mão do menor pulsando, junto com as arfadas que Jimin deixava escapar de seus lábios fartos. Aquela sensação era estranha para o garoto, sentir seu sangue se esvair de si tão rápida e vertiginosamente provocava um formigamento engraçado em sua pele, principalmente na região do pescoço, e sentia leves cócegas na palma da mão que Jungkook sugava tão desesperadamente. Não estava achando aquilo de todo ruim, mas também não podia dizer que estava gostando. Começou a forçar a mão no sentido contrário de Inverno, tentando sair dali, mas o vampiro o segurou firme e continuou a sugar o corte, ainda não estava satisfeito. Sentiu medo, Jungkook poderia forçá-lo a lhe doar todo o sangue, causando assim sua morte, e aquilo fez um arrepio horrível percorrer sua espinha dorsal. Não queria morrer. Seus batimentos aceleravam e Jimin começou a se sentir tonto, agradeceu por estar de joelhos no chão, pois se estivesse em pé já teria perdido as forças das pernas.

— C-chega... Inverno... — balbuciou, sem ter certeza se sua voz saiu em um volume audível. Seus olhos começaram a pesar, sentia o moreno se alimentando de si com cada vez mais gana, como se a qualquer momento pudesse acabar com sua frágil vida sem nenhum esforço. Conseguiu visualizar a imagem de Jungkook desgrudando os lábios de sua mão e grunhir em êxtase, seus olhos se tornaram duas bolinhas flamejantes de tão vermelhas, e suas presas estavam saltadas e embebidas pelo sangue, assim como os lábios e um pouco do queixo do vampiro. Sua visão foi escurecendo num fade out lentamente, sentiu muito frio e se sentiu sonolento demais, fraco demais. A última coisa que ouviu antes de cair deitado no chão foi o grito de Kihyun e Taehyung chamando seu nome.


Notas Finais


JEON JUNGKOOK QUE FOI QUE CÊ FEZ SEU FDP??????????
AIMEUDEUS

SEHUWEHUIDHUIEHWUIDHWUEHSUIDHWE

Gente, qta coisa num cap só, misericórida
JK TÁ 100% PERDIDINHA COM ESSA HISTÓRIA DA TV
IMAGINA O TRAMPO PRA EXPLICAR PRA ESSE SER O QUE É E COMO FUNCIONA A INTERNET, DEUS DO CÉU

Mds que vingança ele tá planejando???? E como que ele vai recompensar nossos abiguíneos? ( ͡° ͜ʖ ͡°)
HEUHEUEHUEHEUEHUEHEUEHUEHUE

enfim, realmente espero que vcs tenham curtido, e quero saber as opiniões e teorias tudo!

n sei mesmo qdo que vou conseguir postar o próximo cap, e se você lê Meu Cunhado, isso vale pra ela também ;-; eu tô com TANTA coisa pra arrumar, que o único tempo mais rilex que eu tenho é aqui no trabalho, mas adivinhem?????
AMANHÃ É MEU ÚLTIMO DIA, então bau bau tempinho de paz pra conseguir escrever e postar ;-; só qdo eu já estiver bem alocadinha na casa nova e panz

(pra quem lê Meu Cunhado, me digam aqui: cês acham uma boa ideia eu fazer um "capítulo" explicando minha situação direitinho? Slá, às vezes eu acho que seria frescura, mas tbm n queria dxar todo mundo lá esperando achando que eu morri ou desisti da fic ;-; SCRR TÔ MAIS PERDIDA QUE JUNGKOOK TENTANDO ENTENDER O QUE É UMA TELEVISÃO)

Qqr coisa me adicionem, mandem MP aqui, ou me menciona lá no Twitter mesmo, meu user é mndmrqs ♥

BEJAS


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