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História Rascunhos Euleta - Eu te prometo


Escrita por: Mandxs_

Notas do Autor


tou triste com tudo que há de vir :(

Capítulo 3 - Eu te prometo


- Você e a Úrsula? Juntos? – Violeta perguntou com os olhos inundados de lágrimas, sentindo seu coração quebrado em mil pedaços desde que ouvira a mulher lhe dizer aquilo, com um sorriso presunçoso nos lábios.

- Violeta... – Eugênio tentou aproximar-se, mas a viu recuar – Foi você que... Foi você que me pediu isso.

- Eu ped... – engoliu o choro, tentando mantê-lo preso dentro de si, mas falhando quando grossas lágrimas percorreram seu rosto – Da boca para fora, Eugênio. Totalmente da boca para fora... – negava com a cabeça, liberando o choro que já não podia conter – Você não entende que eu te amo? Não consegue entender isso? Eu amo você! Como poderia querer lhe ver com outra mulher? Com aquela mulher? – enfatizou.

Eugênio a encarava sem saber o que dizer, sentindo seu coração afundar no peito e seus olhos encherem de lágrimas. Assim que viu Úrsula saindo da sala de Violeta correu até lá, imaginando o que poderia ter acontecido. Mas, nada do que poderia imaginar, se comparava a cena que encontrou. Violeta com os olhos inundados em lágrimas e completamente entristecida. Nada do que poderia imaginar também lhe preparara para as palavras que ela lhe dizia. Se sentiu o pior dos homens por ter provocado aquilo na pessoa que mais amava.

- Mas, você está certo, Eugênio. – respirou fundo, passando as mãos por seu rosto para afastar as lágrimas e tentando conter aquelas que ainda estavam presas em seus olhos – Você está certo. Tem que seguir a sua vida. Não pode ficar preso a mim.

- Eu não queria te magoar, Violeta, nunca quis. Eu... – iniciou, parecendo recuperar a fala e tentando, de algum modo, sabe-se lá qual, confortar a mulher a sua frente.

- Não. Não se justifique. – cortou-o, negando com a cabeça e controlando seu choro e sua voz – Você está certo. Tem que seguir com a sua vida. E eu que lide sozinha com a minha dor. Já estou sozinha há tanto tempo mesmo, já lidei com tantas dores ao longo desses anos, que tenho certeza de que conseguirei fazer o mesmo com essa.

- Você não está sozinha, Violeta, você tem a mim. – o homem tentou novamente, dando um passo em sua direção.

- Não, eu não tenho mais você, Eugênio. Não mais. – discordou, balançando a cabeça e sentindo lágrimas escaparem novamente de seus olhos marejados. A mulher respirou fundo novamente, limpando seu rosto. – E a partir de hoje, nossos assuntos se resumem apenas a Tecelagem, nada além disso. Não quero detalhes da sua vida, nem sobre você.

- O que está dizendo? Eu não quero me afastar. Eu não posso. – aproximou-se dela, segurando-lhe as mãos e tentando buscar seu olhar, enquanto a mulher encarava o chão.

- Eugênio, por favor, não me machuque mais do que já estou machucada. – olhou-o com a visão turva, pelas lágrimas que caíam novamente. O tom da voz dela carregado de tristeza e decepção. – Se afaste de mim. – retirou suas mãos da dele e caminhou para o outro lado da sala, em direção ao pequeno sofá, onde sentou-se e cruzou os braços, olhando para cima, a fim de tentar controlar-se. Droga, como queria parar de chorar!

Foi inevitável para Eugênio que também começasse a chorar. A mulher que amava com todo seu coração estava completamente arrasada e tudo por sua causa. Tudo porque fora uma toupeira e se deixara levar pela raiva que sentiu ao vê-la lhe dizer para ficar com Úrsula e pela situação que a outra mulher criara na noite anterior. Agora, ele sentia que havia se perdido de si mesmo. Aquela atitude não condizia com o homem que era e que sempre foi. E tudo culminara com aquela cena que encarava, com Violeta sentada no sofá, totalmente fragilizada, tentando parar de chorar.

- Violeta... – ajoelhou-se em frente a mulher, tentando buscar suas mãos, mas ela tentava esquivar-se dele o quanto podia – Me perdoa, meu amor, por favor, me perdoa. Eu fui uma toupeira, como você mesmo diz! Fui um burro!

- Não me chame assim, Eugênio, não me chame assim e se afaste de mim. Já lhe pedi! – enfim, olhou-o e percebeu que ele também chorava.

- Eu não posso te perder, não posso. – tentava – É você que eu amo, é você a mulher que eu quero! Me perdoe, não tenho justificativas para o que aconteceu. Mas, por favor, me perdoe! – suplicou. – Eu vou terminar esse namoro que nem deveria ter começado agora mesmo. Não aguento te ver assim. Não suporto!

Violeta o encarava, sem mais forças para falar alguma coisa, apenas deixando que o choro esvaziasse dentro de si e, quem sabe assim, pudesse parar de chorar. Mas, o efeito parecia o contrário ao vê-lo ali em sua frente, também chorando, uma vez que tudo que sua mente relembrava eram os momentos que viveram juntos.

- Um dia eu te disse que queria te proteger de todo mal, impedir qualquer sofrimento seu, te dar colo e te fazer a mulher mais feliz do mundo. – Ele disse, pausadamente – E eu vou cumprir com minha palavra, eu te garanto. – pegou as mãos dela, sem resistência dessa vez e beijou-as demoradamente.

- Eu preciso ficar sozinha, Eugênio... – murmurou, baixinho e o viu concordar, entristecido.

- Eu te amo e vou resolver todo esse imbróglio que criei! Eu te prometo! – beijou as mãos dela novamente e olhou-a uma última vez, antes de sair de sua sala. Ele iria desfazer toda essa confusão e reconquistaria a mulher que amava. Ah, sim! Violeta seria sua novamente.



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