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História Querida Chuva, - Três anos atrás


Escrita por: GabehCastle

Notas do Autor


Aviso Legal
Está história pode conter cenas fortes de bullying, suicídio, tortura física e mental, insinuação de sexo e estupro. Se você se sentir ameaçado, notar algum gatilho ou de alguma forma tocado pelos fatos acontecidos, por favor, fale com um responsável ou amigo próximo. Você pode até mesmo conversar comigo através de uma mensagem privada. Se se sentir desconfortável, pode entrar em contato com o numero 188, de prevenção ao suicídio. NUNCA, guarda as coisas somente para você, pois pode te correr por dentro. Se sentir incapaz de falar, escreva um relato, e liberte o que te frustre, mesmo que ninguém leia depois.

Capítulo 5 - Três anos atrás


Fanfic / Fanfiction Querida Chuva, - Três anos atrás

Querida Chuva, 7 de março de 2015, sábado

Desculpe a demora em escrever novamente, mas muitas coisas aconteceram desde novembro.

Deve estar se perguntando sobre que fim teve a carta.

Vou começar com as notícias boas:

Eu achei melhor não confrontar a Madame diretamente, então fui procurar a tia Grand, que me instruiu ir atrás dessa Dra. Mavis. Eu encontrei o escritório dela, e pude conversar com ela a respeito do que achava que estava acontecendo comigo. Quero dizer, a Madame deve ter dado um jeito de me manter presa no orfanato todo esse tempo para tentar ficar com a grana depois, certo?

Mavis me disse que iria investigar e reportar o que descobrisse para mim diretamente no orfanato. Eu combinei com ela que iria fingir desconhecimento desse assunto, e se a Madame me pergunta-se algo eu me fingiria de idiota.

A segunda notícia boa, é que Rogue me pediu em namoro nas férias, eu, bobinha do jeito que sou, aceitei. Não temos anel nem nada, e eu disse que não queria, pois a última pessoa que me deu um presente e jurou que ficaríamos juntas para sempre, me deixou. Ele me entendeu, e estou supre feliz que pelo menos uma coisa boa tenha se encaminhado direito na minha vida.

Agora, aos problemas.

Madame está insuportável no orfanato, e parece que ela faz de proposito me enlouquecer com atividades que eu certamente não deveria estar fazendo. Vou lembrar de denunciar esse lugar quando sair daqui.

Além disso, as aulas já começaram, e dessa vez troquei de turno, estudando na parte da manhã, e sem aulas de reforço esse ano. Ainda existem posters com a foto do Professor Wakaba, e isso me dói o peito.

Totomaru apareceu algumas vezes no orfanato, o garoto me persegue nas ruas, até que eu consiga despistar ele, ou que eu encontre outra pessoa. Ele não tentou me machucar, mas é assustador ter uma pessoa te seguindo todos os dias para a casa.

Eu contei para Gajeel, e ele disse que ira dar um jeito, mas até agora, eu só notei uns poucos dias que ele não fica me seguindo.

Tenho muito medo mesmo, de que algo ruim aconteça. Eu peço para Rogue me acompanhar, mas ele sempre tem que voltar com Sting.

Ah, sim, esse é outro problema ruim. Sting se mudou para a cidade de Fiore, e agora está estudando na Phanton, junto com a gente. Ele está um ano na nossa frente (teoricamente, eu que sou a atrasada aqui) e ele já é o garoto mais popular da escola, chegou até mesmo a formar um grupo musical.

Rogue é bem diferente do primo. É inteligente, e nenhum pouco descolado. Meio antissocial. Acho que é por isso que ele gosta de mim.

Sting fica perseguindo eu e Rogue no intervalo, o que faz com que muitos olhares sejam redirecionados para a gente. Fico desconfortável com isso. O pior de tudo é que parece que ele faz de propósito.

Uma outra notícia boa que esqueci: Gajeel começou a montar uma moto, e ele disse que vou ser a primeira garota que vai andar nela. Quando eu perguntei se ele levaria Yukino, ele me disse que a nossa amizade supera qualquer lance. Isso me deixou mais feliz do que devia, e eu dei um super abraço de urso nele.

J.L.

Querida Chuva, 22 de março de 2015, domingo

As coisas na escola vão lentamente. Tenho ganhado mais atenção do que devia. Não sei se isso é de fato bom, já que agora alguns alunos vêm falar comigo, em sua maior parte, garotas que querem o telefone do Sting.

Meu namoro com Rogue me deixa mais animada, e não tenho pensado tanto no passado quanto antigamente. Ele me faz esquecer as coisas ruins, e não posso pedir mais que isso.

Faz alguns dias que não vejo Totomaru me seguindo. E isso não me deixa aliviada. Eu perguntei para Gajeel se ele fez algo a respeito, e ele disse que sim. Isso na verdade me deixou ainda mais com medo. Aliás, Gajeel me deu um celular, para eu sempre mandar mensagem para ele quando algo estiver acontecendo, ele disse que é pra me manter segura. Com o celular eu também tenho conversado com Rogue.

É divertido ficar até tarde conversando com ele.

A madame veio me perguntar se eu conheço alguém chamada Mavis Vermellion, e eu me fiz de idiota, dizendo que nunca tinha ouvido falar. O melhor jeito de enganar um adulto que acha que você sabe de algo, é se fazendo de idiota, então eu tirei sarro do sobrenome de Mavis, e disse que ela deveria ser “vermelha”. A Madame revirou os olhos e foi embora contente com minha idiotice.

Confesso que fiquei nervosa.

J.L.

Querida Chuva, 10 de abril de 2015, sexta-feira

Mavis veio até o orfanato e mandou me chamar. Ela fez a maior confusão que já vi. Chamou a Madame de usurpadora e controladora, além de interesseira, e alegou que ela estava de olho na minha herança. Disse que descobriu as inúmeras intervenções dela de impedir minha adoção, e eu vi um relatório mostrando o pedido de adoção negado para a família Redfox, e a também para a família de Meredy. Eu chorei muito lendo aquele documento.

A Madame tentou se desculpar e dizer que estava fazendo o melhor para mim, pois quem tentava me adotar também tinha acesso ao documento que falava sobre minha herança. Disse ainda que queria me manter no orfanato até que eu completasse 18 anos, dai eu poderia ser livre e tomar minhas próprias decisões.

Mavis sugeriu que eu passasse os dias na casa da Família Redfox, enquanto me realocavam para outro quarto.

Eu estou escrevendo do meu quartinho na casa de Gajeel. Eu não sei como as coisas vão ser a partir de agora.

J.L.

Querida chuva, 22 de abril de 2015, quarta-feira

Hoje voltei para o orfanato. Madame me puxou pelos cabelos e disse que eu era uma falsa, além de mal-agradecida. Disse que qualquer um que tentar me adotar vai ser pela herança, e nunca vou ter amor de verdade. Ela me mostrou o documento onde anunciava meu nome para adoção legal, e disse que eu não duraria um ano fora do orfanato.

Eu não sei como reagir a isso.

Minha cabeça dói com o puxão que ela deu.

Não importa quem me adote, não precisa ser por amor. Eu já desisti desse sentimento quando Meredy se foi. Rogue é.... uma chance.

Eu só quero sair desse lugar.

J.L.

Querida chuva, 12 de maio de 2015, terça-feira

Este ano está uma verdadeira loucura. 

Parece que as coisas só pioraram no orfanato. Madame me força a fazer atividades exaustivas, como limpar os lençóis brancos esfregando no tanque até que estejam completamente limpos. Essa maldita está se vingando por perder seu precioso tesouro. Ela me mostrou um outro documento que dizia que tinha pessoas interessadas em adotar.

Na escola, eu ando me tornando o centro de atenções de Sting. Maldito sujeito. Eu gostava de ser a esquisita que todos ignoravam. Bom, na época eu me sentia sozinha, e ficava triste, mas agora que parece que toda a escola me conhece e que me associam a Sting e Rogue, quero me enfiar em um buraco e sumir no mundo. Acho que Sting fez algum tipo de lavagem cerebral com as pessoas e todos simplesmente esqueceram que eu sou um monstro matador de pessoas por associação.

Parece que as coisas estão dando uma acalmada, apenas para piorar depois.

J.L.

Querida chuva, 25 de maio de 2015, segunda-feira

Teve um festival de musica na escola, e o grupo musical de Sting tocou. O jornal da escola tirou uma foto de Rogue e Sting. Eu recortei ela e guardei, pra lembrar dele pra sempre.

J.L.

Querida chuva, 1 de junho de 2015, segunda-feira

Se antes a escola era o inferno, agora o orfanato é o inferno.

Madame cansou de me ver limpando lençóis e me colocou para esfregar a calçada.

Eu sou a única de que tem 14 anos aqui nesse lugar. Todas as outras crianças aqui têm menos de dez anos. Elas nem me consideram parte delas. Não conversam comigo, e acham que sou uma funcionária. Esse lugar, é uma prisão.

J.L.

Querida chuva, 5 de junho de 2015, sexta-feira

Acho que não contei que parei de visitar a clínica das fadas.

Desde que descobri o segredo da Madame, no final do ano passado, eu tenho evitado ir. Recebi ligações de Ever, mas me neguei a atender.

Não quero ter que voltar lá sabendo que ela não vai conseguir resolver meus problemas.

Escrever ajuda bastante. Eu gosto de escrever. Parece que o tempo melhora quando escrevo, embora esteja chovendo lá fora.

As pessoas quase não conversam sobre seus problemas. Na escola, Rogue só sabe falar das tarefas e trabalhos, e nunca mudamos de assunto. Queria conversar com ele sobre outros assuntos, mas eu acho que ele tem vergonha. Ele é muito estudioso, diferente do primo que vive me pedindo ajuda com trabalhos, e nem estudamos juntos.

Sting por falar nisso, tem sido um pé no saco em meu relacionamento com Rogue. Eu sinto até que Rogue anda se afastando de mim.

Vou conversar com Gajeel sobre relacionamentos, e ver o que ele acha. Quem sabe ele me da uma dica.

J.L.

Querida Chuva, 20 de junho de 2015, sábado

Eu conversei com Gajeel, e ele disse para conversar com Yukino. Peguei o telefone dela e mandei mensagem para ela de noite. Ela me disse que o que falta no nosso relacionamento é “apimentar”. Fiquei completamente envergonhada e reclamei, alegando que só tenho 14 anos. Ela disse que perdeu a virgindade com 15 e que era bom ganhar experiencia.

Bom, Sting vai dar uma festa de aniversário dia 4 do mês que vem. Rogue pediu para eu ir e tentar me divertir. Ele disse que vai ter bebida e que não vai ter nenhum adulto por perto. Eu pensei no que Yukino me disse, e tive uma ideia ousada.

J.L.

Querida chuva, 25 de junho de 2015, quinta-feira

Eu conversei com Rogue sobre o que queria fazer. Mas ele não concordou. Ele ficou muito inseguro, parecia até mesmo com medo.

Talvez eu tenha apressado as coisas.

J.L.

Querida chuva, 30 de junho de 2015, terça-feira

Rogue comprou um vestido para eu ir na festa de Sting. Ele é preto com alcinhas curtas, e um pouco chamativo demais para os meus seios, que andam crescendo mais do que devia. Além disso, ele me deu uma boina e disse que vou ficar linda e fofa com o visual. Resolvi aceitar o presente, embora eu ainda esteja meio chateada com o fato de ele ter se negado a, bem, você sabe.

Embora ele tenha me dado o presente, ainda sinto que ele está meio afastado de mim, me evitando. A presença de Sting quando estamos juntos é incomoda, mas não posso simplesmente mandar o cara embora. Já tentei, ele não vai.

Gajeel terminou com Yukino, e ele não me disse o motivo. Estou meio triste por ele. Chamei ele para ir à festa, mas ele não gosta de Sting.

Nem sei por que eu estou indo. Talvez porque essa pode ser uma noite onde eu posso curtir de verdade, sem me importar se os outros vão me chamar de monstro, porque vão estar bêbados. Além disso, acho que Sting não chamou muitos alunos da Phanton. Eu deveria perguntar a ele se Totomaru vai.

Esse é um motivo valido para mim não ir.

J.L.

Querida Chuva, 5 de julho de 2015, domingo

Minha cabeça dói imensamente. Parece que um cavalo me deu um coice. Ela não para de latejar. Preciso tomar água gelada de meia em meia hora, pois a sensação de boca seca não passa nunca.

Minha cabeça gira, mas ainda lembro de coisas sobre a festa.

Vou contar tudo o que lembro, então Chuva, espero que você cai durante muito tempo para prestar atenção em tudo o que tenho para falar sobre ontem à noite.

Rogue veio me buscar para a festa. Ele veio de carro com o pai, que me cumprimentou embora de cara amarrada. Acho que ele não gosta muito do fato de eu ser órfã.

O pai de Rogue deixou a gente no cinema. A festa de Sting iria ser em uma casa alugada, onde nenhum adulto poderia saber a localização. Por isso, assim que o pai de Rogue foi embora, ele ligou para o primou que passou pegar a gente com o carro dele. Já falei que Sting é mais velho neh? Bom, ele tem um carro, mas não sei se tem carteira.

Uma garoa fina caia no começo da noite, mas não impediu de a casa de Sting estar lotada de gente. Não acredito que vão deixar todos esses adolescentes sozinhos em uma casa afastada, com bebida e som alto.

Assim que entrei, eu já vi gente se pegando, e pelo cheiro, percebi que havia muito mais do que só bebida naquele lugar.

Fiquei feliz de saber que Sting deu um jeito de Totomaru não aparecer, parece que ele se importa com meus fantasmas.

Durante a festa aproveitei para beber, mesmo que Rogue tentasse me impedir algumas vezes. Eu disse a ele que queria curtir pelo menos uma vez na vida, sem ter a sensação de que alguém vai morrer ou que alguém vai tentar me matar ou maltratar. Eu disse que contava com ele para me proteger, e sei que ele faz isso muito bem.

Eu dancei como nunca. A música eletrônica enchia meu corpo de energia, e eu nem sei onde aprendi a dançar. Certa hora da noite, eu me vi dançando com Sting. Foi divertido, embora ele seja um completo assanhado que ficava passando a mão em mim diversas vezes.

Eu perdi minha boina na festa. Alias, perdi outra coisa também, já chego lá.

Eu vi Yukino na festa, e achei que Gajeel iria aparecer, mas ele nunca apareceu.

Eu consegui chamar ela pra dançar, e ficamos conversando sobre os garotos, depois de muito papo, ela me olhou com cara de quem planejava algo ruim, e por algum motivo inusitado, ela me beijou. Eu lembro de ouvir o pessoal da festa gritando. Depois do beijo inusitado entre a gente, eu saí da casa para relaxar a mente.

Estava chovendo fraco na hora, eu lembro. Rogue se sentou do meu lado e segurou minha mão, dizendo que eu estava bem diferente. Eu soltei a mão dele, e disse que ele não estava curtindo como devia. Ele respondeu que estava me protegendo e cuidando de mim como eu havia pedido.

Não resisti e beijei ele. Um beijo que eu nunca imaginei que daria. Um beijo quente. Eu o derrubei no chão da varanda, e fiquei sobre ele o beijando enlouquecida. Eu senti as mãos dele subindo pela minha coxa e tocando a borda do meu vestido, meio hesitante, como se não tivesse certeza disso.

Ficamos naqueles amassos por um tempo, até que eu ouvi um assovio atrás de mim, e me levantei, dando de cara com Sting com cara de incrédulo.

Ele disse algo como “quem te viu, quem te vê, Juviazinha”, e eu lembro de dar risada e roubar a bebida da mão dele. “tem alguns quartos lá em cima se quiser continuar”. Eu dei risada de novo, e lhe dei um soco no ombro.

Eu agarrei a mão de Rogue e voltei para festa, dançando com ele uma musica lenta que começou. Ele deslizava as mãos pelas minhas costas, e eu lembro de ter começado a sentir um calor dentro do corpo, além de uma sensação inquieta na região da....

Bem, enfim.

Eu observei o rosto dele, que olhava para trás de mim, pensativo enquanto fazia carinho no meu rosto. Ele notou que eu encarava ele, e sussurrou no meu ouvido “aceito seu desejo”.

Primeiro eu não entendi, mas depois ele me puxou para o segundo andar, e então eu entendi. A gente ia transar. No caminho Sting esbarrou em Rogue, que lançou um olhar safado para o primo.

Confesso que tinha um sorriso idiota na minha cara.

No quarto completamente escuro, ele me beijou muito diferente do que jamais tinha me beijado. Ele tirou meu vestido, e por algum motivo, não estava com vergonhada. Acho que a bebida me deixou meio louca. Ele beijou meu pescoço, meus seios por cima do sutiã. Eu estava em êxtase. Não sabia direito como retribuir, a não ser pelos meus gemidos roucos de quando ele tocava meu corpo e me beijava.

Senti minhas pernas ficarem bambas certa hora, e um calor tomar meu corpo. Minha mente começou a nublar, mas a presença de Rogue era tudo.

Eu não lembro direito as coisas a partir daqui.

Lembro que Rogue se afastou para tirar a roupa e me por na cama. Lembro da dor da penetração, que ainda incomoda um pouco. Eu era completamente dele. Não foi um sexo tão bom quanto imaginei, pareceu que foi tudo tão rápido... Ele gozou, eu senti que não estava completa. Doía muito, e então paramos.

Eu dormi depois que transamos, acho que por efeito da bebida.  Quando acordei o quarto estava ainda mais escuro, com uma tempestade horrível do lado de fora, que eu mal conseguia ouvir meus próprios pensamentos. Eu ouvi a porta abrir, mas não vi Rogue, eu chamei por seu nome e ele me respondeu, se aproximando de mim e me beijando. Acabamos transando de novo. Mas dessa vez, parecia mais intenso, como se ele tivesse aprendido a fazer coisas novas. Seu cabelo parecia mais curto, e seu corpo mais malhado. Acredite ou não, a segunda vez foi muito melhor que a primeira, embora ele parecesse muito mais selvagem.

Eu voltei para o orfanato só hoje de manhã, a pé. Rogue me deixou um dinheiro em cima da mesinha de cabeceira, falando para passar pegar uma pílula.  Quando cheguei ignorei a Madame que gritava comigo e fui para o quarto que divido com as outras garotas do orfanato. Ela disse que eu “pagaria” pela ida a festa com mais serviços, e naquele momento não me importei.

Estava feliz demais por ter feito tantas coisas em uma só noite.

J.L.

Querida Chuva, 6 de julho de 2015, segunda-feira

Rogue tinha um olho roxo hoje na escola, além de um corte na boca e um braço quebrado. Eu perguntei a ele o que aconteceu, mas ele não quis me falar, me afastando. Eu comentei que ele ficou muito mais animado na segunda vez que transamos no sábado, e sua reação foi de alguém insatisfeito. Ele apenas disse que foi “legal”. Ele quase não conversou comigo hoje, e estou me sentindo mal por ter forçado ele a fazer algo que não queria.

Sting parece muito feliz com a festa, e fica tentando conversar comigo e puxar assunto no intervalo, além de ficar me lembrando de detalhes da festa vergonhosos, que eu havia esquecido completamente.

Tentei voltar com Rogue e Sting, mas Rogue me mandou embora, dizendo que era melhor a gente não se ver hoje.

Eu não entendo por que ele está me afastando. Isso machuca.

J.L.

Querida Chuva, 14 de julho de 2015, terça-feira

Estamos de férias finalmente. Rogue não apareceu na escola desde aquele dia depois da festa de Sting.

Ele mal responde minhas mensagens e evita falar até mesmo com Sting.

Hoje mais cedo encontrei Totomaru na rua, e por sorte ele não me viu. Estava com sua gangue de amigos. Eu andei mais do que devia para desviar dele e cheguei muito tarde no orfanato, de modo que a Madame me deu mais uma enxurrada de trabalhos para serem feitos.

Estou começando a ter aquela sensação de abandono de novo.

Odeio esse sentimento.

J.L.

Maldita Chuva, 01 de agosto de 2015, sábado

As aulas retornaram essa semana, e desde o início das férias, Rogue não fala comigo.

Eu recebi uma carta pelo correio hoje, e surpreendentemente, a Madame me entregou ela.

Eu finalmente descobri o porquê de ele não falar comigo, e não sei como me sinto a respeito.

Acho que sinto raiva, por ele não ter me contado antes. E mais raiva ainda por ter me abandonado. Mas também sinto dor e um aperto no coração, de saber que ele tentou me proteger e acabou machucado, não só fisicamente, mas mentalmente, sem mesmo conseguir me encarar.

Sting não sabe disso.

Acima de tudo, eu quero matar Totomaru. Só de imaginar que o desgraçado teve a ousadia de fazer o que fez...

Sinto minhas pernas tremerem e meu corpo se arrepiar ao compreender um pouco sobre a noite da festa. Sinto repulsa comigo mesma. O pior de tudo é eu ter dito ao Rogue que a segunda vez foi melhor.

Claro que foi melhor, era outra pessoa transando comigo.

Não consigo acreditar que isso aconteceu de verdade.  Sinto vontade de vomitar.

Preciso falar com Gajeel.

J.L.

Querida Chuva, 23 de setembro de 2015, quarta-feira

Eu não podia deixar de escrever no dia do meu aniversário.

Rogue se mudou de escola, e pediu para eu não procurar por ele. Quando fui atrás dele para nos entendermos, ele me disse que estava sendo ameaçado por Totomaru.

Eu contei a Gajeel o que aconteceu, e como temia, ele foi atrás de Totomaru. Como sempre aconteceu, Gajeel ganhou na força bruta, e quem saiu com o braço e a costela quebrada foi Totomaru, que fez uma queixa contra meu amigo, que vai ter que ficar preso por três meses. Desculpe Gaje.

Eu estou em pedaços. Vou do orfanato para a escola, e da escola para o orfanato.

Minha amizade com Sting acabou. A escola acha novamente que fiz alguma coisa, pois todos começaram a se afastar de mim.

Voltamos as raízes. Juvia Lockser, está sozinha.

Desculpe chuva, não tenho forças para lhe contar tudo de ruim que acontece em minha vida. Aqui só tem desgraças. Uma atrás da outra.

Parece que minha vida tem o lema “nada está tão ruim que não possa piorar”.

Parece que todos as coisas ruins que aconteceram na minha vida tem nome. Me recuso a acreditar.

J.L.

Querida chuva, 10 de outubro de 2015, sábado

Fui adotada.

J.L.


Notas Finais


Eu tentei não mostrar muito as cenas, pois eu entendo que pode acontecer de alguém notar um gatilho. Assim como fiz com a carta endereçada a Juvia, daqui uns dias eu posto ela. Beijos.


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